Unidade Astronómica...............................................................................................................................................................Astronomic Unit

Unité astronomique / Unidad astronómica / Astronomische Einheit / 天文单位 / Астрономическая единица / Unità astronomica /

Distância média entre o Sol e a Terra. O símbolo da unidade astronómica é UA (Au em inglês).

Ver: « Sol »
&
« Terra »
&
« Universo Primitivo »

Em astronomia, a unidade astronómica (U.A.) é uma unidade de distância, mais ou menos, igual à distância média entre a Terra e o Sol. Como ilustrado nesta figura, ela é bastante utilizada para descrever a órbita dos planetas e outros corpos celestes no âmbito da astronomia planetária, valendo, aproximadamente, 150 milhões de quilómetros (149597870 km). A unidade astronómica é o raio da órbita circular de um planeta de massa desprezível e livre de perturbações cujo movimento médio é “K” radianos por dia à volta do Sol, onde “K” é a constante gravitacional de Gauss, com a unidade de tempo do dia solar e a unidade de massa, a massa do Sol. Essa unidade está, então, relacionada às dimensões do sistema solar e ao movimento da Terra. Em termos práticos, a unidade astronómica pode ser definida como a distância média entre a Terra e o Sol e cujo valor aceite, actualmente, é: 150000 000 km. Um ano luz = 9,5 x 1012 km = 9,5 triliões km = 9,5 biliões km e um parsec 1 parsec = 3,26 a.l. (anos-luz). Assim, pode dizer-se que 1 UA= 150 Mkm. Foi no século II A.C. que o astrónomo grego Hiparco tentou fazer o primeiro cálculo conhecido da distância entre a Terra e o Sol, aproveitando os eclipses totais da Lua. O seu método, entretanto, era bastante impreciso e resultou em vários valores pouco exactos. No início do século XVII, a determinação da distância da Terra ao Sol era a mais importante da astronomia e Edmund Halley propôs um método baseado na paralaxe da observação de dois astrónomos situados distantes um do outro a observar o trânsito de Vénus sobre o disco solar para melhor se avaliar esta distância. No entanto, dada a raridade do fenómeno, somente em 1631 e 1639 foi que ocorreu esse fenómeno e, então, foi possível aplicar o método de Halley para a calcular como sendo cerca de 150 milhões de quilómetros. Actualmente, são utilizados modernos métodos de deflexão das ondas de rádio para avaliação mais precisa desta distância. Por definição, a unidade astronómica é dependente da constante gravitacional heliocêntrica, que é o produto da constante gravitacional G e da massa solar M. Nem G nem M podem ser medidos com grande precisão em unidades SI, mas o valor do seu produto é conhecido com precisão observando a posição relativa dos planetas (terceira Lei de Kepler). Apenas o produto é necessário para calcular as posições planetárias para uma efeméride, o que explica porque é que as efemérides são calculadas em unidades astronómicas, e não em unidades SI.

Unidade Biostratigráfica.....................................................................................................................................Biostratigraphic Unit

Unité biostratigraphique / Unidad biostratigráfica / Biostratigraphische Einheit / 生物地层单位 / Биостратиграфическая единица / Unità biostratigrafica /

Conjunto de estratos caracterizados pelo seus fósseis, que se depositaram ao mesmo tempo, ou pelas suas características paleontológicas, que os diferenciam dos estratos adjacentes. Uma unidade biostratigráfica pode ter um significado cronostratigráfico ou ambiental.

Ver: « Estratigrafia »
&
« Unidade Cronostratigráfica »
&
« Unidade Litostratigráfica »

Os estratos podem ser subdivididos em função das suas características físicas, independentemente dos fósseis, que eles contém e das suas relações espaciais. Três tipos principais de unidades estratigráficas podem ser consideradas: (i) Unidades Litológica ; (ii) Unidades Biostratigráficas e (iii) Unidades Cronostratigráficas. Uma unidade litostratigráfica pode ser formada por rochas sedimentares, ígneas, metamórficas e em alguns casos por uma alternância destes tipos de rochas, o que quer dizer que uma unidade litostratigráfica corresponde a um corpo rochoso a três dimensões, uma vez que o conceito de unidade litostratigráfica se aplica vertical e lateralmente. Uma unidade cronostratigráfica mede o tempo geológico, cuja escala se baseia na seriação, no tempo, dos principais acontecimentos geológicos ocorridos na Terra desde a sua formação há cerca de 4,6 Ga. As principais unidades cronostratigráficas são a Era, o Período, a Época e a Idade, que correspondem, respectivamente, as unidades cronostratigráficas, Grupo ou Eratema, Sistema, Série e Andar ou Subandar. As unidades biostratigráficas, como ilustrado nesta tentativa de interpretação de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do onshore da Argélia, e como definido acima, são conjuntos de rochas ou de estratos unificados pelos seus fósseis ou características paleontológicas, que os diferenciam das rochas ou estratos adjacentes. Uma unidade biostratigráfica pode ser definida: (a) Simplesmente pela presença de fósseis ; (b) Pelo tipo de fósseis que ela contém ou, unicamente, pelos fósseis de um determinado tipo ; (c) Por um táxon (singular de taxa), que é uma unidade taxonómica, essencialmente, associada a um sistema de classificação científica, que pode indicar uma unidade em qualquer nível: Reino (categoria superior da classificação científica dos organismo introduzida por Linéus no século XVIII), Género (agrupamento de organismos vivos/fósseis que engloba um conjunto de espécies que partilham um conjunto muito largo de características morfológicas e funcionais, um genoma com alto grau de comunidade e uma proximidade filogenética muito grande, reflectida pela existência de ancestrais comuns próximos) e Espécie (conjunto de organismos semelhantes entre si, capazes de se cruzar e gerar descendentes férteis) são taxa assim como qualquer outra unidade de um sistema de classificação dos seres vivos ; (d) Por uma associação particular de fósseis ; (e) Pela distribuição de táxon ou taxa fósseis ; (f) Pela abundância de determinadas espécies de fósseis ; (g) Pelas características morfológicas dos fósseis ; (h) Pelo modo de vida e habitat dos organismos fossilizados ; (i) Pelos estágios do desenvolvimento evolucionário dos fósseis ; (j) Pelas variações de outros factores relacionados com os fósseis que os estratos contém, etc. Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do onshore da Argélia, os intervalos Câmbrico / Ordovícico, Silúrico e pós-Silúrico correspondem a unidades biostratigráficas, uma vez que foram caracterizados, principalmente, pelos fósseis recuperados durante a perfuração dos poços de pesquisa. O soco e os intervalos glaciar 1 e 2 são, sobretudo, unidades litostratigráficas. Elas foram individualizadas na base de um certo tipo litológico e, independentemente, dos fósseis que, eventualmente, eles possam conter. A discordância que limita o soco corresponde a uma superfície de erosão, que neste caso particular foi induzida por uma descida significativa do nível absoluto ou eustático associada a ruptura do supercontinente Protopangéia, enquanto que a discordância sublinhada em vermelho e que limita, superiormente, o intervalo Câmbrico / Ordovícico, está associada a um descida significativa do nível mar relativo (nível do mar local, referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica), que pôs o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia, que é o último rebordo continental do ciclo sequência precedente. Esta descida do nível do mar relativo foi, sobretudo, induzida, pela glacioeustasia associada com a grande glaciação do Ordovícico. Os enormes vales visíveis, neste autotraço, de um lado e doutro do alto do Câmbrico / Ordovícico são vales glaciários, cujo preenchimento se fez no Silúrico Inicial, a quando do depósito da parte terminal dos prismas de nível baixo (PNA), antes que o nível do mar relativo inundasse a planície costeira. Isto quer dizer que antes que a topografia pré-existente (Ordovícico) fosse coberta pela mar, os vales glaciares foram inundados criando ambientes sedimentares restritos e apropriados ao desenvolvimento de rochas-mães potenciais.

Unidade Cronostratigráfica........................................................................................................Chronostratigraphic Unit

Unité chronostratigraphique / Unidad cronostratigráfica / Chronostratigraphischen Einheit / 年代地层单位 / Хроностратиграфическая единица / Unità cronostratigrafica /

Conjunto de rochas ou estratos que representa as rochas ou estratos formados durante um intervalo específico do tempo geológico.

Ver: « Estratigrafia »
&
« Unidade Biostratigráfica »
&
« Unidade Litostratigráfica »

Os estratos podem subdividir-se em função das características físicas, dos fósseis que eles contém e das relações espaciais entre eles. Três tipos de unidades estratigráficas são, em geral, considerados: (i) Litológicas ; (ii) Biostratigráficas e (iii) Cronostratigráficas. Uma unidade litostratigráfica pode ser formada por rochas sedimentares, ígneas, metamórficas e em alguns casos por uma alternância destes tipos de rochas, o que quer dizer que uma unidade litostratigráfica corresponde a um corpo rochoso a três dimensões, uma vez que o conceito de unidade litostratigráfica se aplica vertical e lateralmente. Uma unidade biostratigráfica é um conjuntos de rochas ou de estratos unificados pelos seus fósseis ou características paleontológicas, que os diferenciam das rochas ou estratos adjacentes, a qual pode ser definida : (a) Pela presença de fósseis ; (b) Pelo tipo de fósseis que ela contém ou, unicamente, pelos fósseis de um determinado tipo ; (c) Por um táxon, que é uma unidade taxonómica, essencialmente, associada a um sistema de classificação científica, que pode indicar uma unidade em qualquer nível ; (d) Por uma associação particular de fósseis ; (e) Pela distribuição de táxon ou taxa fósseis ; (f) Pela abundância de determinadas espécies de fósseis ; (g) Pelas características morfológicas dos fósseis ; (h) Pelo modo de vida e habitat dos organismos fossilizados ; (i) Pelos estágios do desenvolvimento evolucionário dos fósseis ; (j) Pelas variações de outros factores relacionados com os fósseis que os estratos contém, etc. Uma unidade cronostratigráfica mede o tempo geológico, cuja escala se baseia na seriação, no tempo, dos principais acontecimentos geológicos ocorridos na Terra desde a sua formação há cerca de 4,6 Ga. As principais unidades cronostratigráficas são a Era, o Período, a Época e a Idade, que correspondem, respectivamente, as unidades cronostratigráficas, Grupo ou Eratema, Sistema, Série e Andar ou Subandar. As unidades cronostratigráficas podem utilizar-se nas tentativas de interpretação geológica das linhas sísmicas, mas devem ser, imperativamente, testadas e calibradas pelos resultados dos poços de pesquisa. Uma unidade cronostratigráfica, como as ilustradas nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica do offshore profundo do Norte de Angola, representa todas as rochas formadas durante um determinado intervalo de tempo. Para cada termo utilizado para denominar uma unidade cronostratigráfica (intervalo sedimentar) existe um termo geocronológico equivalente (intervalo de tempo). O Sistema Cretácico (unidade cronostratigráfica, isto é, unidade sedimentar) engloba todas as rochas que se formaram durante o Período Cretácico (unidade geocronológica, isto é, tempo). Da mesma maneira, o Cretácico Superior é uma unidade cronostratigráfica, que significa o conjunto das rochas que se formaram durante o Cretácico Tardio ou Terminal (unidade geocronológica). Um geocientista só pode fazer subdivisões cronostratigráficas se tiver a possibilidade de reconhecer marcadores tempo. Se isto for o caso, o número e tipo de rochas ou estratos que pertencem a uma unidade cronostratigráfica particular pode variar muito de um lugar para outro. O único critério, realmente, válido para incluir estratos dentro de uma unidade cronostratigráfica é que a idade desses estratos caía dentro do intervalo de tempo que a caracteriza. Na interpretação das linhas sísmicas, salvo raras excepções, os reflectores, assim, como as superfícies sísmicas definidas pelas terminações dos reflectores (discordâncias, superfícies da base das progradações, etc.) correspondem a linhas cronostratigráficas. O conhecimento da assinatura estratigráfica dos sistemas geológicos (unidades cronostratigráficas) facilita muito a interpretação geológica das linhas sísmicas em ciclos estratigráficos, os quais são unidades cronostratigráficas limitadas por linhas tempo (discordâncias). O tempo real de deposição de uma unidade estratigráfica limitada entre duas discordâncias, como nesta tentativa de interpretação, o intervalo limitado entre as discordâncias 8,5 Ma e 10,5 Ma, não corresponde a diferença de idade das discordância. O tempo real de deposição é muito mais pequeno. O geocientista tem que ter uma ideia da completude (relação entre o tempo real de deposição e tempo geológico total) do intervalo sedimentar considerado para, por exemplo, calcular a taxa de sedimentação (tempo necessário para depositar uma camada de uma determinada espessura). No offshore de Angola, a completude dos depósitos turbidíticos é cerca de 0,1 / 0,2.

Unidade Estratigráfica Discordante................................................................................Allostratigraphic Unit

Unité stratigraphique discordante / Unidad estratigráfica discordante / Widersprüchliche stratigraphischen Einheit / 不和谐的地层单位 / Несогласная стратиграфическая единица / Unità stratigrafica discordanti /

Intervalos discordantes limitados por discordâncias (tipo I ou II) ou por outras descontinuidades. É importante, não confundir os intervalos estratigráficos discordantes com ciclos sequência. Os ciclos sequência são limitados por discordâncias, na parte superior da bacia, e pelas suas correlativas paraconformidades na parte profunda da bacia, assim eles podem, ser considerados, totalmente, como unidades discordantes.

Ver: « Sequência de Deposição »
&
« Unidade Biostratigráfica »
&
« Unidade Cronostratigráfica »

Antes de mais lembremos que s estratos podem ser subdivididos, função das suas características físicas, independentemente dos fósseis, que eles contém e das suas relações espaciais, de três tipos principais de unidades estratigráficas: (i) Litológicas ; (ii) Biostratigráficas e (iii) Cronostratigráficas. Uma unidade litostratigráfica pode ser formada por rochas sedimentares, ígneas, metamórficas e em alguns casos por uma alternância destes tipos de rochas, o que quer dizer que uma unidade litostratigráfica corresponde a um corpo rochoso a três dimensões, uma vez que o conceito de unidade litostratigráfica se aplica vertical e lateralmente. Uma unidade biostratigráfica é um conjuntos de rochas ou de estratos unificados pelos seus fósseis ou características paleontológicas, que os diferenciam das rochas ou estratos adjacentes, a qual pode ser definida : (a) Pela presença de fósseis ; (b) Pelo tipo de fósseis que ela contém ou, unicamente, pelos fósseis de um determinado tipo ; (c) Por um táxon, que é uma unidade taxonómica, essencialmente, associada a um sistema de classificação científica, que pode indicar uma unidade em qualquer nível ; (d) Por uma associação particular de fósseis ; (e) Pela distribuição de táxon ou taxa fósseis ; (f) Pela abundância de determinadas espécies de fósseis ; (g) Pelas características morfológicas dos fósseis ; (h) Pelo modo de vida e habitat dos organismos fossilizados ; (i) Pelos estágios do desenvolvimento evolucionário dos fósseis ; (j) Pelas variações de outros factores relacionados com os fósseis que os estratos contém, etc. Uma unidade cronostratigráfica mede o tempo geológico, cuja escala se baseia na seriação, no tempo, dos principais acontecimentos geológicos ocorridos na Terra desde a sua formação há cerca de 4,6 Ga. As principais unidades cronostratigráficas são a Era, o Período, a Época e a Idade, que correspondem, respectivamente, as unidades cronostratigráficas, Grupo ou Eratema, Sistema, Série e Andar ou Subandar. Esta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica regional do offshore da Turquia (Mar Negro) foi feita em ciclos estratigráficos. Os limites entre estes ciclos são discordâncias (superfícies de erosão) ou as suas paraconformidades correlativas em água profunda, isto é, que correlacionam, a montante, com as discordâncias. Os intervalos considerados são unidades estratigráficas discordantes, uma vez que eles são individualizadas por discordâncias ou pelas paraconformidades correlativas. O estudo das unidades estratigráficas discordantes, também chamadas unidades alostratigráficas, é o campo da alostratigrafia, que envolve a interpretação estratigráfica, as correlações e a cartografia utilizando descontinuidades e superfícies com um valor cronostratigráfico (discordâncias, superfícies de omissão, superfícies ravinamento, superfícies de inundação, etc.), para subdividir uma secção sedimentar. Assim, a alostratigrafia subdivide a estratigrafia na base de discordâncias e outras desconformidades. Ela é uma maneira de definir e nomear sucessões de rochas sem pôr uma ênfase particular no tipo de descontinuidade que dever ser usado como base de limite. As unidades alostratigráficas (alomembros de certos geocientistas) representam intervalos, litologicamente, heterogéneos que podem incluir camadas que foram, previamente, incluídas em formações geológicas diferentes. Os limites entre as unidades alostratigráficas ou discordantes, que atravessam as limites litostratigráficos convencionais, ilustram melhor as relações genéticas entre as diferentes unidades litostratigráficas. As unidades alostratigráficas, não só podem incluir os ciclos estratigráficos (ciclos de invasão continental, subciclos de invasão continental, ciclos sequência e ciclos de alta frequência, isto é, induzidos por ciclos eustático de 4a e 5a ordem com uma duração inferior a 0,5 My), mas também as unidades da estratigrafia genética (limitadas pelas superfícies de inundação marinha) proposta por Galloway (1989). Resumindo: (i) A alostratigrafia representa uma maneira genética de definir e nomear sucessões de rochas limitadas por descontinuidades e enfatiza uma cartografia ; (ii) A estratigrafia sequencial representa mais um modo de interpretar sucessões de rochas no contexto da ciclicidade das variações do nível do mar (absoluto ou eustático e relativo), o que permite prognosticar as idades e litologias. A idade é baseada na análise dos ciclos-sequência para extrair o sinal eustático que é correlacionado com a curva global eustática. A litologia é predita pela análise dos cortejos sedimentares que são associações laterais de sistemas de deposição (litologia e fauna, mais ou menos típicas) síncronos e, geneticamente, ligados entre si, quer isto dizer que, em geral, se um sistema de deposição de um cortejo sedimentar não se depositou, os outros também não se depositam.

Unidade Litostratigráfica..........................................................................................................................Lithostratigraphic Unit

Unité lithostratigraphique / Unidad litostratigráfica / Lithostratigraphische Einheit / 岩石地层单位 / Литостратиграфическая единица / Unità litostratigrafica /

Conjunto de rochas ou estratos caracterizados por uma certa fácies (litologia). Uma combinação de tipos litológicos ou uma um conjunto de rochas que possui, em comum, uma outra característica litológica determinante.

Ver: « Estratigrafia »
&
« Unidade Cronostratigráfica »
&
« Unidade Biostratigráfica »

Os estratos podem subdividir-se em função das características físicas, dos fósseis que eles contém e das relações espaciais entre eles. Três tipos de unidades estratigráficas são, em geral, considerados: (i) Litológicas; (ii) Biostratigráficas e (iii) Cronostratigráficas. Uma unidade biostratigráfica é um conjuntos de rochas ou de estratos unificados pelos seus fósseis ou características paleontológicas, que os diferenciam das rochas ou estratos adjacentes, a qual pode ser definida : (a) Pela presença de fósseis ; (b) Pelo tipo de fósseis que ela contém ou, unicamente, pelos fósseis de um determinado tipo ; (c) Por um táxon, que é uma unidade taxonómica, essencialmente, associada a um sistema de classificação científica, que pode indicar uma unidade em qualquer nível ; (d) Por uma associação particular de fósseis ; (e) Pela distribuição de táxon ou taxa fósseis ; (f) Pela abundância de determinadas espécies de fósseis ; (g) Pelas características morfológicas dos fósseis ; (h) Pelo modo de vida e habitat dos organismos fossilizados ; (i) Pelos estágios do desenvolvimento evolucionário dos fósseis ; (j) Pelas variações de outros factores relacionados com os fósseis que os estratos contém, etc. Uma unidade cronostratigráfica mede o tempo geológico, cuja escala se baseia na seriação, no tempo, dos principais acontecimentos geológicos ocorridos na Terra desde a sua formação há cerca de 4,6 Ga. As principais unidades cronostratigráficas são a Era, o Período, a Época e a Idade, que correspondem, respectivamente, as unidades cronostratigráficas, Grupo ou Eratema, Sistema, Série e Andar ou Subandar. Uma unidade litostratigráfica pode ser formada por rochas sedimentares, ígneas, metamórficas e em alguns casos por uma alternância destes tipos de rochas, o que quer dizer que uma unidade litostratigráfica corresponde a um corpo rochoso a três dimensões, uma vez que o conceito de unidade litostratigráfica se aplica vertical e lateralmente. Não há uma extensão geográfica específica para as unidades litostratigráficas, a qual depende sempre da continuidade e extensão das características que se verificam. Para facilitar a localização no campo, seleccionam-se os locais que mais evidenciam estas particularidades. As unidades litostratigráficas dividem-se em: (i) Grupo, que é constituído por duas ou mais formações que não necessitam ser do mesmo local (Supergrupo refere-se à associação de vários Grupos cujas características são interrelacionadas, enquanto que Subgrupo corresponde apenas ao conjunto de algumas das formações de um Grupo) ; (ii) Formação, corpo rochoso identificado pelas suas características litológicas e posição estratigráfica, cuja dimensões permitem uma cartografia ; (iii) Membro, que se caracteriza-se pelas potenciais particularidades de uma zona que a diferencia do resto da formação adjacente ; (iv) Camada, estrato cuja espessura pode variar desde 1 cm até vários metros e cujo contacto, que pode corresponder a uma descontinuidade estratigráfica, com as camadas superiores e inferiores pode ser de vários tipos: abrupto, gradual, ondulado, etc. Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do onshore do Texas (EUA), feita ao nível hierárquico dos ciclos sequência, os diferentes grupos de cortejos sedimentares, individualizados dentro de cada um dos ciclos sequência, podem ser considerados, de maneira aproximativa, como unidades litostratigráficas. Cada cortejo sedimentar que corresponde, praticamente, a um paraciclo sequência é constituído por dois ou três sistemas de deposição e cada sistema de deposição é caracterizado por uma litologia e uma fauna associada. Um paraciclo sequência é induzido por um paraciclo eustático (subida do nível do mar relativo), mas que se deposita durante o período de estabilidade do nível do mar relativo que ocorre entre os sucessivos paraciclos eustáticos (não há descida do nível do mar relativo entre os paraciclos eustáticos). A unidade litostratigráfica de base é a "Formação", que tem uma posição intermediária na hierarquia da unidades litostratigráficas e, que é a única unidade formal, que é usada para subdividir a inteira coluna estratigráfica mundial em unidades na base das características litológicas. Como dito acima, as formações geológicas (conjunto de rochas ou minerais que tem características próprias, em relação à sua composição, idade, origem ou outras propriedades similares) são subdivididas em Membros e Camadas. Um membro é sempre uma parte de uma formação, mas uma formação não é, necessariamente, dividida em membros. Segundo o Guia Internacional para a Classificação Estratigrafia, o nome formal de uma unidade estratigráfica deve ser o nome da localidade geográfica onde ela aflora combinado com o apropriado termo da sua hierarquia (Grupo, Formação, Membro, Camada). A formação “La Lluna”, por exemplo, conhecida pelas suas características de rocha-mãe, é a unidade litológica típica do Cenomaniano-Turoniano no onshore e offshore da Venezuela.

Uniformitarismo (princípio)............................................................................................................................................................Uniformitarism

Uniformitarisme (principe) / Uniformitarismo (princípio) / Aktualismus (Geologie) / 均變論, 均变(原则) / Униформитарианизм / Uniformitarisme /

A Terra foi e é modelada por processos que ainda são activos hoje, quer isto dizer, que as mesmas leis e processos naturais que operam actualmente no Universo, operaram desde sempre e em qualquer parte no Universo.

Ver: « Princípio Geológico »
&
« Catastrofismo (princípio) »
&
« Teoria da Evolução »

O uniformitarismo é uma corrente de pensamento geológico formulada por James Hutton, o pai da geologia moderna e, posteriormente, desenvolvida por Charles Lyell e que, segundo certos geocientistas foi corroborada por Charles Darwin através do estudo do evolucionismo. O uniformitarismo sugere, basicamente que: (i) Os acontecimentos do passado são o resultado de forças da Natureza idênticas às que se observam hoje (actualismo geológico, que diz que as transformações morfológicas da crusta terrestre no passado devem-se a fenómenos análogos aos que se observam actualmente) ; (ii) Os acontecimentos geológicos são o resultado de processos lentos e graduais da Natureza (Gradualismo, que diz que a evolução ocorre através da acumulação de pequenas modificações ao longo de várias gerações, o que é em perfeita oposição à hipótese do Saltacionismo, que sugere uma mudança repentina num determinado organismo de uma geração para a outra). Sobre o uniformitarismo, James Hutton concluiu que "O Presente é a chave do Passado". No uniformitarismo, as leis da natureza são constantes. O estudo dos processos geológicos actuais permite interpretar a evolução geológica, colocando os registos geológicos impressos nas rochas e nas suas estruturas como num puzzle. Segundo com R. Hooykaas (1963), o uniformitarismo de Lyell é o conjunto de quatro proposições, mais ou menos, relacionadas entre si e não uma única ideia: (a) Lei da Uniformidade: as leis da natureza são constantes ao longo do tempo e espaço ; (b) Lei da Metodologia - as hipóteses adequadas para explicar o passado geológico são análogas às utilizadas para explicar o presente ; (c) Uniformidade da Natureza: as causas passadas e presentes são todas do mesmo tipo, têm a mesma energia e produzem os mesmos efeitos ; (d) Uniformidade da Intensidade: as circunstâncias geológicas permaneceram as mesmos ao longo do tempo. Contudo, nenhuma dessas conotações requer outra e eles não são todas elas são, igualmente, inferidas pelos adeptos do uniformitarismo.

Universo (idade)......................................................................................................................................................................................................................................Universe

Univers (âge) / Universo (edad) / Universum (Alter) / 宇宙(年龄)/ Вселенная (возраст) / Universo (età) /

Assumindo um valor provável para a constante de Hubble de 18 km/s para 1 My, a idade do Universo é de cerca de 16,5 Ga. Evidentemente, que a chifra decimal é ilusória, uma vez que o erro do método de determinação é muito mais superior. Assim pode dizer-se, que a determinação da idade da Terra, por C. Patterson, de cerca de 4,6 Ga não mudou até hoje. O que mudou foi a idade do Universo, o qual é constituído essencialmente por matéria (quarks e leptões), forças (força da gravidade, força fraca, força electromagnética e força forte), espaço-tempo e vazio. O espaço-tempo e o vazio jogam o papel de uma espécie de arena, no sentido taurino, na qual a matéria e as forças evoluem entre elas ao mesmo tempo que o espaço-tempo.

Ver: « Tempo Geológico »
&
« Tempo Cosmológico »
&
« Impacto »

Segundo o modelo científico do Universo*, conhecido como Big Bang, o Universo surgiu de um único ponto ou singularidade (o que actualmente vários autores contestam, como, por exemplo Étienne Klein no seu livro "Discours sur l'Origine de l'Univers, Flamarion, 2010) onde toda a matéria e energia do Universo observável se encontrava concentrada numa fase densa e, extremamente, quente chamada Era de Planck. A partir da Era Planck, o Universo ter-se-ia expandindo até a sua forma actual, possivelmente, num curto período (menos que 10-32 segundos) de inflação cósmica, isto quer dizer, que o tamanho do Universo duplicou cem vezes em uma fracção de segundo, durante a qual, por exemplo, uma região cerca de 1020 vezes mais pequena que um protão (0.84184 x 10-15 (fentómetros) = ± 0.000000000000000800 metros) inflacionado em uma esfera, mais ou menos, do tamanho de um limão. Diversas avaliações experimentais independentes apoiam, teoricamente, uma tal expansão e a teoria do Big Bang. Observações recentes indicam que essa expansão tem-se acelerado por causa da energia escura** e pelo facto de que a maioria da matéria está numa forma que não pode ser detectada pelos instrumentos existentes e por isso não é contabilizada nos modelos actuais do Universo. Essa matéria é chamada de matéria escura. A imprecisão das actuais observações tem dificultado as predições acerca do destino do Universo. As actuais interpretações das observações astronómicas sugerem que a idade do Universo é de 13,73 (± 0,12) biliões de anos, mas tudo é função do valor da constante de Hubble, isto é, da constante de proporcionalidade existente hoje entre distância e velocidade de recessão aparente das galáxias no Universo observável. Na realidade, esta idade foi calculada, numa primeira fase medindo, as distâncias e as velocidades radiais de outras galáxias, a maioria das quais está viajando para longe da nossa a velocidades proporcionais às suas distâncias e, depois, utilizando a taxa de expansão actual do universo, para "rebobinar" o Universo até o ponto onde tudo estava contido numa singularidade, e calcular quanto tempo deve ter passado entre esse momento (Big Bang) e o presente. Por exemplo, (https://www.forbes.com/ sites/startswithabang/2016/04/29/how-do-we-know-the-age-of-the-universe/ #22e9d49c6155) se o Universo tivesse as mesmas propriedades que actualmente, mas fosse feito a 100% de matéria normal e sem matéria escura ou energia escura, a idade do Universo seria apenas 10 biliões de anos de idade (constante de Hubble fosse de 70 km/s/Mpc (1 Megaparsec (Mpc) = 3,26 milhões de anos luz). Se o Universo tivesse 5% de matéria normal (sem matéria escura ou energia escura) e a constante de Hubble fosse de 50 km/s/Mpc em vez de 70 km/s/Mpc, nosso Universo teria cerca de 16 biliões de anos. Todavia fazendo marcha atrás (rebobinando) até o Big Bang requer conhecer a história da taxa de expansão, que se pode determinar examinando a densidade e a composição do Universo. Os cosmologistas estudaram observações do fundo de microondas cósmico, radiação de relíquias do tempo do Big Bang, para determinar esses parâmetros. Duas naves espaciais mediram o fundo de microondas cósmico em todo o céu (http://www.skyandtelescope. com/ astronomy-resources/age-of-the-universe/): a sonda de anisotropia de microondas Wilkinson (WMAP) e sonda Planck. A sonda Planck melhorou as observações do WMAP com maior sensibilidade e resolução. A partir de 2013, os dados da Planck definiram a idade do universo em cerca de 13,77 biliões de anos (mais ou menos 59 milhões de anos). O diâmetro do Universo é de 93 biliões de anos-luz ou 8,80 ×1026 metros. De acordo com a teoria da relatividade geral*** o espaço pode expandir-se, tão rapidamente, como a velocidade da luz, embora possamos ver apenas uma pequena fracção do Universo devido à limitação imposta pela velocidade da luz. Ninguém sabe se a dimensão do espaço é finita ou infinita. Hoje em dia, ainda é impossível saber se o Universo continuará a expandir-se infinitamente, levando à desagregação de toda a matéria e à sua morte, ou se, eventualmente, essa expansão abrandará e se iniciará um processo de condensação. É esta última hipótese, que sustenta a possibilidade da ocorrência de um fenómeno inverso ao Big Bang, que foi chamado Big Crunch.

(*) Todas as estrelas que nós vemos no céu pertencem a um largo sistema chamado Galáxia. A galáxia é formada por mais ou menos 100 biliões (1011) de estrelas e tem a forma de um disco. Este disco tem uma largura de cerca 100000 anos luz e mais ou menos 1000 anos luz de espessura no centro.  Galáxia não é o único sistema deste tipo. Há cerca de 100 biliões (1011 outras galáxias no universo visível. Algumas delas são mais pequenas e outras maiores, mas a maior parte delas tem um tamanho semelhante à nossa Galáxia. A maior parte das galáxias distantes que nós observamos estão a cerca de 15 biliões (15 x 109) anos luz de distância, o que quer dizer que nós as vemos como elas eram  há 15 x 109 anos atrás e que fazemos a mínima ideia onde elas estão hoje ou mesmo se elas existem. Como a velocidade da luz é limitada, o raio do universo visível é dado pela equação r=ct, na qual c é a velocidade da luz e t a idade do universo. Há cerca de 1011 estrelas na Galáxia e cerca de 1011 galáxias no universo visível. Assim o número total de estrelas no universo visível e de 1022 (C. Media, 1995).

(**) Forma de energia hipotética que estaria distribuída por todo o espaço e que tende a acelerar a expansão do Universo. A principal característica da energia escura que ela age , a grande escala, em oposição a gravidade, o que é utilizado por diversas teorias modernas que tentam explicar as observações que sugerem que o Universo está em expansão acelerada.

(***) A velocidade da luz não é mais mantida constante, mas depende do sistema de coordenadas quando um campo gravitacional está presente: todos sistemas de coordenadas gaussianas (num sistema de coordenadas euclidianas, a unidade de distância não varia com a posição, o que não é o caso num sistema de coordenadas gaussianas uma vez que corresponde a um sistema de coordenadas de curvas arbitrárias, não justapostas, em uma superfície qualquer) são equivalentes para a formulação das leis gerais da natureza, de modo que as equações não devem mudar de forma ao serem submetidas a substituições arbitrárias das variáveis gaussianas.

Universo Inflacionário...............................................................................................................................................Inflationary Universe

Univers inflationnaire / Universo inflacionario / Inflationäre Universum / 宇宙膨胀 / Инфляционная Вселенная / Universo inflazionario /

Modelo do Universo que sugere uma época de inflação importante da expansão para resolver um certo número de problemas criados pela teoria do Big Bang.

Ver: « Big Bang (teoria) »
&
« Constante de Hubble »
&
« Universo (idade) »

A inflação cósmica é uma teoria que foi proposta, inicialmente, por Alan Guth (1981) e que postula que o Universo, no seu momento inicial passou por uma fase de crescimento exponencial*. Segundo esta teoria, a inflação foi produzida por uma densidade de energia do vácuo negativa ou uma espécie de força gravitacional repulsiva. Esta expansão pode ser modelada com uma constante cosmológica não nula. Todo o Universo observável poderia ter-se originado numa pequena região. No modelo cosmológico padrão ou Big Bang, existem três problemas fundamentais: (i) O problema do horizonte, fronteira imaginária ao redor de um buraco negro a partir da qual a força da gravidade é tão forte que nem a própria luz pode escapar do um buraco negro, uma vez que a sua velocidade é inferior a velocidade de escape do buraco negro, e onde as leis da física não podem ser aplicadas ; (ii) O problema da planitude, no Universo actual, a densidade da energia é muito próxima da densidade crítica (densidade necessária para que o Universo seja plano) ; (iii) O problema da abundância dos monopólos magnéticos e outros defeitos topológicos, que sugerem que a quebra da "superssimetria" isto é, a simetria que relaciona uma partícula fundamental com um certo valor de spin com outras partículas com spins (propriedade quântica intrínseca associada a cada partícula, característica da natureza da partícula ao mesmo título que a sua massa e carga eléctrica) diferentes por meia unidade, leva a produção de muitas relíquias "desnecessárias" tais como monopólos magnéticos maciços e extremamente estáveis, cordas cósmicas e defeitos topológicos no espaço-tempo análogos às imperfeições na estrutura cristalina de um cristal. A teoria do Universo inflacionário que propõe uma solução para resolver estas dificuldades. Contudo, não se sabe o que causou a inflação. Certos autores pensam que ela pode ter ocorrido em associação com uma transição de fase. A transformação da água em gelo (líquido-sólido), por exemplo, é uma transição de fase que libera a energia latente da água. Uma transição de fase no Big Bang teria liberado energia latente, responsável pela expansão súbita do Universo.

(*) Universo começou expandir-se à velocidade da luz. Se a expansão tivesse sido sempre a essa velocidade, o raio actual do Universo visível seria o raio real do Universo, o que parece não ser verdade. Por isso, os cientistas propuseram um esquema chamado « Modelo de Inflação » segundo o qual entre 10-33 e 10-32 segundos depois do Big Bang, o Universo se teria expandido a uma velocidade muito maior que a velocidade da luz. O seu raio teria crescido de 10-33 segundos luz, o que igual 3 x 10-25 metros, até 0,1 metros. O intervalo de tempo entre entre 10-33 e 10-32 segundos corresponde a 0,9 x 10-32 s. Como a distância coberta pela luz durante esse tempo é de 2,7 x 10-24 metros, a taxa da expansão foi de 0,1/27 x 10-24 = 3,7 x 1022 vezes mais rápida que à velocidade da luz. Depois o Universo teria continuado a expandir-se à velocidade da luz (C. Emiliani, 1995) Se o modelo de inflação for correcto, o raio actual do Universo seria 3,7 x 10-22 vezes maior do que o raio do Universo visível. Se esférico, o Universo inteiro conteria cerca de 5 x 1067 universos tão largos como o Universo visível (C. Emiliani, 1995).

Universo Primitivo..........................................................................................................................................................................................Early Universe

Univers primitif / Universo primitivo / Frühen Universum / 早期宇宙 / Ранняя Вселенная / Universo primordiale /

Período da evolução do Universo que começa no fim da inflação cósmica (mais ou menos 10-16 segundos depois do Big Bang) e vai até ao início do período escuro (mais ou menos 400 ky depois do Big Bang).

Ver: « Big Bang (teoria) »
&
« Constante de Hubble »
&
« Universo (idade) »

Actualmente, o Universo parece ser dominado pela energia negra, uma vez que cerca de 70% massa-energia total do Universo é energia escura. Os restantes 30% englobam toda a matéria (matéria escura e matéria normal). A maior parte da radiação é a radiação do fundo cósmico. A radiação das estrelas e galáxias é muito fraca. Contudo, não foi sempre assim. O Universo primitivo era dominado por uma densidade de radiação que excedia a densidade da matéria. Cerca de 50 k anos depois do Big Bang, a densidade da matéria excedia a densidade de radiação, a qual acabou por dominar o Universo. Actualmente, a energia escura domina a densidade de matéria. No início do Universo, a matéria e antimatéria foram criadas de forma igual a partir da produção de pares de radiação. A produção de pares é a produção de matéria e antimatéria em pares. A antimatéria é um tipo de matéria que tem a mesma massa que a matéria normal, mas uma carga oposta. A matéria e antimatéria podem ser criadas em pares de energia (ou radiação electromagnética), E = m c2, onde E = energia, m = massa e c2 = velocidade da luz ao quadrado. Por exemplo, energia --> protão + antiprotão ou energia --> electrão + positrão. Ao contrário, matéria pode aniquilar-se em pares, como, por exemplo: protão + antiprotão ---> energia ou electrão + positrão (antielectrão) --> energia. As conjecturas básicas sobre o Universo primitivo são: (a) A matéria (partículas), eventualmente, domina a antimatéria (antipartículas) ; (b) Ao princípio, devido à alta temperatura, a matéria e antimatéria foram criadas de maneira continua e as partículas e antipartículas era em igual número ; (c) A matéria (que inicialmente era igual a antimatéria) tornou-se dominante (experiências em aceleradores de alta energia mostram que s se começar com quantidades iguais de matéria e antimatéria, as interacções produirão um ligeiro excesso de matéria) ; (d) Quanto maior é temperatura da radiação, maior é a energia dos fotões e maior será a massa de partículas criadas em pares ; (e) Desde que a temperatura diminui, mesmo as mais leves partículas não pode ser criadas o que, certamente, ocorreu cerca de um minuto após o Big Bang.

Urálico (oceano).............................................................................................................................................................................Uralic ocean, Ural Ocean

Océan ouralien / Océano urálico / Uralischen Ozean / 乌拉尔海洋/ уральская океана / Oceano di Ural /

Pequeno antigo oceano situado entre a Sibéria e Báltica, que se formou no Ordovícico Tardio e que se fechou no Pérmico Inicial / Triásico Inicial.

Ver: « Bisel Superior por Truncatura »

Uvala.........................................................................................................................................................................................................................................................................................Uvala

Uvala / Uvala / Uvala (Depressionen durch die Fusion von Dolinen gebildet) / Uvala (由落水洞合并形成抑郁症) / Карстовая долина / Uvala (depressione formata dalla fusione di doline) /

Grande depressão fechada, de forma qualquer e de fundo acidentado, geralmente, escavado por dolinas.

Ver: « Carso »
&
« Dolina »
&
« Dissolução »

Como ilustrado nesta figura uma uvala é uma depressão cárstica oval e de contornos sinuosos, resultante, na maior parte dos casos, da resultante fusão de vários dolinas adjacentes. Da mesma maneira, a união de várias formas uvala forma um "Polje". Há vários mecanismos de formação de uma dolina: (i) Remoção gradual das partes solúveis de uma rocha (em geral calcários) por infiltração de água ; (ii) Colapso do tecto de uma gruta ; (iii) Abaixamento da nível freático (nível ao qual à pressão da água é igual à pressão atmosférica), etc. Por vezes, debaixo da abertura de uma dolina pode encontrar-se uma caverna e mesmo rios. As dolinas estão, muitas vezes, associadas com as morfologias de carso, subsequentemente as uvalas. Em tais regiões, pode haver centenas ou mesmo milhares de dolinas em áreas, relativamente, pequenas, de tal modo que a superfície do terreno é, totalmente, alterada e nenhuma corrente água é possível, em superfície, uma vez que toda água se escoa em profundidade. Com o tempo, as cavernas nos calcários aumentam de volume, os tectos colapsam e formam dolinas, que formando-se muito rapidamente podem ter consequências catastróficas, destruindo, casas, carros e outras propriedades. Como ilustrado acima, as dolinas associando-se umas às outras, formam uvalas de grades dimensões as quais, por sua vez formam um polje, o qual pode permanecer seco, ser atravessado por um curso de água ou ser inundado permanente ou temporariamente. Com a subida do nível freático, os poljes podem ser alimentados por exsurgências ou por pornors (aberturas naturais em áreas cársicas que se comunicam com uma rede de galerias que podem servir de sumidouro ou exsurgência consoante o nível freático), que podem funcionar como sumidouros quando este volta a baixar. Por vezes têm hums que são uma forma de relevo rochoso abrupto, isolado e disperso no interior dos poljes. Um hum pode ser definido como um relevo residual de calcário que se ergue numa superfície de corrosão cársica, que pode apresentar formas variadas, em geral piramidais, com cume agudo ou plano, forma maciça ou arredondada).


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Última actualização: Março, 2018