Crono..................................................................................................................................................................................................................................................................................................Chron
Chron / Crono / Chron / 专栏 / Крон / Chron
Unidade geocronológica correspondente a uma cronozona, quer isto dizer, um conjunto de rochas que se formaram, em qualquer parte, durante um determinado intervalo de tempo de qualquer unidade estratigráfica ou evento geológico. As rochas formadas durante os intervalos de polaridade (magnética) normal, ou inversa, os quais, em geral, duram entre 10 k (mil) e 10 M (milhões) de anos, definem-se por cronos. Ex: intervalo estratigráfico entre polaridade cronos C33n to C29r (Campaniano Tardio até ao Maastrichiano). Note que, r quer dizer inversa, e n normal.
Ver: " Magnetostratigrafia "
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" Cronozona "
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" Estratigrafia "
Figura 204 (Crono) - A cronostratigrafia é o ramo da estratigrafia que trata das relações temporais entre as diferentes rochas. As unidades cronostratigráficas são definidas pelas rochas, estratificadas ou não, que se formaram durante um certo intervalo de tempo geológico. Numa certa medida, estas unidades são conceptuais. Elas podem ser consideradas como subconjuntos rochosos formados durante um tempo geológico específico. Por exemplo, o sistema Devónico é um conjunto de rochas sedimentares, metamórficas e ígneas que se formaram, em qualquer parte do mundo, durante o Período Devónico (período geológico). Assim, a expressão Devónico Superior é utilizado para as rochas. Deve diz-se: “Os argilitos do Devónico Superior” e não os argilitos do Devónico Tardio. Da mesma maneira deve dizer-se: “Durante o Ordovícico Tardio o teor de CO2 era de 4,5 k ppm” e não “ Durante o Ordovícico Superior o teor de CO2 era de 4,5 k ppm”. Os limites destes conjuntos conceptuais de rochas são síncronos (com a mesma idade) e o Sistema Devónico é isócrono (mesma idade e mesma duração em qualquer parte). Quando escrito como um nome próprio, como, por exemplo, Sistema Devónico, ambas as partes do nome de uma unidade cronostratigráfica são em letras maiúsculas. As unidades cronostratigráficas, como os sistemas, são a base da escala tempo do Fanerozóico. Estas unidades têm uma hierarquia: (i) Éonotema, conjunto dos estratos que se depositaram durante um Éon como, por exemplo, durante o Fanerozóico ; (ii) Eratema, conjunto dos estratos depositados durante uma Era como, por exemplo, durante o Paleozóico ; (iii) Sistema, conjunto das rochas depositadas durante um Período como, por exemplo, durante o Devónico ; (iv) Série, conjunto dos estratos depositados durante uma Época, como, por exemplo, durante Devónico Tardio ; (v) Andar, conjunto dos estratos depositados durante uma Idade como, por exemplo, durante o Frasniano ; (vi) Subandar (não ilustrado nesta figura), que é o conjunto dos estratos depositados numa Subidade ; (vii) Cronozona, conjunto dos estratos depositados durante um crono. Um crono é uma subdivisão de uma idade, mas que não é utilizada pela Comissão Internacional de Estratigrafia, a qual considera que o termo "cronozona" se refere às rochas formadas durante um determinado período de tempo, e que "Crono" refere-se a esse período de tempo. Na escala do tempo geológico existem: a) Quatro Éonotema com uma duração superior a 500 My ; b) Doze Eras com duração de centena de My ; c) Vinte e um Sistemas maiores e Dois Sistemas menores com duração de dezenas de My ; d) Quarenta e oito Épocas com duração de dezenas de My e e) Mais de cem Idades com duração de vários My. O sistema é a unidade cronostratigráfica fundamental, quer isto dizer, que ela é a mais, frequentemente, utilizada e referenciada como unidade cronostratigráfica. Como ilustrado nesta figura, o equivalente geocronológico (tempo) de um énotema é um Éon, assim como Era, Período, Época, Idade e Crono são respectivamente, os equivalentes tempo de eratema, sistema, série, andar e cronozona. O objetivo do cronostratigrafia é de classificar as diferentes intervalos e tempos de deposição das rochas, em função da região geológica, e, finalmente, de estabelecer um registro geológico completo da Terra. Cronostratigrafia baseia sobretudo na geologia isotópica e na geocronologia (ciência que visa a determinar a idade e a sequência cronológica dos eventos geológicos na história da Terra e que é, também, responsável do estabelecimento de unidades geocronológicas, unidades de tempo discretas, contínuas e sucessivas que fornecem uma escala de tempo que abrange toda a história da Terra) para obter uma datação bruta das unidades rochosas conhecidas e bem definidas contendo conjuntos específicos de fósseis definidos pelo sistema estratigráfico. Todavia, na prática, é muito difícil de datar, directamente, pelos isótopos da maior parte dos fósseis e das rochas sedimentares, e, portanto, ajustamentos devem ser feitos para obter uma datação realista para o início do intervalo. A metodologia utilizada é uma consequência dos princípios de superposição e inclusão. As implementações das rochas magmáticas ocorrem em momentos específicos (tempo) e podem ser considerada como um eventos geológicos instantâneos (tempo geológico). Por outro lado, como as rocha magmáticas contêm associações minerais que podem ser datados de maneira, mais ou menos, precisa por métodos isotópicos (*), a construção de uma coluna estratigráfica cronostratigráfica é, principalmente, baseada nas rochas vulcânicas e plutónicas.
(*) Métodos de estudo de processos geológicos baseados na investigação do conteúdo e proporções de isótopos radioativos, radiogénicos e estáveis de elementos químicos nas rochas, minerais, águas naturais, gases e matéria orgânica. Os métodos de geocronologia absoluta são utilizados para determinar a idade absoluta das rochas e minerais em função da proporção de isótopos radioativos e seus produtos filhos resultantes da sua desintegração ,como, por exemplo, por exemplo, 235U - 207Pb ; 238U - 206PPb ; 232Th - 208Pb ; 87Rb - 87Sr ; 40K - 40Ar. A taxa e o tempo de acumulação de vários sedimentos de fundo oceânico podem ser, facilmente, determinados determinados a partir dos pares 230Io - 232Th e (230Io - 231Ra, assim como a partir do conteúdo absoluto de 14C e 10Be radioativos. (http://encyclopedia2.thefreedictionary.com/Isotope+Methods+in+Geology)
Cronologia da Tefra..................................................................................................................................................................................Tephrochronology
Chronologie utilisant les tefras / Cronología de tefra / Chronologie mit tefras / 年表使用tefras / Тефрохронология (геохронологическая методика) / Cronologia utilizando tefras
Colecção, preparação, descrição petrográfica e datação da tefra (termo geral utilizado para exprimir os piroclásticos de um vulcão).
Ver: " Tefra "
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" SDR "
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" Estratigrafia "
Figura 205 (Cronologia de Tefra) - Nesta figura, está ilustrada a fase inicial (fase de acreção vulcânica subaérea e oceânica) de uma margem continental divergente de tipo Atlântico, que ocorre, imediatamente, depois da ruptura da litosfera de um supercontinente, como, por exemplo, do supercontinente Pangeia. Segundo a classificação das bacias sedimentares de Bally e Snelson (1980), uma margem divergente de tipo Atlântico forma-se fora de uma megassutura, em associação com a formação de crusta oceânica nova. As bacias do tipo rifte (hemigrabens), que se formam na crusta continental antes da ruptura da litosfera (*), quando esta sofreu um alargamento e adelgaçamento importante, são visíveis na extremidade direita do corte geológico esquemático, ilustrado nesta figura. Todavia, desde que a litosfera do supercontinente não pode mais ser alongada por falhas normais, em geral quando ela atinge uma espessura de cerca de 10-15 km, ela rompe-se. Contudo, esta ruptura não se faz por adelgaçamento extremo, mas sim por uma injecção excessiva de quantidade de material vulcânico, na área adelgaçada por alongamento, ou seja, na área menos espessa da litosfera, quer isto dizer, quando volume do material injectado do manto sublitosférico é superior ou predominante ao material da crusta (é isto que está, tentativamente, esquematizado na parte inferior esquerda do supercontinente - ruptura por injecção vulcânica). A partir desse momento, ao longo de esta zona, o material extrusivo vindo da astenosfera (manto sublitosférico), quando chega à superfície, fluí, lateralmente, uma vez que o ambiente sedimentar é aéreo ou subaéreo formando derrames de lavas e deltas de lavas (quando os derrames de lava encontram um corpo de água, mais ou menos, imóvel). À medida que os derrames de lava se sobrepõem, uns sobre os outros, a carga aumenta de tal maneira que, pouco a pouco, os centros de expansão subaéreos (vulcões) são imersos e transformando-se em centros de expansão submarinos. A partir desse momento, o material vulcânico que chega ao fundo do mar solidifica-se, rapidamente, uma vez que ele não pode escoar-se dentro da água, formando a crusta oceânica. A tentativa de cronologia da tefra (termo utilizado para exprimir os piroclásticos de um vulcão) associada com a formação de uma margem divergente de tipo Atlântico pode resumir-se, do continente para o mar, por: (i) Derrames de Lavas Subaéreas, imediatamente depois da ruptura da lit (**) osfera do supercontinente Pangeia, quando os centros de expansão são continentais ou subaéreos ; (ii) Deltas de Lava, quando a lâmina de água acima dos centros de expansão varia entre 0 e 50 metros, certos escoamentos solidificam formando deltas de lava, como encontrados e bem testados (poços DSDP) no offshore das Faroés (arquipélago entre o mar da Noruega e o Oceano Atlântico Norte, aproximadamente, a meio caminho entre Noruega e Islândia, cerca de, mais ou menos, 320 km a NNO da Escócia) ; (iii) Vulcanismo Explosivo, quando a profundidade de água é cerca de 200 metros e (iv) Lavas em almofada ou em travesseiro, que formam a crosta oceânica, quando os centros de expansão estão a uma profundidade maior que 200 m (caracterizadas por uma sequências de espessas de massas em forma de travesseiro descontínuas, normalmente, até um metro de diâmetro e que formam a parte superior da "camada 2” da crosta oceânica). Esta sucessão : (a) Crusta continental siálica ; (b) Derrames de lavas ; (c) Deltas de lava ; (d) Vulcanismo explosivo recoberto de hialoclásticos (fragmentos formados por rápido arrefecimento e consequente fragmentação dos escoamentos de lava em movimento ou domos de lava crescentes em contacto com a água ou gelo - erupções submarinas ou subglaciárias - mas também em produtos subaéreos que entram em contacto com corpos de água) e (e) Lavas em travesseiro, é reconhecida, sem grande dificuldade nas linhas sísmicas regionais, em particular nas linhas sísmicas recentes tiradas no Golfo do México, Mar do Norte, Mar do Labrador, etc. A crusta oceânica é formada, geralmente, formada cinco camadas: 1 - sedimentar ; 2 - lavas basálticas travesseiro ; 3 - complexo de diques paralelos ; 4 - gabro ; 5 - peridotitos superiores, até à descontinuidade Andrija Mohorovičić. A crusta continental é formada, principalmente, pela sobreposição de cinco camadas: 1 - sedimentar ; 2 - granito-metamórfica ; 3 - granulito-basal ; 4 - peridotitos até ao topo manto.
(*) Na prática, não é fácil definir limite da litosfera. Assim pode considera-se vários tipos de litosfera: (i) Litosfera térmica, que é a parte do manto onde a condução de calor predomina sobre a convecção de calor, ao contrário do que acontece no manto subjacente à litosfera e, neste caso, a base da litosfera pode ser definida como a intersecção de uma projecção do gradiente geotérmico com: a) uma temperatura predefinida, b) uma certa fracção da temperatura ambiente ou c) certa fracção do manto ; outro método mais simples define o dito limite por uma superfície de uma isotérmica ; (ii) Litosfera sísmica, na qual a base da litosfera é caracterizada por uma redução da velocidade de propagação das ondas S e uma forte atenuação de ondas P ; esta definição tem a vantagem de que é facilmente detectável pelos estudos sísmicos ; (iii) Litosfera elástica, também chamada litosfera flexural, que é a camada superior da Terra que se move com as placas tectónicas; segundo esta definição a litosfera é definida como rígida e com um movimento mecânico coerente.
(**) Esta tentativa de cronologia da tefra é baseada nas tentativas de interpretação das linhas sísmicas regionais do Golfo do México, o qual corresponde, a uma bacia tipo Mediterrânico da classificação das bacias sedimentares de Bally e Snelson, ou seja, a uma margem divergente formada pela oceanização de uma bacia panónica (desenvolvida por cima de uma cadeia de montanhas, ou seja, desenvolvida por cima dos Apalaches.
Cronostratigrafia.............................................................................................Chronostratigraphy, Time rock stratigraphy
Chronostratigraphie / Cronoestratigrafía / Chronostratigraphie / 年代地层 / Хроностратиграфия / Cronostratigrafia
Estratigrafia que subdivide uma secção sedimentar em diferentes unidades compostas de todos os sedimentos depositados durante um determinado intervalo de tempo geológico. A cronostratigrafia implica que: (i) Os planos de estratificação representem diferentes períodos de tempo ; (ii) Os planos de estratificação representem, pelo menos, uma pequena unidade de tempo, que se aplica a todo o comprimento da superfície de estratificação e (iii) O conceito de plano de estratificação depende da escala e do tempo geológico considerado.
Ver: " Tempo Geológico "
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" Magnetostratigrafia "
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" Estratigrafia "
Figura 206 (Cronostratigrafia) - A ideia por trás da cronostratigrafia é a de correlacionar as rochas que se formaram ao mesmo tempo. Isso é útil para reconstruir eventos e ambientes de deposição na história da Terra, bem como encontrar recursos como, por exemplo, de petróleo. Existem várias técnicas que podem ser usadas para a cronostratigrafia (https://geo.libretexts.org/LibreTexts/UCD_GEL_109%3A_Sediments_and_Strata/Chronostratigraphy) tais como : (i) Estratigrafia de eventos, que consiste na a identificação dos efeitos sedimentares de um evento, relativamente, raro em múltiplas colunas estratigráficas, quer isto dizer, se um geocientista mostra que os efeitos foram todos produzidos pelo mesmo mesmo, pode-se, razoavelmente, sugerir-se que os efeitos aconteceram, mais ou menos ao mesmo tempo nas diferentes colunas ; (ii) Magnetostratigrafia, que utiliza a magnetização preservada nas rochas para correlação, uma vez que a magnetização vem do alinhamento de minerais magnéticos em rochas sedimentares (e outros tipos de rochas) com o campo magnético da Terra, o que quer dizer que pequenos minerais magnéticos, especialmente do tamanho da argila, se alinham como pequenos ímãs, e que quando o sedimento é litificado, essa magnetização pode ser preservada (sob condições adequadas, amostras podem ser coletadas e a direcção da magnetização medida) ; (iii) Quimiostratigrafia, que corresponde ao estudo das variações químicas dentro dos intervalos sedimentares para determinar relações estratigráficas, uma vez que as assinaturas químicas distintas podem ser tão úteis como conjuntos fósseis ou as litologias no estabelecimento de relações estratigráficas entre as diferentes camadas de rochas ; (iv) Biostratigrafia, na qual o geocientista identifica fósseis nas colunas estratigráficas e os compare com a distribuição dessas espécies conhecidas por trabalhos anteriores e (v) Estratigrafia sequencial, ou seja, a interpretação estratigráfica que combina a arquitetura das camadas sedimentares (relação geométricas) dentro de um quadro geométrico assumindo o preenchimento repetido de espaço disponível para os sedimentos (acomodação) como a consequência das variações do nível do mar relativo (referenciado ao fundo do mar ou a base dos sedimentos). Nesta cronostratigrafia do Mesozóico / Cenozóico, que foi proposta por Haq et al. (1987), as séries do Pliocénico até ao Triásico são correlacionadas em tempo absoluto (Ma), cronozonas (rochas formadas durante um determinado período de tempo que um Crono) e polaridade. Uma cronozona, geralmente, é definida em termos geológicos e para uma área geográfica pelos nomes de fósseis (biozona ou biocronozona) ou em termos globais por identificadores de inversão geomagnética (cronozona de polaridade). Actualmente, a cronostratigrafia baseia muito na geologia isotópica e geocronologia para datar as unidades rochosas que são caracterizadas por um conjunto de fósseis guias (fósseis que identificam e datam uma camada, na qual eles são, tipicamente, encontrados). A cronostratigrafia é baseada, principalmente, em intervalos de tempo paleontológicos definidos por um conjunto de fósseis e na lei da superposição (numa série sedimentar não ou ligeiramente deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes, sucessivamente, acima). As principais unidades cronostratigráficas são: (i) Éonotema (e.g., rochas do Fanerozóico) ; (ii) Eratema (e.g., rochas do Mesozóico) ; (iii) Sistema (e.g., rochas do Cretácico) ; (iv) Série (e.g., rochas do Cretácico Tardio) ; (v) Andar (e.g., rochas do Maastrichiano). É importante não confundir as unidades cronostratigráficas (estratigrafia, isto é, rochas) com as unidades geocronológicas (cronologia, isto é, tempo). As primeiras são um material geológico (rochas) e as segundas, isto é, as unidades geocronológicas são unidades de tempo. Por exemplo, deve dizer “Este fóssil é característico do Sistema Cretácico (unidade cronostratigráfica) ou este fóssil viveu durante Período Cretácico (unidade geocronológica)” e não “Este fóssil é característico do Período Cretácico ou este fóssil viveu no Sistema Cretácico”. Da mesma maneira é evidente que Cretácico Inferior não é sinónimo de Cretácico Inicial. Cretácico Inferior utiliza-se para as rochas, como, por exemplo: “Os argilitos do Cretácico Inferior”, enquanto que Cretácico Inicial se utiliza para intervalos de tempo: “Durante o Cretácico Inicial, a temperatura global média era de cerca de 17°C e, hoje, ela é cerca de 12° C”. A cronostratigrafia é um ramo muito importante da estratigrafia, uma vez que uma boa correlação entre as idades das diferentes rochas é uma condição, sina qua non, para propor tentativas de cortes geológicos e reconstruções paleogeográficas consistentes, isto é, difíceis de refutar e não, necessariamente, exactas, uma vez que em ciência a veracidade não existe. De facto, em geologia e, particularmente, nas tentativas de interpretação geológica das linhas sísmicas, uma interpretação pode, unicamente, ser refutada, validada ou corroborada, mas nunca verificada (do latim verus que significa verdade).
Cronozona....................................................................................................................................................................................................................................................Chronozone
Chronozone / Cronozona / Chronostratigraphischen Zone / 年代地层区 / Хронозона / Cronozona
Unidade cronostratigráfica sem hierarquia definida, isto é, um conjunto de rochas sedimentares ou não que se formaram, em qualquer parte, durante um determinado intervalo de tempo de uma qualquer unidade estratigráfica ou evento geológico. A unidade geocronológica correspondente é o crono. Uma cronozona é, em geral, baseada numa biozona (unidade estratigráfica). Ela pode ser utilizada como: (i) Um valor cronológico relativo (anterior ou posterior em relação a uma outra cronozona) ou (ii) Um valor cronológico absoluto, o que quer dizer que os seus limites são definidos por datações numéricas.
Ver: " Tempo Geológico "
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" Fácies "
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" Cronostratigrafia "
Figura 207 (Cronozona) - Duas definições de cronozona, parcialmente contraditórias, foram proposta. De acordo com a primeira, a cronozona é a unidade de menor ranking (a subdivisão elementar) na hierarquia da cronostratigrafia. A segunda define esta unidade como uma unidade cronostratigráfica formal de ranking não especificado, que não faz parte da hierarquia das unidades cronostratigráficas convencionais. De acordo com esta definição, a cronozona é o corpo de rochas formadas em qualquer lugar durante o intervalo de tempo de uma designada unidade estratigráfica ou evento geológico (https://books.google.ch/books? ISBN=2710809109). O intervalo tempo de uma cronozona, isto é, o crono, é o intervalo de tempo da unidade estratigráfica escolhida, quer ela seja litostratigráfica, biostratigráfica ou magnetosstratigráfica (polaridade). A unidade estratigráfica, na qual uma cronozona se baseia, estende-se, geograficamente, até que as suas próprias características desapareçam. A cronozona correspondente inclui todas as rochas formadas (não importa aonde) durante o período de tempo representado para designar a unidade estratigráfica. Uma cronozona baseada no intervalo de tempo de uma biozona, inclui todos as camadas equivalentes à idade do intervalo de tempo máximo da biozona, não obstante a presença ou a ausência de fósseis típicos da biozona. As cronozonas podem ter intervalos de tempo muito diferentes. Os limites de uma cronozona e o intervalo de tempo podem ser determinados de diversas maneiras dependendo da natureza da unidade estratigráfica na qual a cronozona é baseada. Se a unidade tiver um determinado estratótipo, os limites e o intervalo de tempo da cronozona podem corresponder aos da unidade estratigráfica do seu estratótipo (sucessão de camadas rochosas com limites bem definidos, usados como referência e na caracterização de unidades estratigráficas, isto é, um estratótipo não é nem mais nem menos do que uma sucessão estratigráfica, mas para esta sucessão ascender a estratótipo tem que ser aprovado por comités autorizados de correlação geológica) ou ao intervalo de tempo total da unidade, que pode ser mais longa do que a do estratótipo. Neste segundo caso, os limites e intervalo de tempo da cronozona variam com o conhecimento dos limites e intervalo de tempo da unidade estratigráfica. Se a unidade em que a cronozona é baseada não poder ser designada como um estratótipo, mas como uma unidade biostratigráfica, os limites e o intervalo de tempo não podem ser definidos, uma vez que o intervalo de tempo da unidade de referência muda à medida que as informações geológicas aumentam. Deve distinguir-se, claramente, a cronozona baseada na extensão de um determinado táxon, da biozona baseada na extensão de esse mesmo taxón (*), isto é, na zona de extensão do táxon. A utilização vaga para ambos do termo “zona” sem nenhum qualificativo dá origem a muitas confusões. Cronozonas podem ser de muito diferentes intervalos de tempo. Pode-se falar da cronozona das amonites (grupo extinto de moluscos cefalópodes que apareceu no no período Devónico e que desapareceu na extinção que ocorreu no final do Cretácico, que incluem todos os estratos formados no longo intervalo de tempo durante o qual as amonites existiram, independentemente das camadas contendo amonites. No diagrama “Tempo versus Localidade” tipo está representadas as relações entre os conceitos de litozona, biozona e cronozona. A extensão da biozona de Exus albus (zona de extensão) limita-se aos estratos que contém exemplares de Exus albus. A cronozona de Exus albus (unidade cronostratigráfica) inclui todos os estratos, em todas as partes, equivalentes em idade à representada pela extensão vertical total de Exus albus, contendo exemplares de Exus albus ou não. Em outros termos, uma cronozona de um táxon é todo o intervalo sedimentar limitado entre os limites tempo da aparição e extinção desse táxon, enquanto que a biozona desse táxon é, exclusivamente, o conjunto dos estratos que o contém.
(*) Segundo Wikipedia, táxon é uma entidade conceitual que é suposta agrupar todos os organismos vivos que têm em comum alguns caracteres taxonómicos ou diagnósticos bem definidos. Na classificação clássica, os caracteres de um táxon são considerados homogéneos de acordo como seu ranking taxonómico, o seu "peso" (valor taxonómico relativo) sendo deixado à apreciação dos taxonomistas. Nas classificações mais modernas, como a classificação filogenética, muitos dos antigos taxa não são mais usados, porque eles recobrem agrupamentos artificiais (parafiléticos) ou ainda conceitos vernaculares (por exemplo, réptil) estruturados, insuficientemente: utilizam-se clados (grupo de organismos originados de um único ancestral comum exclusivo) que se encaixam uns dentro dos outros, que corresponde, de facto, a grupos monofiléticos. A espécie constitui o táxon de base da classificação sistemática. Quanto maior o ranking do táxon, maior o grau de semelhança (o número de caracteres que têm em comum) dos indivíduos em causa (plantas, animais, fungos, bactérias) é fraco e vice-versa.
Cunha Clástica........................................................................................................................................................................................................................Clastic Wedge
Coin clastique / Cuña clástica / Klastische Keil / 碎屑岩楔 / Обломочный клин / Cuneo clastico
Cunha de sedimentos depositada em direcção do antepaís de uma cadeia de montanhas activa. Para certos geocientistas a cunha clástica é sinónimo de Bacia de Antepaís.
Ver: " Bacia de Antepaís "
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" Subducção do Tipo-A (Ampferer) "
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" Subsidência por Flexura "
Figura 208 (Cunha Clástica) - As cunhas clásticas correspondem ao que certos geocientistas chamam antefossas ou bacias antepaís, nas quais a subsidência é controlada por processos geológicos mecânicos mais do que por processos térmicos. Nas bacias de antepaís e, sobretudo, quando o acarreio sedimentar proveniente das montanhas é preponderante, a eustasia (variações do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite) tem pouca influência no processo de criação de espaço disponível para os sedimentos (acomodação). Numa margem divergente, a ciclicidade da acomodação, que é o espaço disponível para os sedimentos criado pela combinação das variações do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica, é controlada, principalmente, pelas variações do nível do mar absoluto, uma vez que é elas que criam as subidas e descidas, mais ou menos, cíclicas, do nível do mar relativo (nível do mar local, referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre, quer seja a base dos sedimentos ou o fundo do mar). Nas margens continentais divergentes, mas também nas convergentes, as variações do nível do mar, sobretudo, quando induzidas pela glacioeustasia, são muito mais rápidas do que as variações da subsidência (tectónica). Todavia, segundo certos geocientistas, isto parece não ser o caso nas antefossas. Nas bacias de antepaís, a subsidência do substrato é, principalmente, induzida pela carga das falhas cavalgantes da cadeia de montanhas, a qual é reforçada pelo peso dos sedimentos (a rigidez do substrato à flexão e a espessura elástica da litosfera subjacente devem ser tomada em linha de conta). A origem do carregamento responsável pela subsidência tectónica nem sempre é evidente. As anomalias gravimétricas encontradas em certas cinturas de dobradas, como no Himalaia, sugerem que a topografia actual é suficiente para explicar a subsidência da placa litosférica australiano-indiana. Todavia, nos Alpes e Apalaches, a topografia actual é insuficiente para explicar o afundamento das cunhas clásticas associadas. É necessário invocar "cargas enterradas" dentro da crusta, as quais podem corresponder a relíquias da crusta oceânica ou material do manto cavalgando a crusta continental durante a convergência das placas litosféricas. Contudo, a distribuição temporal dessas cargas enterradas é, praticamente, desconhecida. O reconhecimento e o estudo das cunhas clásticas sem cinturas dobradas associadas sugeriram aos geocientistas que cargas enterradas são as responsáveis do mecanismo principal de criação e preservação das cunhas clásticas. A conjectura geológica a priori é a seguinte: Se uma cintura dobrada é trazida à erosão e se ela é responsável do carregamento, este desaparece à medida que a erosão avança. As bacias de antepaís serão, parcialmente, erodidas devido ao levantamento induzido pela diminuição da carga tectónica. Inversamente, as cargas enterradas são protegidas da erosão. Consequentemente, elas sobreviverão por muito tempo dentro da crosta continental. Como se pode constatar nestes esquemas, a cunha clástica, que se deposita na base e à frente da cadeia de montanha, diminui de espessura na direcção do cratão. Ela começa na frente das montanhas, aumenta de espessura em direcção oposta para, rapidamente, se adelgaçar, progressivamente, por biséis de progradação, em direcção do cratão. A história geológica das cunhas clásticas resume-se a dois processos geológicos: (i) Uma subsidência inicial muito rápida, seguida por (ii) Um preenchimento sedimentar da bacia. O preenchimento, em geral, não é agradante, mas, progradante. Junto das montanhas, o preenchimento é do tipo proximal (cones aluviais, depósitos fluviais e depósitos de plataforma), enquanto que nos sectores mais distais (longe das montanhas), ele faz-se por depósitos de plataforma e de talude (cones submarinos de talude) e de planície abissal (cones submarinos da bacia) até entrar num mar epicontinental. Na maior parte das vezes, uma antefossa recobre uma margem divergente (com vergência oposta) associada ao cratão, ou seja, as duas bacias evoluem em direcções opostas. A discordância de base da cunha clástica, que é, em geral, bem visível, separa intervalos sedimentares com acarreios terrígenos em direcções, mais ou menos, opostas. Na margem divergente, a proveniência do acarreio terrígeno é do cratão, enquanto que os sedimentos que preenchem a cunha clástica vem, basicamente, da cadeia de montanhas. As dimensões de uma cunha clástica são controladas pela idade da litosfera (espessura elástica) e pela carga tectónica. Quando a litosfera é jovem, a largura da bacia, (distância entre a protuberância periférica e o afloramento do cavalgamento frontal) raramente, atinge 50 km. A espessura do preenchimento está, diretamente, relacionada à carga tectónica. Maior é a carga profunda maior é a bacia (o comprimento da bacia é, mais ou menos, constante). Maior é a espessura elástica da litosfera, ou seja, mais antiga é a litosfera, maior é a largura da cunha clástica. Ela pode atingir mais de 300 km. Num tal caso, a espessura do preenchimento da bacia é, principalmente, dependente da subsidência tectónica.