Zona de Abundância.................................................................................................................................................................................Abundance Zone

Zone d'abondance / Zona de abundancia / Fläche des Überflusses / 富足的地区 / Зона обилия / Zona di abbondanza /

Área de um intervalo estratigráfico, limitada entre a primeira e a última aparição de determinado táxon (numa determinada área), onde o táxon fóssil alcança um nível máximo de abundância. Sinónimo de Zona de acme ou Zona de Pico.

Ver: « Acme »

Zona Biostratigráfica.............................................................................................................................................................Biostratigraphic Zone

Zone biostratigraphique / Zona biostratigráfica / Biostratigraphische Zone / 生物地层区 / Батипелагическая зона / Zona biostratigrafiche /

Conjunto de estratos que são definidos na base das características de uma taxa fóssil. Sinónimo de zona (estratigráfica). O tempo (geológico) representado por uma zona biostratigráfica é o biocron.

Ver: « Biostratigrafia »
&
« Idade Relativa »
&
« Litostratigrafia »

Figura 691 (Zona Biostratigráfica) - Uma zona estratigráfica ou biozona ou simplesmente zona é um termo geral, que os geocientistas utilizam para designar qualquer tipo de unidade biostratigráfica. Como existem muitas maneiras de subdividir os estratos em zonas biostratigráficas ou biozonas, alguns geocientistas distinguem diferentes classes de biozonas : (i) Zona de conjunto, que é intervalo estratigráfico, que se distingue por ter um conjunto natural característico de todas as formas fósseis presentes ou de certo tipo ou tipos de formas presentes (as zonas de conjunto são índices ambientais, mas também indicam a idade, embora elas não se definam na base da extensão total da taxa) ; (ii) Zona de extensão (tanto vertical que horizontal), que é o agrupamento de estratos, que representa a extensão estratigráfica de um certo elemento do conjunto total de formas fósseis presentes ; existem vários tipos de zona de extensão (zona de extensão do táxon, zona de extensão coincidente, zona de linhagem ou zona filogenética) ; (iii) Zona de apogeu (acme), que é conjunto de estratos baseado na abundância ou desenvolvimento de certas formas, seja qual for a sua associação ou extensão; as zonas de apogeu ou acme, também são chamadas zonas de culminação ou de inundação, são valiosos índices da posição estratigráfica ; (iv) Zona de intervalo, que é o intervalo estratigráfico compreendido entre biohorizontes distintos ; a zona de intervalo não é nem uma zona de extensão de um determinado táxon (entidade que reagrupa todos os organismos vivos que têm em comum certas características bem definidas), nem de coincidência de várias taxa, nem possui associações fósseis distintas ou características biostratigráficas peculiares. A denominação da zona de intervalo utiliza os biohorizontes que a limitam começando pelo horizonte inferior, como, por exemplo, zona de intervalo Globigerinoides sicanis / Orbukina sutuiralis (Hedberg, H. D., 1980). Função das circunstâncias, outros tipos de biozonas, como, as baseadas nos icnofósseis (pistas), fósseis re-depositados, mudanças morfológicas de certas comunidades, etc., podem ser consideradas. Conjunto de camadas que contêm tipos específicos de fósseis quer na horizontal quer na vertical são unidades biostratigráficas. Cenozonas são conjunto de camadas em que o conteúdo fossilífero, constitui um conjunto natural, distinguindo-os das camadas adjacentes. Esta unidade biostratigráfica, é útil para ser usada como indicador de ambiente e para o estabelecimento de correlações. Não apresentam grande significado temporal e os seus limites são definidos nos extremos de ocorrência de conjunto característico. Acrozonas são subdivisões biostratigráficas utilizadas para se referir à zona de duração de um táxon. Nesta figura, está ilustrada a famosa biozona Foerstia (alga pelágica do Devónico tardio) nos argilitos de Chagrin (Columbus, estado de Ohio, EUA). Lembremos que os estratos podem subdividir-se em função das características físicas, dos fósseis que eles contém e das relações espaciais entre eles e que três tipos de unidades estratigráficas são, em geral, considerados: (i) Unidades Litológicas ; (ii) Unidades Biostratigráficas e (iii) Unidades Cronostratigráficas. Uma unidade litostratigráfica pode ser formada por rochas sedimentares, ígneas, metamórficas e em alguns casos por uma alternância destes tipos de rochas, o que quer dizer que uma unidade litostratigráfica corresponde a um corpo rochoso a três dimensões, uma vez que o conceito de unidade litostratigráfica se aplica vertical e lateralmente. Não há uma extensão geográfica específica para as unidades litostratigráficas, a qual depende sempre da continuidade e extensão das características que se verificam. Uma unidade biostratigráfica é um conjuntos de rochas ou de estratos unificados pelos seus fósseis ou características paleontológicas, que os diferenciam das rochas ou estratos adjacentes, a qual pode ser definida : (a) Pela presença de fósseis ; (b) Pelo tipo de fósseis que ela contém ou, unicamente, pelos fósseis de um determinado tipo ; (c) Por um táxon, que é uma unidade taxonómica, essencialmente, associada a um sistema de classificação científica, que pode indicar uma unidade em qualquer nível ; (d) Por uma associação particular de fósseis ; (e) Pela distribuição de táxon ou taxa fósseis ; (f) Pela abundância de determinadas espécies de fósseis ; (g) Pelas características morfológicas dos fósseis ; (h) Pelo modo de vida e habitat dos organismos fossilizados ; (i) Pelos estágios do desenvolvimento evolucionário dos fósseis ; (j) Pelas variações de outros factores relacionados com os fósseis que os estratos contém, etc. Uma unidade cronostratigráfica mede o tempo geológico, cuja escala se baseia na ordenação, no tempo, dos principais acontecimentos geológicos ocorridos na Terra desde a sua formação há cerca de 4,6 Ga. As principais unidades cronostratigráficas são a Era, o Período, a Época e a Idade, que correspondem, respetivamente, as unidades cronostratigráficas, Grupo ou Eratema, Sistema, Série e Andar ou Subandar.

Zona de Deposição (fluvial).....................................................................................................................................................................Deposition Zone

Zone de dépôt / Zona de depositación (fluvial) / Abscheidungszone / 沉积区 / Зона осадконакопления / Zona di deposizione /

Uma das três zonas sedimentológicas, evidenciadas por Emiliano Mutti, num sistema fluvial: (i) Zona de Fonte (Zf) ; (ii) Zona de Transporte (ou transferência) sedimentar (Zt) e (iii) Zona de deposição (Zd). É na zona de deposição que os sedimentos se acumulam, a montante da linha de baía, com leques aluviais importantes e depósitos deltaicos (a jusante da linha de baía, em geral, entre a linha da costa e o rebordo da bacia) associados ou não, mas sem depósitos turbidíticos.

Ver: « Deposição Fluvial »

Zona Disfótica..........................................................................................................................................................................................................................Disphotic Zone

Zone dysphotique / Zona disfótica / Disphotic Zone / 弱光层 / Дисфотическая (малопродуктивная) зона / Zona disfotica /

Zona do oceano que se estende desde, mais ou menos, 50 metros de profundidade, onde a zona eufótica termina, até cerca de 1 000 metros. Zona do oceano onde há luz solar suficiente para os animais verem, mas que é insuficiente para a fotossíntese.

Ver: « Lâmina de Água de Plataforma »
&
« Zona Eufótica»
&
« Zona Fótica »

Figura 692 (Zona Disfótica) - Quando a luz do sol penetra nos oceanos, ela é absorvida o que permite de considerar três zonas, função da quantidade da luz solar que elas recebem: (i) Zona Eufótica ; (ii) Zona Disfótica e (iii) Zona Afótica. A zona eufótica estende-se entre a superfície e uma profundidade de cerca de 50 metros, função da época do ano, da hora do dia, da claridade da água e da presença de nuvens. A zona eufótica é a coluna de água do oceano onde há luz do sol suficiente para que as plantas realizem a fotossíntese (processo físico-químico, a nível celular, realizado pelos seres vivos com clorofila, que utilizam o CO2 e OH2, para obter C6H12O6 , isto é, glicose, através da energia da luz do sol, de acordo com a seguinte equação: Luz do Sol + 6CO2 + 12H2O ➞ 6O2+ 6H2O + C6H12O6), a qual inicia a maior parte das cadeias alimentares na Terra. Sem a fotossíntese, animais e muitos outros seres heterotróficos (que não possui a capacidade de produzir seu próprio alimento) seriam incapazes de sobreviver porque a base da sua alimentação estará sempre nas substâncias orgânica das plantas pelas verdes (com clorofila). Todo o plâncton, vareque (todas as plantas marinhas da família das algas) e plâncton vegetal encontram-se na zona eufótica. A zona disfótica é caracterizada por uma presença de luz do sol suficiente para que os animais que ai vivem possam ver, mas insuficiente para que as plantas possam realizar a fotossíntese. A profundidade da zona disfótica é muito afectada pela turbidez da água e pelas estações. Geralmente, como ilustrado neste esquema, ela, raramente, é inferior a 1000 metros. Todavia, em certos casos, o limite inferior pode ser mais profundo e certos geocientistas avançam mesmo profundidades da ordem de 5000 metros. A zona afótica, que está debaixo da zona disfótica é o reino da escuridão e assim de criaturas muito particulares como, por exemplo, o calamar gigante, enguia pelicano (chamada assim porque a sua boca é semelhante à de um pelicano), calamar vampiro, etc.. Muitos dos organismos que vivem nos oceanos dependem da luz do sol. As plantas, o vareque (sargaço), plâncton vegetal fotossintético, utilizam a luz do sol para obter energia através da fotossíntese. Depois, estes organismos são comidos por animais de maior tamanho, que por sua vez são comidos por outros maiores e assim de seguida. A luz do sol não só é a base da cadeia alimentar, mas também aquece a água dos oceanos, tornando-os mais propícios à vida animal. Por outro lado, a luz do sol induz a formação de correntes marinhas, que muitos animais utilizam para se deslocarem. Embora na zona afótica, não haja luz certas comunidades encontram junto das fontes hidrotermais profundas, a energia necessária para sobreviver. A zona eufótica é a camada superior dos oceanos que é banhada pela luz do sol durante o dia. Esta zona também é chamada zona da luz ou epipelágica (encima do mar). A profundidade da zona eufótica, isto é, a passagem à zona disfótica depende da transparência da água. Quando a água é clara a zona eufótica pode ser muito espessa. A zona eufótica é definida em termos de luz e não em termos de profundidade. Muitas plantas e outros organismos fotossintetizadores vivem na zona eufótica, onde os alimentos são abundantes. Como a fotossíntese é um processo pelo qual a luz do sol e o CO2 são convertidos em alimentos (energia química contida nos hidratos de carbono) e oxigénio, ela cria cerca 90% do oxigénio da Terra. Os oceanos contém cerca de 60 vezes mais carbono na forma de carbono inorgânico dissolvido do que na atmosfera pré-antropogénica (± 600 10^15 g C). Em escalas de tempo <10^5 anos, os oceanos são os maiores reservatório de carbono inorgânico (± 38000 10^15 g C) em trocas com dióxido de carbono (CO2) atmosférico e, como resultado, os oceanos exercem um controle dominante sobre os níveis de CO2 atmosférico. A concentração média de carbono inorgânico nos oceanos é ± 2,3 mmol kg-1 e seu tempo de residência é, mais ou menos, 200 ka. O CO2 dissolvido nos oceanos ocorre, principalmente, em três formas inorgânicas: a) CO2 aquoso livre, b) bicarbonato (HCO3-) e ião carbonato (CO32-). Uma forma menor é o verdadeiro ácido carbônico (H2CO3) cuja concentração é menor que 0,3%. A soma CO2 aquoso livre e bicarbonato (HCO3-) é designada por (CO2). A maioria do carbono inorgânico dissolvido no oceano moderno está na forma de HCO3- (> 85%) (https://www.soest.hawaii.edu/oceanography /faculty/zeebe_files /Publications/ZeebeWolfEnclp07.pdf). Como a solubilidade do CO2 diminui com a temperatura (http://www. engineeringtoolbox.com /gases-solubility-water-d_1148.html), se a temperatura dos oceanos aumenta a quantidade de CO2 na atmosfera aumenta.

Zona Eufótica..............................................................................................................................................................................................................................Euphotic Zone

Zone euphotique / Zona eufótica / Euphotischen Zone / 透光层 / Эвфотическая зона / Zona eufotica /

Lâmina de água de um oceano ou lago entre a superfície e uma profundidade de cerca de 50 metros, função da época do ano, da hora do dia, da claridade da água e da presença de nuvens. É a coluna de água do oceano onde há luz do sol suficiente para que as plantas realizem a fotossíntese. Todo o plâncton et macro-algas se encontram na zona eufótica.

Ver: « Zona Disfótica »

Zona de Fonte.....................................................................................................................................................................................................................................Source Zone

Zone de fonte (Zf) / Zona de fuente (Zf) / Source-Zone / 源区 / Зона возникновения очагов землетрясений / Zona de fonte /

Uma das três zonas sedimentológicas, evidenciadas por Emiliano Mutti, num sistema fluvial: (i) Zona de Fonte (Zf) ; (ii) Zona de Transporte (ou transferência) sedimentar (Zt) e (iii) Zona de Deposição (Zd). É na zona de fonte que a maior parte dos sedimentos são incorporados da corrente fluvial.

Ver: «Deposição Fluvial»

Zona Fótica..................................................................................................................................................................................................................................................Photic Zone

Zone photique / Zona fótica / Euphotische Zone / 真光层 / Эвфотическая зона / Zona eufotica /

Coluna de água de um oceano ou lago onde existe luz suficiente para a fotossíntese. Embora esta zona, também denominada zona eufótica, seja definida em termos de luz e não em termos de profundidade, pode dizer-se que ela, raramente, ultrapassa 50-100 metros de profundidade. Sinónimo de Zona Eufótica.

Ver: « Lâmina de Água de Plataforma »
&
« Zona Eufótica»
&
« Zona Disfótica»

Figura 693 (Zona Fótica) - A zona fótica ou eufótica, também chamada zona limnética, é a coluna de água onde existe luz do sol para que a fotossíntese ((processo físico-químico, a nível celular, realizado pelos seres vivos com clorofila, que utilizam o CO2 e OH2, para obter C6H12O6 , isto é, glicose, através da energia da luz do sol, de acordo com a seguinte equação: Luz do Sol + 6CO2 + 12H2O ➞ 6O2+ 6H2O + C6H12O6, ou seja, a conversão biológica de energia da luz em energia química), se posa realizar, isto é, é o volume de água onde a taxa de fotossíntese é maior que a taxa de respiração do fitoplâncton (conjunto dos organismos aquáticos microscópicos que têm capacidade fotossintética e que vivem dispersos flutuando na coluna de água e que são transportados pelas correntes e massas de água). A fotossíntese ocorre nas plantas verdes e bactérias fotossintetizadoras através de uma série de reacções bioquímicas. Nas plantas evoluídas e algas, a luz absorvida pela clorofila catalisa a síntese de hidratos de carbono (C6H1206) e oxigénio (O2) a partir do CO2 e OH2. Um dos componentes mais abundantes do fitoplâncton são as diatomáceas (*), que, por vezes, formam colónias, e os dinoflagelados (grupo de protistas flagelados que pertencem ao plâncton marinho, mas são também comuns em água doce, como a Paramecium e Vorticella), que aparecem, por vezes, em grandes concentrações que formam as chamadas "marés vermelhas", que, muitas vezes, são tóxicas. As plantas do fitoplâncton são as primeiras produtoras que utilizam a energia solar como fonte de alimento. O ponto de compensação, onde a fotossíntese iguala a respiração, marca o limite inferior da zona fótica. Acima do ponto de compensação, a população de fitoplâncton cresce, rapidamente, porque há abundância de luz do sol para suportar uma taxa de fotossíntese rápida. Debaixo do ponto de compensação, a intensidade da luz solar é muito baixa e a taxa de respiração do fitoplâncton é mais rápida do que a taxa da fotossíntese, o que impede o fitoplâncton de sobreviver. As zonas fóticas dos oceanos e dos lagos são, extremamente, importantes porque, o fitoplâncton, que é o primeiro produtor sobre o qual todo o resto da cadeia alimentar depende, está concentrado nessas zonas. Como a fotossíntese é um processo pelo qual a luz do sol e o CO2 são convertidos em alimentos (energia química contida nos hidratos de carbono) e O2, ela cria cerca 90% do O2 da Terra. A maior parte desse oxigénio é produzida pelo fitoplâncton. Estes primeiros produtores de hidratos de carbono, chamados autotrófos ou autotróficos (seres vivos que produzem seu próprio alimento a partir da fixação de dióxido de carbono, por meio da fotossíntese ou quimiossíntese), são o primeiro elo da cadeia de alimentação nos oceanos. É por isso que muitos animais vivem na zona eufótica. A maior parte da vida nos oceanos é encontrada nesta zona, embora ela seja a mais pequena zona em termos de volume de água. Os seres vivos de um ecossistema podem ser autotrófos ou heterotrófos (que se alimentam de substâncias orgânicas elaboradas por outros). A maioria dos autotrófos (algas, vegetação e certas bactérias) faz a fotossíntese. Os animais, fungos (**), protozoários e a maioria das bactérias são heterotrófos. Eles necessitam de obter comida (substâncias orgânicas) a partir de outros seres vivos ou dos seus produtos. A maioria dos animais que habitam no fundo do mar vivem na zona eufótica, uma vez que esta é definida em termos de luz e não em profundidade.

(*) As diatomáceas são um importante grupo de protistas (grupo diverso de organismos eucariontes, que têm um núcleo celular rodeado por uma membrana, que inclui a maioria dos organismos que não se encaixam em nenhum dos outros dois reinos (Animalia e Plantae) que pertencem à divisão Bacillariophyta, de acordo com o sistema de Round et al. (1990). São organismos unicelulares e possuem como característica uma carapaça ou parede siliciosa chamada frústula, localizada externamente à membrana plástica. Ocorrem na água doce e nos mares, podendo ser planctónicos ou bentónicos. Existem algumas espécies que formam cadeias ou colónias simples que poderão levar um observador desprecavido a considerá-los como pluricelulares. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Diatomácea).

(**) Os fungos (bolores, mofos, fermentos, trufas, cogumelos, etc.) formam um grupo bastante numeroso (cerca de 200 000 espécies) espalhado por, praticamente, qualquer tipo de ambiente. Eles têm uma grande variedade de modos de vida. Podem viver como (i) saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos ; (ii) parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se beneficiam. Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam. (http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/biofungos.php).

Zona de Meandros...........................................................................................................................................................................................................Meander Belt

Ceinture de méandres / Faja de meandros / Meander Gürtel / 曲流带 / Зона меандрирования / Cintura meandri /

Área de uma planície de inundação entre as duas linhas tangente às curvaturas externas dos meandros. Zona na qual a migração do canal produz uma topografia de acreção (barras de meandro) e lagos de meandro. Existem também meandros de vale e não só meandros de planície aluvial.

Ver: " Barra de Meandro "
&
Tampão Argiloso
&
" Planície Aluvial "

Figura 694 (Zona de Meandros) - Esta figura mostra a simulação de uma planície de meandros criada por uma corrente meandriforme, numa planície aluvial. A corrente começa a escoar-se por um canal rectilíneo para depois desenvolver uma configuração meandriforme e, eventualmente, um padrão complexo de meandros activos e abandonados. As áreas mais recentes ocupadas pela corrente são coloridas em amarelo e as mais antigas em azul. As áreas que não foram ocupadas pela corrente meandriforme durante a simulação são as amarelas. Este modelo ilustra também uma representação da sedimentação na planície de inundação com uma taxa de sedimentação que diminui de maneira exponencial, com a distância ao canal activo e a altura da planície de inundação. No mapa topográfico da planície de inundação, as áreas mais elevadas são amareladas e as mais baixas (canal activo) são azulada. Note a presença de depressões de lagos de meandros nos braços de meandro abandonados. Este modelo simula apenas os meandros da planície aluvial, também chamados, embora sem razão, meandros livres ou meandros divagantes, que é o caso, quando as sinuosidades marcadas pelo rio são independentes do traçado do vale e a uma escala mais pequena. Os meandros de vale ou meandros encaixados, quando o vale meandra como o rio e à mesma escala, são tão frequentes como os meandros da planície aluvial. Em Portugal, os meandros do rio Douro são talvez os mais típicos meandros encaixados. O vale meandra como o rio e é mesma escala. Os meandros do rio Tejo podem ser considerados com meandros da planície aluvial. Os meandros encaixados podem evoluir em meandros livres por calibragem do vale. A migração para jusante dos meandros tende, com o tempo, a calibrar todo o vale às dimensões dos meandros, transformando, assim, os meandros de vale em meandros de planície aluvial, o que quer dizer, que dentro de um certo número de milhões de anos o vale do Douro será muito diferente. À força de se acentuarem, dois meandros vizinhos podem recortar-se de duas maneiras diferentes: (i) Por Transbordo, quando durante uma cheia, toda a planície é inundada e que a corrente toma um trajecto rectilíneo mais curto em vez de utilizar o meandro (processo impossível nos meandros encaixados ou meandros de vale) e (ii) Por Oscilação ou Contacto, quando o exagero da curvatura faz desaparecer o pedúnculo, transformado o antigo meandro em um canal abandonado, no qual se forma, por vezes, um lago. Este último processo põe em contacto dois pontos do curso do rio, que antes se encontravam a uma certa distância e a níveis diferentes. Assim pode criar-se uma cascata que se pode manter, durante um certo tempo, se a rocha encaixante for dura. À medida que os meandros se exageram, eles migram para jusante, o que, com o tempo, pode transformar meandros encaixados em meandros de planície aluvial falsos. Um certo número de teorias não, necessariamente, excludentes, foram avançadas para explicar a formação de meandros: (i) Teoria Estocástica; (ii) Teoria do Equilíbrio; (iii) Teoria Geomórfica, etc. Na teoria estocástica (que está submetidas às leis do acaso), a evolução de um meandro parece ser o resultado de flutuações estocásticas da direcção do escoamento devido a presença de obstáculos que mudam a direcção da trajectória da corrente. Na teoria de equilíbrio, a formação dos meandros diminui o gradiente (inclinação) de escoamento da corrente até que a erosão do terreno e a capacidade de transporte da corrente sejam alcançados. Nesta teoria, a massa de água descendente abandona energia potencial (energia associada com a força da gravidade), que é removida pela da interacção do escoamento com o material do leito da corrente, dado que a velocidade da corrente é a mesma no início e no fim do percurso. Na teoria geomórfica ou morfotectónica, são as estruturas tectónicas do terreno, sobretudo as dobras e as falhas, os principais responsáveis da formação dos meandros, que ao contrário do que sugere a teoria estocástica, podem ser previsíveis, uma vez que eles são associados a processos geológicos e geomorfológicos conhecidos. Num sistema fluviodeltaico (bacia de drenagem, cone aluvial, rio entrelaçado, rio com meandros, embocadura do rio), a zona de meandros encontra-se entre a zona de rios entrelaçados e a desembocadura do rio. Num sistema fluvioturbidítico, a zona de meandros, que corresponde a zona de enriquecimento, localiza-se entre o cone aluvial e a zona de iniciação das correntes gravitárias.

Zona de Rebentação (ondas do mar)..................................................................................................................................................................Surf Zone

Zone de déferlement / Zona de rompiente / Brandungszone / 冲浪区 / зона прибоя / Zona dei frangenti, Zona di surf /

Zona onde as ondas de oscilação se transformam em ondas de translação. Zona do litoral afectada pelo movimento de avanço e recuo da água do mar imposto pelas correntes de ressaca (correntes de afluxo e refluxo).

Ver : « Acção das vagas, mar mediamente agitado »

Zona de Subducção...........................................................................................................................................................................................Subduction Zone

Zone de subduction / Zona de subducción / Subduktionszone / 俯冲带 / Зона движения по разломам / Zona di subduzione /

Área, mais ou menos, rectilínea ao longo da qual uma placa litosférica mergulha sob outra placa. Quando a placa descendente é oceânica, a zona de subducção diz-se de tipo Benioff (subducção tipo B). Quando a placa descendente é continental, a zona de subducção diz-se de tipo Ampferer (subducção tipo A). As zonas de subducção de tipo A são sublinhadas por uma bacia de antepaís enquanto que as de tipo B são sublinhadas por uma: (i) Fossa oceânica ; (ii) Alinhamento de vulcões e (iii) Deformação da crusta, que muita vezes origina a formação de montanhas.

Ver: « Colisão Continental »
&
« Fossa Abissal »
&
« Subducção de Tipo-B (Benioff) »

Figura 695 (Zona de Subducção) - Esta tentativa de interpretação geológica de um detalhe de um autotraço de uma linha sísmica do onshore da Alemanha ilustra uma zona de subducção de Ampferer ou de tipo A, na qual ambas as placas litosféricas são continentais. Os sedimentos da placa descendente, de idade Mesozóico, foram alongados por falhas (normais) criadas por um regime tectónico extensivo (σ1 vertical, que corresponde ao maior eixo do elipsóide dos esforços efectivos, quer isto dizer, da soma da pressão geostática σg , pressão dos poros σp e do vector tectónico σt), enquanto os sedimentos da placa cavalgante, de idade Cenozóico, foram encurtados por falhas inversas e dobras criadas um regime tectónico compressivo (σ1 horizontal e σ3 vertical). Nas zonas de subducção de tipo A, como ambas as placas são da mesma natureza e densidade, praticamente, não há consumação de material litosférico, mas sim acreção (se esta não for compensada pela erosão). Isto quer dizer, que a placa descendente não penetra na astenosfera. Ao contrário, nas zonas de subducção de Benioff ou de tipo B, como a placa litosférica descendente é de natureza oceânica e a cavalgante continental (oceânica em certos casos), a placa descendente, mais densa, entra, pouco a pouco, na astenosfera (*)(zona superior do manto terrestre menos rígida que se encontra debaixo da litosfera, entre aproximadamente 80 e 200 km abaixo da superfície), onde é consumida. Por estas razões, muito geocientistas consideram, que as verdadeiras zonas de subducção são, unicamente, as de tipo B, uma vez, que são elas que contrabalançam a criação de crusta oceânica nas dorsais médio oceânicas. A mobilidade das placas aparece como a manifestação superficial de movimentos mais importantes e mais profundos que afectam o manto. A ideia de convecção do manto, muito combatida, no início do século XX, fez, pouco a pouco, o seu caminho. As considerações energéticas baseadas nas medições do fluxo de calor ou nos teores dos elementos radioactivos das rochas do manto conduzem a estimativas teóricas das energias postas em jogo comparáveis com uma convecção em todo o manto. No manto, a fonte de energia pode ser o decaimento de elementos radioactivos contidos dentro dele ou o calor do núcleo da Terra. Estas fontes de energia são capazes de criar correntes de convecção. As dorsais médio oceânicas são as manifestações de superfície das correntes ascendentes do manto. As zonas de subducção sublinham as correntes descendentes. A distribuição dos limites entre as placas aparece como uma manifestação aparente do sistema convectivo do manto, o que traduz a não estacionaridade dos movimentos convectivos. Os continentes deslocam-se. As dorsais deslocam-se ou desaparecem. Por conseguinte, a distribuição das correntes de convecção é variável ao longo do tempo. Os oceanos não se abrem nem se fecham por um movimento pendular, mas transformam-se e evoluem segundo regimes cuja geometria é, continuamente, variável. Ambos os tipos de subducção originam tremores de terra. Todavia, os focos ou hipocentros (pontos de ruptura) dos tremores de terra associados com uma subducção do tipo A são muito mais superficiais do que os induzidos por uma subducção do tipo B. Por outro lado, apenas nas placas cavalgantes das zonas de subducção de tipo B se formam vulcões que são, mais ou menos, alinhados paralelamente a fossa oceânica (ou fossa abissal, que corresponde a uma região muito profunda do mar, entre as placas litosféricas), provavelmente, devido à consumação da placa descendente na astenosfera (formação de novo magma). Quanto mais pequena for a distância entre o arco vulcânico e a fossa oceânica mais inclinada é a placa descendente (ângulo de subducção grande). Uma fossa oceânica pode ser adjacente e, mais ou menos, paralela a uma margem continental ou a um arco insular, quando este está separado do continente por uma bacia interna ao arco. As vertentes de uma fossa oceânica são assimétricas. A vertente do lado do oceano é menos acentuada, enquanto a do lado do continente ou do arco insular é mais íngreme e caracteriza-se por “mélanges”, ou seja, por uma mistura complexa de sedimentos de natureza continental e oceânica. Uma actividade orogénica, sísmicas e vulcânica existe, muitas vezes, na área continental.

(*) A estrutura interna da Terra podem ser estudada sob o ponto de vista petrográfico e reológico. Sob o ponto petrográfico, ela pode ser dividida em três camadas concêntricas: A) Crusta ; B) Manto ; C) Núcleo. ) Sob ponto de vista reológico (relação entre esforço e deformação em materiais capazes de fluir), a Terra é dividida em quatro camadas concêntricas: 1) Litosfera ; 2) Astenosfera ; 3) Mesosfera e 4) Núcleo. A litosfera, que é uma divisão reológica da Terra, engloba a parte superior do manto, debaixo da isotérmica 1350° C (início da zona de baixa velocidade das ondas sísmicas) e a crusta (continental ou vulcânica), a qual é separada do manto pela descontinuidade de Mohorovicic que sublinha um aumento significativo da velocidade de ondas sísmicas.

Zona de Sutura................................................................................................................................................................................................................................Suture Zone

Zone de suture / Zona de sutura / Suturzone / 缝合带 / Зона сочленения / Zona di sutura /

Área de colisão entre duas placas litosféricas. Uma zona de sutura é, geralmente, caracterizada por uma deformação intensa, metamorfismo e introdução de bandas de material máfico e rochas oceânicas ultramáficas. O termo megassutura foi proposto por A. Bally (1975), para descrever as regiões móveis da Terra (cadeias de montanha com rochas dobradas e falhadas) que testemunham a complexidade das fases de acreção e deformação sofridas pelos corpos geológicos quando os regimes tectónicos compressivos são predominantes.

Ver: « Colisão Continental »
&
« Subducção de Tipo-A (Ampferer) »
&
« Subducção de Tipo-B (Benioff) »

Figura 696 (Zona de Sutura) - O exemplo mais típico de uma zona de sutura é, certamente, a megassutura Mesozóico-Cenozóica ilustrada neste esquema. Esta megassutura engloba todos os produtos da actividade orogénica e ígnea posteriores a ruptura do supercontinente Pangeia e das bacias associadas, em particular, as bacias epissuturais (desenvolvem-se no interior das megassuturas como, as bacias internas ao arco, nas quais a extensão pode ser muito importante e criar uma oceanização, isto é., uma ruptura da litosfera com formação de nova crusta oceânica e de um mar marginal, no qual se desenvolve uma margem divergente de tipo não Atlântico) e as cadeias de montanhas com rochas dobradas e falhadas. Esta megassutura representa a contrapartida da expansão oceânica que ocorreu desde o fim da era Paleozóica (mais ou menos 250 Ma). Durante a formação de uma megassutura, embora os regimes tectónicos compressivos (encurtamento dos sedimentos) associados com as zonas de subducção sejam predominantes, os regimes em extensão (alargamento dos sedimentos) e a formação de bacias sedimentares têm, também, um papel muito importante. Uma megassutura pode ser considerada como uma zona de sutura formada por uma colisão Continente / Continente ou Continente / Arco Vulcânico com uma mobilização, mais ou menos, importante do soco granito-metamórfico. Ela engloba as zonas orogénicas e bacias sedimentares que lhe estão associadas. A megassutura Mesozóico / Cenozóica, como ilustrado acima, engloba todos os corpos geológicos associados aos fenómenos de subducção do tipo A e B que ocorreram desde o Pérmico / Triásico até hoje. Ela representa a contrapartida da expansão oceânica que acompanhou a dispersão dos continentes depois da ruptura do supercontinente Pangéia. De uma certa maneira, pode dizer-se que a crusta oceânica e as margens divergentes são os equivalentes distensivos (em extensão. alongamento) das estruturas encurtados criadas nas zonas compressivas, associadas às margens convergentes. Note que pode haver estruturas de alongamento (de extensão), como por exemplo, demigrabens e grabens, criados por um a regime tectónico com um vector tectónico (σt) positivo. A carta dos diferentes episódios de deformação dá, aproximadamente, a posição actual das megassuturas sucessivas que formam a crusta continental da Terra. Esta cartografia permite-nos abordar a localização dos antigos oceanos (crusta oceânica) que se formaram e fecharam na sequência dos alastramentos oceânicos e colisões continentais. A megassutura do Paleozóico é representada, unicamente, por crusta continental e por zonas de subducção de tipo A (Ampferer). A ausência de crusta oceânico do Paleozóico explica-se por um mecanismo de subducção B (Benioff) muito intenso que teria consumido, praticamente, toda a crusta oceânica. A zona orogénica que constituí a megassutura do Pré-Câmbrico, também, não mostra, nenhuma evidência de crusta oceânica do Arqueozóico. A carta dos diferentes episódios de deformação dá, aproximadamente, a posição actual das megassuturas sucessivas que formam a crusta continental da Terra. Na estratigrafia sequencial, as superfícies de erosão induzidas pelas descidas significativas do nível do mar relativo (nível do mar local, referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre e que é o resultado da combinação do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite e da tectónica) desempenham um papel importante, uma vez que as discordâncias e as suas paraconformidades correlativas, em água profunda, limitam os diferentes ciclos estratigráficos (ciclos de invasão continental, subciclos de invasão continental, ciclos sequência e ciclos de alta frequência) e na formação das megassuturas. Na realidade, o volume das bacias oceânicas aumenta à medida que se uma megassutura se forma, o que implica uma descida do nível do mar absoluto (Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes), uma vez que os geocientistas assumem que a quantidade de água sob todas as suas formas é constante desde a formação da Terra há cerca de 4,5 Ga.

Zona de Trânsito Sedimentar.........................................................................................................................Sediment Bypass Zone

Zone de transite sédimentaire/ Zona de tránsito sedimentario / Sedimentary Zone verläuft / 沉积绕行区 / Зона осадочного транзита / Zona di passaggio sedimentario /

Área sem depósito quer na planície costeira, quer na parte superior do talude continental ou mesmo nas partes mais profundas de uma bacia, em geral, durante as descidas do nível do mar relativo ou mesmo durante períodos de nível baixo. As zonas de trânsito sedimentar permitem a passagem dos sedimentos para as áreas de deposição mais profundas ou laterais.

Ver: « Nível Baixo (do mar) »
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« Aporte Sedimentar »
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« Trânsito Sedimentar »

Figura 697 (Zona de Trânsito Sedimentar) - Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do Golfo do México, podem reconhecer-se, pelo menos duas zonas de trânsito sedimentar associadas enfatizadas por vales cavados ou incisos talhados pelas erosões induzidas por duas descidas significativa do nível do mar relativo (*) que destruíram os perfis de equilíbrio provisório dos rios e que puseram o nível do mar debaixo do rebordo da bacia, quer isto dizer, que exumaram a plataforma e a parte superior do talude continental. As relações geométricas e, sobretudo, as superfícies sísmicas, determinadas pelas terminações dos reflectores, e definidas pelos biséis de agradação, sugerem a presença de três discordâncias (superfícies de erosão), que estão sublinhas, nesta tentativa de interpretação, por linhas onduladas de vermelhas. A discordância inferior foi, parcialmente, erodida pela discordância intermediária, a qual é, facilmente, identificada pela presença de um vale cavado, como a discordância superior, que sublinha uma zona de trânsito sedimentar. A história geológica registada nesta tentativa de interpretação pode resumir-se assim: (i) Uma descida do nível do mar relativo (acção combinada da eustasia e da tectónica, que seja um levantamento ou uma subsidência) pôs o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia (a bacia deixou de ter uma plataforma continental) ; (ii) A plataforma continental (se a bacia antes da descida relativa tinha uma plataforma) e a parte superior do talude continental (se a linha da costa coincidia, mais ou menos, com o limite superior do talude, a bacia não tinha plataforma) foram exumados ; (iii) A desembocadura dos rios foi deslocada várias centenas ou milhares de metros para jusante ; (iv) O deslocamento das desembocaduras rompeu o perfil (provisório) dos rios, os quais foram obrigados a cavar os leitos (formação de vales cavados) para restabelecerem novos perfis de equilíbrio provisório (quando um curso de água que tem ao longo do seu curso, uma inclinação apenas suficiente para evacuar a carga e vencer a fricções internas, o que quer dizer que um este perfil não é definitivo, uma vez que o rio continua a aprofundar-se com erosão a montante, visto que materiais são fornecidos à corrente) ; (v) Os sedimentos provenientes da erosão são transportados ao longo os vales cavados para as desembocaduras, onde provavelmente se depositarão ; (vi) Todavia, durante as cheias, a água dos rios transbordou os vales cavados e depositou diques marginais naturais fluviais de cada lado do álveo (leito da corrente) quando a geometria do rio é, mais ou menos rectilínea, e do sobre o banco externo quando o rio é meandriforme ; (vii) Desde que o nível do mar relativo começou a subir, depositaram-se na parte profunda da bacia os cones submarinos de bacia (CST) e de talude (CST), os quais foram cobertos e fossilizados pelas progradações do prisma de nível baixo (PNB) ; (vii) Durante a deposição da prisma de nível baixo terminal, antes que as ingressões marinhas inundem a topografia pré-existente, os vales cavados são preenchidos por sedimentos ; (viii) Os preenchimentos dos vales cavados foram fossilizados pelo intervalo transgressivo (IT), que mais tarde, no seguimento de uma nova descida relativa do mar, foi quase totalmente erodido, o que induziu a formação de um novo vale cavado. Note que a presença evidente de um álveo sugere, fortemente, que os diques marginais naturais são fluviais e não associados ao transbordo de uma corrente turbidítica profunda. Os diques marginais naturais fluviais depositam-se, nitidamente, acima do leito do rio, enquanto que, na maior parte dos casos, pelo menos, os primeiros diques marginais naturais turbidíticos depositam-se ao nível da base da corrente. Na realidade, um rio, para se escoar, precisa de um leito, o que não é o caso das correntes turbidíticas. Todavia, com o tempo e com a continuação da deposição, as correntes turbidíticas tardias podem ser canalizadas pela depressão aparente (sem incisão) que se forma entre os primeiros lóbulos laterais turbidíticos.

(*) Na estratigrafia sequencial o nível do mar pode ser absoluto ou eustático e relativo, O nível do mar absoluto (eustático) é o nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, enquanto que o nível do mar relativo é o nível do mar, local, referenciado à base dos sedimentos (topo da crusta continental) ou a qualquer outro ponto da superfície terrestre, como, por exemplo a base dos sedimentos (topo da crusta continental) ou fundo do mar. O nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível domar absoluto (eustático) e da tectónica. O nível do mar absoluto ou eustático é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta).

Zona de Transporte (sistema fluvial)............................................................................................................................................Transport Zone

Zone de transport / Zona de transporte (sistema fluvial) / Transport-Zone / 运输区 / Транспортная зона / Zona di Trasporto /

Uma das zonas que compõem os sistemas fluviais: (i) Zona de Fonte (Zf) ; (ii) Zona de Transporte (ou transferência) sedimentar (Zt) e (iii) Zona de deposição (Zd).

Ver : « Deposição Fluvial »


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Ultima actualização : Junho, 2016
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