Caricatura de Almada Negreiros feita por João Abel Manta (pormenor) José de Almada Negreiros (1893-1970)

início

 

Vida

 
Casamento de José de Almada Negreiros com Sarah Affonso
  1934 Em 31 de Março, casa com a pintora Sarah Affonso.
Em 11 de Dezembro, nasce o seu filho José.
           
        1935 Final da colaboração com o Diário de Lisboa.
           
        1940 Nasce a filha Ana Paula.
           
        1942

Pinta Homenagem a Luca Signorelli.
Ganha o Prémio Columbano com os quadros Homenagem a Luca Signorelli de 1942 e Mulher, de 1939.

           
        1946 Ganha Prémio Domingos Sequeira com obras expostas na I Exposição de Arte Moderna de Desenho, Aguarela, Gouache e Pastel do S.N.I.
           
        1957 Ganha o Prémio Extra-Concurso da I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian.
           
        1959 Ganha o Prémio da Crítica.
Ganha o Prémio Nacional das Artes do S.N.I.
           
        1966 É eleito membro honorário da Academia Nacional de Belas-Artes.
Ganha o Prémio Diário de Notícias.
É agraciado com o cargo de Procurador à Câmara Corporativa, sub-secção das Belas-Artes.
           
        1967 É ainda agraciado com o Grande Oficialato da Ordem de Sant’Iago de Espada.
           
        1969 A SNBA oferece o primeiro curso sobre a vida e a obra de José de Almada Negreiros.
           
        1970

Em 15 de Junho, morre no Hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa, no mesmo quarto onde tinha falecido Fernando Pessoa.

         

Obra literária
  Capa da revista Sudoeste   1933

Escreve:

  • “Arte e artistas”.
         

Publica:

  • “Uma entrevista com Almada Negreiros: arte e artistas, direcção única, comando !?, política do espírito”, conduzida por António Júlio, na Revolução.
  • “Da extraordinária conferência de Almada Negreiros transcreve-se o princípio da terceira parte (excerpto da conferência «Arte e Artistas»)” na Revolução.
  • “Uma dívida que urge pagar: o monumento ao Infante D. Henrique devia ter por base a rosa dos ventos que está em Sagres” no Diário de Lisboa.
  • “Manha e falso prestígio, os dois males de que sofre a vida portuguesa” no Diário de Lisboa.
           
        1934

Escreve:

  • “Cuidado com a pintura”
  • “Duas palavras de um colaborador na homenagem ao arquitecto professor Pardal Monteiro”.
  • “Os pioneiros - pra a história do movimento moderno em Portugal”.
           
        1935

Publica:

  • SW Sudoeste: cadernos de Almada Negreiros com os seus textos:
    • “Portugal no mapa da Europa”.
    • “As 5 unidades de Portugal”.
    • “Civilização e cultura”.
    • “Portugal oferece-nos o aspecto de”.
    • “Arte e política”.
    • “Mística colectiva”.
    • “Prometheu: ensaio espiritual da Europa”.
    • “Vistas do SW”.
    • “O cinema é uma coisa e o teatro é outra”.
    • “Encorajamento à juventude portuguesa para o cinema e para o teatro”.
    • “Notícia sobre um acto de teatro que a seguir se publica”.
    • “As quatro manhãs”.
  • “Um aniversário: ‘Orpheu’ – quais as características dessa revista literária que tão profundamente influiu no pensamento português” no Diário de Lisboa.
  • “Uma resposta (a Dutra Faria), O cheiro a bafio e várias singularidades, (a propósito do Orpheu)” no Diário de Lisboa.
  • “Os artistas raridade de excepção e outras palavras alto e bom som” no Diário de Lisboa.
  • “Mensagem estética” no Diário de Lisboa.
  • “Do cheiro a bafio a outras singularidades, [resposta final a Dutra Faria]” no Diário de Lisboa.
  • “Fernando Pessoa, o poeta português” no Diário de Lisboa.
  • “Deseja-se mulher: teatro, um prólogo e sete quadros (quadro sexto)” na Presença: folha de arte e crítica.
           
        1936

Publica:

  • “3 poèmes de celle qui n'a jamais fait l'americain (escritos em Paris em 1919)” em Acção.
  • “Elogio da ingenuidade ou as desventuras da esperteza saloia” na Revista de Portugal.
  • “Fundadores da Idade-Nova” em Revelação.
  • “Dois minutos com Almada Negreiros” no Sempre fixe.
  • “Um lar para os trabalhadores do espírito – Não é preciso apenas um Ramalhão mas sim muitos Ramalhões, diz-nos José de Almada Negreiros” no Diário de Lisboa.
           
        1937

Publica:

  • “Encontro (poema dedicado a Carlos Queirós)” no Diário de Lisboa: suplemento literário.
  • “A torre de marfim não é de cristal” no Diário de Lisboa: suplemento literário.
           
        1938

Publica:

  • Nome de guerra.
  • Desenhos animados, realidade imaginada.
  • “Um artista português 2 cartas e países” no Diário de Lisboa.
  • “‘O tio’ (excerpto do romance «Nome de guerra»” na Revista de Portugal.
           
        1939

Escreve:

  • “Momento de poesia”.

Publica:

  • “Testemunho sobre a universalidade da arte moderna” em O diabo.
           
        1941

Publica:

  • “Aveiro, primeiras impressões” em Panorama.
  • “Malhoa e o Grupo do Leão” em Novidades: artes e letras.
  • “Almada Negreiros faz o paralelo entre o «Grupo do Leão» e os «Vencidos da vida»: a entrega do legado José Malhoa” no Diário de Lisboa.

Fala na:

  • Rádio Nacional sobre “‘O Grupo do Leão’ e os ‘Vencidos da Vida’”.
           
        1942

Publica:

  • “Prefácio ao livro de qualquer poeta” em Atlântico.
  • “Uma carta [a Câmara Reys, director da Seara Nova]” em Seara nova.
  • “Momento de poesia” nos Cadernos de poesia.

Fala na:

  • Rádio Nacional sobre “Considerações num preâmbulo curtíssimo como manda o tempo”.
  • BBC sobre a “Renovação do gosto”.
           
        1943

Escreve:

  • “Ver”.

Publica:

  • “Como trabalham s artistas plásticos (inquérito)” no Diário de notícias.
           
        1944

Publica:

  • “Prefácio” para o livro de Manuel de Lima, Um homem de barbas.
  • “«Descobri a personalidade de Homero!» assim no-lo assevera Almada Negreiros” de Diário de notícias.
  • “Quem era Homero? – Almada Negreiros definiu ontem à noite o bi-milenário enigma grego (excerpto da conferência” no Diário de notícias.
           
        1946 Publica “O público em cena” em Encore.
           
        1948

Publica:

  • Mito-alegoria-símbolo: monólogo autodidacta na oficina de pintura.
  • “O pintor no teatro” no Programa do Teatro Estúdio do Salitre, 6º Espectáculo ‘Essencialista’.
           
        1949

Escreve:

  • “Aquela noite”.
  • “O mito de Psique”.
  • alguns prefácios para catálogos de exposições.

Publica:

  • “Almada regressa de Paris e fala-nos do que são ali as modernas expressões da arte” no Diário de Lisboa.
           
        1950

Publica:

  • “A chave diz faltam duas tábuas e meia de pintura no todo da obra de Nuno Gonçalves”: o pintor português que pintou o altar de S. Vicente na Sé de Lisboa.
  • “Heráclito chora Demócrito ri” em Cidade nova.
           
        1951 Publica Diálogo entre Almada Negreiros e Fernando Amado.
           
        1952

Publica “Presença (1921-1951)” em Bicórnio.

           
        1953 É publicado o texto “Diga-nos a verdade: Almada Negreiros” no Diário de Lisboa.
           
        1956 Encena “Antes de começar”.
           
        1957 Publica “Unidade de composição no todo de quinze tábuas das quais duas desconhecidas e treze dispersas no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa” no Diário de notícias.
           
        1958 Publica “Os painéis chamados ‘Nuno Gonçalves’ e a ‘Escola de Nuno Gonçalves’ destinavam-se ao mosteiro da Batalha” no Diário de Lisboa.
           
        1959

Publica:

  • “De 1 a 65” no Diário ilustrado.
  • “A flor” em A planície.
  • “Amadeo de Souza-Cardozo” no Diário de Lisboa.
           
        1961 Publica “Picasso, pintor de ‘La Gana’ saudado por Almada” no Diário de Lisboa.
           
        1962

Publica:

  • “Os quinze painéis de D. João I na Batalha” no Diário de notícias.
  • “Poesia e criação [conferência]” no Diário de notícias.
           
        1963

Publica:

  • “Introdução” para o catálogo de Hirosuke Watanuki.
  • “As palavras de Almada Negreiros” no Jornal de letras e artes.
  • “Fazer o constantemente perfectível” no Jornal do Fundão.
           
        1964

Publica “A pintura de Amadeo de Souza Cardoso: notas críticas” no Boletim do Centro de Turismo de Portugal no Brasil.

           
        1965

Escreve:

  • “3 (três) vocábulos perjorativos em dias do ‘Orpheu’”.
  • “Galileu, Leonardo e eu”.

Publica:

  • Orpheu 1915/1965.
  • “No cinquentenário de Orpheu” no Primeiro de Janeiro: das artes, das letras.
  • “Algumas palavras” em República.
           
        1967 Publica “Almada Negreiros fala-nos da sua exposição na S.N.B.A.” no Diário de Lisboa.
           
        1969

Publica “Almada falou (em 6 de Junho, em Amarante) de Amadeo de Souza-Cardoso” em A capital: literatura & arte.

           
        1970

Publica:

  • “Prefácio” da Agenda CIDLA.
  • “Somos nós os inimigos daquilo que começámos” no Notícias da Amadora.
  • “Confidências” no Diário de notícias.
         

 

Obra plástica
  Cartaz para o filme Canção de Lisboa, de Cortinelli Telmo   1933

Desenha figuras de circo.
Elabora os cartazes para o filme Canção de Lisboa de Cortinelli Telmo.

         

Publica:

  • Salazar
  • Nós queremos um Estado forte!: votai a nova Constituição
  • Carlos Queiroz
  • “Em que estás a pensar?”
  • “Gosto muito do teu vestido”
  • O homem gordo e o homem magro
  • Na S.N.B.A.
  • Palmira Bastos vista por Almada Negreiros
  • E tu acreditas que se pode fazer arder um barco a distancia?
  • Mal acomparado
  • “Era uma linda fita”
  • Estampas de ha 4 meses…
  • “Eu disse à minha mães que eu tambem queria ter um filhinho meu”
  • «Lá está o Oliveira a atirar-se»
  • «Para que queres as botas de elástico?»
  • «Que deliciosos estes dias no Estoril!»
  • “E, assim que me formar, caso-me”
  • «Na minha idade, já não se corre a foguetes atrás do amor»
  • «Que ideia essa de te mascarares de chinês»
  • “E és capaz de negar que estiveste a falar com ele mais duma hora?!”
  • “E quando acabarmos de dansar”
  • “Este Carnaval foi, realmente, muito divertido!”
  • Ingleses na linha de Cascais
  • A arte de ser elegante com muita carne e pouca roupa
  • O velho gaiteiro e o rapaz
  • “É a primeira vez que vejo uma mulher a comer um brioche”
  • «A pequena (aflita, sem se poder mexer no assento)», Esperança
  • “…E vós, tágides minhas”
  • O conferente
  • O guarda e o transeunte
  • Vamos lá saber: compras-me ou não o anel?
  • “E depois de tudo deu-me este solitario”
  • “Então não vais tomar banho?”
  • Achas alguma coisa de extraordinário em mim?
  • -Sabes que lançaram o «Douro» ao Tejo?
  • «Nossa Senhora faz meia, com linhas feitas de luz
  • O menino não aponta que é feio
  • Num hotel moderno
  • Ali, onde está o «Gonçalo Velho» foi aonde Vasco da Gama dobrou o Cabo da Boa Esperança
  • 1 e 1 quantos são?
  • Rapazes de agora
  • Entre namorados
  • Atilio Serra, Ministro da Itália em Lisboa

em Ilustração, Sempre fixe, Diário de Lisboa, Presença.

Faz desenhos para:

  • Salazar e a sua época, de Rolão Preto
           
        1934

Elabora o Programa das festas da cidade de Lisboa. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa.

Publica:

  • Arraial no Terreiro do Paço
  • Cortejo marítimo ou Barcos enfeitados
  • Fogo de vista
  • Parada desportiva
  • Arraial no Terreiro do Paço
  • Cortejo marítimo ou Barcos enfeitados
  • Desenhos
  • Retrato de Camões
  • Os dois namorados
  • O pai e a filha
  • O Natal do sinaleiro
  • A petiza e ela
  • «Vais ver, que não chegamos a assistir ao casamento»
  • O freguês e o criado
  • O guarda e ela
  • O petiz e a petiza
  • Temos um grande palpite
  • “Imagina tu que ele roubou dos contos de reis”
  • «Aparelho automatico pôsto no cruzamento das ruas do Ouro e de S. Nicolau»
  • O sargento e o soldado
  • Entre míopes
  • Justo receio
  • Vês tu: compreendo tudo perfeitamente
  • O Hercules
  • “E então tive mais remédio do que divorciar-me”
  • “E onde fazes o “réveillon”?”
  • O escritor do futuro
  • «Vou encomendar um lindo presente para o dia do teu aniversário»
  • E tu julgas que cá por a gente não ser marujo também não tem marés?
  • “Estou arruinado: perdi tudo quanto tinha”
  • “E você não tem filhos, mulher?”
  • As minhas amigas fazem todas figura com bons automóveis
  • A mulher que fuma
  • “Impressionou-me a tua 'raposa'”
  • “Já fui homem! Já fui herói. Agora”
  • “E lembras-te do numero da casa?”
  • «O marinheiro – o que eu te digo»
  • “E a mamã aceitou o convite?”
  • “E vai ele e chamou-me parvo”
  • O fotografo
  • As inimigas do homem e da cultura…
  • Do livro «Mensagem» de Fernando Pessoa com 3 ilustrações inéditas de Almada
  • Hamlet
  • Natal

em Diário de Lisboa e Sempre fixe.

           
        1934-36 Duplo auto-retrato com Sarah Affonso.
           
        1935

I Exposição de Arte Moderna do S.P.A.

Publica:

  • A romaria
  • Jahel e Ruth
  • Erasmo
  • Horacio
  • «A comedia humana» em Portugal
  • Lope de Vega
  • Melo Barreto
  • Cristo na cruz
  • O alta voz – A alta direita portuguesa avança
  • Miss Bell, personagem de «Le Lys Rouge» de Anatole France
  • Depois de tantos anos de luta contra o analfabetismo…
  • Já quando era rapariga sempre foram as calças o meu fadário…

em Diário de Lisboa, Sempre fixe

Faz desenhos para:

  • Lúmen in Coelo, de Joaquim Manso
  • Contra o levante, de Joaquim Manso
  • Aquela canção do quintal: conto, de Bastos Guerra
           
        1936

Salão dos Artistas Modernos Independentes.

Faz desenhos e ilustrações para:

  • Manoel – In Memoriam: no 1º aniversário da sua morte, de Joaquim Manso
  • Fábulas, de Joaquim Manso

Publica Fernando Pessoa na Presença.

           
        1937 Publica À memória de Mousinho de Albuquerque no Diário de Lisboa.
           
        1938

Publica:

  • Susana Langlen vista por Almada Negreiros
  • Guerra

Faz ilustrações para:

  • Primavera da lenda, de Joaquim Manso
  • Roteiro da mocidade do império, de Silva Tavares

em Diário de Lisboa e Presença.

           
        1939 Pinta Mulher.
           
        1941

Organiza uma retrospectiva dos seus trabalhos (“Almada, 30 anos de desenhos (1911-1941)” no SPN.

Exposição Alguns Artistas Portugueses (organizada pelo SPN para levar ao Rio de Janeiro.

Publica:

  • Cavaleiro tauromáquico
  • Menino Jesus

em Panorama e Ocidente.

Faz ilustrações para Paisajes y mujeres, de José María Salinas.

           
        1942

Desenha capas de livros, cria o logótipo Pégaso para a colecção de poesia da editorial Ática.

Publica «Almada 42 para Aventura» na Aventura.

           
        1943

Publica Guilherme de Faria e Accessit em Diário de Lisboa e Panorama.

Faz ilustrações para O pórtico e a nave: conferências, de Joaquim Manso.

           
        1944 Desenha a capa para a «Olissipo».
           
        1945 Publica Cavaleiro tauromáquico em Panorama.
           
        1947 Desenha o ex-libris para o Tribunal de Contas de Lisboa.
           
        1948

Desenha os 26 desenhos de Maternidade num dia, e Bailarina.

Publica Pierrot e Colombina em Intercâmbio.

           
        1949 Realiza Bailarina, o seu primeiro cartão de tapeçaria.
           
        1952

Desenha:

  • Par de acrobatas
  • Arcanjo expulsando Adão e Eva

Or ganiza uma exposição retrospectiva na Galeria de Março.

Faz desenhos para a publicação Tricórnio, de José-Augusto França.

           
        1954

Pinta o retrato de Fernando Pessoa para o restaurante Irmãos Unidos.

Publica Almeida Garrett em República.

           
        1955

Inicia-se na arte do vitral, dos frescos e dos painéis cerâmicos para casas e para a Livraria Ática.

Publica os desenhos e a capa do Teatro de campanha.

           
        1956

Faz cenários e figurinos para peças de teatro como Antes de começar

Faz frescos e painéis cerâmicos para o Bloco das Águas Livres, em Lisboa

Publica:

  • Como há 22 anos Almada viu e desenhou as Festas da Cidade de Lisboa
  • Varina

em Turismo e Panorama.

           
        1957 Publica Rainha Isabel II de Inglaterra em Vida.
           
        1957-1961 Decora as fachadas da Faculdades de Direito e de Letras, da Reitoria e da Secretaria Geral.
           
        1958

Desenha Número de ouro.

Participa na Retrospectiva de Arte Abstracta da Faculdade de Ciências de Lisboa.

           
        1959

Publica:

  • Diogo de Macedo
  • Alfredo Cortez

em Ocidente e Tempo presente.

           
        1961 Publica Desenho inciso em O novo edifício da Reitoria da Universidade de Lisboa.
           
        1963 Expõe “Dez gravuras em acrílico” da Gravura.
Retrospectiva dos seus trabalhos na SNBA.
           
        1964 Publica Tríptico na Colóquio.
           
        1965

Faz cenários e figurinos para peças de teatro como Auto da alma de Gil Vicente.

Publica Vitral para cenário do «Auto da Alma» na Colóquio.

           
        1968

Publica:

  • Retrato de Fernando Pessoa
  • Jaime Cortesão visto por Almada Negreiros

em A capital e Diário de notícias

           
        1968-69 Realiza o mural Começar (1968-69) para a Fundação Calouste Gulbenkian
           
        1969

Participa na E xposição de Gravura Contemporânea, em Paris.

Publica As contas em Diário de notícias.

           
        1970 Publica o auto-retrato «Não há mal-entendidos entre a vida e eu» no Diário popular.
         
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Contexto

 
Cartaz Nós queremos um Estado forte!
  1933 Começa a campanha de divulgação sobre a nova Constituição que entra em funcionamento após o plebiscito de 1933.
Depois institucionaliza-se o Estado Corporativo, através do Estatuto do Trabalho Nacional, e faz-se legislação relativa a associações patronais e sindicais, previdência social, casas do povo e casas de pescadores.
Cria-se o Secretariado da Propaganda Nacional (SPN) por sugestão do jornalista António Ferro, um entusiasta do Modernismo, que se tornou seu director, sendo da inteira confiança de Salazar.
           
        1936

Ciam-se a Legião Portuguesa, uma milícia armada para combater o comunismo e defender o regime, e a Mocidade Portuguesa, direccionada para a formação da juventude escolar sob a orientação do Estado Novo.

Começa a Guerra Civil em Espanha e Salazar coloca-se ao lado do general Francisco Franco (1892-1975), que já tem consigo os apoios da Alemanha de Hitler e da Itália de Mussolini.

           
        1939 Hitler e Mussolini assinam o “Pacto Ibérico”, ou o “Tratado de Amizade e Não-Agressão” e, um ano depois, é assinado um “Protocolo Adicional” ao “Pacto Ibérico”, em que ambos os países de comprometem a não se envolver na II Grande Guerra.
           
        1939-1945 A indústria e a economia portuguesas têm vários problemas, entre os quais a queda das pescas e das exportações, e a entrada de muitos refugiados.
Mais tarde, aumenta o desemprego e a pobreza, sendo violentamente reprimida qualquer actividade de oposição política ao governo.
No decorrer dos anos, dão-se várias tentativas de golpes de Estado, mas são sempre sufocadas.
           
        1945 É fundada a Transportes Aéreos Portugueses (TAP).
É inaugurado o Aeroporto de Pedras Rubras, no Porto.
           
        1946 É fundado o Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
           
        1949 Portugal é membro fundador da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
O país subscreve a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
           
        1953 É inaugurado o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
           
        1955 Portugal adere à Organização das Nações Unidas (ONU).
           
        1958 Salazar permite que um candidato da oposição, Humberto Delgado (1906-1965), concorra à Presidência da República. Em circunstâncias pouco claras, este perde as eleições, tomando posse da Chefia da Nação o contra-almirante Américo Thomaz (1894-1987), imposto pela União Nacional, tendo sido “reeleito” em 1965 e 1971 e deposto em 1974.
           
        1959 Abertura do Metropolitano de Lisboa.
           
        1960 Nos anos 60, acontecem revoltas nos territórios ultramarinos, para as quais o governo português organiza campanhas militares repressivas.
Portugal é membro fundador da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA).
Portugal adere ao Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e ao Fundo Monetário Internacional.
           
        1961 Com o objectivo de ajudar no controlo da situação, cria-se a cidadania portuguesa para os habitantes das ex-colónias africanas.
           
        1962 Portugal adere ao Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT).
É fundada a ADSE (Assistência na Doença dos Servidores do Estado), organismo que funciona até hoje.
           
        1963 É inaugurada a ponte da Arrábida, entre o Porto e Vila Nova de Gaia.
           
        1964 A escolaridade obrigatória passa de quatro para seis anos.
           
        1966 É inaugurada a ponte Salazar, actualmente ponte 25 de Abril, entre Lisboa e Almada.
           
        1968 Depois de um acidente, Salazar fica incapacitado e Marcello Caetano (1906-80) é nomeado presidente do Conselho, envolvendo alguma esperança de modernização e liberalização política, a chamada Primavera marcelista, que não se concretiza.
           
        1969 Nem todos os estudantes estão satisfeitos com a política governamental do ensino e, como que no seguimento da revolta estudantil de Maio de 68, em 1969 começa em Coimbra uma crise estudantil, que se estende para Lisboa e para o Porto.
         
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Para comentários e sugestões, por favor mande-me um email para ana.moutinho [at] gmail [ponto] com

 

Ana Viale Moutinho 2009