Offshore (no mar)...............................................................................................................................................................................................................................................Offshore

Offshore / Offshore (en el mar), Costa afuera / Offshore / 离岸 / Акватория / Offshore /

Costa fora ou no mar. Pode ter diferentes significados função do campo em que é utilizado.

Ver: «Onshore»

Ondulação(do mar)...........................................................................................................................................................................................................................................Swell

Houle (ondulation) / Oleaje (del mar) / Schwelle, Dünung / 膨胀 / Волнение (волн) / Gonfiarsi /

Deformação da superfície da água dos mares e oceanos devido à propagação das ondas do mar. A ondulação do mar (ondulações do largo) é caracterizada por um grande período (30-300 segundos), grande comprimento de onda (várias centenas de metros) e uma altura, relativamente, importante (vários metros). Ela é criada pelas tempestades e viaja a grande velocidade (várias centenas de quilómetros por hora) através do oceano (por vezes mais de 10 dv 000 km) sem grande perda de energia. Ao aproximar-se do continente, a amplitude da ondulação aumenta de maneira significativa.

Ver: « Nível do Mar Absoluto »
&
« Estrutura Sedimentar »
&
« Nível Médio das Águas do Mar »

Figura 462 (Ondulação, do mar) - A ondulação oceânica ou ondulação do mar ("swell" em inglês) ou marulho, como dizem alguns geocientistas, é um movimento ondulatório da superfície do mar, criado por um campo de vento distante da área de observação, de caráter permanente, que produz um barulho particular. É um caso especial de onda sem rebentação Os surfistas (aqueles que praticam o desporte conhecido como “surf”, no qual de pé, sobre uma prancha, deslizam sobre as ondas) chamam-lhe marola ou pequenas ondas do mar. O mar contém componentes períodos variados que lhe dão uma aparência irregular. Sob grande profundidade, a velocidade desses componentes é proporcional ao seu período. A proporção diminui à medida que a profundidade diminui, o que não alterar qualitativamente o fenómeno. As ondas criadas pelo vento que sopra sobre uma dada largura propagam-se durante o seu movimento por um fenómeno de difração, que reduz a contribuição dos componentes na direcção de propagação da ondulação, e particularmente quando elas mais curtas. De facto, os componentes mais curtos são, portanto, gradualmente abandonados, dando uma impressão de regularização, enquanto a altura significativa diminui. A ondulação oceânica, na realidade, corresponde ao conjunto de sequências de ondulações, que se propagam sobre o oceano, vindas de áreas longínquas, onde elas foram criadas, em geral, por tempestades que provocam as ventanias sobre grandes áreas oceânicas, chamadas de pistas de vento. As ondas que se formam nestas pistas de vento são chamadas vagas ou vagalhões, quando possuem grande tamanho. As vagas, geralmente, não possuem uma direcção coerente e também não têm uma forma definida. Todavia, quando elas se afastam da pista de ventania que as criou e vão para as áreas de oceano com vento fraco, as vagas tendem a alinhar-e e agrupar-se em séries, criando então o marulho ou ondulação oceânica. Um determinada ondulação oceânica possui um direcção, velocidade e tamanho bem definidos, que funcionam na prática como uma impressão digital da ondulação, diferenciando-a das outras ondulações sobre o oceano. O espectro de ondas define quais aos ondulações que estão viajando sobre o oceano num determinado ponto, porque ao contrário do vento, no oceano, podem existir várias ondulações ao mesmo tempo. Quando o marulho chega à praia, função das suas características, as ondas irão aumentar de tamanho e força. A ondulação oceânica é caracterizada pela altura entre a crista e a cava (duplo da amplitude que vaia de alguns centímetros a vários metros) e pelo comprimento de onda ou pelo período (geralmente da ordem da dezena de segundos). Trata-se de um fenómeno que não é periódico e que pode ser interpretado como uma soma de um número infinito de componentes sinusoidais muito pequenos. O período médio das cristas, independentemente da definição que é dada para que a expressão, aumenta durante a propagação por perda dos componentes mais curtos. É um indicador da intensidade e o tamanho da tempestade que gerou a ondulação. Muitas vezes, pouco perceptível em mar aberto, a ondulação amplifica-se perto da costa onde a profundidade da água do mar diminui, onde ela pode atingir vários metros e rebentar. Uma vez gerada nas tempestades, as ondulações de grandes períodos pode propagar-se ao longo de dezenas de milhares de quilómetros. Esta propagação que segue as a geodésicas na superfície da Terra (grandes círculos sobre os planos que passam pelo centro da terra) é, na prática impedida pela presença de continentes. Várias observações foram feitas sobre as ondulações vindos dos antípodas (ou seja, 20 000 km de trajecto). Não esqueça que não são as partículas de água que deslocam, mas as cavas e as cristas induzidas pelos traço das orbitas descritas pelas partículas de água (as cavas seguem a base das orbitas enquanto que as cristas seguem os topos). Dito de outra maneira, na ondulação oceânica não é água que se desloca, mas a fase da superfície da água. Tudo se passa como nas “olas” (ondas em português) realizadas pelos espectadores de um desafio de futebol, que em um movimento colectivo e sincronizado, se levantam em filas, levantam os braços e sentam-se novamente, dando a impressão visual de uma grande onda percorrendo as bancadas do campo. Obviamente, os espectadores não se deslocam, o que se desloca são as cristas e as cavas que eles criam por um movimento orbital de levantar e baixar os braços. Como uma determinada ondulação tem uma direcção bem definida, esta direcção irá definir, por exemplo, boas ou más condições para a prática do surf em certos locais. Com o advento da Internet a previsão das boas condições de ondulação pode ser divulgada, facilmente e de maneira rápida, o que provou uma verdadeira revolução no mundo do “surf”.

Onshore (em terra, área ou bloco de pesquiza)...........................................................................................................................................................Onshore

Onshore / Onshore (costa adentro), Onshore (en tierra) / An Land / 陆上 / Наземный / A terra /

Área a montante da maré baixa. Área situada na, ou próximo, da costa. Na industria petrolífera, ao contrário do offshore, o termo onshore refere-se quer: (i) A um campo de petróleo, gás natural ou condensado que está localizado no continente ; (ii) Às reservas desse campo ; (iii) Às operações realizadas nesse campo ; (iv) Ao bloco de produção desse campo ; (v) Qualquer bloco de pesquisa localizado em terra firme, etc. Por vezes, sinónimo de Costa Adentro e de Em Terra.

Ver: " Em Terra "
&
« Variação do Nível do Mar Relativo»
&
" Linha da Costa "

Figura 463 (Onshore, em terra) - Na carta ilustrada nesta figura, estão localizadas as operações de pesquisa petrolífera no offshore e onshore, uma vez que há poços de pesquisa e de desenvolvimento perfurados no mar (offshore) e em terra (onshore). A linha da costa (intersecção do nível médio do mar, com a terra) é difícil de definir. Ela varia com as marés, o que quer dizer, que o limite entre o onshore e offshore é variável. Por outro lado, como neste caso particular, há uma grande quantidade de ilhas, de todos os tamanhos, o problema da diferenciação entre offshore e onshore é ainda mais complicado. Alguns países englobam no offshore todas as ilhas, outros só englobam as mais grandes e as mais afastadas da costa e, outros, consideram as ilhas como fazendo parte do onshore. O que quer dizer que cada país tem a sua própria legislação para a industria petrolífera. Neste exemplo (costa Oeste de Bornéu, ao norte do delta da Mahakam), os dois únicos campos petrolíferos económicos, encontrados nesta área estão localizados em duas ilhas : (i) Tarakan e (ii) Bunu. As autoridades da Indonésia consideram, que estes campos são campos localizados no onshore, embora os blocos de pesquisa iniciais tenham sido blocos mistos, isto é, com uma parte onshore (na ilha) e outra no offshore (no mar). Certos países consideram, que um bloco onshore é um bloco onde toda a pesquisa é feita em terra (linhas sísmicas e aparelhos de sondagem convencionais) e, que um bloco offshore é um bloco onde as linhas sísmicas são feitas em mar aberto e os aparelhos de perfuração têm que estar localizados em navios ou plataformas de perfuração. Todavia, esta definição tem excepções. No caso de uma região deltaica, em particular quando os deltas se desenvolvem sob a influência das vagas, o bloco de pesquisa é, por vezes, considerado como um bloco onshore, mas as campanhas sísmicas e de perfuração não são, totalmente, feita em terra. Ao contrário, num bloco offshore é frequente que uma parte dos poços de pesquisa estejam localizados em terra e que a partir de uma certa profundidade eles sejam desviados para o offshore, unicamente, porque o preço de um poço de pesquisa, em terra, é muito mais barato do que em mar. Tudo isto quer dizer, que na industria petrolífera, o limite entre o onshore e o offshore varia conforme os países. Geologicamente, o limite onshore / offshore pode corresponder ao rebordo continental quando a bacia não tem plataforma continental, o que quer dizer, que a linha da costa é coincidente ou muito próxima do rebordo continental. Em condições geológicas de nível alto do mar (nível do mar mais alto do que o rebordo da bacia), quando a bacia tem uma plataforma continental é obvio que o limite onshore / offshore não corresponde ao rebordo continental (limite superior do talude continental). Não esqueça de dentro de um ciclo sequência, a bacia não tem plataforma continental durante o grupo de cortejos de nível baixo (CNB): cones submarinos de bacia (CSB), cones submarinos de talude (CST) e prisma de nível baixo (PNB). Ao contrário, durante a deposição do grupo de cortejos de nível alto (CNA), a bacia tem uma plataforma continental durante o intervalo transgressivo (IT) e durante 1a fase de desenvolvimento do prisma de nível alto (PNA) (*). Neste caso particular, uma diferença importante é feita pelas companhias de petróleo entre offshore convencional e offshore profundo. O offshore convencional é limitado à plataforma continental (profundidade de água inferior a 200 metros), enquanto que a profundidade de água do offshore profundo, teoricamente, maior que 200 metros. A propósito do limite entre o onshore e o offshore que, em princípio, que separa a terra do mar, lembremos, o paradoxo da linha da costa evidenciado por Lewis Fry Richardson e, mais tarde, por Benoit Mandelbrot. Este paradoxo corresponde a observação contra-intuitiva de que o litoral de uma massa terrestre qualquer (ilha ou continente) não tem um comprimento bem definido. O que é uma consequência das propriedades fractais das linhas da costa, cuja geometria é invariante por mudança de escala. O comprimento da linha da costa depende do método utilizado para a sua medição. Uma vez que uma massa terrestre tem detalhes a todas as escalas, de centenas de quilómetros a décimas de milímetros, não há tamanho óbvio a partir do qual todos os detalhes possam ser medidos. Não há um único perímetro bem definido para o limite entre a terra e o mar. Várias aproximações existem quando são feitas suposições específicas sobre o tamanho mínimo dos detalhes da linha da costa.

(*) Durante a 2a fase de desenvolvimento do prisma de nível alto (PNA), a linha da costa coincide, grosseiramente, com o rebordo continental e, por isso, nas linhas sísmicas (tendo em conta a resolução sísmica), a bacia não tem plataforma continental.

Osculação (meandro)..........................................................................................................................................................................................................................Osculation

Osculation (méandre) / Osculación (meandro) / Schmiegung (Mäander) / 接吻(河曲)/ Соприкосновение (меандр) / Osculazione (meandro) /

Um dos dois processos de formação de um meandro abandonado. Um recorte entre dois meandros por osculação (contacto de duas curvas) faz-se por simples exageração da curva do meandro, a qual, pouco a pouco, torna o pedúnculo inexistente, o que favorece o escoamento da corrente, directamente, para o meandro seguinte abandonando o meandro sem pedúnculo no qual se pode formar um lago. Um recorte por transbordo faz-se durante um período de cheia, quando toda a planície aluvial está inundada, uma vez que, desde que a altura de água começa a diminuir, a corrente toma, de preferência, o trajecto mais rectilíneo do que o trajecto longo e curvo do meandro.

Ver: « Barra de Meandro »
&
« Zona de Meandros »
&
« Deposição Fluvial »

Figura 464 (Osculação, meandro) - O termo meandro vem do nome de um rio turco que foi divinizado devido à da regularidade da sua forma. Na mitologia grega, meandro (grego Μαίανδρος / Maiandros) é um deus rio ligado ao rio Meandro (actual Büyük Menderes). Os meandros têm uma forma característica que é independente dos factores climáticos e por isso se podem encontram em todas as regiões da Terra. Os meandros podem também formar-se nas correntes oceânicas, como é o caso da corrente do Golfo. A forma geral de um meandro é, também, independente do tamanho do curso de água, existem meandros em pequenos riachos como num grande rio. A formação de um meandro é o resultado de factores e processos naturais. A configuração ondulada de um escoamento muda constantemente. Uma vez que o leito de um curso de água começa a seguir uma trajectória sinusóide, a amplitude e concavidade das curvas aumentam, drasticamente, devido ao efeito do escoamento helicoidal o qual desloca o material erodido denso para a interna da curva, deixando a parte exterior da curva sem protecção e, assim, vulnerável à uma erosão acelerada associada a um ciclo retroactivo positivo. Num meandro, quanto maior é a curvatura maior é a erosão do banco externo o que, por sua vez, aumenta a curvatura. O escoamento de um fluido à volta de uma curva é turbilhonar (em movimentos circulares). Para conservar o momento angular (quantidade que permanece constante, sob certas condições, ao longo do tempo à medida que sistema evolui, o que levou a uma lei de conservação conhecido como a lei da conservação do momento angular), a velocidade do fluxo no lado externo da curva é mais rápida e no lado interno mais lenta. Por outro lado, a superfície da água é sobrelevada para o exterior da curva e, por isso, a pressão da água no leito da corrente é maior no lado de fora do que no interior do meandro. Este gradiente de pressão provoca uma contracorrente para o interior da curva. Quanto maior for a curvatura do meandro e mais rápido for o escoamento, mais forte será a contracorrente e mais forte será a acção do material erodido denso ao longo do fundo do canal em direcção ao banco interno. A forma particular e, relativamente, invariante dos meandros intrigou sempre os geocientistas. Uma expressão matemática da curva de um meandro foi proposta por Langbein e Leopold (1966), uma vez que eles notaram que um barco deslocando-se a uma velocidade constante ao longo centro de um meandro, o ângulo formado entre a direcção do barco (tangente à trajetória) e Norte (ou qualquer outra direcção fixa) varia de maneira senoidal com a distancia ao longo do leito da corrente. A curva do meandro não é sinusoidal, mas gerada por uma função sinusoidal. A curva é controlada por dois parâmetros principais: (i) O ângulo máximo entre a tangente à curva e a horizontal e (ii) O comprimento da curva para uma oscilação completa. Para curvas de comprimentos iguais, vê-se que mais o ângulo máximo entre a tangente à curva e a horizontal aumenta, mais a amplitude aumenta e o comprimento de onda diminui. O estudo do ângulo tangencial máximo mostra que para um ângulo máximo de 120° ° o meandro está perto do curto-circuito. Na verdade, o meandro fecha-se para um ângulo de mis ou menos, 120,9° e este ângulo corresponde também à amplitude máxima que o meandro pode ter. Assim, a relação entre a amplitude e o comprimento de onda de um meandro tem um limite teórico é, mais ou menos, de 2,3 (http://www.zones-alluviales.ch/Documentation /RapportMeandres.pdf). Contudo, a questão principal da formação dos meandros é de saber porque é que os escoamentos se tornam sinuosos. Um certo número de teorias não, necessariamente, excludentes, foram avançadas: (i) Estocástica; (ii) Equilíbrio; (iii) Geomórfica, etc. Na teoria estocástica (que está submetidas às leis do acaso), a evolução de um meandro parece ser o resultado de flutuações estocásticas da direcção do escoamento devido a presença de obstáculos que mudam a direcção da trajectória da corrente. Na teoria de equilíbrio, a formação dos meandros diminui o gradiente (inclinação) de escoamento da corrente até que a erosão do terreno e a capacidade de transporte da corrente sejam alcançados. Nesta teoria, a massa de água descendente abandona energia potencial (energia associada com a força da gravidade), que é removida pela da interacção do escoamento com o material do leito da corrente, dado que a velocidade da corrente é a mesma no início e no fim do percurso. Na teoria geomórfica ou morfotectónica, são as estruturas tectónicas do terreno, sobretudo as dobras e as falhas, os principais responsáveis da formação dos meandros, que ao contrário do que sugere a teoria estocástica, podem ser previsíveis, uma vez que eles são associados a processos geológicos e geomorfológicos conhecidos.


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Ultima actualização : Junho, 2017