Ecologia.......................................................................................................................................................................................................................................................................Ecology


Écologie / Ecología / Ökologie / 生态 / экология / Ecologia /

Ciência que estuda a relação dos seres vivos entre si e com o meio ambiente.

Ver: « Parálica »

Edifício carbonatado..................................................................................................................................................................Carbonate buildup


Accumulation carbonatée / Acumulación de carbonato / Carbonate Aufbau deltaischen Gebäude / 碳酸盐的沉积 / карбонат наращивание / Accumulo di Carbonate/

Termo não genético para qualquer corpo carbonatado que: (i) Se diferencia dos equivalentes laterais e sedimentos sobrejacentes ; (ii) É mais espesso do que os equivalentes laterais e (iii) É morfologicamente mais alto do que os sedimentos, mesmo durante a sedimentação.

Ver: "Acumulação carbonatada "

Edifício Deltaico..................................................................................................................................................................................................Deltaic building


Edifice deltaïque / Aedificio deltáicoo / deltaischen Gebäude / 三角洲建设 / дельтовая здание/ Edificio deltizio /

Da mesma maneira, que um arranha-céu (edifício deltaico) é uma sobreposição de andares (deltas) de, mais ou menos, 2,4 m de altura, um edifício deltaico é a sobreposição progradante de um grande número de deltas de espessura média entre 30-60 m. Confundir um edifício deltaico com um delta corresponde a confundir um talude continental com um prodelta, embora, por vezes, um talude deltaico possa existir na parte superior de um talude continental.

Ver: "Delta Digitado "

Efeito de Coriolis............................................................................................................................................................................................................Coriolis Effect

Effet de Coriolis / Efecto de Coriolis / Corioliskraft / 科里奥利力 / Эффект Кориолиса / Forza di Coriolis /

Efeito resultante de uma aplicação inadequada da aceleração de Coriolis (aceleração necessária para que um objecto siga a sua trajectória quando em movimento, em relação, a um quadro de referência em rotação). Todos os corpos que se deslocam à superfície da Terra são, aparentemente, desviados para a direita, no hemisfério Norte, e para a esquerda no hemisfério Sul.

Ver: « Movimento de Ekman »
&
« Espiral de Ekman»
&
« Corrente de Benguela »

Figura 283 (Efeito de Coriolis) - Para bem compreender o efeito de Coriolis não devemos esquecer que (http://www.geografia.fflch.usp.br/graduacao/apoio/Apoio/Apoio_Elisa/flg0355/filespdf/For%C3%A7a_de_Coriolis.pdf) : (i) Todos os pontos da Terra têm a mesma velocidade angular e que força de Coriolis actua sobre todos os corpos ; (ii) Um ponto próximo do equador gira mais depressa que um ponto próximo do pólo Norte ; (iii) Os objectos pousados no chão, como, por exemplo, uma casa, giram com a mesma velocidade que o chão ; (iv) A força de Coriolis não tem nenhum efeito sobre os objectos fixos no chão ; (v) A velocidade onde está uma pessoa e a velocidade do ponto para onde ela vai são muito próximas para que ela sinta qualquer diferença ; (vi) Se a velocidade, em relação ao sistema rotacional (Terra), é zero, a força de Coriolis é zero ; (vii) Se um objecto se desloca para Sul ou para Norte e não está, firmemente, ligado ao chão, ele mantém a sua velocidade inicial para Este (oriente) enquanto se move ; (viii) Se o objecto viaja para Este, ele continua a mover-se para Este com a mesma velocidade até que seja exercida uma força que mude a sua velocidade ; (ix) Os objectos lançados do equador para o Norte mantém a componente de Este da velocidade da mesma forma que os objetos parados sobre o Equador ; (x) Quando um objecto se distancia o suficiente do equador, ele não se move mais para Este com a mesma velocidade que o chão sob ele ; (xi) Se uma pessoa parada lançar uma bola para Este, a bola move-se em linha recta (gravidade omitida) ; (xi) Se a pessoa se move para uma nova posição, a definição de Este para ela mudou e a bola não não se desloca mais na direcção Este-Oeste, ela parece ter-se desviado para fora ; (xii) Como a pessoa não sente a rotação da Terra, a conclusão natural é que uma força misteriosa tirou a bola da sua trajectória fazendo com que ela se se afaste do eixo de rotação. Assim, e da mesma maneira, quando uma pequena massa de ar começa a deslocar-se sob o efeito das forças de pressão, a força de Coriolis entra em jogo e desvia a sua trajectória para a direita se o movimento ocorre no hemisfério Norte e para a esquerda se ele se passa no hemisfério Sul. Este desvio continuará até que a força de Coriolis equilibre a força criada pelas diferenças de pressão. Neste caso, o vento seguirá as curvas de pressão igual e a circulação é geostrófica. Da mesma maneira (http://cursos.unisanta.br/oceanografia/correntes_marinhas.htm), como os ventos tendem a deslocar-se, mais ou menos, circularmente devido ao efeito de Coriolis, que deflecte seu movimento original, ao soprarem na superfície oceânica ocasionam um acúmulo de água na porção central dos grandes cinturões de vento em latitudes médias de cada hemisfério. Esse fenómeno ocorre devido a espiral de Ekman (*), que demonstra que o fluxo médio resultante da água tem uma direção perpendicular à do vento. Esta convergência de água para uma certa região, tem duas consequências: (i) Elevação do nível da água originando uma colina de água e (ii) espessamento da camada superficial. As colinas de água, características de regiões de convergência de águas superficiais, são pequenas, e, raramente, ultrapassam 2 metros. Todavia, a resposta da água para esta topografia oceânica é como acontece em terra, ou seja, correndo colina abaixo por causa da força da gravidade. Todavia, esse movimento não ocorre em linha reta, mas é deflectido pelo efeito de Coriolis, para a direita no hemisfério Norte e para esquerda no hemisfério Sul. O movimento de água, resultante do balanço entre a força da gravidade e a deflexão causada pelo efeito de Coriolis, chama-se, também, corrente geostrófica e é um dos principais componentes que contribuem para a formação das grandes correntes superficiais oceânicas. Este bloco diagrama ilustra a formação de vales submarinos pelas correntes ascendentes desviadas para esquerda pela força de Coriolis. As correntes de fundo são criadas por um gradiente de pressão produzido pelas correntes de superfície desviadas pelo movimento de Ekman. As correntes de superfície, criadas pelo vento, manifestam-se em profundidade, mas a velocidade e a direcção mudam devido ao efeito de Coriolis. A espiral de Ekman a configuração do movimento da corrente em profundidade. O transporte de Ekman é ao movimento da corrente produzido pelo vento. O movimento da água na espiral de Ekman tem uma deflexão de Coriolis a 90º da direcção do vento.

(*) Pode-se considerar uma certa massa de água como um conjunto de camadas ou lâminas. A camada superior impulsionada pelo vento, carrega as camadas imediatamente inferiores. Em cada uma destas camadas, a velocidade vai progressivame.nte diminuindo pela fricção entre as moléculas de água e, devido ao efeito de Coriolis, vai também alterando a sua direção (direita no hemisfério Norte e esquerda no hemisfério Sul). Esta alteração na direção da corrente chega inclusive, em determinada profundidade, a inverter o sentido da superfície. As correntes superficiais movem-se a cerca de 2% da velocidade do vento que as originam. Tal fenómeno é chamado de espiral de Eckman e persiste até que a fricção não tenha mais força para impulsionar qualquer camada, geralmente não tenha ultrapassado algumas dezenas de metros de profundidade. A grande importância deste fenómeno reside no facto de o fluxo médio resultante ter uma direção perpendicular à do vento

Efeito de Pêndulo................................................................................................................................................................................................Pendulum Effect

Effet de pendule / Efecto de péndulo / Pendel-Effekt / 钟摆效应 / Маятниковый эффект отвеса / Pendolo effetto/

Deslocamento lateral pendular dos centros de deposição progradantes de um delta por falta de espaço disponível. Os deslocamentos laterais dos lóbulos deltaicos (formados por uma acreção, mais ou menos, vertical de um certo número de deltas, que formam os edifícios deltaicos), são magníficos exemplos do efeito de pêndulo. Quando um lóbulo deltaico se desloca lateralmente, o fosso que o rodeia e as reentrâncias (planícies de maré) que existem de cada lado do lóbulo, deslocam-se, igualmente, o que produz, localmente, ingressões marinhas significativas, que permitem o depósito rochas argilosas ricas em matéria orgânica que, em certos casos, podem ser considerada s como rochas-mãe potenciais.

Ver: « Delta »
&
« Regressão Marinha »
&
« Variação do Nível do Mar Relativo »

Figura 284 (Efeito de Pêndulo, deltas) - O conceito do efeito de pêndulo na construção de um intervalo progradante, como, por exemplo, na construção de um edifício deltaico, foi descrito, provavelmente, pela primeira vez, por Dailly (1976) no delta do Níger. Com efeito, desde que um curso de água, ao chegar ao mar, deposita um edifício deltaico, o espaço disponível para os sedimentos, isto é, a acomodação diminui por cima do edifício deltaico e resta, mais ou menos, constante dos lados do edifício. Se o nível do mar relativo (nível do mar, local, referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre, o qual pode ser o fundo do mar ou a base dos sedimentos) se mantiver constante, quer isto dizer, se a acomodação não variar, o próximo edifício deltaico será depositado ao lado do precedente e não por cima dele, ou seja, ele será depositado onde houver espaço disponível para os sedimentos. É este desvio dos centros de deposição, para a direita ou para a esquerda do edifício inicial, que se chama efeito de pêndulo. Dailly descreveu o efeito de pêndulo ao grande edifício deltaico do Niger, mais ou menos, da maneira seguinte: a) O edifício deltaico do Níger (não confundir um edifício deltaico, que pode atingir milhares de metros, com um delta, cuja espessura, raramente, ultrapassa os 30-60 metros) corresponde a um grande centro de deposição ou depocentro, isto é, a zona de uma bacia sedimentar na qual uma determinada unidade estratigráfica alcança a sua máxima espessura (mais de 4 km de espessura) ; b) Ele é o resultado de uma progradação para o mar da linha da costa (desde há cerca de 40 My), com uma velocidade média de 5 km / My ; c) Actualmente, o fosso periférico, que se forma à volta do centro deposição, é sublinhado por duas reentrâncias das planícies de maré de cada lado do lóbulo ; d) Durante a formação do edifício deltaico, reentrâncias semelhantes formaram-se devido aos deslocamentos laterais dos depocentros ; e) Elas estão registadas nas secções geológicas por ingressões marinhas locais (ou como regressões sedimentares na reentrância oposta) ; f) Estes deslocamentos, como as de um pêndulo, reconhecem-se pela deposição de rochas argilosas retrogradantes (durante os períodos de estabilidade do nível do mar relativo que ocorre depois de cada ingressão marinha), entre os lóbulos arenosos, que correspondem a regressões sedimentares. As rochas argilosas que, em geral, são ricas em matéria orgânica, controlam, em grande em parte a distribuição das cinturas petrolíferas (localização da rochas-mãe potenciais). Este conceito foi, mais tarde, aplicado ao grande edifício delta do rio Mississipi, o qual começou a formar-se há cera de 7 000 anos e dentro do qual diferentes edifícios deltaicos foram postos em evidência. Como ilustrado nesta figura, do mais antigo para mais recente, podem reconhecer-se os seguintes edifícios deltaicos : (i) Maringoiun ; (ii) Teche ; (iii) St. Bernardo; (iv) Lafourche e (v) O edifício deltaico Moderno. O movimento pendular destes edifícios é evidente. O edifício deltaico de Maringouin formou-se entre 7 500 e 5 500 anos atrás quando quando o nível do mar relativo subiu rapidamente (resultado da combinação do nível do mar absoluto ou eustático, que é nível do mar global, referenciada ao centro da Terra ou a um satélite, em geral, um satélite radar e da tectónica, ou seja, subsidência, quando o regime tectónico predominante é em extensão ou levantamento, quando o regime tectónico predominante é em compressão). O edifício deltaico de Teche formou-se entre 5 500 e 3 500 anos atrás depois que a subida do nível do mar relativo desacelerou. O edifício deltaico de São Bernardo formou-se entre 4 000 e 2 000 anos atrás, após uma avulsão que causou a deslocalização do rio para Este da actual cidade de Nova Orleans. O edifício deltaico de Lafourche formou-se entre 2 500 e 500 anos atrás devido uma segunda avulsão que fez com que o rio mudasse para o Oeste da actual cidade de Nova Orleães. O edifício deltaico moderno (nos últimos 1 500 anos) formou o delta de Plaquemines / Balize, também conhecido como Delta em Pé de Pássaro, entre o edifício de São Bernardo e o edifício de Lafourche. Se consideramos o edifício moderno, pode dizer-se que entre 1974 e 1990, a taxa de perda de terra é em média de 1 072 acres (4 338 km2) por ano ou 1,6 % por cento da área terrestre existente. Entre meados da década de 1950 e 1974, a taxa de perda de terra estimada para a bacia foi 2 890 acres (11 695 km2)2 por ano. Esta perda é o resultado da compactação, subsidência, furacões, erosão das marés, subida do nível do mar relativo e actividades humanas. A área total do terreno perdido ao longo dos últimos 60 anos tem-se cerca de 113300 acres.

Eixo de Expansão (oceânica)...........................................................................................Axis of expansion, Axis of spreading

Axe d'expansion (océanique) / Eje de expansión (oceánica) / Achserweiterung (ozeanische) / 轴膨胀(海洋) / Ось распространения (океаническая) / Axis espansione (oceanica) /

Eixo hipotético que define a rotação de uma ou de um par de placas litosféricas, e que é, totalmente, independente do eixo geográfico de rotação da Terra.

Ver: " Fundo Oceânico "
&
" Dorsal Média Oceânica "
&
" Zona de Subducção"

Figura 285 (Eixo de Expansão, oceânica) - Sobre uma esfera, todas as calotas se movem à volta de um eixo. Esse eixo passa pelo centro da esfera e corta a superfície em dois pontos, chamados centros de rotação ou pólos Euler. Uma tal rotação de uma calota pode descrever-se a partir de outra calota (movimentos relativos) ou a partir de um sistema de referência localizado dentro da esfera (movimentos absolutos). Todos os pontos da mesma calota giram em torno do pólo com a mesma velocidade angular (*) (graus ou radianos por tempo). Todavia, eles têm diferentes velocidades lineares (a velocidade linear aumenta com a distância ao pólo). As trajectórias do movimento dos ponto de uma placa são circulares (círculos menores da esfera) centradas no dito pólo. Assim, a reconstituição do movimento das placas litosféricas explica-se, facilmente, pelo teorema de Euler (**). O movimento de um material rígido na superfície da Terra pode ser descrito em termos de rotação à volta de dois pontos fixos ou pólos (o movimento de uma calota, na superfície de uma esfera, depende, unicamente, do ângulo de rotação). Os pólos e ângulos de rotação das diferentes placas litosféricas descrevem os movimentos que os diferentes continentes efectuaram, à superfície da Terra, durante a evolução geológica. O limite entre duas placas litosférica é, na maior parte das vezes, a dorsal média oceânica. Por outro lado, os deslocamentos laterais da dorsal média oceânica (falhas transformantes) são aparentes. As falhas transformantes não têm nada a ver com as falhas de cisalhamento. Ao contrário do que muitos pensam, as dorsais médias oceânicas, onde se forma a nova crusta oceânica, não são cortadas e deslocadas por falhas de cisalhamento. Um tal deslocamento só é activo onde há formação de nova crusta oceânica. Desde que a crusta oceânica se solidifica todo o deslocamento lateral é impossível. As direcções de deslocamento correspondem às direcções das antigas falhas existentes na litosfera do supercontinente antes que ela fosse alongada e rompida, isto é, antes que ela tenha atingido uma espessura de cerca de 10-15 km. Tem que se ter em linha de conta, que quando uma litosfera se alarga, em associação com as anomalias térmicas (causa ou efeito), ao princípio, o alargamento faz-se por falhas normais com formação de bacias do tipo rifte, à medida que a espessura da litosfera diminui. Todavia, segundo certos geocientistas, a partir do momento em que a espessura da litosfera atinge cerca de 10-15 km, isto é, quando ela é, fortemente, injectada por material vulcânico da astenosfera, ela não pode mais alargar-se por falhas normais. Ela rompe-se, quer isto dizer, que as injecções vulcânicas tornam-se predominantes ao longo das antigas falhas e zonas de fragilidade da litosfera adelgaçada do supercontinente e o material da astenosfera termina por individualizar duas placas litosféricas. São essas direcções das antigas falhas e fracturas que condicionam a direcção das falhas transformantes e a orientação das dorsais médio oceânicas. No esquema ilustrado nesta figura, a placa litosférica B move-se em relação a placa A. As falhas transformantes (zonas de fractura entre os deslocamentos das dorsais) e as dorsais médio oceânicas limitam as duas placas litosféricas. O pólo AB, é o pólo comum do movimento relativo das placas A e B, se ele é o ponto de intersecção dos meridianos, que são perpendiculares as falhas transformantes. A hipótese da deriva dos continentes foi apresentada por A. Wegener, em 1912. Todavia, e apesar dos argumentos apresentados por Wegener, na ausência um mecanismo explicativo satisfatório, ela não foi aceite por uma grande maioria dos geocientistas. Os seus argumentos apresentados por Wegener, como aliás os dos seu sucessores, eram baseados, unicamente, na observação dos continentes. Os fundos dos oceanos, que representam cerca de dois terços da superfície da Terra e cujo conhecimento é crucial para compreender a Terra no seu conjunto, eram largamente inexplorados. Esta situação mudou, depois Segunda Guerra Mundial com o desenvolvimento de oceanografia e das técnicas de observação submarinas. Foi a descoberta gradual dos fundos oceânicos que permitiu a implementação das ideias mobilísticas, que conjecturam que há deslocamentos horizontais à superfície da Terra.

(*) A direcção da velocidade angular é dada pelo eixo de rotação, e a regra da mão direita indica a direção positiva, da seguinte maneira: enrolando os dedos da mão direita seguindo a direção da rotação, a direção da velocidade angular é indicada pelo seu polegar direito.

(**) Num espaço tridimensional, qualquer movimento de um sólido rígido que mantenha um ponto constante, também deve deixar constante um eixo completo, o que quer dizer que qualquer composição de rotações sobre um sólido rígido com eixos arbitrários é equivalente a uma só rotação sobre um novo eixo, chamado polo de Euler.

Elipsóide.........................................................................................................................................................................................................................................................................Elipsoid

Ellipsoïde / Elipsoide/ Ellipsoid / 椭圆/ Эллипсоид / Ellipsoid /

Superfície quádrica análoga a uma elipse, que se pode representar por uma equação algébrica do segundo grau.

Ver: «Nível do mar geodésico»

Encurtamento Sedimentar..........................................................................................................................Sedimentar shortening

Raccourcissement sédimentar / Acortamiento sedimentario / Sedimentary Verkürzung / 沉积缩短 / Сокращение седиментации / Accorciamento sedimentario /

Adaptação dos sedimentos às condições de volume impostas por um regime tectónico compressivo. Os sedimentos encurtam-se (certos geocientistas dizem comprimem-se, o que não é, totalmente, verdade), apenas de duas maneiras: (i) Por dobramento (dobras cónicas e cilíndricas) e (ii) Por falhamento (falhas inversas).

Ver: « Teoria da Tectónica das Placas »
&
« Cadeia de Montanhas »
&
« Mar De Tétis »

Figura 286 (Encurtamento Sedimentar) - Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço (Canvas) de uma linha sísmica do norte do Cáucaso, é fácil reconhecer na parte inferior uma margem divergente com vergência Sul, por cima de bacias de tipo rifte e, na parte superior (acima do intervalo sísmico colorido em amarelo) uma bacia de antepaís, com vergência Norte. Isto quer dizer que esta área corresponde à colisão entre duas importantes massas continentais com o subsequente o fecho do mar que exista entre elas, o que implica um encurtamento sedimentar evidente. O mar entre as massas continentais corresponde ao Mar de Tétis, que existiu entre os pequenos supercontinentes Gondwana e Laurasia, durante uma grande parte do Mesozóico, antes da abertura dos oceanos Índico e Atlântico no período Cretácico. Durante o Triásico (há, mais ou menos, 250 milhões de anos), na margem Norte de uma massa continental (Paleogondwana), existia um oceano chamado Paleotétis. Este oceano começou a abrir-se durante o Câmbrico Médio e desenvolveu-se ao longo do Paleozóico, até que na sua extremidade Sul um novo mar começou a formar-se no seguimento da abertura de um rifte. Este rifte formou-se na plataforma continental Norte do pequeno supercontinente Gondwana e individualizou uma massa continental chamada Ciméria, a qual migrou, pouco a pouco, para o Norte, fechando, progressivamente, o Oceano Paleotétis, à medida que novo mar, ou seja, o Mar de Tétis se desenvolvia. Na realidade, é muito fácil de constatar nesta tentativa de interpretação, que na parte superior (à volta de 1,5 segundos t.w.t.), as progradações são orientadas para o Norte, o que quer dizer, que a parte profunda da margem superior era para o Norte, enquanto que na parte inferior (à volta de 3,5 segundos t.w.t.), as progradações estão orientadas para o Sul, sugerindo que a parte profunda da margem divergente inferior era para o Sul. Por outras palavras, esta tentativa de interpretação sugere, que a margem continental divergente do Norte do Mar de Tétis (**) é visível na parte inferior da interpretação, enquanto que a margem divergente Sul do Mar de Tétis, que forma a base da bacia de antepaís, é visível na parte superior. Nesta tentativa, os traços em branco sublinham as discordâncias (descidas significativas do nível do mar relativo (*)). Como ilustrado no esquema geológico, no canto inferior direito, numa bacia de antepaís existem quatro tipos de discordâncias principais (A. Bally, 1980): (i) A discordância pré-rifting ou pré-alongamento (a), que marca o início da extensão da litosfera do supercontinente ; (ii) A discordância da ruptura (b), que sublinha a ruptura da litosfera do supercontinente, isto é, o fim da fase de alongamento (“rifting”) e o início da expansão oceânica, a qual começa por uma expansão subaérea antes de se tornar, definitivamente, oceânica, e da ingressão marinha (esta discordância é anterior a criação da bacia de antepaís ; nas secções estratigráficas da margem divergente, anteriores à formação da bacia de antepaís, a maior parte, senão todas as discordâncias, são, sobretudo, induzidas pela eustasia ou seja, das variações do nível do mar absoluto ou eustático, o que quer dizer que a componente eustática da acomodação (espaço disponível para os sedimentos) é predominante ; (iii) A discordância basal da bacia de antepaís (c), a qual, na área proximal, próximo da cadeia de montanhas, é caracterizada pelo acunhamento dos sedimentos de água profunda contra os sedimentos da margem divergente inclinados em direcção da fossa (na área distal, ela é caracterizada por biséis somitais dos sedimentos de água pouco profunda, todavia, a progradação dos sedimentos da bacia de antepaís, que fossiliza a superfície de erosão, é difícil de reconhecer, uma vez que o ângulo do talude é muito pequeno) ; (iv) As discordâncias dentro da bacia de antepaís (d) que, em geral, são, mais ou menos, reforçadas pela tectónica. Esta últimas discordâncias são as que, para certos geocientistas, criam um problema importante na estratigrafia sequencial, uma vez que o factor tectónico da acomodação (espaço disponível para os sedimentos, isto é, as variações do nível do mar relativo), pode, em certos casos, ser predominante sobre o factor eustático.

(*) Também referido com Oceano Tétis ou Neotétis. Contudo, nós preferimos a designação Mar de Tétis, na medida que os mares, em geral, são limitados ou cercados por continentes, enquanto os oceanos cercam os continentes e todas as massas de terras emersas.

(**)   O nível do mar relativo, é o nível do mar, local, referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre, o qual pode ser o fundo do mar ou a base dos sedimentos (topo da crusta continental. Ele é o resultado da combinação do nível do mar absoluto ou eustático, que é nível do mar global, referenciada ao centro da Terra ou a um satélite, em geral, um satélite radar e da tectónica (subsidência, quando o regime tectónico predominante é em extensão ou levantamento, quando o regime tectónico predominante é em compressão).

Enseada (baía)....................................................................................................................................................................................................................................................Cove (bay)

Crique (baie) / Ensenada / Verbreitung Achse / コーブ (曖昧さ回避)/ Бухта (залив) / Cala (baia) /

Baía, mais ou menos, circular com uma pequena entrada.

Ver: «Baía»

Envelope Pelágico (tapete).......................................................................................................................................................................................................Drape

Drapé sédimentaire / Envolvente pelágico / Envelope (Umschlag) pelagischen / 沉积披覆 / Осадочная складка / Drappo sedimentario /

nvelope sedimentar, relativamente, pouco espesso, composto por rochas argilosas pelágicas depositadas entre os cortejos ou conjuntos de cortejos sedimentares, sempre que os centros de deposição se deslocam para o continente, o que cria, nas partes distais da plataforma e em água profunda, condições geológicas caracterizadas por uma taxa de sedimentação muito fraca. Nos cones submarinos de talude (CST), por cima dos preenchimentos das depressões (entre os lóbulos) e depósitos de transbordo, o envelope pelágico é, particularmente, espesso, embora, quase sempre, inferior resolução sísmica.

Ver: " Ciclo Estratigráfico "
&
Cone Submarino do Talude
&
" Intervalo Transgressivo "

Figura 287 (Envelope Pelágico) - Em água profunda, ao nível hierárquico do ciclo sequência, o envelope pelágico, entre os subgrupos de cortejos de nível baixo (CNB) e o intervalo transgressivo (IT), que está sublinhado nesta figura (ciclo sequência superior) é, muitas vezes, inferior à resolução das linhas sísmicas, o que quer dizer, que a sua espessura, raramente, atinge 20-30 metros. Os envelopes e camadas pelágicas existem, quase sempre, não só, entre os três subgrupos de cortejos sedimentares do grupo de cortejos de nível baixo (CNB), isto é, entre: (i) Os Cones Submarinos de Bacia (CSB) ; (ii) Os Cones Submarinos de Talude (CST) e (iii) O Prisma de Nível Baixo (PNB), mas também entre cada lóbulo turbidítico. Os envelopes e camadas pelágicas têm um taxa de sedimentação muito pequena, enquanto que as outras rochas, que formam os sistemas de deposição dos cortejos sedimentares têm taxas de deposição muito maiores (*). Isto quer dizer que o tempo de deposição de um envelope pelágico é muito maior do que o tempo de deposição total das rochas entre ele. Por exemplo, uma camada turbidítica de um cone submarino de bacia deposita-se em algumas horas, enquanto que a camada pelágica que a fossiliza que, raramente, ultrapassa 5-10 centímetros de espessura, deposita-se em vários milhares de anos. Imaginemos um intervalo estratigráfico composto de 100 camadas turbidíticas e argilitos pelágicos. Cada camada turbidítica tem uma espessura de 100 cm e cada camada pelágica tem uma espessura de 5 cm. A espessura total é de 15 000 cm. Como a taxa média de deposição dos argilitos pelágicos é de 5 cm / 1000 anos e que as correntes turbidíticas são eventos estratigráficos instantâneos, podemos deduzir que: a) O tempo total de deposição foi de 100 000 anos ; b) A frequência das correntes turbidíticas é de 1 000 anos ; c) Dois terços do intervalo sedimentar foram depositados por eventos instantâneos, cuja frequência é de um evento todos os mil (1000) de anos ; d) Em 10 milhões de anos, 10 000 eventos instantâneos (em termos geológicos) podem depositar uma secção de 15 000 cm de espessura. Todavia, globalmente, pode dizer-se que ambos os depósitos fazem parte de um intervalo sedimentar (cones submarinos de bacia de um ciclo sequência), que na Estratigrafia Sequencial, se depositou, praticamente, de maneira instantânea. Efectivamente, dentro do Fanerozóico (intervalo de tempo com interesse para a geologia do petróleo), que durou, mais ou menos, 600 milhões de anos, todo o evento geológico (**) com um tempo de duração equivalente a 1/100 do tempo total do Fanerozóico, isto é, um evento que durou 6 My é considerado, pelo menos, ao ponto de vista da física, instantâneo. De facto, não há maneira fácil de o representar graficamente. Se o Fanerozóico se representar por uma linha de 15 cm de comprimento, um evento de 6 My de duração, ou seja, um evento instantâneo corresponderá, à mesma escala, praticamente, à espessura da linha (0,15 cm). Note que neste esquema, estão ilustrados dois ciclos sequência incompletos, que foram induzidos por dois ciclos eustáticos de 3a ordem cujo tempo de duração varia entre 0,5 e 3-5 My, que são, evidentemente, separados por uma discordância induzida por uma descida do nível do mar relativo (nível do mar, local, referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre, o qual pode ser o fundo do mar ou a base dos sedimentos). No ciclo sequência inferior, unicamente, o intervalo transgressivo (IT) e o prisma de nível alto (PNA) estão representados. O primeiro tem uma geometria retrogradante, ele corresponde ingressões marinhas cada vez mais importantes e regressões sedimentares cada vez mais pequenas, o que os geocientistas, colectivamente, chamam transgressões. O segundo tem uma geometria progradante (ingressões marinhas cada vez mais pequenas e regressões sedimentares cada vez maiores. O ciclo sequência superior está representado pelo intervalo transgressivo (IT) e pelo grupo de cortejos de nível baixo (CNB) no qual se depositaram os três subgrupos : (i) Cones submarinos de bacia (CSB) ; (ii) Cones submarinos de talude (CST) e (iii) O prisma de nível baixo (PNB).

(*) Uma laminação de um depósito de praia é depositada em cerca de um segundo. Uma camada de HCS ("estratificação ondulada cruzada") característica dos depósitos de tempestade, deposita-se em minutos. Uma camada turbidítica deposita-se em algumas horas. Os depósitos de inundação, como os Scablands do Canadá (depósitos e erosões associadas às inundações provocadas pela ruptura da retenção dos lagos atrás de glaciares do Plio-Pleistocénico) depositaram-se em algumas semanas. As varvas glaciares depositam-se durante um ano. Um centímetro de sedimentos pelágicos depositam-se em cerca de 103 anos. Um subciclo de invasão continental deposita-se em 10-20 x 106 anos ; h) Um ciclo de invasão continental deposita-se em 100-200 x 106 anos.

(**) O termo evento que é, muitas vezes, ouvido nas reuniões das companhias de petróleo, obriga-nos a insistir sobre seu significado, uma vez que embora os agentes geológicos sejam raros e episódicos, à escala humana, eles induzem mudanças pontuais que, à escala geológica, são processos, mais ou menos, contínuos. Matematicamente, um evento geológico episódico caracteriza-se por uma duração que ultrapassa, raramente, 1/100 do tempo total considerado. Em outras palavras, quando expresso graficamente, um evento geológico episódico (mudança em função do tempo), é apenas a espessura do risco de um lápis.

Eolianito...........................................................................................................................................................................................................................................................Aeolianite

Éolianite / Eolianita / Aeolianite / Eolianite (岩沉积风沙过程) / Эолианит / Aeolianite (roccia depositati dagli processi eolici) /

Termo geral utilizado para todos os produtos de deposição eólica ou qualquer rocha formada por litificação de sedimentos arenosos, depositados por processos eólicos, ou seja, pelo vento. Certos geocientistas, utilizam este termo, também, para designar calcários costeiros formados de sedimentos carbonatos biogénicos que formam dunas litorais, pelo vento e que, depois, se litificam.

Ver: « Diagénese »
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« Depósito Costeiro não Marinho »
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« Carsificação »

Figura 288 (Eolianito) - Teoricamente um eolianito é qualquer rocha formada por litificação de sedimentos depositados por processos eólicos, isto é, pelo vento. Muito geocientistas utilizam o termo eolianito para a forma mais comum, que é um calcário costeiro constituído por sedimentos de carbonato de origem biogénica marinha de água pouco profunda, formados em dunas costeiras pelo vento, e, posteriormente, litificados. Todavia, qualquer sedimento transportado pelo vento, como, por exemplo, silte, argila ou cinzas vulcânicas, pode estar incluído num eolianito. Convencionalmente, o termo eolianito é restrito à areia das dunas, embora sedimentos mais finos possam estar presentes. A areia das dunas é, parcialmente, cimentada por precipitação interna de carbonato por percolação das águas subterrâneas, As proporções de carbonato variam, mas são, tipicamente, superiores a 50% e, muitas vezes, mais de 90%. O carbonato vem de restos de conchas, corais, briozoários (*), etc., que vivem no fundo do mar. Embora os eolianitos, que alguns geocientistas chamam, dunas rochosas, ocorram em quase todas as partes do mundo, eles são muito mais frequentes entre as latitudes 20° e 40°, quer no hemisfério Norte quer no Sul. Eles são pouco frequentes perto do equador e, praticamente, inexistentes próximo dos pólos. Não há diferença aparente na distribuição entre os hemisfério. Se a extensão e a espessura dos depósitos são tomados em linha de conta, é no hemisfério Sul que se localizam a maior parte dos eolianitos. As condições favoráveis para a formação de eolianitos são: (i) Um clima quente, propício à produção de carbonato pelos animais marinhos de água pouco profunda, como, por exemplo, a produção de conchas de moluscos marinhos ; (ii) Ventos continentais para transformar os sedimentos das praias em dunas ; (iii) Uma topografia, relativamente, baixa do onshore, quer isto dizer, uma ausência de falésias, para permitir a formação de sistemas de dunas ; (iv) Uma fraca pluviosidade para permitir uma rápida litificação e (v) Uma estabilidade tectónica. Os mais extensos depósitos de eolianitos do mundo estão localizados nas costas Sul e Oeste da Austrália. Na costa Oeste, há mais de 800 quilómetros de falésias de eolianitos, que em alguns lugares podem ter mais de 150 metros de espessura. Estas falésias são, localmente, conhecidas como a Formação calcária de Tamala. Elas correspondem a uma alternância de dunas e sedimentos água pouco profunda. Nos eolianitos do Pleistocénico Tardio, que ocorrem no SO Alentejano, em Portugal (http://www.lneg.pt/iedt/unidades/16/paginas/26/30/95) foram encontradas pegadas e trilhos de mamíferos e de aves. Eolianitos carbonatados, também de idade Pleistocénico ocorrem também ao longo da costa atlântica de Portugal (Praia do Malhão e do Pessegueiro, Perto do Vila Nova de Milfontes) assim como na costa algarvia entre Sagres e Armação de Pêra. Oa afloramentos de eolianitos da Fonte de Areia na ilha de Porto Santo são particularmente, bem conhecidos (https://www.geocaching.com/geocache/GC4TZA6_fonte-da-areia?guid=0623342e-c741-4cc1-b435-83ccd6e36173) : “A Fonte da Areia está localizada a norte da ilha e foi formada depois da era Terciária após a formação de uma barreira coralígena à volta da ilha. Com a descida do nível do mar absoluto ou eustático durante as glaciações do Quaternário, os ventos encarregaram-se de desgastar os corais, transportando para a ilha as areias com que construíram a duna da Fonte da Areia e a excelente praia que ocupa quase toda a costa Sul. Estas formações sedimentares na Fonte da Areia estão representadas por eolianitos calcoareníticos, paleosolos siltoargilosos, depósitos de praia, crostas calcárias, depósitos fluviais e depósitos de vertente. Os depósitos eolianitos calcoareníticos de formação Eolianítica, podem atingir espessuras da ordem de 40 a 50m. Os calcoarenitos apresentam uma cor amarelo-esbranquiçada sendo constituídos por fragmentos de algas calcárias e de exoesqueletos de organismos marinhos e terrestres. A consolidação das areias carbonatadas organogénicas em calcoarenitos esteve relacionada com a acção das águas da chuva que, percolando por infiltração nos níveis superiores do sedimento muito poroso, vão-se enriquecendo em bicarbonato de cálcio devido à dissolução até que atinjam a saturação em níveis mais profundos, precipitando o carbonato de cálcio que funciona como cimento que une as partículas de areia.”

(*) (http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria) Pequenos invertebrados coloniais, comuns no mar, mas que podem também ocorrer em água doce. Colónias de briozoários crescem a partir de um único indivíduo, que depois de um fase larval livre se fixa num substrato sólido, e começa sua reprodução assexuada por brotamento. Desta forma, toda colônia de briozoários é formada por clones do primeiro animal, que é chamada de ancestrula. Os indivíduos dentro da colónia são chamados zoóides, cada zoóide mora dentro de uma cápsula secretada pelo organismo (zooecium), que pode ser de diferentes formas, e interconetadas de diferentes maneiras, dependendo da sua morfologia.

 


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Ultima actualização : Jnnho, 2017