Mas, afinal, o que é e para que serve a Estratigrafia? Convencionalmente, era um ramo da Geologia, fundamentalmente descritivo, na qual os geocientistas partiam do particular (observações) para o geral (hipótese ou modelo) e cujos propósitos principais eram: (i) Determinação da idade das rochas a partir dos fósseis nelas contidos ; (ii) Determinação do ambiente sedimentar no qual as rochas se formaram, utilizando as suas características físicas, químicas e os seus fósseis ; (iii) Correlação das camadas rochosas, que possam ocorrer em diferentes regiões ou, mesmo, em diferentes continentes ; (iv) Explicação das características principais dos depósitos sedimentares, como, por exemplo, a sua ciclicidade e (v) Determinação e tentativa de explicação das mudanças climáticas ao longo da história geológica (paleoclimatologia).
A Estratigrafia está intimamente associada à Paleoclimatologia (não confundir com Climatologia Moderna e, sobretudo, com Meteorologia). À escala geológica, um plano de estratificação, como, por exemplo, o plano de estratificação entre uma camada de areia e uma camada de argila, corresponde a uma mudança climática, da mesma maneira, que à escala humana, nos ritmitos de maré ou numa varva, o intervalo mais escuro se depositou durante o inverno e o mais claro, e mais grosseiro, se depositou durante o verão. Igualmente, as moreias, tilitos, rochas estriadas e rochas "moutonnées" sugerem, fortemente, uma ocorrência, mais ou menos, cíclica de períodos glaciários, alguns dos quais durante o Pleistocénico. Desde 2500 AC, ocorreram seis períodos de tempo quente, que correspondem, mais ou menos, aos períodos seguintes: (i) Pré-dinastia do Egipto Antigo, (ii) Egipto Antigo Intermediário, (iii) Império Romano; (iv) Idade Média (até à caída de Constantinopla, 1453); (v) séculos XIX e XX e (vi) século XXI. Os períodos frios intermediários são: (a) Período Nomádico, (b) Império Grego, (iii) Idade das Trevas, (iv) Pequena Idade Glaciar e (v) Fim do século XX (induzida pela explosão vulcânico do Pinatubo). Tudo isto quer dizer, que é o homem que se adapta às mudanças climáticas e não o homem que controla ou causa as mudanças climáticas. Um aumento do CO2 é perigoso, não porque causa um aumento da temperatura, mas porque pode aumentar a acidez dos oceanos, o que é muito mais grave (C. Allègre, 2010), visto pode destruir os organismos autotróficos. Os oceanos contém cerca de 40 000 gigatoneladas (10^9 toneladas) de carbono, isto é, cerca de 50 vezes mais do que na atmosfera e cerca de 50 vezes mais do que o carbono que é armazenado nos animais e vegetais que habitam os continentes (J. Merle, 2011). Um pequeno aumento da temperatura dos oceanos pode, eventualmente, libertar uma grande quantidade de CO2. Na realidade, parece que é o aumento da temperatura que provoca um aumento do teor em CO2 da atmosfera e não o contrário como o afirmou Al Gore (2006). Desde à cerca de 600 000 anos, as curvas da temperatura e do CO2 (da atmosfera) não são coincidentes mas desfasadas de cerca de 800 anos (EPICA, 2006). Isto sugere que o aumento da temperatura dos oceanos pode (provavelmente devido aos ciclos solares ou outras razões desconhecidas) provoca o aumento do CO2 da atmosfera.
Na Estratigrafia, para tentar compreender todos estes problemas, os geocientistas dividiram os estratos em função das suas características físicas, dos seus fósseis ou das suas relações temporais. Função das características tomadas em linha de conta, vários tipos de unidades estratigráficas foram consideradas: (i) Biostratigráficas ; (ii) Cronostratigráficas ; (iii) Litostratigráficas, etc. As unidades biostratigráficas, por exemplo, eram, e continuam a ser, conjuntos de rochas ou estratos unificados pelos seus fósseis ou características paleontológicas que as diferenciam dos estratos adjacentes. Elas podem ser baseadas (a) na simplesmente na presença de fósseis, (b) no tipo de fósseis que elas contém (fósseis de um determinado tipo), (c) num conjunto completo de taxa (plural de táxon), (d) numa associação particular de fósseis, (e) no intervalo de um táxon ou taxa de fósseis, etc.
O advento da Teoria dos Sistemas (K. L. Bertalanffy, 1934), o Critério de Falsifiabilidade (K. Popper, 1934-59), a Tectónica das Placas (Vine, F. J., Matthews, D., 1963 e outros) e a utilização da Sísmica de Reflexão, obrigaram os geocientistas a encarar o estudo das rochas sedimentares, das diferentes bacias, não só de uma maneira holística, quer isto dizer partindo do geral (hipótese ou modelo) para o particular (observações), mas também de uma maneira crítica. O método científico utilizado na estratigrafia convencional (método de Aristote, retomado por Tomás de Aquino e Averroes): (i) Hipótese ("supposito"), (ii) Demonstração ("compositio") e (iii) Verificação ("resolutio"), foi pouco a pouco substituído pelo método PHT de C. S. Peirce (1931-1935). Neste método, desde que um geocientista têm um Problema estratigráfico para resolver (P de PHT), ele avança uma Hipótese (H de PHT) e depois, com dados de observação (campo, linhas sísmica, etc.), vai Testar (T de PHT) a hipótese admitida à priori, ou seja, ele vai tentar provar que a hipótese admitida é falsa (refutação) e não, como no método anterior, tentá-la confirmar ou verificar (verificação). Por outras palavras, na estratigrafia moderna e sobretudo da Estratigrafia Sequencial (em particular quando feita a partir das linhas sísmicas) a Teoria precede Observação (K. Popper, 1934), o que quer dizer, que um geocientista só pode observar aquilo que conhece. Se um geocientista não sabe o que é um delta ou uma retrogradação, ele pode passar anos no campo ou a olhar para as linhas sísmicas (observar implica a existência, à priori, de um problema para resolver), fazer cartas, etc., sem nunca compreender a progradação dos depósitos deltaicos e a retrogradação dos intervalos transgressivos e que ambos são induzidas por uma subida do nível do mar relativo.
Quando uma linha sísmica não interpretada (virgem) é mostrada a um geocientista treinado em processamento de dados sísmicos, além dos reflectores óbvios, ele vai reconhecer, facilmente, múltiplos, difracções, ruídos sísmicos, mais ou menos, consistente, etc. Quando a mesma linha é mostrada a um geocientista treinado em geologia estrutural, ele vai reconhecer sem dificuldade blocos de falhados, falhas de crescimento, anticlinais, sinclinais, falhas normais, etc. Da mesma forma, um geocientista familiarizado com o modelos de deposição, ele vai reconhecer rebordos da bacia, rebordos continentais, cones de submarino bacia, cones submarinos de talude, preenchimentos de vales cavados, recifes, etc. Um geocientista acostumado aos modelos de deposição episódica irá identificar facilmente, cones submarinos, barras de meandro, depósitos de maré, depósitos de tempestade, etc. Finalmente, um geocientista que conheça bem os conceitos de base do eustatismo, reconhecerá ciclos estratigráficos, eventualmente, ciclos sequência, depósitos de nível baixo (do mar), biséis de agradação, deslocamentos das rupturas de inclinação das superfícies de deposição, etc. Embora existem diferentes tipos de geocientistas (alguns usam equipamentos técnicos muito caros, outros usam apenas um martelo), todos aplicam, mais ou menos, um método científico particular, que produz uma compreensão (conhecimento), que é, normalmente, aceite como universal, quantificável, empírico e com poder preditivo (Robinson, D. e Groves, J., 2002). Certos geocientistas constroem as suas hipóteses e conjecturas por indução, que é um método científico evidente: eles observam afloramentos, linhas sísmicas, secções estratigráficas, fósseis, etc., e depois avançam uma hipótese ou teoria. Mas já, há cerca de mais de dois séculos, Hume afirmava que a indução oferece unicamente uma probabilidade, não uma certeza (um geocientista pode dizer, unicamente, que até agora todos os arenitos que ele encontrou são rochas reservatório). Não devemos esquecer que ver não é provar. O que um geocientista e, em particular, um geocientista encarregado da interpretação geológica das linhas sísmicas, vê, é influenciado pela sua cultura e educação, uma vez que segundo a maioria dos filósofos da ciência, é difícil que ele escape a todas as suas suposições sobre o mundo e que é, igualmente, impossível que ele descreva o que vê numa linguagem objectiva. Por outras palavras, qualquer observação geológica é impregnada de teoria. Quando um geocientista diz: "Esta discordância é o limite superior de uma bacia de tipo-rifte", é óbvio que ele sabe que uma discordância é uma superfície de erosão, induzida por uma descida do nível de mar relativo e que uma bacia de tipo-rifte é uma bacia que se forma durante a extensão (alongamento) da crusta continental de um supercontinente. Na realidade, quando um geocientista observa uma linha sísmica, a operação não é um simples processo de recebimento passivo de dados sensoriais, mas um processo muito complexo de recepção, selecção e classificação de informações. Mesmo quando ele diz que uma certa amplitude sísmica é vermelha o processo de reconhecimento é, extremamente, complexo, como mostrado nesta figura.
Figura A- Ver Processo Complexo: Quando um geocientista olha para uma tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica, ondas electromagnéticas, sob a forma de luz branca iluminam a tentativa de interpretação. Parte da luz é absorvida e outra é reflectida. Comprimentos de onda particulares entram nos olhos, estimulando as células da retina, o que causa complexas alterações químicas e eléctricas no cérebro do geocientista e terminam no centro de visão na parte de trás do cérebro. Assim, ele vê representações internas do cérebro da tentativa de interpretação e não a realidade. Além disso, uma linha sísmica virgem (não interpretada) representa, ela também, em tempo (escala vertical em segundos), uma cópia da realidade nem todos os geocientistas vêem as mesmas cores na tentativa de interpretação (Robinson, D., 2005).
Na realidade, as tentativas de interpretação geológica dos autotraços ou das linhas sísmicas baseadas na indução são, altamente, refutáveis uma vez que existe sempre um problema com a sua questionável base empírica e humana. Karl Popper sugeriu que "a teoria da falsificação" seria uma maneira muito mais sensível de reflexão sobre o método científico. Em sua opinião, uma tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica deve ser sempre considerada como temporária. Além disso, um verdadeiro geocientista encarregado da interpretação deve, sempre, sugerir formas de falsificar a sua tentativa de interpretação e novas observações contraditórias. Por exemplo: Numa tentativa de interpretação geológica, as estruturas em forma de sino são interpretadas, frequentemente, como anticlinais, uma vez que os horizontes cronostratigráficas parecem estar encurtados. No entanto, se novos dados sísmicos mostram falhas normais no topo destas estruturas, contemporâneas da deformação, elas devem ser interpretadas como antiformas (estruturas de alongamento) e não como anticlinais (estruturas de encurtamento).
Recorde-se que o método de indução funciona, por exemplo, da maneira seguinte : (i) Nas linhas sísmicas de uma determinada bacia sedimentar, um geocientista observou, várias vezes, que pontos brilhantes (y) correspondem à presença de hidrocarbonetos (X) ; (ii) Nessa base, ele avança a conjectura que os hidrocarbonetos (X) induzem pontos brilhantes ou "brighspots" (Y) ; (iii) Ele fez outras observações e cada vez Y (pontos brilhantes) correspondem a X (hidrocarbonetos) ; (iv) Ele avança a hipótese que X (hidrocarbonetos) são a causa de Y (pontos brilhantes), o que quer dizer, que Y (pontos brilhantes) são induzidos por X (hidrocarbonetos) ; (V) Mas ele não está, completamente, seguro, porque não pode verificar cada exemplo possível de Y (pontos brilhantes).
As colunas estratigráficas das bacias sedimentares dos diferentes continentes foram divididas em pacotes limitados, quer por superfícies da base das progradações (Estratigrafia Genética), quer por discordâncias (Estratigrafia Sequencial). A Estratigrafia Genética permite aos geocientistas localizar as rochas-mãe (rochas geradoras de hidrocarbonetos) mais prováveis, enquanto que a Estratigrafia Sequencial permite localizar as rochas-reservatório, mais prováveis, uma vez que estas últimas repousam, por biséis de agradação, contra as discordâncias, as quais marcam descidas do nível do mar relativo. As discordâncias (superfícies de erosão), induzidas por descidas do nível do mar relativo são, fundamentalmente, controladas pela Eustasia, embora, localmente, elas possam ser reforçadas pela tectónica. É a eustasia ou eustatismo (variações do nível do mar absoluto ou eustático, quer isto dizer, ao nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a uma satélite) que melhor explica a ciclicidade dos depósitos sedimentares. A influência da eustasia nos depósitos sedimentares e sua ciclicidade foi reconhecida pelos geocientistas desde há vários séculos: (i) B. de Maillet, em 1748 ; (ii) A. L. Lavoisier, em 1789 ; (iii) E. Suess, em 1909 ; (iv) P. Lemoine, em 1911 ; (v) H. Stille, em 1935 ; (vi) C. E. Wegmann, em 1950 ; (vi) P. F. Burrolet (1954) ; (vii) L.L. Sloss, em 1963 e, finalmente, nos anos 70, pelos geocientistas da companhia Creóle (filial da Exxon na Venezuela), cujas ideias foram publicadas em 1977, (Vail, P. R. et al., 1977) na Sociedade Americana dos Geólogos do Petróleo (AAPG en inglês). Com efeito, parece que o espaço necessário para a deposição dos sedimentos (acomodação) é criado por uma combinação da eustasia (variações do nível do mar absoluto ou eustático) e tectónica (levantamento ou subsidência do fundo do mar), quer isto dizer, pelas variações do nível do mar relativo, o qual é o nível do mar, local, referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre, quer seja, por exemplo, o fundo do mar ou a base dos sedimentos (topo da crusta continental). Como, em geral, as variações eustáticas são muito mais rápidas do que as variaŤções tectónicas, pelo menos em cerca de 90% dos casos, é a eustasia a responsável da ciclicidade dos depósitos sedimentares. É a eustasia que causa as superfícies de erosão (discordâncias), criadas pelas descidas do nível do mar relativo, que limitam os diferentes pacotes sedimentares. A Eustasia, ou seja, s variações do nível do mar absoluto ou eustático é o resultado da combinação da: i) Tectonicoeustasia, que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo (assumindo que a quantidade de água sob todas as suas formas é constante desde a formação da Terra, há cerca de 4,5 Ga) ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre (onde a gravidade é mais forte que o valor normal, o nível do mar é atirado para o centro da Terra) e (iv) Aumento estérico do nível do mar ou dilatação térmica dos oceanos, que é controlo pelo aumento da temperatura dos oceanos (se a temperatura aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). Efectivamente, para haver ciclicidade é necessário que os sedimentos sejam expostos aos agentes de erosão de maneira repetitiva, o que implica descidas relativa do nível do mar, mais ou menos cíclicas. A tectónica sem variações eustáticas, como, o levantamento de um diapiro, ou uma subsidência contínua, não induz nenhuma ciclicidade, uma vez acomodação, localmente, varia de maneira continua (diminuição, no primeiro caso, e aumento, no segundo).
Antes que continuarmos, parece-nos interessante de lembrar aqui, muito sucintamente, as etapas principais de uja interpretação sequencial e como nasceu a Estratigrafia Sequencial.
Nascimento da Estratigrafia Sequencial
A Estratigrafia Sequencial quando praticada à escala macroscópica (cartas geológicas e linhas sísmicas) e, em particular, quando o trabalho é efectuado sobre dados sísmicos regionais (Sismostratigrafia), tal como ilustrado na tentativa de interpretação geológica de um autotraço Canvas (conversão em gráficos vetoriais) de uma linha sísmica do offshore da Indonésia, ilustrada na Página Inicial, permite:
(i) Testar (corroborar ou refutar), a história geológica da bacia sedimentar onde a linha sísmica foi tirada, a qual é, geralmente, conhecida a priori ;
(ii) Pôr em evidência as discordâncias principais, quer tenham sido reforçadas pela tectónica ou não (todas as discordâncias são superfícies de erosão induzidas por uma descida relativa significativa do nível do mar, isto é, que põe o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia) ;
(iii) Pôr em evidência, ao longo de cada reflector sísmico (considerado como uma linha tempo de uma superfície cronostratigráfica), as diferentes rupturas de inclinação da superfície de deposição, as quais de montante para jusante, ou seja do continente para a bacia, são : a) Ruptura da baía ; b) Ruptura costeira ; c) Ruptura continental e d) Ruptura abissal (ou ruptura da base do talude continental).
(iv) Determinar as variações relativas significativas do nível do mar, as quais são as responsáveis principais das superfícies de erosão que caracterizam as discordâncias e assim:
a) Pôr em evidência e hierarquizar os diferentes ciclos eustáticos em função da sua duração em: (1) Ciclos de 1a ordem (duração superior a 50 Ma) ; (2) Ciclos de 2a ordem (duração entre 3-5 e 50 Ma) ; (3) Ciclos de 3a ordem (duração entre 0.5 e 3-5 Ma) e (4) Ciclos de 4a e 5a ordem (duração entre 0,01 e 0,5 Ma).
b) Dividir a coluna estratigráfica em pacotes sedimentares (ciclos estratigráficos) limitados pelas discordâncias e depositados em associação com os diferentes ciclos eustáticos.
Figura B – Conceito de ciclicidade: O aspecto dos estratos sugere que os depósitos sedimentares são cíclicos. Desde o advento da Geologia como ciência natural, os geocientistas propuseram várias hipóteses para explicar a ciclicidade dos depósitos. A Eustasia foi sempre considerada como a causa mais provável da ciclicidade (de Maillet, Lavoisier, etc., e, recentemente, os geocientistas da EPR ("Exploration Production Research" da Exxon). Esta hipótese foi testada várias vezes mas, até hoje, resistiu a todos os testes de refutação. Todavia, o eustatismo, isto é, as variações do nível do mar absoluto ou eustático só podem explicar a ciclicidade dos sedimentos depositados nos ambientes marinhos ou influenciados pelas variações do nível do mar, como é o caso nesta fotografia que ilustra um edifício deltaico (sobreposição, mais ou menos, vertical de deltas, cuja espessura média é à volta de 40- 50 metros). Neste caso particular, é mais correcto falar de repetição e não de ciclicidade dos paraciclos eustático, uma vez que não há descida do mar relativo entre eles, o que quer dizer, que não há nenhuma discordância (superfície de erosão) entre os paraciclos eustáticos, mas sim superfície de inundação. A ciclicidade dos sistemas de deposição, ou seja a iteração, a um dado ritmo, dos depósitos sedimentares é visível não só sobre o terreno, mas, igualmente, nas linhas sísmicas ) e diagrafias eléctricas.
c) Hierarquizar os diferentes ciclos estratigráficos : (I) Ciclos de Invasão Continental, induzidos por ciclos eustáticos de 1a ordem ; (II) Subciclos de Invasão Continental, induzidos por ciclos eustáticos de 2a ordem ; (III) Ciclos-sequência, induzidos por ciclos eustáticos de 3a ordem e Paraciclos dos ciclos-sequência, induzidos por paraciclos eustáticos de 4a e 5a ordem.
d) Evidenciar, dentro de cada pacote sedimentar (ciclo estratigráfico), as condições geológicas de nível baixo do mar (nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia, o qual, ao nível dos ciclos sequência, corresponde ao rebordo continental quando a bacia tem plataforma continental, expecto durante a 2a fase do desenvolvimento do prisma de nível alto) e de nível alto do mar (nível do mar mais alto do que o rebordo da bacia), assim como os sedimentos associados.
(v) Reconstituir os movimentos da linha costa, a qual corresponde, aproximadamente, à ruptura costeira de inclinação da superfície de deposição (superfície cronostratigráfica), a qual pode coincidir ou não com o rebordo continental (rebordo da bacia quando bacia sem e com plataforma continental) e, assim, pôr em evidência :
a) As transgressões sedimentares (conjunto de ingressões marinhas cada vez mais importantes, ou seja, subidas do nível do mar relativo em aceleração, e das regressões sedimentares, cada vez mais pequenas, associadas, o que induz uma geometria retrogradante, o quer dizer que, a linha da costa, globalmente, se desloca para o continente) ;
b) As regressões sedimentares (conjunto de ingressões marinhas cada vez mais pequenas, ou seja, subidas do nível do mar relativo em desaceleração, e das regressões sedimentares cada vez mais importantes, o que induz geometria progradante, o que quer dizer que a linha da costa se desloca para o mar) ;
c) As superfícies de base das progradações que sublinham o limite entre os episódios transgressivos (geometria retrogradante) e regressivos (geometria progradante), as quais enfatizam um hiato (sem depósito) entre os episódios transgressivos e regressivos sobrejacentes, o qual aumentam em direcção ao mar.
Figura C- Conceito de Ciclicidade: A ciclicidade (ocorrência de um mesmo padrão de eventos geológicos em momentos sazonais ou, uniformemente, distribuídos dentro de um universo temporal) é, igualmente, reconhecida pelos períodos de intenso vulcanismo, variações globais ou eustáticas do nível do mar, clima e crises bióticas. O vulcanismo foi muito abundante durante o Ordovícico e Cretácico. Condições de nível alto do mar foram preponderantes durante o Silúrico e Cretácico Tardio. As crises bióticas, propostas por Newell ou por Cutbill, mostram uma ciclicidade evidente, assim como os períodos de clima quente (adelgaçamento das calotas glaciárias) e frio (espessamento das calotas glaciárias). A distribuição estratigráfica das rochas-mãe marinhas principais parece ser, igualmente, cíclica, uma vez que tais rochas estão associadas com períodos de alto nível eustático. Mais de 60% das reservas de petróleo foram geradas por sedimentos ricos em matéria orgânica do Ordovícico / Silúrico e do Cenomaniano /Turoniano (Cretácico Tardio).
(vi) Determinar os grupos de cortejos sedimentares (associações laterais e síncronas de diferentes sistemas de deposição, geneticamente ligados, isto é, associações de diferentes litologias com uma fauna característica) que formam os pacotes sedimentares, depositados durante um ciclo eustático de 3a ordem (dura entre 0,5 e 3-5 My), os quais formam um Ciclo Sequência.
a) Cortejo de Nível Baixo (CNB), por sua vez, composto, de baixo para cima, por :
a.1- Cones submarinos de bacia (CSB) ;
a.2- Cones submarinos de talude (CST) ;
a.3- Prisma de Nível Baixo (PNB) ;b) Cortejo de Nível Alto (CNA), por sua vez, composto, de baixo para cima, por :
b.1- Intervalo Transgressivo (IT) ;
b.2- Prisma de Nível Alto (PNA) ;(vii) Localizar as rochas-reservatório mais prováveis, quer em nível alto quer em nível baixo do mar, uma vez que todas as rochas-reservatório potenciais se biselam contra as discordâncias ou contra as suas conformidades correlativas (água profunda).
(viii) Localizar as rochas-mãe marinhas, mais prováveis, visto que estas se depositam entre os intervalos transgressivos e regressivos, isto é, em associação com as superfícies da base das progradações.
Figura D - Conceito de Ciclicidade: A ciclicidade dos sistemas de deposição reconhecida no campo é, naturalmente, reconhecida nos cortes geológicos e diagrafias eléctricas. Esta figura corresponde a intervalos glaciários do Ordovícico Superior, isto é, a intervalos sedimentares depositados em ambientes onde o eustatismo predominou. Evidenciam-se quatro ciclos estratigráficos limitados por superfícies de erosão que truncam, localmente, os sedimentos subjacentes, pondo em contacto, vertical e lateralmente, sedimentos com fácies e ambientes muito diferentes. Dentro de cada ciclo, é possível identificar um intervalo inferior, no qual as camadas são granodecrescentes e diminuem de espessura para cima (transgressão sedimentar), o qual é coberto por um intervalo no qual as camadas são granocrescentes e aumentam de espessura para cima (regressão sedimentar). Para muitos geocientistas, neste exemplo, particular, de deposição glaciar, a eustasia (variações do nível do mar absoluto ou eustático) não pode ser, directamente, invocada como a causa principal da ciclicidade. O espessamento e adelgaçamento dos glaciares são, provavelmente, a causa da ciclicidade, na qual a erosão dos glaciares limita os ciclos estratigráficos. A ciclicidade e os padrões dos estratos marinhos são, facilmente, reconhecidos nas diagrafias eléctricas. Nos depósitos glaciários, é difícil refutar a correlação entre a estratigrafia de campo e os padrões das diagrafias. Os quatro ciclos estratigráficos, as erosões glaciárias, o grano e estratodecrescimento para cima (transgressão sedimentar), assim como o grano e estratocrescimento para cima (regressão sedimentar) reconhecidos nos cortes geológicos de campo são, também, facilmente reconhecidos nas diagrafias eléctricas dos poços de pesquisa.
O que se deixa dito e constitui, afinal, o cerne da Estratigrafia Sequencial é, manifestamente, o resultado de um grande esforço intelectual dos geocientistas, durante vários séculos, para explicar a ciclicidade dos depósitos sedimentares que se identifica, facilmente, no campo, nas linhas sísmicas e nas diagrafias eléctricas.
A ciclicidade dos depósitos sedimentares foi reconhecida há vários séculos tendo sido avançadas diferentes hipóteses para tentar explicá-la. De entre essas hipóteses, a mais consistente é, sem dúvida, o eustatismo ou eustasia, ou seja, as variações do nível do mar absoluto ou eustático, o que é dependente da (i) Tectonicoeustasia (variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes) ; (ii) Glacioeustasia (variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo, assumindo que a quantidade de água sob todas as suas formas é constante desde a formação da Terra, há cerca de 4,5 Ga) ; (iii) Geoidaleustasia (distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre, onde a gravidade é mais forte que o valor normal, o nível do mar é atirado para o centro da Terra) e (iv) Aumento estérico do nível do mar ou dilatação térmica dos oceanos (aumento da temperatura dos oceanos; se a temperatura aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). Esta hipótese foi avançada, pela primeira vez, em 1748, por Benoît de Maillet e retomada, mais tarde, por Lavoisier (1789), Suess (1906), Chamberlin (109), Lemoine (1911), Grabau (1940), Wegmann (1950), Burollet (1956), etc. Todos estes geocientistas se basearam em observações de campo, feitas à escala mesoscópica (escala da continuidade), as quais são limitadas pela extensão, continuidade e litologia dos afloramentos, o que, em termos modernos, quer dizer que se basearam em observações limitadas feitas em fácies (litologia com uma fauna característica associada). É importante não esquecer que a maior parte das unidades sedimentares para aflorarem têm que ser encurtadas, isto é, levantadas e, em parte, erodidas o que dificulta, ainda mais, o reconhecimento das variações laterais de fácies e a identificação das linhas cronostratigráficas.
A compreensão da ciclicidade dos depósitos sedimentares, que não é outra coisa que uma recorrência de determinados fenómenos geológicos a intervalos de tempos, mais ou menos, regulares, passa, antes de tudo, pela possibilidade de determinar as linhas tempo nas séries estratigráficas, o que antes do advento da sísmica de reflexão era muito difícil se não impossível. Nos anos sessenta, a grande maioria dos geocientistas, como disse Peter Vail, pensava que os horizontes sísmicos visíveis numa linha sísmica eram, quase exclusivamente, associados aos contrastes de impedância acústica determinados pela litologia dos intervalos sedimentares (fácies). Todavia, quando a Exxon efectuou os trabalhos de pesquisa petrolífera no offshore da então Guiné Portuguesa (actualmente Guiné Bissau), três poços de pesquisa foram perfurados. O poço mais oriental encontrou o topo das rochas-reservatório acima de uma discordância, com rochas de idade Paleozóico por debaixo. Quando o segundo poço, localizado, estruturalmente, em posição mais alta foi perfurado, os geocientistas de Exxon prognosticaram que as areias deveriam ser encontradas mais em cima do que no primeiro. Todavia, na realidade, elas foram encontradas mais em baixo. Resultados idênticos foram obtidos no terceiro poço de pesquisa.
Figura E – Linhas Fácies versus Linhas Tempo: Teoricamente, os reflectores sísmicos sublinham contrastes de impedância acústica significativos entre dois intervalos sedimentares com litologias diferentes. Nos anos sessenta, quando os geocientistas das companhias petrolíferas começaram a utilizar a sísmica de reflexão na pesquisa petrolífera, os reflectores, como os ilustrados neste autotraço manual de uma linha sísmica moderna, eram interpretados como linhas de fácies (litologia). Nessa altura, os dados sísmicos eram não migrados. As linhas sísmicas de então não tinham nada a ver com as linhas sísmicas modernas que qualquer geocientista, com um mínimo de conhecimentos de geofísica, pode interpretar, o que não era, evidentemente, o caso nessa época em que as tentativas de interpretação das linhas sísmicas era feita por geofísicos sem nenhuns ou poucos conhecimentos de geologia. Cada reflector correspondia a uma interface entre litologias diferentes (argila-areia, areia-calcário, etc.). Se nesta linha sísmica, na qual os reflectores foram sublinhados por traços de lápis de cores (autotraço manual), o poço A reconheceu um nível de calcário ao atravessar o horizonte verde, o mesmo nível calcário devia ser encontrado nos poços B e C, quando estes atravessassem o horizonte verde. Foi com estas ideias que os geocientistas da Exxon, esperavam reconhecer e, sobretudo, seguir nas linhas sísmicas do offshore da Guiné-Bissau, os arenitos progradantes de frente delta (rochas-reservatório), uma vez que a impedância acústica dos arenitos é muito mais forte do que a dos argilitos do prodelta ou dos siltitos da planície deltaica. Todavia, como explicado no texto, depois dos três poços de pesquisa, os geocientistas da Exxon calibraram as linhas sísmicas, em termos geológicos, e concluíram que os reflectores sublinham linhas tempo (superfícies cronostratigráficas) e não linhas fácies (mudanças litológicas).
Tendo em conta estes resultados negativos em relação às expectativas, os geocientistas da Exxon re-interpretaram as linhas sísmicas e, com surpresa, chegaram à conclusão que a reflexão do topo das areias do primeiro poço estava várias reflexões acima do horizonte do topo das areias do segundo poço e, ainda mais alto, no terceiro poço de pesquisa. Como as correlações entre os dados sísmicos e os dados dos poços eram difíceis de refutar, foram os dados micropaleontológicos que sugeriram, fortemente, que os reflectores sísmicos seguem linhas tempo (cronostratigráficas) e não linhas fácies (litologia), como inicialmente era admitido. Assim, pela primeira vez, os geocientistas concluíram que as correlações entre os dados sísmicos e as diagrafias mostravam que as verdadeiras superfícies físicas cortam as linhas tempo das unidades rochosas e que as reflexões sísmicas não seguem os limites das formações geológicas (fácies), onde os contrastes de impedância acústica ocorrem, mas que seguem, aproximadamente, os padrões da estratificação ou das verdadeiras superfícies físicas das rochas.
Assim nasceu a Sismostratigrafia que os geocientistas de Exxon definiram, mais tarde, como :
"Uma sucessão previsível de unidades estratigráficas, incluindo ciclos sequência, cortejos sedimentares e paraciclos dos ciclos sequência, definidas na base da geometria interna dos intervalos sísmicos, mais ou menos espessos, e das superfícies sísmicas (definidas pela terminação dos reflectores), que se desenvolvem em resposta às mudanças da acomodação (espaço disponível para os sedimentos) na plataforma continental".
Figura F - Linhas Fácies versus Linhas Tempo: Esta tentativa de interpretação geológica do mesmo autotraço manual da mesma linha sísmica da figura E, baseada nos padrões dos pacotes sísmicos e calibrada pelos resultados dos poços de pesquisa, corrobora a conjectura de que os reflectores sísmicos seguem linhas tempo (superfícies cronostratigráficas) e não linhas fácies (superfícies litológicas). Nesta tentativa de interpretação é, relativamente, fácil seguir as posições sucessivas da ruptura costeira de inclinação da superfície de deposição (superfície cronostratigráfica), mais ou menos a linha da costa que, neste caso particular (bacia sem plataforma continental), coincidem com a ruptura continental. Pode-se dizer que perto das rupturas costeiras de inclinação das superfícies de deposição, se depositaram as areias e carbonatos de frente de delta, enquanto que a montante, na planície deltaica, se depositaram siltitos e argilitos. A jusante das rupturas costeiras, no talude deltaico, que aqui forma a parte superior do talude continental, depositaram-se argilitos. Tendo em conta a litologia (fácies), o contraste de impedância acústica é induzido pelo intervalo azul (linha fácies), o qual, na linha sísmica, deveria corresponder a um forte reflector. Todavia, como se pode verificar, não existe nenhum reflector sísmico associado com tal contraste de impedância. Isto quer dizer, que as predições litológicas e, em particular, as predições das rochas-reservatório, mais prováveis, não podem ser feitas, simplesmente, olhando para uma linha sísmica, já que requerem uma abordagem metodológica precisa do âmbito do que se designa por Sismostratigrafia.
A Sismostratigrafia é praticada num quadro cronostratigráfico global. Ela considera pacotes ou grupo de pacotes de reflectores (ciclos estratigráficos), geneticamente, relacionados e limitados por superfícies de erosão (discordâncias), induzidas pelas variações do nível do mar relativo (ciclos eustáticos) ou pelas suas conformidades correlativas (nas partes profundas da bacia). O seu carácter holístico (onde, o Todo é muito mais do que a soma das Partes, o que quer dizer que a simples descrição das Partes não permite a compreensão do Todo, contrasta, fortemente, com a Litostratigrafia e Biostratigrafia, as quais correspondem, basicamente, a simples descrições das fácies (litologia e fauna associada), obviamente, sem possibilidades de previsão. Admitindo que história da Terra é um processo evolutivo no qual algumas mudanças são unidireccionais (pelo menos no que diz respeito ao seu efeito), outras oscilatórias ou cíclicas e outras, mais ou menos, aleatórias, e que o Todo é pontuado por pequenas ou grandes catástrofes, os geocientistas da Exxon consideraram a Sismostratigrafia como um exemplo típico de evento geológico cíclico, no qual:
1) A eustasia é o principal parâmetro que controla a ciclicidade dos depósitos, e
2) Cada ciclo eustático hierarquizado induz um ciclo estratigráfico correlativo.
Assim, nas tentativas de interpretação, em termos geológicos, das linhas sísmicas, o geocientista passa, progressivamente, por diferentes etapas, sem esquecer que a duração de um ciclo eustático é sempre maior que a soma do tempo de deposição dos sedimentos (por exemplo, as rochas do sistema Cretácico não são equivalentes ao período Cretácico em tempo, uma vez que a completude dos ciclos estratigráficos é sempre inferior a 1, já que os registos das rochas são episódicos na acumulação, e incompletos na preservação) e que há sempre grandes períodos de tempo durante os quais nenhum sedimento foi depositado ou erodido. São as seguintes as etapas a considerar:
(i) Identificação das discordâncias, isto é, das superfícies de erosão, induzidas pelas variações do nível do mar relativo (ciclos eustáticos), a partir dos biséis de agradação e biséis de topo ou somitais, as quais limitam os ciclos estratigráficos e contra as quais todas as rochas-reservatório potenciais terminam por biselamento ;
Figura G – Hierarquia dos Ciclos Estratigráficos: Um dos princípios básicos da Estratigrafia sequencial é a conjectura de que os ciclos estratigráficos são induzidos pela eustasia considerada a principal responsável da ciclicidade do espaço disponível para os sedimentos (acomodação). A hierarquia dos ciclos estratigráficos depende da hierarquia dos ciclos eustáticos que os induziram. Na estratigrafia sequencial, a partir de dados sísmicos (tendo em linha de conta a resolução sísmica), consideram-se, em geral, ciclos, subciclos e paraciclos estratigráficos. Os ciclos estratigráficos depositaram durante ciclos eustáticos de 1ª, 2ª, 3ª e 4-5ª ordem, cujas durações são, respectivamente, superiores a 50 My, entre 50 e 3-5 My, entre 3-5 e 0,5 My e, entre 0,5 e 0,01 My. Os paraciclos sequência depositam-se durante o período de estabilidade relativa do nível do mar que ocorre entre dois paraciclos eustáticos consecutivos (sem descida relativa entre eles), cuja duração é, em geral, à volta de 0,1 My. Os ciclos estratigráficos correspondentes são: (i) Ciclo de Invasão Continental ; (ii) Subciclo de Invasão Continental ; (iii) Ciclo-sequência. Os ciclos de invasão continental estão associados à ruptura dos supercontinentes (Protopangeia e Pangeia, para o Fanerozóico) ; os subciclos de invasão continental com as mudanças de velocidade da subsidência tectónica ; os ciclos sequência com a glacioeustasia e os paraciclos sequência, igualmente, com a glacioeustasia. Os ciclos sequência são os tijolos da estratigrafia sequencial. É a partir do estudo destes ciclos que, por sua vez, são compostos por de paraciclos sequência (cortejos sedimentares), que se podem ser avançadas predições litológicas. A terminologia aqui apresentada é menos enganosa do que a inicialmente adoptada pelos geocientistas da Exxon (megassequência, superssequência, sequência e parassequência), uma vez que ela entra em linha de conta com uma das características básicas da Geologia: "toda a interpretação geológica é dependente da escala". Durante muito tempo, certos geocientistas das companhias petrolíferas (os primeiros a utilizar a estratigrafia sequencial), interpretavam as megassequências da Exxon como "mega" ciclos sequência constituídos por "mega" parassequências, o que é, totalmente, errado e que os levou a prognosticar a ocorrência de "mega" turbiditos que os poços de pesquisa refutaram completamente. Um ciclo eustático corresponde a uma subida do nível do mar relativo seguida duma descida, o que não é o caso dos paraciclos eustáticos que correspondem a subidas do nível do mar relativas, sem descidas entre eles. Daí o termo paraciclo sequência e não de ciclo parassequência.
(ii) Identificação dos diferentes ciclos estratigráficos :
a) Ciclos de Invasão Continental, induzidos por ciclos eustáticos de 1a ordem, cuja duração é superior a 50 My, os quais são, por sua vez, induzidos pelas variações de volume das bacias oceânicas induzidas pela formação e ruptura dos supercontinentes ;
b) Subciclos de Invasão Continental, induzidos por ciclos eustáticos de 2a ordem, cuja duração é entre 3-5 e 50 My, os quais são, por sua vez, induzidos pela variação da taxa de subsidência tectónica ;
c) Ciclos Sequência, induzidos por ciclos eustáticos de 3a ordem, cuja duração é entre 0,5 e 3-5 My, os quais são, por sua vez, induzidos, principalmente, pela glacioeustasia. Estes ciclos são constituídos por cortejos sedimentares compostos por uma sucessão lateral de sistemas de deposição (litologias com um fauna particular associada), síncronos e geneticamente ligados, isto é, se um não se deposita, nenhum se deposita;
d) Paraciclos Sequência, induzidos por paraciclos eustáticos (subidas do nível do mar relativo sem descidas entre elas), os quais são, por sua vez, induzidos pela glacioeustasia e que constituem os cortejos sedimentares que compõem os ciclo sequência ;
(iii) Identificação dos ciclos sequência (a diferença de idade entre as discordâncias que os limitam deve ser inferior a 3-5 My) e das discordâncias do tipo I (descidas do nível do mar relativo que pôs o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia) e das discordâncias do tipo II (descida do nível do mar relativo que pôs o nível do mar entre a ruptura de inclinação da superfície de deposição costeira e o rebordo da bacia), que caíram em desuso e foram, em parte, substituídas pela regressões sedimentares forçadas.
Figura H – Hierarquia dos Ciclos Eustáticos: Neste esquema da curva eustática proposta pela Exxon (1977) podem reconhecer-se cinco ordens hierárquicas que definem diferentes ciclos eustáticos caracterizados por diferentes tempos de duração, a saber: (i) Ciclos eustáticos de 1ª ordem com duração superior a 50 My ; (ii) Ciclos de 2ª ordem com duração entre 3-5 e 50 My ; (iii) Ciclos de 3ª ordem com duração entre 0,5 e 3-5 My e (iv) Ciclos de 4ª e 5ª ordem com duração entre 0,1 e 0,5 My. O Fanerozóico é formado por dois ciclos eustáticos de 1ª ordem. O primeiro ciclo define o Paleozóico e o segundo o Mesozóico / Cenozóico. Estes ciclos estão associados às variações do volume das bacias oceânicas durante a agregação e dispersão dos continentes que formam os supercontinentes (o volume de água sob todas as suas formas é considerado constante desde a formação da Terra há cerca de de 4,5 mil milhões de anos). Os ciclos eustáticos de 2ª ordem estão, sobretudo, associados às variações da velocidade da subsidência tectónica durante a evolução dos continentes. Os ciclos eustáticos de 3ª ordem são, provavelmente, induzidos pela glacioeustasia (variações do nível de mar absoluto ou eustático devido ao armazenamento ou à liberação da água pelo gelo dos glaciares e calotas glaciárias). Os ciclos eustáticos de ordem superior à 3ª são, também, provavelmente, induzidos pela glacioeustasia. Os ciclos de alta frequência (ciclos de 4ª e 5ª ordem) consideram-se associados às variações climáticas criadas pelos ciclos orbitais de Milankovitch, cujas periodicidades são: (a) 100 ky, entre 0 e 800 ka ; (b) 800 ky, entre 0,8 e 6,3 Ma ; (c) 1,6 My, entre 6,3 e 150,5 Ma ; (d) 4,0 My, entre 150,5 e 177,0 Ma ; (e) 1,6 My, entre 177,0 e 188,5 Ma ; (f) 4,0 My, entre 188,5 e 237,0 Ma e (g) 1,6 My, entre 237,0 e a base do Pérmico. Na terminologia geológica My (milhões de anos) significa um período de tempo e Ma ( milhões de anos atrás) uma idade geológica.
(iv) Localização das rupturas de inclinação da superfície de deposição, que do continente para bacia, são : (a) Ruptura associada à linha da baía ; (b) Ruptura associada à linha da costa ; (c) Ruptura associada ao rebordo da bacia e (d) Ruptura associada a base to talude continental. Em certos casos, algumas destas rupturas de inclinação da superfície de deposição podem coincidir. O conceito de linha de baía de Posamentier e Vail (1988), com o qual certos geocientistas não estão de acordo, pode ser resumido assim: (i) A planície costeira forma-se por processos de progradação do fundo do mar, mais do que por exumação ; (ii) Os sedimentos que se acumulam na planície costeira durante a progradação da linha da costa fazem parte do "prisma costeiro", o qual inclui depósitos fluviais e de água pouco profunda ; (iii) O prisma costeiro tem a forma de cunha e prolonga-se para o continente por biséis de agradação sobre a topografia pré-existente ; (iv) O limite a montante do prisma costeiro é a linha da baía, que pode deslocar-se rio acima quando a progradação da linha da costa é acompanhada de agradação ; (v) A linha de baía é o limite entre a planície costeira e a planície aluvial ; (vi) A montante da linha da baía, as variações relativas do nível do mar não têm nenhuma influência nos sistemas de deposição.
(v) Construção da curva dos biséis de agradação e da curva das variações do nível do mar relativo, as quais permitem, facilmente, ver o deslocamento (para o mar ou para a terra) da ruptura associada a linha da costa (que, quando a bacia tem plataforma continental, coincide com com o rebordo da bacia), possibilitando pôr em evidência as discordâncias, assim como as transgressões e regressões sedimentares.
(vi) Identificação dos cortejos sedimentares dentro de cada ciclo sequência, que da base para o topo são : (a) Cones submarinos de bacia (CSB) ; (b) Cones submarinos de talude (CST) ; (c) Prisma de nível do mar baixo (PNB) ; (d) Intervalo transgressivo (IT) e (e) Prisma de nível do mar alto (PNA), o que permite estudar a litologia, uma vez que cada cortejo é uma associação lateral de litologias síncronas e geneticamente ligadas.
(vii) Calibração dos ciclos sequência e cortejos sedimentares a partir dos resultados dos poços de pesquisa disponíveis, o que permitiu o desenvolvimento de uma nova estratigrafia cíclica - a Estratigrafia Sequencial - feita a partir das diagrafias eléctricas, cuja escala e resolução são, evidentemente, muita diferentes das linhas sísmicas.
Os geocientistas das companhias petrolíferas, as únicas entidades que dispunham de dados sísmicos, tentaram refutar no campo, isto é, à escala natural 1:1, certas observações feitas nas linhas sísmicas (Sismostratigrafia) cuja escala vertical é em tempo e a resolução (vertical e horizontal) nunca inferior a 20-30 metros. Com o tempo, a maioria dos geocientistas das Academias teve acesso aos dados sísmicos e diagrafias eléctricas, o que lhe permitiu uma compreensão perfeita da metodologia que eles adaptaram, de maneira extraordinária, aos dados de campo: Assim nasceu a Estratigrafia Sequencial.
Estratigrafia sequencial obedece a teoria dos sistemas. A coluna estratigráfica de uma bacia sedimentar é muito mais do que a soma das camadas que a compõem. O Todo, como disse Pascal, é mais do que a soma das Partes e as características do Todo não pode ser, correctamente, deduzidas a partir das características das Partes. Do mesmo modo, a Estratigrafia Sequencial obedece à Teoria da Hierarquia (níveis de complexidade de um sistema) de E. Boulding (1956) e de A. Koestler (1967): uma determinada coluna sedimentar é composta de níveis hierárquicos formados por entidades com propriedades que caracterizam o nível em questão.
Por outras palavras, numa bacia sedimentar, um certo intervalo estratigráfico, pode ser um membro de um paraciclo sequência, ciclo sequência, subciclo de invasão continental ou do ciclo de invasão continental função das relações do nível em questão em relação aos níveis adjacentes. Isto implica que quando um sistema estratigráfica é observado (quer no campo quer numa linha sísmica) dois aspectos independentes devem ser considerados. O primeiro é a escala à qual as observações que são feitas. O segundo é o critério de observação, que define o sistema (o Todo, por exemplo, um ciclo de invasão continental) no primeiro plano, independentemente do resto, ou seja das Partes (subciclos de invasão continental, ciclos sequência e paraciclos sequência). Este critério de observação utiliza as diferentes Partes e as relações entre eles para caracterizar o sistema (ciclo invasão continental). Isto quer dizer que, os critérios de observação geraram, unicamente, classes isoladas e são eles que diferenciam a Estratigrafia Sequencial de Estratigrafia Clássica descritiva e indutiva.
No Estratigrafia Sequencial, para fazer predições litologias (fácies), prováveis, é necessário ter em conta a hierarquia de ciclos eustáticos que são responsáveis do depósito dos diferentes pacotes sedimentares (ciclos estratigráficos). As predições litológicas só podem ser feitas para os ciclos sequência (hierarquia superior), os quais são induzidos por ciclos eustáticos cuja duração varia entre 0,5 e 3,5 Ma (ciclos eustáticos de 3a ordem). Cada ciclo sequência é composto de um certo número de cortejos sedimentares, os quais são compostos por paraciclos sequências (a mais alta hierarquia), que são depositados durante o período de estabilidade do nível do mar relativo que ocorre entre duas ingressões marinha (paraciclos eustáticos), uma vez que não há descida do nível do mar relativo entre elas. Por sua vez, cada paraciclo sequência consiste numa cadeia lateral dos sistemas de depósito, geneticamente ligados, caracterizados por uma fácies característica (litologia e fauna associada). Isto significa que para prever uma litologia, a interpretação estratigráfica deve ser feita ao mais alto nível hierárquico, isto é, em termos de ciclos sequência e paraciclos sequência. Tudo isto, sugere Estratigrafia Sequencial e a Estratigrafia Genética correspondem a áreas especializadas de estratigrafia que se estendem bem além das áreas tradicionais de litostratigrafia, biostratigrafia, cronostratigrafia, etc.
O leitor pode, facilmente, notar que um certo número de termos, aparentemente, redundantes, foram definidos e ilustrados para mostrar melhor que a simplicidade de Estratigrafia Sequencial é enganadora. Existem complicações por trás desses certos termos. Na verdade, é apenas quando se sabe o que significam certos termos, como, "turbiditos", "força", "transgressão", etc., que se pode pretender ter conseguido uma verdadeira compreensão. As palavras são códigos, que quando utilizados de maneira familiar que esconde um mal-entendidos. Deve-se sempre questionar o significado dos conceitos introduzidos na descrição dos termos, que não podem ser aceites sem discussão. A um nível mais avançado de compreensão da Estratigrafia Sequencial, os termos têm pouco significado. Eles adquirem um significado aparente, unicamente, para permitir circunscrever fenómenos estratigráficos e facilitar o diálogo entre geocientistas. Na estratigráfica, os termos arenitos e turbidito, não são em si um arenito ou um turbidito, o que quer dizer, que "ser" e "representação" ou " descrição de ser" não têm o mesma significado. Da mesma forma, os modelos geológicos não deve ser considerados como a realidade geológica, mas simplesmente uma realidade virtual incompleta. Todavia, sem uma teoria subjacente, ou seja, sem um modelo geológico, as observações não têm sentido. Embora os modelos precedam as observações, um modelo sem observações para os construir e o desenvolver e, mais tarde, para o testar não podem traduzir uma realidade geológica. Contrariamente, à ideia muito aceito na comunidade dos geocientistas, a grande maioria das observações geológicas são feitas na base de modelos. Assim, uma grande parte dos pressupostos científicos seguidos neste glossário foram formulados a priori, para explicar os problemas postos pelas observações, as quais são impregnadas de teoria, isto é, dependentes do modelo utilizado pelo observador.
Neste glossário, sempre que possível, nós utilizamos a definição original e tentamos ilustrá-la com fotografias, esquemas, cortes geológicos, tentativas de interpretação geológica de autotraços de linhas sísmicas características. É óbvio que uma vez que este trabalho for divulgado, haverá certamente uma proliferação de críticas, que serão bem-vindas, sobretudo as críticas construtivas, e que serão tomadas em linhas de conta. De facto, sem elas, não é possível progredir e melhorar este glossário, o que é o desejo dos autores, que estão sempre disponíveis por e-mail carloscramez@gmail.com e carlos.cramez@bluewin.ch
Na taxinomia do vocabulário, como ilustrado na Figura I, os seguintes elementos de classificação foram escolhidos. Qualquer termo do vocabulário pertence a uma destas subdivisões:
(1) Termo geral, Continente ;
(2) Mecanismo, Lei, Conceito, Sistema ;
(3) Ambiente ;
(4) Superfície ;
(5) Intervalo, Área, Zona ;
(6) Geometria (estratos ou reflectores) e
(7) Partícula, Rocha, Fácies e Outros
Figura I – Taxinomia do Glossário- Embora os termos seleccionadas estejam listados por ordem alfabética, uma tentativa de classificação de 1 (Termos Gerais) a 7 (Partícula Sedimentar, Fácies e outros) é proposta. Assim, antes de cada termo do vocabulário, entre parênteses, pode ver-se o número equivalente ao elemento de classificação, isto é, (1) Termos gerais ; (2) Mecanismo, Lei, Método, Sistema ; (3) Ambiente Sedimentar ; (4) Superfície Sedimentar ; (5) Intervalo sedimentar ; (6) Geometria dos estratos ou dos reflectores sísmicos e (7) Partícula Sedimentar, Fácies e outros. As superfícies sedimentares (4) definidas no campo ou nos dados sísmicos correspondem ao lugar geométrico das terminações dos estratos ou dos reflectores sísmicos. Os intervalos sedimentares (5) são definidos por discordâncias (superfícies de erosão ou paraconformidades correlativas em água profunda). A geometria dos estratos ou dos reflectores (6) correspondem, mais ou menos, à configuração interna dos intervalos sedimentares. Neste esquema, no qual um ciclo sequência completo definido por duas descidas do nível do mar relativo, separadas por um intervalo de tempo, à priori, inferior a 3-5 milhões de anos, é fácil de reconhecer que: A) As discordâncias (1) que o limitam correspondem a superfícies sedimentares ; B) O ciclo sequência (5) corresponde a um intervalo sedimentar (ou sísmico), assim como os cones submarinos de bacia (5) e as contornitas (5) ; C) As asas de gaivota (6) caracterizam a geometria dos cones submarinos de talude (CST); D) A superfície de base das progradações (4) separa o cortejo de nível alto (5) do intervalo transgressivo (5), que se depositaram em associação com uma subida do nível do mar relativo(2), em aceleração (1) para o intervalo transgressivo (IT) e em desaceleração par o cortejo de nível alto (PNA) ; E) As sucessivas superfícies de inundação (4) do intervalo transgressivo (5) definem uma retrogradação (2) da ruptura de inclinação da superfície de deposição (4) e que dentro de cada paraciclo sequência (5) diferentes cortejos estratigráficos (5), formados por vários sistemas de deposição (2) se podem pôr em evidência ; F) Diferentes fácies (litologias) (7) e ambientes sedimentares (3) se reconhecem dentro de um cortejo estratigráfico (5), o que permite prognosticar as rochas-reservatório mais prováveis (1).
Abreviatura
(A) Agradação ; (Aco) Acomodação / Espaço Disponível ;
(AC) Agradação costeira ; (ACn) Agradação costeira negativa ;
(ACp) Agradação costeira positiva ; (AmbS) Ambiente sedimentar ou deposição ;
(AS) Aporte / Acarreio sedimentar ; (B) Bacia ;
(BAf) Bacia de antefossa ; (BAp) Bacia de antepaís ;
(BC) Bacia cratónica ; (BcPt) Bacia com plataforma ;
(BEp) Bacia episutural ; (BEst) Bacia estrutural ;
(BIa) Bacia interna ao arco ; (BOc) Bacia oceânica ;
(BPs) Bacia perisutural ; (BsPt) Bacia sem plataforma ;
(BSba) Bacia subalimentada ; (BTR) Bacia tipo rifte ;
(BTp) Bacia transportada ; (BisP) Biséis de progradação opostos ;
(BisSA) Biséis superiores ascendentes ; (BiA) Bisel de agradação ;
(BiAA) Bisel de agradação aparente ; (BiAC) Bisel de agradação costeiro ;
(BiADf) Bisel de agradação deformado ; (BiADi) Bisel de agradação distal ;
(BiAM) Bisel de agradação marinho ; (BiAMx) Bisel de agradação máximo ;
(BiAnM) Bisel de agradação não marinho ; (BiAP) Bisel de agradação proximal ;
(BiAV) Bisel de agradação verdadeiro ; (BiB) Bisel de base ;
(BiPg) Bisel de progradação ; (BiPgB) Bisel de progradação de bacia ;
(BiPgD) Bisel de progradação distal ; (BiPgF) Bisel de progradação falso ;
(BiPgPt) Bisel de progradação de plataforma ; (BiS) Bisel superior ;
(BiSA) Bisel superior ascendente ; (BiSC) Bisel superior crescente ;
(BiSsD) Bisel superior sem depósito ; (BiSPg) Bisel superior de progradation ;
(BiSPgC) Bisel superior de prograd. costeiro ; (BiSPgM) Bisel sup. de prog. marinho ;
(BiSPgnM) Bisel sup. de progr. não marinho ; (BiSsD) Bisel superior sem depósito
(BiSTru) Bisel superior por truncatura ; (CiAF) Ciclo de alta frequência ;
(CiEs) Ciclo estratigráfico ; (CiEu) Ciclo eustático ;
(CiEu1a) Ciclo eustático de 1a ordem ; (CiEu2a) Ciclo eustático de 2a ordem ;
(CiEu3a) Ciclo eustático de 3a ordem ; (CiEu4a) Ciclo eustático de 4a ordem ;
(CiEu5a) Ciclo eustático de 5a ordem ; (CiIvC) Ciclo de invasão continental ;
(CiP) Ciclo parasequência ; (CiS) Ciclo sequência ;
(CiSIn) Ciclo sequência incompleto ; (CiSnM) Ciclo sequência não marinho ;
(CiSbs) Ciclo subsequência ; (CiSps) Ciclo supersequência ;
(CiTsR) Ciclo transgres / regres sedim; (Conc) Concordante ;
(CSB) Cone submarino de bacia ; (CSD) Cortejos sedimentares descendentes ;
(CST) Cone submarino de talude ; (CfCM) Configuração clinoforma mamelonada ;
(CfCSO) Config. complexa sigmóide oblíqua ; (CfCv) Configuração convergente ;
(CfEs) Configuração dos estratos ; (CfM) Configuração em montículos ;
(CfO) Configuração oblíqua ; (CfOPp) Configuração oblíqua paralela ;
(CfOT) Configuração oblíqua tangente ; (CfPp) Configuração paralela ;
(CfPre) Configuração de preenchimento ; (CfPg) Configuração progradante ;
(CfSg) Configuração sigmóide ; (CfSgOC) Config. sigmóide oblíqua complexa ;
(CfTRi) Configuração em telhado de ripas ; (CNA) Grupo de cortejos de nível alto;
(CNB) Grupo de cortejos de nível baixo; (CRb) Cortejo de rebordo ;
(CSd) Cortejo sedimentar ; (CSdD) Cortejo sedimentar descendente ;
(CSiD) Cortejo de sistemas de depósito ; (CuBiAC) Curva dos biséis de agrad. costeiros ;
(CuETP) Curv Excentr. Inclinaç. Precessão ; (CuNM) Curva do nível do mar ;
(CuVNMR) Curva das variações NdMR; (CuSbd) Curva de subsidência ;
(DNMR) Descuda do nível do mar relativo ; (DRNM) Descida relativa do nível do mar ;
(IRpCSID) Instabilidada da RpCI ; (IT) Intervalo transgressivo ;
(LiB) Linha de baía ; (LiC) Linha da costa ;
(Ma) Milhões de anos atrás ; (My) Milhões de anos ;
(NAM) Nível alto do mar ; (NBM) Nível baixo do mar ;
(NdMA) Nível do mar absoluto ; (NdMR) Nível do mar relativo ;
(NdMR) Nível do mar relarivo ; (PcSq) Paraciclo sequência ;
(PcEu) Paraciclo eustático ; (PBB) Prisma de bordadura de bacia ;
(PC) Prisma Costeiro ; (PENMR) Período estabil. do NMR ;
(PNA) Prisma de nível alto ; (PNB) Prisma de nível baixo ;
(PNBi) Prisma de nível baixo inferior ; (PNBs) Prisma de nível baixo superior ;
(PNBsus) Prisma de nível baixo suspenso ; (Pg) Progradação ;
(PgA) Progradação agradante ; (PgO) Progradação oblíqua ;
(PgSg) Progradação sigmóide ; (Pcs) Preenchimente de canhão submarino ;
(Pvc) Preenchiment de vale cavado ; (Pvs) Preenchiment de vale submarino ;
(1a ST) Primeira superfície transgressiva ; (RB, RpB) Rebordo ou Ruptura de bacia ;
(RBTC, RpBTC) Rebordo ou Rupt Base TC ; (RC, RpC) Rebordo ou Ruptura continental ;
(RF) Regressão forçada ; (RPC, RpPC) Rebordo da planície costeira ;
(RpCISD) Rupt. cost. de inclin. sup. depos. ; (SB) Limite de sequência ;
(ScIvC) Subciclo de invasão continental ; (SDR) Reflector que inclina para o mar ;
(StTG) Sistema turbidítico grande ; (SbNMR) Subida do nível do mar relativo ;
(SbNMRa) Subida NMR em aceleração ; (SbNMRd) Subida NM relat. em desaceleração;
(SBD) Superfície de base de deposição ; (SBPg) Superfície da base das progradações ;
(SBPgP) Sup. base das progradaç. principais ; (SBPgS) Sup. base das progradaç. secundárias ;
(SI) Superfície de inundação ; (SIM) Superfície de inundação marinha ;
(SIMx) Superfície de inundação máxima ; (SpR) Superfície de ravinamento ;
(SNMR) Subida do nível do mar relativo ; (SNMR) Subida do nível do mar relativo;
(SSCSB) Superf. sup. dos con, subm. da bacia ; (TC) Talude continental ;
(Tcf) Trilhões de pés cúbicos ; (Vc) Vale cavado ;
(VsNMR) Variações do nível do mar relativo ; (Zd) Zona de deposição ;
(Zf) Zona de fonte ; (Zt) Zona de transporte ;
Advertência:
Afim de evitar maus entendidos, e por vezes enormes erros, é recomendado utilizar sempre as unidades do Sistema Internacional (SI). Não esqueçam que o desastre da sonda espacial americana, em Outono de 1999, foi devido, simplesmente, ao facto que a NASA mandou as instruções em unidades métricas e que a companhia Lockeed, que construiu a sonda, utilizou unidades anglo-saxónicas. Erros semelhantes são muito frequentes na industria petrolífera. Eu lembro-me de uma companhia que se candidatou-se ao desenvolvimento de um campo de gás com reservas (recuperáveis) de, mais ou menos, um bilhão (10^9) de metros cúbicos e que na carta que mandou para a companhia nacional proprietária do campo escreveu 1Gm^3 e não 1G.m^3. Assim, na carta da companhia, as reservas do campo eram de um gigametro cúbico (1000 000 000m)^3, isto é, cerca de um milhão de vezes o volume da Terra e não de um giga metro cúbico (1000 000 000 m^3). As Unidades do Sistema Internacional (1960) foram adoptadas por todos os países, excepto pelo Bangladesh e Libéria. Desde Setembro de 1993, a utilização do SI é compulsória na União Europeia e nas Agências Federais Americanas. A industria petrolífera inglesa for multada várias vezes por violar a lei (utilização mn como abreviatura de milhão).
(I) Unidades do Sistema Internacional
Metro (comprimento)......................................................................................................................m
Quilograma (massa, unicamente)................................................................................................kg
Segundo (tempo)...............................................................................................................................s
Ampere (intensidade da corrente eléctrica)............................................................................A
Grau Kelvin (temperatura).............................................................................................................°K
Candela (intensidade luminosa)...................................................................................................cdDefinições :
Metro (unidade de comprimento):
Comprimento igual a 1 650 763,73 comprimentos de onda, no vácuo, da radiação correspondente à transição entre os níveis 2p10 e 5d5 do átomo de crípton 86.Quilograma (unidade de massa):
Massa do protótipo em platina irradiada, aprovada pela Confederação Geral de Pesos e Medidas em 1889 e depositada no pavilhão de Breteuil (Sèvres, França).Segundo (unidade de tempo):
Fracção 1/31 556 925,9747 do ano trópico para 1900 Janeiro zero às 12 horas de tempo das efemérides.Ampere (unidade da intensidade da corrente eléctrica):
Intensidade duma corrente eléctrica constante que, mantida em dois condutores paralelos, rectilíneos, de comprimento infinito, de secção circular negligivel, e colocados à distancia de 1 metro um do outro no vácuo, produz, entre esses condutores uma força de 2. 10-7 newtons por metro de comprimento.Kelvin (unidade de temperatura):
É o grau da escala termodinâmica das temperaturas absolutas na qual a temperatura do ponto triplo da água é 273, 16 graus (ponto do diagrama de fase que corresponde a coexistência dos três estados, liquido, sólido e gasoso). Pode-se utilizar a escala de Celsius, cujo grau é igual ao grau Kelvin e cujo zero corresponde a 273,15 graus da escala termodinâmica de Kelvin.Candela (unidade da intensidade luminosa):
Intensidade luminosa, numa direcção determinada, dum orifício, perpendicular a essa direcção, com uma área de 1/60 de centímetros quadrados, irradiando como um radiador integral (corpo negro) à temperatura de solidificação da platina.(II) Unidades não Fundamentais
a) Unidades geométricas
Metro quadrado (superfície).........................................................................................................m^2
Metro cúbico (volume)....................................................................................................................m^3
Radiano (ângulo plano)...................................................................................................................rad
Esterradiano (ângulo sólido).........................................................................................................Srb) Unidades de Massa
Quilograma por metro cúbico (massa volumétrica).............................................................kg/m^3
Quilograma por metro cúbico (concentração)......................................................................kg/m^3
Título (percentagem)..................................................................................................................%c) Unidades de Tempo
Hertz (frequência).....................................................................................................................Hz
d) Unidades Mecânicas
Metro por segundo (velocidade)..............................................................................................m/s
Metro por segundo por segundo (aceleração)......................................................................m/s^2
Newton (força)............................................................................................................................N
Joule (trabalho ou energia).......................................................................................................J
Joule (calor)................................................................................................................................J
Watt (potência)...........................................................................................................................W
Pascal (pressão e tensão)...........................................................................................................Pa
Volt (tensão eléctrica).................................................................................................................ΩOhm (resistância eléctrica)........................................................................................................Ω
Ampère (carga eléctrica)...........................................................................................................A
Coulomb (quantidade de electricidade)...................................................................................C
Farad (capacidade eléctrica).....................................................................................................F
Henry (indutância eléctrica).....................................................................................................H
Weber (fluxo magnético)...........................................................................................................Wb
Tesla (indução magnética)........................................................................................................Td) Unidades Ópticas
Lumen (fluxo luminoso).............................................................................................................lm
Lux (iluminação).........................................................................................................................lxDefinições:
Metro Quadrado (unidade de superfície) :
Área dum quadrado com 1 metro de lado.Metro Cúbico (unidade de volume) :
Volume dum cubo com 1 metro de lado.Radiano (unidade de ângulo plano) :
Ângulo, que tendo o vértice no centro dum círculo, intercepta, sobre a circunferência desse círculo, um arco dum comprimento igual ao raio do círculo.Esterradiano (unidade de ângulo sólido) :
Ângulo sólido, que tendo o vértice no centro duma esfera, corta na superfície dessa esfera uma área equivalente à dum quadrado de lado igual ao raio da esfera.Quilograma por metro cúbico (unidade de massa volumétrica) :
Massa volumétrica dum corpo cuja massa é de 1 quilograma e o volume de 1 metro cúbico.Quilograma por metro cúbico (unidade de concentração) :
Concentração dum corpo numa amostra homogénea contendo 1 quilograma do corpo considerado num volume total de um metro cúbico.Título (unidade de percentagem) :
O título, dum determinado corpo, duma amostra homogénea é a relação, exprimida num número decimal, da medida, relativa a esse corpo, duma grandeza determinada e da medida, relativa à totalidade da amostra, da mesma grandeza.Hertz (unidade de frequência) :
É a medida da frequência dum fenómeno periódico cujo período é de um segundo,ou o número de ciclos por segundo. O Hz pode ser usado para medir qualquer evento periódico. É muito utilizado para descrever as frequências rádio, sísmicas e contextos sinusoidais, nos quais a frequência de 1 Hz é igual a um ciclo por segundoMetro por segundo (unidade de velocidade) :
Velocidade dum objecto móvel que animado dum movimento uniforme percorre a distância de 1 metro em 1 segundo.Metro por segundo por segundo (unidade de aceleração) :
Aceleração dum corpo móvel animado dum movimento uniformemente variado, cuja velocidade varia, em 1 segundo, de 1 metro por segundo.Newton (unidade de força) :
Força que comunica a um corpo com uma massa de 1 quilograma uma aceleração de 1 metro por segundo, por segundo.Joule (unidade de calor) :
A unidade da quantidade de calor é o joule, uma vez que o calor é uma energia.Joule (unidade de trabalho e energia) :
Trabalho produzido por 1 newton cujo ponto de aplicação se desloca de 1 metro na direcção da força.Watt (unidade de potência) :
Potência de 1 joule por segundo.Pascal (unidade de esforço e pressão) :
Esforço que actuando sobre uma superfície plana de 1 metro quadrado exerce sobre essa superfície uma força total de 1 newton.Volt (unidade de tensão eléctrica) :
Diferença de potencial eléctrico, que existe entre dois pontos dum filo condutor percorrido por uma corrente constante de 1 ampere, quando a potência dissipada entre esses pontos é igual a 1 watt.Ohm (unidade de resistência eléctrica) :
Resistência eléctrica que existe entre dois pontos dum filo condutor quando uma diferença de potencial constante de 1 volt, aplicada entre esses dois pontos, produz nesse condutor uma corrente de 1 ampere e o dito condutor não é a sede de nenhuma força magnética.Ampere (unidade de carga eléctrica) :
Medida da quantidade de carga eléctrica que passa por um ponto por unidade de tempo. Um ampere corresponde ao passagem de cerca de 6,242 x 10^18 electrões através dum ponto num segundo.Coulomb (unidade de quantidade de electricidade) :
Quantidade de electricidade transportada em 1 segundo por uma corrente de 1 ampere.Farad (unidade de capacidade eléctrica) :
Capacidade dum condensador eléctrico entre os pólos do qual aparece uma diferença de potencial de 1 volt, quando ele é carregado duma quantidade de electricidade de 1 coulomb.Henry (unidade de indutância eléctrica) :
Indutância (quociente do fluxo de indução através dum circuito, criado por uma corrente que atravessa o circuito, pela intensidade dessa corrente) dum circuito fechado no qual uma força electromotriz de 1 volt é produzida quando a corrente eléctrica que percorre o circuito vario uniformemente na razão de 1 ampere por segundo.Weber (unidade de fluxo magnético) :
Fluxo magnético que, atravessando um circuito duma única espira, produz uma força magnética de 1 volt, que se pode transformar em zero num segundo, por diminuição progressiva.Tesla (unidade de indução magnética) :
Indução magnética uniforme que, repartida normalmente sobre uma superfície de 1 metro quadrado, produz através dessa superfície um fluxo magnético total de 1 weber. Um gauss (G ou Gs) vale 10^-4 T (tesla).Lumen (unidade de fluxo luminoso) :
Fluxo luminoso emitido num esterradiano por uma fonte pontual uniforme situada no vértice do ângulo sólido e tendo uma intensidade de 1 candela.Lux (unidade de iluminação) :
Candela por metro quadrado (unidade de luminância) :
Iluminação duma superfície que recebe normalmente, duma maneira uniformemente repartida, um fluxo luminoso de 1 lumen por metro quadrado.
Luminância de uma fonte cuja intensidade luminosa é 1 candela e a superfície 1 metro quadrado. Numa dada direcção, a luminância, é o quociente entre a intensidade luminosa duma superfície, medida num certo ângulo S com a normal dessa superfície, pela projecção ortogonal da superfície num plano perpendicular à direcção pretendida. A sua unidade é cd/m^2 (candela por metro quadrado) ou stilib.(III) Unidades doutros Sistemas
a) Unidades Geométricas
Volta (ângulo plano)...................................................................................................................v
Grade (ângulo plano).................................................................................................................gd
Grau (ângulo plano)...................................................................................................................gr ou °
Minuto (ângulo plano)...............................................................................................................min ou '
Segundo (ângulo plano).............................................................................................................sec ou ''
Milha (comprimento).................................................................................................................mi
Jarda (comprimento)..................................................................................................................yd
Pé (comprimento).......................................................................................................................ft ou '
Polegada (comprimento)............................................................................................................in ou ''
Acre (superfície).........................................................................................................................acre
Hectare (superfície)....................................................................................................................ha
Pé quadrado (superfície)............................................................................................................ft^2
Barril (volume)...........................................................................................................................bl
Acre-pé (volume)........................................................................................................................acre-pied
Pé cúbico (volume).....................................................................................................................ft^3
Galão imperial (volume)............................................................................................................gal UK
Galão americano (volume)........................................................................................................gal EUA
Litro (volume).............................................................................................................................l
Tonelada (massa)........................................................................................................................t
Libra (massa)..............................................................................................................................lb
Onça (massa)...............................................................................................................................oz
Massa atómica (massa)...............................................................................................................υQuilate métrico (massa).............................................................................................................CD
b) Unidades de Tempo
Segundo (tempo).........................................................................................................................s
Minuto (tempo)...........................................................................................................................min
Hora (tempo)...............................................................................................................................h
Dia (tempo)..................................................................................................................................d
Segundo Astronómico (tempo)..................................................................................................sE
Dia Astronómico (tempo)...........................................................................................................dE
Ano Sideral (tempo)...................................................................................................................a
Ano Tropical (tempo).................................................................................................................y
Milhões de anos atrás (tempo, idade geológica)......................................................................Ma
Milhões de anos (intervalo de tempo geológico)......................................................................Myc) Unidades de Densidade
Quilogramas por metro cúbico (densidade).............................................................................kg/m^3
Gramas por centímetro cúbico (densidade).............................................................................g/cm^3
Libras por pé cúbico (densidade)..............................................................................................lb/ft^3d) Unidades de Força
Dine (força)..................................................................................................................................dyn
e) Unidades de Pressão
Atmosfera (pressão)....................................................................................................................atm
Newton por metro quadrado (pressão).....................................................................................N/m^2
Libra por polegada quadrada (pressão)...................................................................................psif) Unidades de Permeabilidade
Darcy (permeabilidade).............................................................................................................D
Centímetros quadrados (permeabilidade)...............................................................................cm^2
Metros quadrados (permeabilidade)........................................................................................m^2g) Unidades de Viscosidade
Poise (viscosidade dinâmica).....................................................................................................P
Stoke (viscosidade cinemática)..................................................................................................νh) Unidades de Produção (petróleo)
Barris por dia (petróleo)............................................................................................................bl/d
Metros cúbicos por dia (petróleo)..............................................................................................m^3/d
Pés cúbicos por dia (petróleo)....................................................................................................ft^3/di) Unidades de Velocidade
Nó (velocidade)...........................................................................................................................no
j) Unidade de Momento Angular
Momento angular (momento angular).....................................................................................L
k) Unidade de Quantidade Numérica
Avogadro (quantidade de matéria)...........................................................................................Av
l) Unidade de Quantidade de Substância
Mole (quantidade de substância)..............................................................................................n
m) Unidades de Trabalho ou Energia
Watt-hora (energia)....................................................................................................................W/h
Electrão-volt (energia)...............................................................................................................eVn) Unidades de Quantidade de Calor
Caloria (calor)..............................................................................................................................W/h
o) Unidades de Radioactividade
Curie (actividade radio-nuclear)...............................................................................................Ci
Roentgen (radiação)...................................................................................................................Rp) Unidade de Intensidade
Decibel (intensidade de som)......................................................................................................dB
Definições :
Volta (unidade de ângulo plano) :
Ângulo, no centro, que intersecta sobre uma circunferência um arco dum comprimento igual do da circunferência.
Grado (unidade de ângulo plano) :
Ângulo, no centro, que intersecta sobre uma circunferência um arco dum comprimento igual 1/400 dessa circunferência.
Grau (unidade de ângulo plano) :
Ângulo, no centro, que intersecta sobre uma circunferência um arco dum comprimento igual 1/360 dessa circunferência.
Minuto (unidade de ângulo plano) :
Ângulo, no centro, que intersecta sobre uma circunferência um arco dum comprimento igual 1/21600 dessa circunferência. Um ângulo de 1 minuto vale 1/60 dum ângulo de 1 grau.
Segundo (unidade de ângulo plano) :
Ângulo, no centro, que intersecta sobre uma circunferência um arco dum comprimento igual 1/129600 dessa circunferência. Um ângulo de 1 segundo vale 1/60 dum ângulo de 1 minuto.
Milha (unidade de comprimento) :
Distância média entre dois pontos da superfície da Terra que têm a mesma longitude e cujas latitudes diferem dum ângulo de 1 minuto. Uma milha vale convencionalmente 1 852 metros.
Jarda (unidade de comprimento) :
Unidade de comprimento inglesa e americana e cuja medida padrão era uma vara. Uma jarda tem 3 pés ou 36 polegadas. A jarda mais frequentemente utilizada é a internacional que vale 0,9144 metros. Duas jardas são uma vara.
Pé (unidade de comprimento) :
Distância mais ou menos equivalente a um terço do metro. Varia de sistema a sistema. O mais comum é o pé internacional. Há 3 pés numa jarda e 12 polegadas num pé.
Polegada (unidade de comprimento) :
Unidade de comprimento em vários sistemas. Varia de sistema a sistema. Há 36 polegadas numa jarda e 12 polegadas num pé.
Acre (unidade de superfície) :
Uma acre internacional vale 4,0468564224 m^2. O acre é muito utilizado a para medir as superfícies dos terrenos agrícolas. 1 acre é, aproximadamente, 40% dum hectare.
Hectare (unidade de superfície) :
Unidade de superfície igual 10 000 m^2. O hectare é muito utilizado como medida agrária vale cem ares ou hectómetro quadrado.
Pé quadrado (unidade de superfície) :
Área de 1 quadrado com os lados de 1 pé, isto é, de 0,333 jardas, 12 polegadas ou 0,3048 metros de comprimento.
Acre-pé (unidade de volume) :
Unidade definida pelo volume de i acre de superfície por uma profundidade de 1 pé. Como a superfície de 1 pé quadrado é definida por 66 por 660 pés, o volume de e de 1 acre-pé é igual a 43560 pés cúbicos,isto é., 325 852 galões americanos ou 271 328 galões imperiais ou 1233,5 m3.
Barril (não é uma unidade de volume) :
Utilizado nos EUA como medida dos produtos petrolíferos. No resto do mundo, os produtos petrolíferos são medidos em metros cúbicos (m^3) ou em toneladas (t). Um barril corresponde a 159 litros ou 35 galões imperiais ou 45 galões americanos.
Pé cúbico (unidade de volume) :
Volume de um cubo cujos lados tem 1 pé, isto é, 0,03048 metros de comprimento. 1 ft^3 é igual a 1728 in^3 = 0,037039 yd^3 = 0,028316846592 m^3 = 28,316846592 l = 6,22883546 galões imperiais = 7,48051948 galões americanos = 0,1781076 barris (petróleo).
Galão imperial (unidade de volume) :
Uma das mais correntes definições do galão. No Reino Unido vale aproximadamente 4,5 litros.
Galão americano (unidade de volume) :
Nos Estados Unida da América do Norte há dois tipos de galões: (i) O galão líquido que vale cerca de 3,8 litros e (ii) O galão seco que vale cerca de 4,4 litros.
Litro (unidade de volume) :
Volume igual a 0,001 m^3, muitas vezes, é denotado como 1 decímetro cúbico (dm^3).
Tonelada (unidade de massa) :
Equivalente a 1000 quilogramas (tonelada métrica). Não confundir com a tonelada longa que vale 2 240 libras, i.e., cerca de 1 016 kg.
Libra (unidade de massa) :
Uma libra internacional "avoirdupois" vale 453,59237 gramas.
Onça (unidade de massa) :
Uma onça internacional "avoirdupois" vale 28,349523125 gramas.
Massa Atómica (unidade de massa) :
Equivalente a 1/12 da massa do átomo 12C neutro, quer isto dizer, igual a 1,66. 10 ^-24 g ou 931, 49 MeV (milhões de electrões volt).
Quilate Métrico unidade de massa) :
Unidade para pesar as pedras preciosas. 1 quilate (CD) vale 200 mi (0,007055 onças ou 3,086 grãos métricos). O CD pode-se dividir em 100 pontos de 2 miligramas cada um.
Segundo (unidade de tempo) :
Duração de 9192631770 períodos da radiação correspondente à transição entre dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133, i.e., 1s = 9 192 631 770 períodos da radiação característica do 133Cs.
Minuto (unidade de tempo) :
Duração de 60 s ou seja 55155790620 períodos da radiação característica do 133 Cs.
Hora (unidade de tempo) :
Duração de 60 min ou seja 3 309 368 437 200 períodos da radiação característica do 133 Cs.
Dia (unidade de tempo) :
Duração de 24 h ou seja 79 424 842 492 800 períodos da radiação característica do 133 Cs.
Segundo Astronómico (unidade de tempo) :
Duração equivalente a 1/86 400 do dia solar médio.
Dia Astronómico (unidade de tempo) :
Intervalo de tempo igual a 86 400 segundos astronómicos.
Ano Sideral (unidade de tempo) :
Tempo necessário para que a Terra volte à mesma posição com respeito ao Sol e a uma estrela distante.
Ano Tropical (unidade de tempo) :
Intervalo de tempo entre dois sucessivos pontos equinociais da Primavera.
Milhões de anos atrás (tempo, idade geológica) :
Designa a idade de formação dum corpo geológico. Assim diz-se, por exemplo, estas rochas são velhas de 91 milhões de anos atrás e escreve-se 91 Ma.
Milhões de anos (intervalo de tempo) :
Para designar um evento geológico que durou, por exemplo, 10 milhões de anos escreve-se 10 My. Assim, não se deve confundir Ma (idade geológica) com My (intervalo de tempo geológico).
Quilogramas por metro cúbico (unidade de densidade) :
Unidade de densidade representadas por kg/m^3, que indica o peso de 1 metro cúbico duma determinada substância. Assim, a densidade da água, à temperatura de 277 °K, é de 1 000 kg/m^3, uma vez que 1 metro cúbico de água pesa 1 000 kg (tonelada métrica).
Gramas por centímetro cúbico (unidade de densidade) :
Unidade de densidade representada por g/cm^3, que indica o peso de 1 centímetro cúbico duma determinada substância. Assim, a densidade da água, à temperatura de 277 °K, é de 1 g/cm^3, uma vez que 1 centímetro cúbico de água pesa 1 g.
Libras por pé cúbico (unidade de densidade) :
Unidade de densidade representada por lb/ft^3, que indica o peso de 1 pé cúbico duma determinada substância. Assim, a densidade da água, à temperatura de 277 °K, é de 62,43 lb/ft^3, uma vez que 1 pé cúbico de água pesa 62,43 lb.
Dine (unidade de força) :
Unidade de medida de força, que vale 10 micro-newtons. O dine é definido como a força 1 dyn = 1 gcm/s^² = 10^−5 kgm/s^² = 10 µN. necessária para acelerar uma massa de 1 grama à taxa de 1 centímetro por segundo quadrado. O dine por centímetro é a unidade normalmente utilizada para medir a tensão superficial.
Atmosfera (unidade de pressão) :
Força aplicada perpendicularmente a um unidade de área, que é definida como 101 325 Pa ou 1 013 250 dines por cm^².
Newtons por metro quadrado (unidade de pressão) :
Força, en newtons, aplicada perpendicularmente sobre uma superfície de 1 metro quadrado. Dez newtons por metro quadrado, isto é, 10 N/m^2 são equivalentes a 9,895 x 10^-5 atmosferas (atm), 1,450. 10^-3 libras por metro quadrado (psi) ou 100 dines por centímetro quadrado (dyn/cm^2).
Libra por polegada quadrada (unidade de pressão) :
Força, em libras, aplicada perpendicularmente sobre uma superfície de 1 polegada quadrada. Dez libras por metro quadrado, isto é, 10 lb/inc^2, são equivalentes a 6,805 x 10^-1 atmosferas (atm), 6,895 x 10^5 dines por centímetro quadrado (dyn/cm2) ou 6,895 x 10^4 newtons por metros quadrado (10 N/m^2 ).
Darcy (unidade de permeabilidade) :
Unidade muito utilizada na geologia e principalmente a geologia do petróleo, que exprime a capacidade duma rocha de transmitir fluídos. Uma rocha com a permeabilidade de 1 darcy (D) permite o escoamento de 1cm^3/s dum fluído com a viscosidade de cP (1 Pa x s) debaixo duma gradiente de 1 atm/cm actuando através de uma superfície de 1 cm^2. O darcy (do nome do francês Henri Darcy), como outras medidas de permeabilidade têm as mesma unidades como a área. A permeabilidade duma rocha exprime-se em millidarcis (1mD é igual a 0,001 darcy), porque as rochas onde se encontram hidrocarbonetos e água têm uma permeabilidade que varia entre 5 e 500 mD.
Centímetros quadrados (unidade de permeabilidade) :
Unidade de permeabilidade equivalente a 1,013. 10^8 darcy ou 10^-4 metros quadrados.
Metros quadrados (unidade de permeabilidade) :
Unidade de permeabilidade equivalente a 1,013. 10^-2 darcy ou 10^-4 metros quadrados.
Poise (unidade de viscosidade dinâmica) :
Viscosidade dinâmica de um fluido no qual o movimento rectilíneo e uniforme, no seu plano, de uma superfície plana, solida, indefinida, dá lugar a uma força retardatária de 1 newton por metro quadrada da superfície em contacto com o fluido em escoamento relativo permanente, logo que o gradiente da velocidade do fluido, à superfície do sólido e por metro de afastamento normal à dita superfície, é de 1 metro por segundo.
Stoke (unidade de viscosidade cinemática) :
Viscosidade cinemática dum fluido cuja viscosidade dinâmica é 1 poise e a massa volumétrica 1 quilograma por metro cúbico. Em certas circunstância, é necessário trabalhar com a relação entre da força da viscosidade e a inércia (caracterizada pela densidade do fluido ρ). A viscosidade cinemática é dada pela formula: ν= μ /ρ, onde ν é a viscosidade cinemática (m^2/s), μ a viscosidade dinâmica (Pa.s =10 P=1 kgm^-1s^-1) e ρ é a densidade (kg/m^3).
Barris por dia (unidade de produção de petróleo) :
Número de barris de petróleo produzidos em 24 horas.
Metros cúbicos por dia (unidade de produção de hidrocarbonetos) :
Número de metros cúbicos de petróleo ou gás produzidos por dia.
Pés cúbicos por dia (unidade de produção de hidrocarbonetos) :
Número de pés cúbicos de petróleo ou gás produzidos por dia.
Nó (unidade de velocidade) :
Velocidade uniforme que corresponde a uma milha por hora.
Momento angular (unidade de momento angular) :
Produto da mais pequena distância duma partícula ao eixo de rotação, pelo momento da partícula (produto da sua massa pela velocidade). A direcção do vector momento angular é a direcção de avanço dum saca-rolhas cuja rotação sobreporia a distância e o momento através do ângulo mais pequeno.
Avogadro (unidade de quantidade de matéria) :
Número de unidades da massa atómica num grama. Existem 6,0221367 (± 36). 10^23 unidades atómicas num grama. Este número é chamado número de Avogadro, o qual sendo uma massa (g) a dividir por uma massa (υ) não tem dimensões.
Mole (unidade de quantidade de substância) :
Massa de 1 Av (avogadro), considerada por vezes como sinónimo de Avogadro.
Watt-hora (unidade de trabalho) :
Produto da média do número de watts e número de horas durante os quais eles foram gastos.
Electrão-volt (unidade de quantidade de energia) :
Quantidade de energia cinética ganha por um electrão quando ele é acelerado com uma diferença potencial electrostática de um volt. Assim, um electrão-volt é 1 volt (1 joule dividido por 1 coulomb) multiplicado pela carga do electrão (1,60217653. 10^-19 coulombs). 1 eV é igual a 1,60217653. 10^-19 joules.
Caloria (unidade de quantidade de calor) :
Esta unidade foi substituída, no SI pelo joule. Contudo, em muitos países, ela continua a ser utilizada como unidade de energia alimentar. 1 caloria vale aproximadamente 4,2 kJ.
Curie (unidade de actividade radio-nuclear) :
Actividade radio-nuclear de uma quantidade de elemento rádio (ou núcleo radioactivo) para a qual o número de desintegrações por segundo é de 3,7. 10^10.
Roentgen (unidade de actividade de radiação) :
Quantidade de radiação X ou γ tal que a emissão corpuscular que lhe é associada, en 0,001293 gramas de ar, produza no ar iões transportando uma quantidade de electricidade, de qualquer sinal, igual a 1/ (3. 10^9) Coulomb.
Décibel (unidade de intensidade) :
1 dB é o uma unidade logaritmo da medida que exprime a magnitude de uma quantidade física (normalmente potência ou intensidade) relativa a um especifico nível de referência. Um vez que ele exprime a taxa de duas quantidades com a mesma unidade, ela é uma unidade sem dimensões. Um decibel é um décimo do bel, que é uma unidade raramente utilizada.
Prefixos Multiplicadores
Exa (E)............................................................................................................................................10^18
Peta (P)...........................................................................................................................................10^15
Tera (T)...........................................................................................................................................10^12
Giga (G)............................................................................................................................................10^9
Mega (M)..........................................................................................................................................10^6
Hectoquilo (hk)................................................................................................................................10^5
Miria (ma)........................................................................................................................................10^4
Quilo (k)............................................................................................................................................10^3
Hecto (h)...........................................................................................................................................10^2
Deca (da)...........................................................................................................................................10^1
Deci (d).............................................................................................................................................10^-1
Centi (c)...........................................................................................................................................10^-2
Mili (m)............................................................................................................................................10^-3
Micro (µ)..........................................................................................................................................10^-6
Nano (n)...........................................................................................................................................10^-9
Pico (p)...........................................................................................................................................10^-12
Femto (f)........................................................................................................................................10^-15
Ato (a)............................................................................................................................................10^-18
Medidas de Produção (HC)
(conversões aproximadas)
1 M bl/d de petróleo........................é igual a...............................................................50 Mt/an
1 Mt/an................................................é igual a................................................................7 b (EUA)
1 bl (EUA)............................................é igual a.....................................................................-0,14 t
1 M ft^3/d...........................................é igual a.......................................................10 M m^3/an
1 m^3 de LNG (GNL)........................é igual a....................................600 m^3 de gás natural
1 Mb/d.................................................é igual a................................................50 Mt/an1 Mt/an
1 Mt/a...................................................é igual a............................................................20 000 b/d
1 t (métrica) de petróleo...............é igual a..............................................................7 bl (EUA)
1 bl (EUA)............................................é igual a...................................................0,14 t (métrica)
1 M ft^3/d...........................................é igual a.......................................................10 M m^3/an
1 m^3/an de LNG..............................é igual a...........................600 m^3 de gás natural /an
AAPG...........................................................................................................................................American Association of Petroleum Geologists
API............................................................................................................................................................................Americam Petroleum Institut
API gravity.............................................................................................................API gravidade = (141,5/ gravidade específica à 60°F)-131.5
ATP.....................................................................................................................................................................................Adénosine triphosphate
AU...........................................................................................................................................................................................Unidade astronómica
AUSWUS...................................................................................................................................................................Australia West United States
bl ou b............................................................................................................................................................................................Baril de petróleo
BiA.............................................................................................................................................................................................Bisel de agradação
boe.................................................................................................................................................................Barris de petróleo (óleo) equivalente
BCPD......................................................................................................................................................................Barris de Condensado por Dia
BOPD.............................................................................................................................................................................Barris de Petróleo por Dia
BiPg........................................................................................................................................................................................Bisel de Progradação
BiSPg..........................................................................................................................................................................Bisel Somital, Bisel Superior
BUU..................................................................................................................................................Discordância ligada a Ruptura da Litosfera
Con.......................................................................................................................................................................................................Concordante
CaCO3.....................................................................................................................................................................................Carbonato de Cálcio
CNA........................................................................................................................................................................................Cortejo de Nível Alto
CNB......................................................................................................................................................................................Cortejo de Nível Baixo
CDP......................................................................................................................................................................Ponto de Profundidade Comum
CO.........................................................................................................................................................................................Monóxido de Carbono
CO2...........................................................................................................................................................................................Dióxido de Carbono
CO3.......................................................................................................................................................................Iões Triangulares de Carbonato
CPNAT............................................................................................................................................Complexo Progradante de Nível Alto Tardío
CRNA..................................................................................................................................................................Cortejo Regressivo de Nível Alto
CSB..............................................................................................................................................................................Cones Submarinos de Bacia
CST............................................................................................................................................................................Cones Submarinos de Talude
DSDP..................................................................................................."Deep Sea Drilling Project" (projecto de sondagem em mar profundo)
EECO............................................................................................"Early Eocene Climate Optimum" (optimo climático do Éocenone Inicial)
ESSENCE............................................................................."Equation of State: SupErNovae trace Cosmic Expansion (equação de estado)
G ou Gs.......................................................................................................Gauss, unidade de fluxo magnético. No SI 1Gs vale 10^-4 T (tesla)
GOC...................................................................................................................................................."Gas Oil Contact" (contacto gás petróleo)
GOR .............................................................................................................................................................."Gas Oil Ratio" (ratio gás petróleo)
GSSP....................................................................................................................................................................Global Standard Ypresian Stage
GWC ...................................................................................................................................................."Gas Water Contac" (contacto gás água)
HC..................................................................................................................................................................................................Hidrocarbonetos
HCS................................................................................................"Hummock Cross Stratification" (estratificação entrecruzada ondulada)
He.......................................................................................................................................................................................................................Hélio
HR......................................................................................................................................................................Diagrama de Hertzsprung-Russel
IDH............................................................................................................................................................Indicador Directo de Hidrocarbonetos
IFP................................................................................................................................................................................Institut Français du Pétrole
IT.........................................................................................................................................................................................Intervalo Transgressivo
LPG..........................................................................................................................................................................."Liquified Petroleum Gases"
Ma.............................................................................................................................................................Milhões de anos atrás (idade geológica)
MQR..................................................................................................................................................................Magnetismo Químico Remanente
MRD.......................................................................................................................................................... Magnetismo Remanente de Deposição
M eV..................................................................................................................................................................................Milhões de electrões volt
MTR............................................................................................................"Thermal Remant Magnetism" (magnetismo térmico remanente)
MSY........................................................................................................................................................................"Maximum Sustainable Yield"
My................................................................................................................................................................Milhões de anos (intervalo de tempo)
NGL..........................................................................................................................................."Natural Gas Liquids" (gás natural liquificado)
NIST......................................................................................................................................"National Institute of Standards and Technology"
LPG..............................................................................................................................."Liquefied Petroleum Gas" (gás de petróleo liquifiado)
O2.............................................................................................................................................................................................................Dioxogénio
Ob.................................................................................................................................................................................................................Oblíquo
OPEC............................................................................................................................."Organization of the Petroleum Exporting Countries"
OWC............................................................................................................................................"Oil-Water Contact" (contacto petróleo água)
P....................................................................................................................................................................................................................Paralelo
PAG........................................................................................................................................................................................"Petite âge glaciaire"
PCC.................................................................................................................................................Profundidade de compensação do carbonato
PETM.................................................................................................................................................."Paleocene / Eocene Thermal Maximum"
PNA..........................................................................................................................................................................................Prisma de Nível Alto
PNB.......................................................................................................................................................................................Prisma de Nível Baixo
PNBi........................................................................................................................................................................Prisma de Nível Baixo inferior
PNBs......................................................................................................................................................................Prisma de Nível Baixo superior
POGO....................................................................................................."Point of Greatest Onlap" (ponto mais alto dos biséis de agradação)
PS.....................................................................................................................................................................Diagrafia de Potencial Espontâneo
RCSD.............................................................................................................................................Ruptura Costeira da Superfície de Deposição
RG.....................................................................................................................................................................................Diagrafia do Raio Gama
Rs..............................................................................................................................................................................Taxa de subsidência corrigida
SB.............................................................................................................................................................................Limite de Ciclo Estratigráfico
SB 10.5 Ma........................................................................................................................Discordância de dia idade 10,5 milhões de anos atrás
SBP....................................................................................................................................................................Superfície basale de progradações
SDRs....................................................................................................."Seaward Dipping Reflectors" (Reflectores que inclinam para o mar)
SEG.........................................................................................................................................................."Societé Européenne de Géophysique"
SMI ou MFS......................................................................................................................................................Superfície máxima de inundação
SNG..........................................................................................................................................."Synthetic Natural Gas" (gás natural sintéctico)
SPE...................................................................................................................................................................."Society of Petroleum Engineers"
SNMR.................................................................................................................................................................Subida do Nível do Mar Relativo
SU..........................................................................................................................................................................Discordância do topo dos SDRs
SWEAT................................................................................................................................."Southwestern United States and East Antarctica"
Th.......................................................................................................................................................................................................................Tório
TCS................................................................................................."Trough Cross Stratification" (estratificação entrecruzada mamelonada)
TEMIS.................................................................................................................................Logiciel de quantificação de um sistema petrolífero
T/R....................................................................................................................................................Ciclo transgressão/regressão (sedimentares)
TRM...................................................................................................................................................................Magnetismo Térmico Remanente
U......................................................................................................................................................................................................................Urânio
uRs.....................................................................................................................................................................Taxa de subsidência não corrigida
Vc............................................................................................................................................................................................................Vale cavado
φ .........................................................................................................................................................................................Diâmetro en mm -log^2
σ1....................................................................................................................................................Eixo maior do elipsóide dos esforços efectivos
σ2....................................................................................................................................................Eixo médio do elipsóide dos esforços efectivos
σ3................................................................................................................................................Eixo pequeno do elipsóide dos esforços efectivos
10^3..........................................................................................................................................................................................Dez exponencial três
10^-3............................................................................................................................................................................Dez exponencial menos três
φ
Comprimento :
- para converter m em ft multiplicar por.......................................................................................12,0
- para converter m em in multiplicar por......................................................................................39,7
- para converter ft em in multiplicar por.......................................................................................12,0
- para converter ft em m multiplicar por........................................................................................0,3048
- para converter in em m multiplicar por.......................................................................................0,0254Área :
- para converter Acres em Hectares multiplicar por.....................................0,4046
- para converter Hectares em Acres multiplicar por.....................................2,471
- para converter m^2 em ft^2 multiplicar por...............................................10,76
- para converter ft^2 em m^2 multiplicar por...............................................0,0929Volume:
- para converter Acres-ft em bl multiplicar por............................................................................7 758,4
- ppara converter bl em m^3 multiplicar por................................................................................0,159
- para converter bl em ft^3 multiplicar por...................................................................................5,615
- para converter m^3 em bl multiplicar por..................................................................................6,290
- para converter m^3 em ft^3 multiplicar por...............................................................................5,31
- para converter ft^3 em bl multiplicar por...................................................................................0,1781
- para converter ft^3 em m^3 multiplicar por...............................................................................2,832 x 10^2Escoamento :
- para converter bl/d em m^3 /s multiplicar por...............1,8401 x 10^-6
- para converter m^3/s em bl/d multiplicar por................0,5434 x 10^6Massa :
- para converter kg em lb multiplicar por..........................................................................10,4536
- para converter lb em kg multiplicar por..........................................................................2,205Densidade :
- para converter g/cm^3 em kg/m^3 multiplicar por.......................................................1 000
- para converter g/cm^3 em lb/ft^3 multiplicar por........................................................62,43
- para converter kg/m^3 em g/cm^3 multiplicar por......................................................10^3
- para converter kg/m^3 em lb/ft^3 multiplicar por........................................................0,06243
- para converter lb/ft^3 em g/cm^3 multiplicar por........................................................0,01602
- para converter lb/ft^3 em kg/m^3 multiplicar por.......................................................6,02Pressão :
- para converter atm em psi multiplicar por...........................................................14,7
- para converter atm em dyn/cm^2 multiplicar por...............................................1,0133 x 10^6
- para converter atm em N/m^2 multiplicar por....................................................1,0133 x 10^5
- para converter psi em atm multiplicar por...........................................................6,805 x 10^-2
- para converter psi em dyn/cm^2 multiplicar por.................................................6,895 x 10^4
- para converter psi em N/m^2 multiplicar por......................................................6,895 x 10^-3
- para converter N/m^2 em atm multiplicar por.....................................................9,869 x 10^-6
- para converter N/m^2 em psi multiplicar por......................................................1,450 x 10^-4
- para converter N/m^2 em dyn/cm^2 multiplicar por..........................................10Viscosidade Absoluta :
- para converter centipoise em g/(cm) (s) (poise) multiplicar por.....................10^-2
- para converter centipoise em kg/(m) (s) (=N. s/m^2) multiplicar por............10^-3Permeabilidade :
- para converter Darcy (D) em cm^2 multiplicar por.............................................9,869 x 10^-9
- para converter Darcy (D) em m^2 multiplicar por...............................................9,869 x 10^-13
- para converter cm^2 em Darcy (D) multiplicar por............................................1,013 x 10^8
- para converter cm^2 em m^2 multiplicar por.....................................................10^-4
- para converter m^2 em Darcy (D) multiplicar por..............................................1,013 x 10^-2
- para converter m^2 em cm^2 multiplicar por.....................................................10^4Calor Trabalho Energia :
- para converter J em gcal multiplicar por.......................................................................0,2389
- para converter cal/(g) (mo) em J/(kg) (mol) multiplicar por........................................4186
- para converter J/(kg) (mol) cal/(g) (mo) em cal/(g) (mo) multiplicar p.......................0,2389 x 10^-3
d'après C. Emiliani (1992)
1) Semi-eixo maior (média da distância da Terra ao Sol).............................................1 AU (unidade astronómica)
igual a 149 597 870.7 km ...................igual a 499 005 segundos luz2) Semi-eixo menor................................................................................................................149 576 881,1 km
igual a 0.9998597 AU3) Excentricidade (a^2-b^2)^1/2/a........................................................................................0.01675104
4) Periélio...............................................................................................................................................0.98324896 AU
5) Média da diferença entre o afélio e periélio.......................1.01675104 AU
igual a 3.35%6) Velocidade orbital (média)............................................................................................29 784 km/s^-1
7) Inclinação do eixo (normal para o plano da órbita)..................................................23° 26' 28''
latitude des tropiques.............. colatitude des cercles polaires8) Mudança secular (ângulo de inclinação)........................................................................± 21° 39' pour ± 24° 36'
9) Ângulo de precessão....................................................................................................2 x 23° 26' 28''
10) Período de precessão (général)............................................................................25 800 ans
Climatique (périhélie-périhélie, été-été)............................................................................................21 000 ans
11) Tempo
Ano Sideral........................................................................................31 558 150 s (365,256 366 dE)
Ano Trópico.......................................................................................31 556 926 s (365,242 199 dE)
Dia Astronómico(dE).........................................................................4 400 s
Segundo Astronómico (SE)...............................................................1/31 556 925.9747 ano tropical 1900
Segundo Atómico (s)..........................................................................9 192 631 770 períodos de radiação 133Cs12) Raio
Raio Polar (c)...........................................................................................................6 356,779 km
Raio Equatorial (média) (a)....................................................................................6 378139 km
Raio Médio (a^2 c)^1/3...........................................................................................6 371,011 km
Achatamento............................................................................................................21,360 igual a 0,00033 = 0,33%13) Dimensões
Equador.........................................................................................................40 075,24 km
Quadrante Meridional.................................................................................10 002,02 km
Circunferência Polar.....................................................................................40 00,.08 km
Comprimento de 1° de latitude a 45° N......................................................111.132 km ou 60.006 miles nautiques
Comprimento de 1' de latitude a 45° N......................................................1.00017 miles nautiques14) Área
Terra..........................................................................................................................148 017 x 106 km^2
Oceano......................................................................................................................362 033 x 106 km^2
Total...........................................................................................................................510 050 x 106 km^215) Elevação Média
Terra...............................................................................................................+ 840 m
Oceano............................................................................................................-3 729 m
Bacias oceânicas............................................................................................-4 500 m16) Massa
Terra Sólida..............................................................................................................5,9737 x 10^24 kg
Oceano......................................................................................................................1,4 x 10^21 kg
Atmosfera..................................................................................................................5,1 x 10^18 kg
Total...........................................................................................................................5 976 x 10^24 kg
17) VolumeOceano................................................................................................1 349,929 x 10^6 km^3
Total....................................................................................................1 0831 x 10^12 km^318) Densidade Média.........................................................................5.518 g cm^3
19) Estrutura Interna
Espessura da Crusta continental:
Média......................................................................................................35 km
Extremos.................................................................................................20-80 km
Espessura da Crusta Oceânica.............................................................7 km
Base da Crusta (descontinuidade de Mohorovi?i?):
Crosta oceânica (média)...................................................................................................-12 km
Crosta continental (média)..............................................................................................-35 km
Base do Manto Superior.............................................................................................................-670 km
Limite Manto-Núcleo...................................................................................................................-2 885 km
Limite Núcleo Interno-Externo..............................................................................................-5 170 km20) Aceleração da gravidade (g) (média, nível do mar).....................9,81260 m/s^2
21) Aceleração da gravidade (go)(padrão)........................................9,80665 m/s^2
22) Campo Magnético (média)............................................................................0,5 gauss = 0.5 x 10^-4 T
23) Fluxo Geotérmico (média)...............................................................................6,142 x 10-2 Ω
24) Idade.......................................................................................................................................4,6 x 10^9 anos
25) Satélites Artificiais
Velocidade para atingir uma órbita circular (mínimo para orbitar)......................7.91 km/s
Velocidade para atingir órbitas elípticas...................................................................> 7.91 km/s, < 11,19 km/s
Velocidade para atingir uma órbita parabólica (mínimo para escapar)...............11.19 km/s
Velocidade para órbitas parabólicas...........................................................................> 11.19 km/s