Vaalbara (supercontinente)..............................................................................................................................................................................................................Vaalbara
Vaalbara (supercontinent) / Vaalbara (supercontinente) / Vaalbara (Superkontinent) /瓦尔巴拉(超大陆名)/ Ваальбара (суперконтинент) / Vaalbara (supercontinente) /
O primeiro supercontinente que os geocientistas conseguiam reconstituir e que se formou a partir de protocontinentes que se aglutinaram há cerca de 3,1 Ga. O supercontinente Vaalbara fracturou-se há cerca de 2,8 Ma.
Ver: « Supercontinente »
Vale Cavado, Inciso..................................................................................................................................................................................................................Incised Valley
Vallée incisée / Valle inciso / Eingeschnittene Tal / 下切谷 / Врезанная долина / Valle incisa /
Vale talhado pela erosão induzida por uma descida relativa do nível do mar significativa, que destruiu o perfil de equilíbrio provisório e que pôs o nível do mar mais baixo do que rebordo da bacia, quer isto dizer, que exumou a plataforma continental e a parte superior do talude continental.
Ver: « Cortejo Sedimentar »
&
« Descida do Nível do Mar Relativo »
&
« Discordância »
Figura 683 (Vale cavado, inciso) - Nesta fotografia, uma parte do vale de uma corrente (área entre o cimo dos taludes de cada lado do leito do curso de água) foi preenchida por sedimentos, provavelmente durante a deposição do último estágio de um prisma de nível baixo, quando nível do mar estava próximo, mas ainda mais baixo do que o rebordo da bacia. Efectivamente, o antigo vale cavado, que tinha sido induzido por uma descida significativa do nível do mar relativo (nível do mar local, referenciado a qualquer ponto fixo da superfície terrestre, que ele seja a base dos sedimentos ou o fundo do mar, que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático (*), ou seja, do o nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite e da tectónica) foi, totalmente, preenchido por sedimentos, ao mesmo tempo que se depositavam os últimos paraciclos sequência do prisma de nível baixo (PNA) do ciclo sequência inicia pela descida do nível do mar relativo. Todavia, mais tarde, uma nova descida do nível do mar, pós, outra vez, o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia, o criou uma nova discordância. Como a nova descida do nível do mar relativo deslocou para o mar e para baixo a linha da costa e assim como da desembocadura dos rios. Esta nova posição da linha da costa, obrigou os rio a cavar mais os seus leitos, que criaram um novo vale cavado, afim que eles obtenham um novo perfil de equilíbrio provisório. A anomalia topográfica (vale cavado) induzida por uma corrente reactivada é, nesta figura, muito evidente. A incisão foi produzida por uma descida significativa do nível do mar relativo, na qual o parâmetro tectónico, provavelmente, teve uma importância semelhante à da eustasia (variações do nível do mar absoluto ou eustático). Na realidade, uma descida significativa do nível do mar relativo, põe o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia, o que destrói o perfil de equilíbrio provisório das correntes (quando ao longo de todo o curso de água a inclinação permite apenas de evacuar a carga), uma vez que a desembocadura das correntes foram deslocadas para jusante (por vezes dezenas ou centenas de quilómetros). Mais tarde, durante a próxima ingressão marinha (subida subida do nível do mar relativo, o vale cavado (ou inciso) será preenchido por sedimentos formando o que os muitos geocientistas, principalmente, os que interpretam as linhas sísmicas, chamam, de maneira errada, simplesmente vale cavado. Na análise sequencial, os preenchimentos dos vales cavados são muito úteis, visto que eles permitem a localização das discordâncias, sobretudo quando estas não foram reforçadas pela tectónica o que é o caso mais frequente. O perfil de equilíbrio definitivo ou ideal é uma utopia geológica. Ele implica que ao longo de todo curso, a inclinação da corrente permita apenas o escoamento da água sem que qualquer material seja transportado. A inclinação de um tal perfil, que é dada pela formula de Chévy-Eytelwein, é tão pequena que, praticamente, nunca pode ser atingida. O único perfil que nos interessa é o perfil de equilíbrio provisório que a grande maioria dos geocientistas chamam perfil de equilíbrio. Não esqueça que para Vail e Posamentier (1988), a deposição deltaica ocorre quando uma corrente encontra um corpo de água, quase imóvel, e a sua velocidade diminui quase instantaneamente, isto é, a partir da linha de baía (limite entre a planície costeira e a aluvial), que para eles corresponde ao limite montante do prisma costeiro, a qual se que pode deslocar-se rio acima quando a progradação da linha da costa é acompanhada de agradação. Todavia, para certos geocientistas, como Miall, um tal encontro com um corpo de água quase imóvel e que controla o perfil de equilíbrio (provisório) dos rios, ocorre na embocadura de uma corrente, isto é na cabeça dos deltas, e não na linha de baía. Assim, quando se fala do perfil de equilíbrio provisório de um rio, o geocientistas deve sempre dizer se o perfil é em relação à linha de baía (posição de Vail) ou à linha da costa (posição de Miall).
(*) O nível do mar absoluto é o resultado da combinação da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo (assumindo que a quantidade de água sob todas as suas formas é constante desde a formação da Terra, há cerca de 4,5 Ga) ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre (onde a gravidade é mais forte que o valor normal, o nível do mar é atirado para o centro da Terra) e (iv) Aumento estérico do nível do mar ou dilatação térmica dos oceanos, que é controlo pelo aumento da temperatura dos oceanos (se a temperatura aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta).
Variação Estérica do Nível do Mar...........................................................................................Steric Sea Level Change
Changement de niveau de la mer stérique / Cambio Estérico del Nivel del Mar / Steric Sea Level Veränderung / 空间变化 / Стерильное изменение уровня моря / Cambio Steric del nivello del mare /
Dilatação térmica dos oceanos (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta) ou elevação estérica do nível do mar, que pode ser um factor importante das variações do nível do mar absoluto.
Ver: « Megaciclo Eustático »
Variação Eustática (nível do mar absoluto)...............................................................................................................Eustatic Variation
Variation eustatique / Variación eustática / Eustatische Schwankungen / 海平面变化, eustatic变化 / эвстатической вариации / variazione eustatici /
Variação do nível do mar absoluto ou eustático, à escala planetária causada, por uma variação do volume de água do oceano global ou por variação do volume global das bacias oceânicas, etc. Variação do nível das águas dos oceanos e mares provocada pelo aumento da quantidade de água resultante do degelo dos polos, movimentos tectónicos dos fundos marinhos, acumulação de sedimentos, dilatação térmica dos oceanos (aumento estérico do nível do mar), etc.
Ver: « Anomalia de Gravidade »
Variação do Geóide.......................................................................................................................................................................................................Geoid Change
Variation du géoïde / Variación del geóide / Geoid - Änderung / 大地水准面的变化 / Изменение геоида / Variazione del geoide /
Uma das mudanças do geoide, as quais devem ser incluídas no termo geral eustasia: (i) Elas têm um efeito directo nas mudanças do nível dos oceanos (a maior parte dos registos do nível do mar põe o problema de como separar o factor eustático do factor crustal) ; (ii) Elas afectam o nível oceânico globalmente (embora com sinais diferentes) e distinguem-se facilmente dos efeitos locais ; (iii) É difícil, senão impossível, de as distinguir das variações glacioeustáticas e tectónicas.
Ver: « Eustasia »
&
« Variação do Nível do Mar Relativo »
&
« Anomalia de Gravidade »
Figura 684 (Variação do Geóide) - A Terra é mais larga cerca do equador que entre o Pólo Norte e Pólo Sul. Ela é semelhante a um elipsóide ou esferóide. O elipsóide terrestre é uma figura matemática aproximada da forma da Terra, utilizada como quadro de referência para computações geodésicas, astronómicas e nas geociências. O geóide é uma superfície que é complexa para descrever matematicamente, mas que pode ser, facilmente, identificada medindo a gravidade. O geóide é considerado como sendo, mais ou menos, igual ao nível médio do mar (*), todavia nos oceanos, o geóide e o nível médio do mar são, aproximadamente, o mesmo, mas, nas áreas continentais, eles podem ser muito diferentes. O terreno (verdadeira forma da Terra) é dada pela topografia e batimetria. Idealmente, a Terra devia ser uma esfera perfeita, composta de uma única substância, distribuída de maneira homogénea e com uma densidade uniforme. Em tais condições, a gravidade, quando calculada a partir da lei de Newton, teria o mesmo valor em qualquer ponto da superfície terrestre. Mas, na realidade, a Terra é constituída por três grande zonas concêntricas à volta do centro da Terra (onde toda a sua massa é considerada concentrada para calcular a gravidade): (i) Núcleo, na qual a parte interna é sólida e externa líquida ; (ii) Manto, que é onde a densidade e distribuição da massa variam e (iii) Litosfera, que engloba a parte superior do manto e a da crusta, a qual pode ser: (a) Oceânica, que tem uma composição, mais ou menos, uniforme e (b) Continental, que é muito variável em espessura e que tem uma composição heterogénea. Por estas razões, a gravidade, à superfície topográfica da Terra, varia de um lugar para outro devido às diferenças de densidade dentro do manto terrestre. A superfície equipotencial da gravidade, mais próxima do nível médio do mar é o geóide. Ela é a superfície de referência para todas as medidas da gravidade. A superfície do geóide difere do elipsóide triaxial teórico de cerca de +67 m (Norte Atlântico) e cerca de -100 m (ao sul da Índia). Um barco que navegue entre a Índia e o Norte Atlântico sobe cerca de 167 metros, sem gastar energia, uma vez que ele se desloca ao longo de uma superfície equipotencial da gravidade. As imagens ilustradas nesta figura s mostram as variações das anomalias da gravidade de GRACE (“Gravity Recovery and Climate Experiment”) na bacia do Amazonas de cada mês de 2004. As mudanças da quantidade de água armazenada na bacia varia de mês a mês e pode ser monitorizada a partir do espaço pela maneira como a massa de água altera o campo de gravidade terrestre. Os tons vermelhos sublinham as áreas onde a massa da água é inferior à média e os azuis onde a massa é superior. A estação da chuvas e a estação seca são bem visíveis nesta imagens. Na região do Amazonas, entre Março e Julho, o geoide é mais alto do que entre Setembro e Dezembro. O nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, depende muito da Geoidaleustasia, a qual é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e da dilatação térmica dos oceanos, que é controla pelo aumento da temperatura dos oceanos (se a temperatura aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). A Glacioeustasia outro parâmetro importante das variações eustáticas, que, por vezes, são consideradas, globalmente, uniformes. Contudo para muitos geocientistas, elas não podem ser nem globais nem uniformes, uma vez que qualquer causa do nível do mar afecta, igualmente, o geóide terrestre. Se isto é verdade, nenhuma curva eustática é válida globalmente. Durante o degelo das calotas glaciárias, em resposta à carga da água adicionada às bacias oceânica, o nível do mar absoluto ou eustático será deprimido, e em resposta à carga removida (onde as calotas glaciárias derreteram), o continente será levantado. A redistribuição do material no interior da Terra é afectada pela sobrecarga e forcará, ainda mais, as variações da superfície do oceano (induzidas pelas anomalias da gravidade) e, assim, mais redistribuições da água serão necessárias para tentar igualizar o potencial gravítico. Este contínuo processo retroactivo gravítico entre as calotas glaciárias, oceanos e o continente é o processo que, por fim, determina a assinatura do nível do mar relativo, que é observado em todo os lugares onde o continente e o oceano se encontram. Unicamente as mudanças glacioeustáticas são, ao mesmo tempo, importantes (> 10 m) e rápidas (< 1 My).
(*) O nível do mar varia muito no tempo e no espaço (distância). Ele é afectado pelas marés, vento, pressão atmosférica, diferenças locais da gravidade, temperatura, salinidade, subsidência, etc. Para determinar o “nível médio do mar”, a melhor coisa que se pode fazer é determinar um lugar e calcular o nível médio nesse ponto e utilizá-lo como ponto de referência. Geralmente, a partir de observações horárias, feitas durante um longo período de tempo (cerca de 20) anos, pode calcular-se ser média para esse ponto de medida. Como uma subida do nível do mar (relativo ou absoluto) é, talvez, o efeito mais familiar das mudanças climáticas e, provavelmente, aquele com mais consequências, é importante sempre precisar de qual nível do mar (eustático, relativo, médio, preiamar, etc.) se trata e como é que ele foi calculado.
Variação do Nível do Mar (absoluto).........................................................................................Eustatic Sea Level Change
Changement Eustatique du niveau de la mer/ Variación absoluta (del nivel del mar) / Eustatischer Meeresspiegelwechsel / 海平面变化 / Изменение уровня эвстатического моря / Cambiamento di livello del mare Eustatico /
Variação do nível do mar absoluto, que é o nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite e que depende da: i) Tectonicoeustasia ; (ii) Glacioeustasia, ; (iii) Geoidaleustasia e do (iv) Aumento estérico do nível do mar ou dilatação térmica dos oceanos
Ver: « Variação do Nível do Mar Relativo »
Variação do Nível do Mar (relativo).............................................................................................Relative Sea Level Change
Changement du niveau de la mer relatif / Variación relativa (del nivel del mar) / Relative Änderung (Meeresspiegel) / 相对变化(海平面)/ Относительное изменение (уровня моря) / Variazione absoluta (livello del mare)/
Variação do nível do mar absoluto, que é o nível do mar local, referenciado à qualquer ponto da superfície terrestre, que ele seja a base dos sedimentos (topo da crusta continental) ou o fundo do mar e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite e que depende da: i) Tectonicoeustasia ; (ii) Glacioeustasia, ; (iii) Geoidaleustasia e do (iv) Aumento estérico o nível do mar ou dilatação térmica dos oceanos
Ver: « Agradação »
&
« Espaço Disponível »
&
« Eustasia »
Figura 685 (Variação do Nível do Mar, relativo) - Embora as flutuações globais do nível do mar resultem, em grande parte, do crescimento ou fusão (parcial ou total) dos glaciares e calotas glaciárias (*), assim como das variações do volume das bacias oceânicas (configuração das margens continentais e assoalhados oceânicos), existem também uma série de processos geológicos regionais que podem mudar as posições do nível relativo do mar, que afectam a posição da linha da costa numa determinada área. Entre estes processos regionais podem citar-se: (i) A expansão térmica da água dos oceanos ; (ii) As variações da carga da água de fusão ; (iii) O reajustamento isostático ; (iv) O levantamento ou subsidência das áreas costeiras induzidos por diferentes processos tectónicos ; (v) Subsidência compensatória (quer isto dizer, escoamento lateral de intervalos estratigráficos móveis) ; (vi) A carga sedimentar ; (vii) A compactação, etc. As mudanças relativas do nível do mar podem também resultar das variações geodésicas como, por exemplo, as flutuações da velocidade angular da Terra ou da tracção polar (fenómeno geológico causado pelas variações do fluxo da parte líquida do núcleo da Terra, que muda a orientação do campo magnético terrestre e assim a posição do pólo Norte magnético). É interessante notar, que os registos das marés sugerem uma subida global média do nível do mar durante o século passado entre 0 a 3 mm por o ano, embora não haja uma evidência irrefutável destes valores. Certos alarmistas, como a Agência do Ambiente dos EUA, prognosticam uma subida global do nível do mar de cerca de 15 m até 2050 (± 3 mm por ano) induzida pelo aquecimento global antropogénico (se este existir). As variações globais e relativas do nível do mar existem, praticamente, desde a formação da Terra, uma vez que sem aumento da acomodação (espaço disponível para os sedimentos), a sedimentação na Terra seria impossível. Na estratigrafia sequencial é fundamental não confundir o nível do relativo com o nível do mar absoluto ou eustático. O nível do mar relativo é o nível do mar local, referenciado a qualquer ponto fixo da superfície terrestre, que ele seja a base dos sedimentos 8topo da crusta continental) ou o fundo do mar. O nível do mar absoluto ou eustático é o nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite. O nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (subsidência ou levantamento). O nível do mar absoluto é o resultado da combinação da: i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo (assumindo que a quantidade de água sob todas as suas formas é constante desde a formação da Terra, há cerca de 4,5 Ga) ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre (onde a gravidade é mais forte que o valor normal, o nível do mar é atirado para o centro da Terra) e (iv) Aumento estérico do nível do mar ou dilatação térmica dos oceanos, que é controlo pelo aumento da temperatura dos oceanos (se a temperatura aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). Durante um determinado tempo geológico, a combinação da curva eustática (curva das variações do nível do mar absoluto) e da tectónica (subsidência, quando o regime tectónico predominante é em extensão ou levantamento, quando o regime tectónico predominante é de encurtamento) dá a curva da taxa das mudanças do nível do mar relativo. Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica do offshore do Labrador, as terminações dos reflectores que definem as superfícies sísmicas, como as discordâncias, permitem a reconstituição das variações do nível do mar relativo e absoluto que induziram a deposição da coluna sedimentar. A discordância entre o soco e a série sedimentar basal que constitui a margem divergente foi reforçada pela tectónica. O mesmo se passa com a discordância enfatizada pela linha ondulada vermelha, embora de maneira diferente. A descida do nível do mar relativo que induziu a discordância, foi mais tarde deformada por um levantamento diferencial isostático do continente que criou uma importante descida do nível do mar relativo que criou a superfície de erosão responsável da discordância sublinhada em vermelho. Os biséis de agradação marinhos (sobretudo do intervalo amarelo) e os biséis de agradação costeiros superiores sublinham subidas do nível do mar relativo (ingressões marinhas).
(*) A fusão dos mares ou plataformas de gelo não têm grande influência nas variações glacioeustáticas ou tem uma influência negativa (descida do nível do mar) uma vez que o gelo é menos denso que a água.
Vasa (sedimentos)..................................................................................................................................................................................................................................................................Ooze
Vase (dépôt de boue) / Mud, ooze (deposición de lodo) / Ooze (Schlamm deposition) / 软泥(淤泥沉积)/ Слизнюк (отложение грязи) / Ooze (deposizione di fango) /
Sedimentos pelágicos de granulação fina que se acumulam como resultado da deposição de partículas no assoalho oceânico sob águas profundas e que na base da sua composição podem ser: (a) Vasas siliciosas ; (b) Vasas calcárias e (c) Argilitos vermelhos. Para muitos geocientistas, termo vasa implica, pelo menos, 30% de restos microscópicos de carbonato de cálcio ou sílica de organismos planctónicos, o que quer dizer, que a granulometria das vasas é, normalmente, bimodal com uma fração biogénica bem definida (tamanho silte / areia) e outra fração siliciclástica de tamanho argila.
Ver: « Assoalhado Oceânico »
Velocidade de Fase (onda)...............................................................................................................................................................................Phase velocity
Vitesse de phase/ Velocidad de fase / Phasengeschwindigkeit / 位相速度/ Фазова швидкість / Velocità di fase/
Taxa à qual a fase de uma onda se propaga no espaço. Velocidade com que um ponto caracterizado por uma determinada fase num onda periódica simples (que se repetem em intervalos de tempos iguais) se desloca no espaço.
Ver: « Acção das vagas, mar calmo »
Vergência.....................................................................................................................................................................................................................................................................Vergence
Vergence / Vergencia / Vergenz / 朝向 / Обратная величина фокусного расстояния / Vergenza /
Qualidade do que possui sentidos opostos, como, por exemplo, falhas, progradações, etc. Sinónimo, por vezes, de polaridade.
Ver: « Sismostratigrafia »
&
« Inclinação Deposicional »
&
« Levantamento Tectónico »
Figura 686 (Vergência) - A importância da vergência ou polaridade dos objectos geológicos está bem ilustrada neste autotraço de um detalhe uma linha sísmica do onshore do Irão. No passado, este autotraço de uma linha sísmica não migrada foi interpretado de maneiras muito diferentes, sobretudo pelos interpretadores com poucos conhecimentos de geologia, o que era o caso da grande maioria dos geocientistas geofísicos quando começamos a nossa carreira profissional na "Compagnie Française des Pétroles," que hoje se chama "Total SA". Como se pode constatar, a continuidade dos reflectores é interrompida várias vezes, o que quer dizer, que existem diferentes blocos falhados (*) separados por planos de falha (descontinuidades mecânicas entre os reflectores dos diferentes blocos falhados) que, geralmente, não são sublinhados por reflectores sísmicos, excepto os planos de falha quando injectados por sal ou vulcanismo ou quando a interface é entre rochas com impedâncias acústicas muito diferentes. Os geocientistas encarregados da interpretação das linhas sísmicas em termos geológicos com poucos conhecimentos em geologia, têm sempre tendência a interpretar as falhas como normais, sobretudo, quando os dados sísmicos não são migrados, inclinando o plano de falha (vergência) em direcção do bloco superior (bloco abaixado). Todavia, isto só, é verdade se os reflectores dos blocos falhados forem horizontais, o que não o caso, por exemplo, neste autotraço. Felizmente, que na geologia existem regras que os geocientistas têm que respeitar. A grande maioria dos geocientistas sabe, perfeitamente, que se a vergência de um plano de falha (inclinação) é em direcção do bloco superior e que se este foi levantado (relativamente ao bloco inferior), a falha é inversa, o que significa que os sedimentos foram encurtados por um regime tectónico compressivo, o qual é caracterizado por um elipsóide dos esforços efectivos (pressão geostática σg, pressão hidrostática ou dos poros σp, vector tectónico σt,) oblongo (σ1, ou seja o maior eixo do elipsóide horizontal e σ2, paralelo ao plano de falha). Se ao contrário, a vergência de um plano de falha (inclinação) é em direcção do bloco superior e que se este foi deprimido (relativamente ao bloco inferior), a falha é normal, o que significa que os sedimentos foram alargados por um regime tectónico extensivo caracterizado por um elipsóide dos esforços efectivos alongado (σ1, ou seja o maior eixo do elipsóide vertical e σ2, paralelo ao plano de falha). É importante não esquecer que os sedimentos, no mesmo lugar e ao mesmo tempo são ou alargados ou encurtados, mas não os dois ao mesmo tempo. Por outras palavras, se numa linha sísmica, em associação com a mesma estrutura, por exemplo, em associação com um anticlinal, existem falhas inversas e normais, certamente elas são de idades diferentes e, provavelmente, as falhas normais são mais recentes, caso contrário, elas teriam sido, mais ou menos, reactivadas, como falhas inversas durante o regime tectónico compressivo responsável pela formação das falhas inversas do do anticlinal. Neste autotraço, a primeira coisa que o geocientistas tem que reconhecer é se os sedimentos foram alargados ou encurtados, o que teoricamente implica histórias geológicas diferente : (i) Se os sedimentos foram encurtados (σ1 horizontal) ➞ Descida do nível do mar relativo (regressão marinha) ➞ Diminuição da acomodação (espaço disponível para os sedimentos) ➞ Erosão e Discordância ➞ Novo ciclo estratigráfico ; (ii) Se os sedimentos foram alargados (σ1 vertical) ➞ Subsidência ➞ Subida do nível do mar relativo (ingressão marinha) ➞ Aumento ou criação de espaço disponível para os sedimentos ➞ Deposição. Como neste exemplo, claramente, os sedimentos foram encurtados e levantados (não há nenhuma evidência de alargamento), o regime tectónico predominante (posterior à deposição) foi, certamente, compressivo (σ1 horizontal) e, por conseguinte, todas as falhas (reactivadas ou não) devem ser interpretadas como inversas, isto é, a vergência dos planos de falha é em direcção dos blocos falhados superior que foram levantados. Lembrem que: a) O plano de falha é a superfície de fractura ; b) A direcção de uma falha é a linha de intersecção do plano de falha com um plano horizontal ;c) A inclinação de uma falha é o ângulo definido entre o plano de falha e uma superfície horizontal ; d) O rejeito é o movimento relativo entre dois blocos de falha ; e) O tecto de uma falha é o bloco situado acima do plano de falha e f) O muro de uma falha é o bloco situado abaixo do plano de falha.
(*) Uma falha é uma fractura ou zona fraturada ao longo da qual houve deslocamento que pode variar de alguns centímetros até quilómetros, que se caracteriza por uma linha de falha, plano de falha e rejeito. As paredes dos blocos falhos, no campo, são, normalmente estriadas e polidas (espelho de falha), resultado dos movimentos dos blocs. A espessura de uma falha pode variar de alguns milímetros até dezenas ou centenas de metros.