Curva dos Biséis de Agradação Costeiros.........................................................................Coastal Onlap Curve

Courbe des biseaux d'agradation côtiers / Curva de los biseles de agradación costera / Costal Onlap Kurve, Gebogene Fasen von Küsten Verlandung / 沿海超覆曲线 / Кривая береговых подошвенных налеганий / Curve delle variazioni eustatiche del livello del mare, Curva di bisellos d’aggradazione costieri

Diagrama cronostratigráfico dos biséis de agradação costeiros. Ela traduz a sucessão temporal de eventos estratigráficos. Uma subida do nível de mar relativo implica uma migração dos biséis de agradação costeiros para o continente. Neste tipo de diagrama, os hiatos e os intervalos caracterizados por uma sedimentação condensada correspondem às zonas triangulares em direcção do continente.

Ver: " Agradação
&
" Subida do Nível do Mar Relativo "
&
" Bisel de Agradação "

Figura 209 (Curva dos Biséis de Agradação Costeiros) - Na curva dos biséis de agradação costeiros, a escala vertical é o tempo geológico (em milhões de anos, isto é, 109 Ma) e a escala horizontal é métrica. Este tipo de diagrama (cronostratigráfico) sublinha, particularmente, a invasão continental (costeira ou marinha), quando o nível do mar relativo sobe (nível do mar local referenciado quer ao fundo do mar quer à base dos sedimentos, o qual é o resultado da acção combinada das variações do nível do mar absoluto ou estático, que é o nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica). Os biséis de agradação (costeiros ou marinhos) com uma agradação e invasão continental positiva, sublinham uma ingressão marinha, ou seja, uma subida do nível do mar relativo. Quando a ingressão marinha (subida do nível do mar relativo) é em aceleração, isto é, mais importante que a ingressão marinha precedente, a agradação entre os biséis de agradação costeiros (depositados durante o período de estabilidade do nível do mar relativo que ocorre depois da ingressão marinha) é cada vez maior, como é o caso durante o intervalo transgressivo (IT) e no prisma de nível baixo (PNB) de um ciclo sequência. Quando a ingressão marinha é em desaceleração (mais pequena que a precedente), como é o caso das ingressões marinhas que induzem o depósito do prisma de nível alto (PNB) de um ciclo sequência, a agradação entre cada os biséis de agradação costeiros é cada vez menor. Os biséis superiores (por sem deposição ou por erosão) sublinham subidas do nível do mar relativo em desaceleração (presença de agradação e progradação, embora a progradação seja predominante) ou mesmo pequenas descidas do nível do mar relativo, mas insuficientes para pôr o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia. Uma ingressão marinha produz, principalmente, um deslocamento da linha da costa para o continente, o qual é função não só da amplitude da subida do nível do mar relativo, mas, também, da topografia pré-existente. Isto quer dizer que, praticamente, não há deposição durante uma ingressão marinha. Por outro lado, pode dizer-se, igualmente, que uma ingressão marinha não cria nenhuma discordância (superfície de erosão) mas, unicamente, uma pequena superfície de ravinamento (retrabalhamento pela acção das ondas da topografia pré-existente com pequenos depósitos residuais). Durante os períodos de estabilidade do nível do mar relativo, que ocorrem depois das ingressões marinhas, quer elas sejam em aceleração (intervalo transgressivo e prisma de nível baixo) ou em desaceleração (prismas de nível alto) há, principalmente, depósito de sistemas de deposição progradantes que deslocam para o mar da linha da costa, que, grosseiramente, corresponde a ruptura costeira de inclinação da superfície de deposição. A agradação é bem visível nos intervalos transgressivos (IT) mas, relativamente, pequena e muitas vezes inferior à resolução sísmica, nos prisma de baixo e alto nível do mar. Nesta curva dos biséis de agradação costeiros (offshore Sul Labrador), quatro descidas significativas do nível do mar relativo são evidentes. Elas induziram o deslocamento para a bacia e para baixo (agradação negativa) dos biséis de agradação costeiros. Estes deslocamentos provocaram a exumação da plataforma continental e da parte superior do talude continental, criando superfícies de erosão (discordâncias) que limitam os ciclos estratigráficos e, em particular, os ciclo sequências. Pode dizer-se, que na área em que este diagrama foi construído, existem pelo menos quatro ciclos estratigráficos, induzidos por quatro ciclos eustáticos. A maioria dos geocientistas consideram as seguintes ordens de ciclos eustáticos: (i) 1a ordem, duração superior a 50 My ; (ii) 2a ordem, duração entre 50My e 3-5 My ; (iii) 3a ordem, duração entre 3-5 My e 0,5 My ; (iv) 4a ordem, duração entre 0,5 My e 0,08 My ; (v) 5a ordem, duração entre 0.08 My e 0.03 My e (vi) 6a ordem, duração entre 0,03 My e 0.01 My. Desde que a ordem dos ciclos eustáticos é determinada, os ciclos estratigráficos podem ser ciclos sequência, quando a duração de cada ciclo eustático associado varia entre 0.5 My e 3-5 My ou subciclos de invasão continental se a duração dos ciclos eustáticos varia entre 3-5 e 50 My. Os resultados dos poços de pesquisa do petróleo perfurados nesta área corroboraram a interpretação aqui ilustrada: (i) Três subciclos de invasão continental (1, 2, 3) ; (ii) Dentro do subciclo de invasão continental 2, três ciclos sequência são evidentes ; (iii) Dentro dos subciclos de invasão continental 3 e 1, a resolução da curva dos biséis de agradação costeiros não permite evidenciar os ciclos sequência que os compõem.

Curva ETP..........................................................................................................................................................................................................................................................ETP Curve

Courbe ETP / Curva ETP / ETP-Kurve / ETP曲线 / Кривая прецессионных отклонений / Curva ET /

Representação gráfica dos efeitos combinados da excentricidade, inclinação e precessão durante um determinado período geológico, a uma determinada latitude (em geral 65°N). A quantidade de radiação solar recebida na superfície terrestre, baseada nas variações dos movimentos orbitais da Terra.

Ver: " Teoria de Milankovitch "
&
" Ciclo de Milankovitch "
&
" Teoria Astronómica dos Paleoclimas "

Figura 210 (Curva ETP) - Quer a excentricidade (forma da órbita terrestre à volta do Sol), quer a obliquidade (variação da inclinação do eixo de rotação da Terra) ou a precessão dos equinócios (movimento retrógrado dos pontos equinociais uma vez que o eixo de rotação da Terra gira como um pião) são capazes de provocar modificações climáticas importantes. Quando a obliquidade é pequena (eixo de rotação da Terra é quase normal à eclíptica, isto é, ao trajecto aparente que o Sol faz no céu durante um ano), mais energia solar é fornecida no equador do que nos pólos, o que cria um forte gradiente da temperatura e menos variações entre as estações. As variações da precessão alteram a estrutura dos ciclos das estações, uma vez que elas deslocam o periélio (ponto da órbita da Terra que está mais próximo do Sol, em que ela tem a maior velocidade de translação de toda a sua órbita) ao longo da órbita terrestre, o que muda a distância Sol / Terra em cada estação e, assim, a intensidade da insolação. Como todos os efeitos, associados a estes factores, têm diferentes períodos é evidente que eles não estão em fase. A grande contribuição científica de M. Milankovitch foi demonstrar, sem computadores, as relações entre as diferentes fases desses efeitos a partir de um fantástico cálculo matemático. Como ilustrado nesta figura, os efeitos combinados destes três factores, isto é: (i) Excentricidade ; (ii) Obliquidade e (iii) Precessão, para uma latitude de 65°N, são óbvios na curva ETP (acrónimo de “Excentricity, Tilting, Precession”), ou seja, na curva dos efeitos combinados da Excentricidade, Inclinação e Precessão durante um determinado período geológico, a uma determinada latitude, cuja escala vertical é em unidades de desvio padrão (medida da dispersão em torno da média populacional de uma variável aleatória). Trabalhos estratigráficos recentes e de geologia isotópica (em particular a utilização dos teores dos isótopos de oxigénio), corroboram a existência de uma correlação, mais que provável, entre as curvas das variações de temperatura (e outros parâmetros) e as curvas de Milankovitch, ilustrada, para os últimos 800 ky. Ao contrário da climatologia moderna, que se baseia num grande número de observações feitas num pequeno intervalo de tempo e que não tem a pretensão de estudar as mudanças climáticas, a paleoclimatologia, têm essa faculdade, mas, infelizmente, a partir de um número limitado de observações. É por isso que não se deve confundir tempo com clima e, sobretudo, com mudanças climáticas, como o fazem, regularmente certos “novos” ecologistas. O tempo refere-se, geralmente, às mudanças cotidianas da temperatura e precipitação. O clima, cuja ferramenta principal é a estatística, refere-se às condições atmosféricas médias que ocorrem na atmosfera da Terra ao longo de um período tempo, mais ou menos, longo. As mudanças climáticas traduzem o clima da Terra, que está sempre mudando por períodos quentes e mais frios, cada um dos quais pode milhares duração de anos. Durante décadas, as hipóteses avançadas pot Milankovitch foram muito criticadas. Todavia, Hays et al. (1976) demonstraram que as frequências astronómicas estavam bem presentes nos dados paleoclimáticos (assumindo que o sistema climático tem uma resposta linear à indução orbita, (http://sigep.cprm.gov.br/glossario/textos/ Cicloestratigrafia_e_Milankovith.pdf). A partir de testemunhos do fundo do mar, que continham um registro contínuo de cerca de 450 ky, eles analisaram três parâmetros sensíveis às mudanças climáticas transformando-os em séries temporais geológicas: (i) Composição isotópica do oxigénio (δ18O) de foraminíferos planctónicos ; (ii) Estimativa das temperaturas de verão à superfície do mar, baseada nos radiolários e (iii) Abundância de outras espécies de radiolários. As técnicas numéricas de análise espectral utilizadas foram desenvolvidas para procurar evidências nas frequências de variação da obliquidade e da precessão. Eles encontraram, nos espectros de intensidade, ciclos quase periódicos correspondentes aos orbitais. Todavia, apesar da presença dos períodos de 42 ky e de 19 ky e 23 ky, representando, respectivamente, a obliquidade e a precessão, os ciclos dominantes em todos os espectros analisados variavam entre 94 Ky e 122 ky, isto é, o período de excentricidade. Este ciclo não tinha sido tomado em conta a quando do desenvolvimento da análise espectral, mas tinha aparecido naturalmente, como uma forte evidência da sua importância na indução das glaciações, uma ideia que já vinha sendo desenvolvida na época. Eles concluíram que a indução devida à excentricidade não poderia resultar de uma resposta linear do sistema climático. Os seus efeitos provocados pela modulação que esse ciclo provocaria no da precessão, que possui uma amplitude proporcional. Uma resposta a esse modulação seria a observada nos mantos de gelo. A indução provocado pela precessão implicaria um tempo de engrossamento dos glaciares maior do que o de adelgaçamento. O tempo de engrossamento seria proporcional ao ciclo de 100 ky, com uma adelgaçamento rápido de alguns milhares de anos.

Curva Eustática...............................................................................................................................................................................Eustatic Sea Level Curve

Courbe eustatique / Curva eustática / Eustatische Meeresspiegel-Kurve / 海平面升降曲线 / Эвстатические кривая уровня моря / Curva di livello eustatiche del mare, Curve delle oscillazioni eustatiche del livello marino

Curva das variações do nível do mar absoluto ou eustático, em geral, medidas em relação ao centro da Terra ou a um satélite radar. Teoricamente, a curva eustática é considerada global. Para que a curva eustática tenha um certo valor, as anomalias da gravidade têm que ser tomadas em linha de conta. O nível do mar é ondulado. O nível do mar é alto onde as anomalias da gravidade são negativas (menos atracção) e mais baixo onde as anomalias da gravidade são positivas (grande atracção). O nível do mar médio é uma superfície equipotencial, que corresponde, mais ou menos, ao geoide.

Ver: " Eustasia "
&
" Ciclo Eustático "
&
" Ciclo Estratigráfico "

Figura 211 (Curva Eustática) - Como ilustrado no esquema geológico desta figura, o nível do mar pode ser: (i) absoluto ou eustático, isto é, o nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite e (ii) relativo, que é o nível do mar local referenciado a um ponto qualquer da superfície terrestre, que pode ser a base dos sedimentos (topo da crusta continental) ou o fundo do mar. Isto quer dizer que o nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (subsidência, quando o regime tectónico predominante é em extensão ou levantamento, quando o regime tectónico predominante é em compressão). Assumindo que o volume de água, sob todas as suas formas, é constante desde a formação da Terra, há cerca de 4,5 Ga, pode dizer-se que as mudanças do nível do mar, em relação ao nível do mar actual (ver diagrama da curva eustática), resultaram e resultarão, provavelmente, dos seguintes factores: (i) Forma e Volume das Bacias Oceânicas ; (ii) Redistribuição da Água dentro das Bacias Oceânicas e (iii) Movimento Vertical das Zonas Costeiras. Por outras palavras, o nível do mar absoluto ou eustático é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). As variações do nível do mar, controladas por mecanismos geológicos internos da Terra e pelo crescimento ou fusão das calotas glaciárias, têm amplitudes e durações características. Os mecanismos dinâmicos do manto alteram as formas das bacias oceânicas, mais ou menos, todos os 100 My. Os mecanismos tectónicos, que ocorrem na crusta litosfera, produzem movimentos diferenciais entre a terra e o mar, a escalas tempo muito variadas. A influência desses processos é limitada (mais ou menos, a centenas de quilómetros). As variações do nível do mar causadas pelos ciclos glaciários têm um carácter global, com um escala tempo entre 1 e 100 ky. Os ciclos eustáticos, isto é, os ciclos das variações do nível do mar, têm uma hierarquia temporal (duração dos ciclos). Nesta figura, está representada a curva eustática desde da ruptura do supercontinente Protopangeia (Rodínia) até hoje sob a sua forma longo prazo (azul) e longo prazo aplanada (verde). A deriva e a aglutinação dos continentes, individualizados pela ruptura do Rodínia e, mais tarde, pela ruptura do supercontinente Pangeia, sugerem que as variações do nível do mar foram, principalmente, induzidas pela formas e volumes das bacias oceânicas e não pelas mudanças climáticas como é, provavelmente, o caso para os ciclos eustáticos de 2a e 3a ordem ou de ordem mais alta. A segunda curva eustática (hierarquia 2, isto é, curva de longa duração), colorida em azul, é muito ondulada e, como se pode constatar, ela é compostas de ciclos eustáticos de 2a ordem que tem uma duração entre 3-5 e 50 My. A primeira, mais lisa e colorida em verde representa, para o Fanerozóico, a curva eustática de hierarquia 1 (curva aplanada de longa duração). Ela é constituída por dois ciclos eustáticos de 1a ordem, quer isto dizer, por dois ciclos com um comprimento de onda (duração) superior a 50 My. Em associação com o ciclo mais antigo, depositaram-se os sedimentos do Paleozóico, enquanto que em associação com o ciclo mais recente, depositaram-se os sedimentos que constituem o Mesozóico / Cenozóico. No ciclo eustático Paleozóico (ciclo de 1a ordem), o máximo do nível do mar absoluto ou eustático é no Câmbrico e Silúrico, durante o qual a deposição de rochas-mãe marinhas do Paleozóico é muito provável. Em associação com ciclo eustático do Mesozóico / Cenozóico (ciclo de 1a ordem) e, particularmente, com os dois picos eustáticos (Kimmeridgiano e Cenomaniano-Turoniano), depositaram as rochas-mãe marinhas potenciais do ciclo de invasão continental pós-Pangeia (ciclo estratigráfico). O máximo eustático do Paleozóico, com o nível do mar mais alto 200-250 metros do que actualmente, ocorreu à cerca de 500 Ma, quando a dispersão dos continentes paleozóicos era máxima. Da mesma maneira, o máximo eustático do Meso-Cenozóico (± 91.5 Ma) correlacionada com o máximo de dispersão dos continentes pós-Pangeia. O nível do mar era baixo durante os supercontinentes Protopangeia e Pangeia. É importante notar que segundo G. F. Hulmichek (1991), cerca de 60% das reservas mundiais de petróleo e de gás foram geradas pelas rochas-mãe do Kimmeridgiano e do Cenomaniano / Turoniano (cerca de 25 % para as argila marinhas do Oxfordiano / Kimmeridgiano, em associação com a SBP 138.5 Ma (superfície basal de progradação) para, enquanto, mais ou menos, 10% foram geradas pelas rochas-mãe marinhas do Paleozóico. Todavia, isto não quer dizer que as rochas-mãe do Paleozóico são de qualidade inferior às do Mesozóico / Cenozóico, mas simplesmente que a grande maioria dos hidrocarbonetos gerados durante o Paleozóico se perderam devido a orogenia Hercínica ou Varísca que ocorreu entre o Devónico Tardio (± 380 Ma) e Pérmico Médio (± 280 Ma).

Curva Eustática (aplanada de longa duração)....................................................Eustasy Smooth Long Term Curve

Courbe eustatique (long terme émousséeaplanada de longa duração) / Curva eustática (aplanada de larga duración)/ Glatte langfristige eustatischen Meeresspiegel-Kurve / 光滑的长期海平面升降曲线 / Долгосрочная эвстатические кривая уровня моря / Liscio lungo termine eustatiche curva di livello del mare

Curva derivada da aplanação da curva de longa duração, a qual, por sua vez, resulta da aplanação dos ciclos eustáticos de 2a ordem, cuja duração varia entre 3-5 e 50 milhões de anos.

Ver: " Eustasia "
&
" Ciclo Eustático "
&
" Ciclo Estratigráfico "

Figura 212 (Curva Eustática, aplanada longo prazo) - Tendo em conta que nível do mar pode ser: (i) Absoluto ou eustático (nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite e (ii) Relativo (nível do mar local referenciado a um ponto qualquer da superfície terrestre, que pode ser a base dos sedimentos ou o fundo do mar) e assumindo, que desde a formação da Terra, há mais ou menos 4,5 Ga, o volume total da água é constante, um alastramento oceânico rápido induz um grande volume de montanhas oceânicas, e, por isso, o nível do mar sobe invadindo os continentes permitindo o depósito de transgressões sedimentares ( conjunto de ingressões marinhas cada vez mais importantes e regressões sedimentares cada vez mais pequenas). Ao contrário, um alastramento oceânico lento induz uma regressão marinha (abaixamento das águas do mar), quer isto dizer, que as linhas da costa são deslocadas para o mar (os mares retiram-se dos continentes e restringem-se às bacias oceânicas e às áreas de rápida subsidência tectónica). Durante o Fanerozóico, a amplitude das variações do nível do mar parece ter sido, mais ou menos, 300 metros e a taxa de alastramento oceânico de cerca 2 a 6 centímetros por ano (aproximadamente a taxa de crescimento das nossas unhas). O nível do mar varia muito no tempo e no espaço. Ele não é fixo e, também, não é uma superfície horizontal. Existem variações do nível do mar, entre diferentes pontos, de vários metros e variações globais entre diferentes momentos da história geológica. Actualmente, por exemplo, há uma diferença no nível do mar de cerca de 40 cm entre a Nova Escócia e Florida. Entre as Maldivas e a Papua Nova Guiné a diferença do nível do mar é superior a 200 metros, o que quer dizer que um barco navegando entre estas duas áreas, ao longo de uma superfície equipotencial da gravidade, não consumaria energia. Por outro lado, o nível do mar é afectado pelas marés, vento, pressão atmosférica, diferenças locais da gravidade, temperatura, salinidade, subsidência, etc. Para determinar o “nível médio do mar”, a melhor coisa que se pode fazer é determinar um lugar e calcular o nível médio nesse ponto e utilizá-lo como ponto de referência. Geralmente, a partir de observações horárias, feitas durante um período de 20 anos (por exemplo), pode calcular-se a média para esse ponto de medida. Na estratigrafia sequencial as variações do nível do mar têm sempre que ser referenciada a um ponto. Assim, fala-se de nível do mar relativo e de nível do mar absoluto ou eustático. Obviamente, o nível do mar relativo é o resultado da combinação do nível do mar absoluto ou eustático e dos efeitos da tectónica (subsidência, quando o regime tectónico predominante é em extensão ou levantamento, quando o regime tectónico predominante é em compressão). A curva eustática ilustrada nesta figura é a curva que Haq propôs para o Fanerozóico em 1986. Esta curva é constituída por ciclos eustáticos de várias ordens, as quais foram definidos na base do tempo de duração de cada ciclo. Um ciclo eustático de 6a ordem tem uma duração entre 0,01 e 0,03 My. Um conjunto de de ciclos de 6a ordem forma um ciclo de 5a ordem cuja duração varia entre 0,03 e 0,08 My. Um conjunto de ciclos de 5a ordem forma um ciclo de 4a ordem cuja duração varai entre 0,08 e 0,5 My. Um conjunto de ciclos de 4a ordem forma um ciclo eustático de 3a ordem, cuja duração varia entre 0,5 e 3-5 My (neste exemplo, o ciclo eustático de 3a ordem é limitado entre as discordâncias, SB. 83 Ma e SB. 85 Ma ou as descidas do nível do mar relativo associadas. Um conjunto de ciclos eustáticos de 3a ordem forma um ciclo eustático de 2a ordem, cuja duração varia entre 3-5 e 50 My (SB. 80 Ma e SB. 90 Ma, neste exemplo). Um conjunto de ciclos eustáticos de 2a ordem forma um ciclo eustático de 1a ordem, cuja duração varia entre 50 e 400 My (SB. 0 e SB. ± 230 Ma, neste exemplo). Isto quer dizer que um ciclo eustático de uma determinada ordem corresponde à aplanação de vários ciclos eustáticos de ordem inferior. Os ciclos estratigráficos depositados em associação com ciclos eustáticos de 1a ordem são os ciclos de invasão continental (pós-Rodínia ou pós-Pangeia para o Fanerozóico). Os ciclos estratigráficos depositados em associação com ciclos eustáticos de 2a ordem são os subciclos de invasão continental. Os ciclos estratigráficos depositados em associação com ciclos eustáticos de 3a ordem são os ciclos de sequência. Os ciclos estratigráficos depositados em associação com ciclos eustático de 4a, 5a e 6a ordem são os chamados ciclos de alta frequência. Em associação com os paraciclos eustático que formam os ciclos eustáticos, mas entre os quais não há descida do nível do mar relativo, depositam-se os paraciclos sequência que formam, em particular os subgrupos de cortejos sedimentares que formam um ciclo sequência.

Curva Hipsométrica..............................................................................................................................................................................Hypsometric Curve

Courbe hipsométrique / Curva hipsométrica / Hypsometrische Kurve / 分层设色曲线 / Гипсометрическом кривая (изолиния) / Curva ipsometrica

Curva que descreve a morfologia da superfície da Terra em relação a um plano da referência, geralmente, o nível do mar médio que corresponde, grosso modo, ao geoide terrestre.

Ver: " Eustasia "
&
" Geóide "
&
" Nível do Mar Geodésico "

Figura 214 (Curva Hipsométrica)- Neste corte hipsométrico, entre o Oceano Pacífico e a Plataforma Africana os três elementos fisiográficos mais importantes são: (i) As plataformas continentais (América do Sul e Oeste da África) ; (ii) Os fundos das bacias oceânicas (Atlântico Sul e Pacífico) e (iii) As montanhas submarinas (dorsais oceânicas). O limite entre as plataforma e os fundos oceânicos é o talude continental (incluindo o sopé continental), que desce, abruptamente, desde o rebordo continental até aos fundos oceânicos (a inclinação varia entre 3° a 6°). Contrariamente ao que muita gente pensa, a mais importante cadeia de montanhas, representada no perfil hipsométrico pelas montanhas oceânicas entre a América do Sul e a África, é a dorsal média oceânica, também chamada dorsal submarina, dorsal meso-oceânica ou crista oceânica média, que se situa-se no fundo oceânico. Ela é diferente das cadeias continentais não só porque ela é formada, quase exclusivamente, por basaltos, mas também pela ausência total de deformações em compressão (encurtamentos). A dorsal média oceânica estende-se por mais de 65 000 km, com uma largura variável, cuja a média é cerca de 1 000 km. Este corte permite compreender a estrutura das margens continentais divergentes e convergentes. Nas margens continentais divergentes, há expansão ou alastramento oceânico e formação de montanhas vulcânicas submarinas, o que cria um fundo oceânico de cada lado, entre as montanhas oceânicas e os sopés continentais (faixa limítrofe da margem continental, entre a planície abissal e o talude da plataforma continental, com embasamento crustal oceânico). As margens continentais divergentes formam-se durante a expansão oceânica que segue a ruptura da litosfera de um supercontinente, neste caso o pequeno supercontinente Gondwana. Assim, numa primeira fase, a litosfera do supercontinente é alongada por um regime tectónico extensivo (σ1 vertical) com formação de estruturas hemigrabens, as quais são preenchidas por sedimentos não marinhos, formando o que os geocientistas chamam bacias de tipo rifte. Depois da ruptura da litosfera do supercontinente os prismas sedimentares, que formam as margens divergentes, depositam-se, pouco a pouco, sobre as bacias de tipo rifte, que são anteriores à ruptura da litosfera, à medida que o oceano entre as duas margens se alarga. Nas margens convergentes, ao contrário, há redução do assoalhado oceânico. A crusta oceânica mais antiga e mais densa mergulha sob a crusta continental e entra na astenosfera ao longo das zonas de subducção de tipo B, onde ela é, parcialmente, digerida. As zonas de subducção são sublinhadas nos perfis hipsométricos pelas fossas oceânicas profundas, como a fossa oceânica que borda, a Oeste, a América do Sul. No diagrama inferior, pode consta-se que: (a) A altura média da Terra é de cerca de 840 metros ; (b) A profundidade média dos oceanos é de cerca de 3 729 metros ; (c) A diferença de relevo terrestre é cerca de 20 km e que ela corresponde a diferença entre o pico Evereste (mais ou menos, 8 850 metros) e a fossa das Marianas (cerca de 11 022 metros), a qual é o local mais profundo dos oceanos na margem convergente entre as placa litosféricas do Pacífico e das Filipinas ; (d) Os oceanos ocupam cerca de 70, 8% da superfície terrestre, sendo 24% é sob uma profundidade de água entre 4 000 e 5 000 metros e apenas 8% sob uma profundidade de água inferior a 1 000 metros ; (e) Os continentes ocupam cerca de 29,2 % da superfície terrestre sendo 22% com uma altitude inferior a 1 000 metros. A distribuição da água na Terra é a seguinte: (i) Oceanos, 1 350 x 1015 m3 (97,3 % da água total) ; (ii) Criosfera, 29 x 1015 m3 (2,1 %) ; (iii) Subterrânea, 8,4 x 1015 m3 (0.6 %) ; (iv) Lagos e Rios, 0,2 x 1015 m3 (0.01 %) ; (v) Atmosfera, 0,013 x 1015 m3 (0,001 %) and (vi) Biosfera, 0,0006 x 1015 m3 (4 x 10-5 %). Por outras palavras, cerca de 97% da água da Terra é salgada e de água doce (3% da água total da Terra), unicamente 32% não é gelada (água subterrânea cerca de 30 % e água de superfície cerca de 2%). A Terra é mais larga cerca do equador que entre o Pólo Norte e Pólo Sul. Ela é semelhante a um elipsóide ou esferóide. O elipsóide terrestre é uma figura matemática aproximada da forma da Terra, utilizada como quadro de referência para computações geodésicas, astronómicas e nas geociências. O geóide é a superfície que é complexa para descrever, matematicamente, mas que pode ser, facilmente, identificada medindo a gravidade. O geóide é considerado como sendo, mais ou menos, igual ao Nível Médio do Mar, contudo nos oceanos, o Geóide e o Nível Médio do Mar Absoluto são, aproximadamente, coincidentes, mas, nas áreas continentais, eles podem ser muito diferentes. O terreno (verdadeira forma da Terra) é dada pela topografia e batimetria.

Curva de Hubbert...................................................................................................................................................................................................Hubbert's Curve

Courbe de Hubbert / Curva de Hubbert / Hubbert-Kurve / 哈伯特的曲线 / Кривая Хабберта / Curva di Hubbert

A curva derivativa de uma função logística. Ela parece, mas é diferente, de uma curva de densidade da probabilidade de uma distribuição normal (em forma de sino, simétrica). A curva de Hubbert é utilizada para modelizar a taxa de produção do petróleo. Segundo este modelo, a taxa de produção do petróleo é determinada pela taxa das novas descobertas, quer isto dizer, que um pico na curva da taxa de produção é seguido por um gradual declínio da produção de petróleo.

Ver: " Curva Eustática "
&
" Tempo Geológico "
&
" Sismostratigrafia "

Figura 214 (Curva de Hubbert) - A curva de Hubbert corresponde a curva logística clássica, a qual foi descoberta por Verhulst, em 1845, quando estudava os problema ligados à população. Verhulst, utilizou-a, sobretudo, para mostrar que uma determinada população cresce até um certo ponto e depois diminui até zero (curva em S). Este tipo de curva pode também ser utilizada para modelizar a produção cumulativa do petróleo: Q = U/1+EXP b(t-tm), onde t é a data de referência (ano), Q a produção cumulativa no ano de referência t, U a recuperação final, tm é a data do ponto médio e b o factor que caracteriza a inclinação da curva. A curva de Hubbert, também conhecida como o pico do petróleo enfatiza o ponto (tempo) em que o taxa de produção de petróleo atingiu o valor máximo. A partir desse ponto, que corresponde, grosseiramente, à produção de metade das reservas, a produção diminui. Este conceito, que traduz uma curva logística, foi observada primeiro na taxa de produção dos poços produtivos e depois generalizada à taxa de produção total dos campos petrolíferos. O mesmo sucede com as descobertas de petróleo. No diagrama “Descobertas versus Tempo”, ilustrado nesta figura é fácil de constatar que, globalmente (ao nível mundial), o pico descobertas de petróleo mais condensado ocorreu à volta de 1962. Os três pontos anormais correspondem as descobertas de Gachsaran (1939, Irão) / Tia Juana (1928/1930, Venezuela,), Burgan (1938, Kwait) / Zuata (1935 /1938, Venezuela) e Ghawar (1948, Arabia Saudita). Desta maneira, começou a ser evidente para quase todos produtores, que a taxa de produção de um campo petrolífero, depois de crescer de maneira exponencial (até a taxa do pico) diminui, por vezes muito rapidamente, até que o campo seja depletado. Posteriormente, este conceito foi utilizado para as bacias petrolíferas e mesmo, de maneira aproximativa, para os diferentes países produtores, o que não tem muito sentido geológico. M. King Hubbert propôs, em 1956, que a produção de petróleo convencional nos Estados Unidos (estado do Alasca excluído) atingiria seu acme entre 1965 e 1970, o que quer dizer, que metade das reservas teriam sido já produzida. A produção de petróleo nos Estados Unidos culminou em 1971, um ano mais tarde do que o previsto por Hubbert. O pico da descoberta de reservas petrolíferas por sua vez ocorreu em 1962 (Ivanhoe, L. F). Não obstante o facto que os picos de produção são difíceis de prever e, que em geral só podem ser identificados de maneira segura a posteriori, as avaliações mais pessimistas propõem um pico do petróleo entre 2015-2020. O ano exacto do pico do petróleo ainda não foi estabelecido com precisão, embora a Agência Internacional de Energia (AIE) tenha declarado em novembro de 2010, que a produção de petróleo atingiu o seu pico em 2006. Com base nos dados actuais de produção, a Associação para o Estudo do Pico do Petróleo e Gás ("ASPO"), tenha sugerido que o pico do petróleo teria ocorrido em 2010, enquanto que o do gás natural acontecerá alguns anos mais tarde. Em contrapartida, as estimativas mais optimistas avançam reservas para, pelo menos, 100 anos mais. A construção de uma curva derivativa a partir de uma curva logística é, relativamente, fácil uma vez que a derivada de um ponto de uma curva é a tangente nesse ponto. Se tiver problemas em compreender imagine que está conduzindo, de noite, o seu automóvel na velha estrada entre Amarante e Vila Real (antes do túnel do Marão). Como as luzes do seu carro indicam a derivada em cada ponto da estrada, é mais fácil ver se ela desce ou sobe. O mesmo se passa com a derivada da curva de produção do petróleo. Um número crescente de geocientistas acredita que o pico de produção do petróleo, de fato, já chegou. Após a passagem do furacão Katrina (2005), a Arábia Saudita admitiu que não poder aumentar a produção para compensar as perdas na produção observadas no Golfo do México. Muitos pensam que estamos no início da crise do petróleo final. Final, porque esta será a última e que ela vai exigir maiores ajustes e maiores cortes no consumo como nunca foi feito antes. Além disso a crise não se limita ao petróleo. O gás natural, em muitos lugares, também está atingiu pico de produção, e, globalmente, vai acontecer não muito tempo depois do pico do petróleo.

Curva de Milankovitch..........................................................................................................................................................Milankovitch's Curve

Courbe de Milankovitch / Curva de Milankovitch / Milankovitch Kurve / 米兰科维奇曲线 / Кривая Миланковича / Curva di Milankovitch

Curva que representa a quantidade de energia solar recebida pela Terra durante um certo tempo geológico e a uma certa latitude (em geral a 65° N).

Ver: " Ciclo de Milankovitch "
&
" Teoria Astronómica dos Paleoclimas "
&
" Clima "

Figura 215 (Curva de Milankovitch, Curva ETP) - Em qualquer época ou período geológico, a curva de Milankovitch é a curva que representa a quantidade de energia solar recebida à latitude de 65° N. Ela é, normalmente, construída a partir da análise das variações da órbita da Terra. Como ilustrado nesta figura, os ciclos astronómicos têm uma influência muito grande na energia solar recebida pela Terra. A correlação entre o volume do gelo e a energia calorífica recebida do Sol é excelente, como se pode constar nos diagramas ilustrados na parte esquerda da figura (não esqueça que uma boa correlação não significa, necessariamente, causalidade). Os principais parâmetros que controlam esta correlação são: (i) A Precessão, isto é, as mudanças na direcção do eixo da Terra, as quais são cíclicas e o tempo da ciclicidade é de 22 ky ; (ii) A Obliquidade, uma vez que o eixo da Terra é inclinado e que a inclinação varia entre 21,5° e 24,5 ° com um período de cerca de 41 ky e (iii) A Excentricidade ou Elipticidade, que mede a diferença de forma em relação a um círculo, uma vez que a órbita da Terra não é um circulo, mas uma uma elipse, e que as variações da excentricidade são cíclicas de, mais ou menos, 100 ky. Quando a excentricidade e a precessão jogam no mesmo sentido, a adição dos seus efeitos pode ser, particularmente, importante. Durante o Pleistocénico, as glaciações principais apareceram todos os 100 ky, o que, aparentemente, sugere uma correlação potencial com os ciclos da excentricidade da órbita da Terra. Os ciclos glaciários mais pequenos parecem correlacionar, também, com os ciclos da precessão. Embora a cronologia das glaciações correlacione, mais ou menos, bem com a curva de Milankovitch, a amplitude parece não correlacionar muito bem. Ciclos astronómicos de 60 k e 120 k anos, parecem ser corroborados pela curva das variações do volume do gelo, como ilustrado (em particular no hemisfério norte.) As variações da excentricidade mostram uma forte ciclicidade de cerca de 400 ky. Todavia este ciclo é muito mais evidente nos registros climáticos anteriores aos últimos milhões de anos, que traduzem o clima da Terra (períodos quentes e mais frios, cada um dos quais pode durar milhares de anos). De qualquer maneira, nesta figura, a escala tempo é muito pequena para que eles possam ser reconhecidos. A curva de Milankovitch e a sua teoria sobre as glaciações sugerem que elas ocorrem quando: (a) O verão começa no afélio, ou seja, quando a distância entre a Terra e o Sol é maior ; (b) A excentricidade é máxima, ou seja, a distância entre a Terra e o Sol no afélio é a maior possível, o que afecta não só a intensidade relativa e a duração das estações nos diferentes hemisférios, mas também a diferença entre a insolação máxima e mínima recebida durante um ano ; (c) A obliquidade é baixa, o que significa que a diferença entre verão e inverno é pequena e o contraste latitudinal é maior. Resumindo: A) Segundo as descobertas de M. Milankovitch, (http://sigep.cprm.gov.br/glossario/textos/Cicloestratigrafia_e_Milankovith.pdf) a intensidade dos efeitos da insolação varia com a latitude ; B) A influência do ciclo de inclinação do eixo de rotação da Terra, que dura, mais ou menos, 41 ky, é maior nas regiões polares tornando-se mais fraca em direcção do equador ; C) A influência do ciclo de precessão, cujo período é de cerca de 22 ky, provocado pela variação da distância do Sol a Terra (a orbita da Terra é uma elipse) é menor nos pólos e maior no equador ; D) A quantidade de radiação solar recebida em uma dada latitude é determinada pelo ângulo de inclinação e pala distância entre a Terra e o Sol, o que quer dizer que a curva de radiação varia dos pólos ao equador ; E) Hays et al. (1976) apesar de corroborar os períodos de 41 ky e 22 ky, representam, respectivamente, a obliquidade e a precessão, notou que os ciclos dominantes em todos os espectros analisados variavam entre 94 Ky e 122 ky, o que corresponde, mais ou menos ao período de excentricidade ; F) Este ciclo tem uma forte evidência na estimulação das glaciações ; G) Os seus efeitos são provocados pelas variações que esse ciclo provoca no ciclo da precessão ; H) A indução provocada pela precessão implica um tempo de engrossamento dos glaciares maior do que o tempo de adelgaçamento ; I) O tempo de engrossamento (glaciações) é proporcional ao ciclo de 100 ky, com uma adelgaçamento rápido de alguns milhares de anos ; J) As glaciações ocorrem quando o verão começa no afélio (quando a distância entre a Terra e o Sol é máxima), quando a excentricidade é máxima (afecta não só a intensidade relativa e a duração das estações nos hemisférios mas, igualmente, a diferença entre a insolação máxima e mínima recebida durante um ano) e quando a obliquidade é baixa, o que significa que a diferença entre o verão e o inverno o o contraste latidunal é maior.

Curva do Nível do Mar..............................................................................................................................................................................Sea Level Curve

Courbe du niveau de la mer / Curva de nivel de mar / Meeresspiegel-Kurve / 海平面曲线 / Кривая уровеня моря / Curva delle livello della mare /

Curva que representa as variações do nível do mar durante a história geológica (nível do mar absoluto ou eustático) ou durante um determinado tempo geológico (nível do mar relativo). A curva do nível do mar, determinada a partir de dados sísmicos, é referenciada em relação à posição do nível do mar actual, o que é, relativamente, fácil nas linhas sísmica tiradas no offshore e um pouco mais difícil nas linhas sísmicas terrestre, uma vez que uma correlação é necessária. Como o nível do mar, nos dados sísmicos é dado pelos biséis de agradação costeiros a lâmina de água de deposição é considerada como zero, o que pode, em certos casos, não ser verdade.

Ver: " Diagrama Eustático "
&
" Variação do Nível do Mar Relatico "
&
" Agradação "

Figura 216 (Curva do Nível do Mar) - Antes de mais não se deve esquecer que o nível do mar poder ser absoluto (eustático) e relativo. O primeiro é referenciado a um ponto fixo global, como, por exemplo o centro da Terra ou um satélite, enquanto que o segundo é referenciado a um ponto qualquer da superfície terrestre que pode ser o topo da crusta continental (base dos sedimentos) ou o fundo do mar. A primeira curva das variações do nível do mar (absoluto ou eustático), proposta por P. Vail (1977), foi construída a partir das informações que companhia petrolífera Exxon acumulou durante dezenas de anos de pesquisa petrolífera. Ela traduz o resultado da combinação das variações do nível do mar absoluto ou eustático e da subsidência tectónica, ou por outras palavras, ela enfatiza os principais ciclos eustáticos de 2a ordem, cuja duração varia entre 3-5 My e 50 My. De facto, na curva eustática do Fanerozóico proposta pela EPR (”Exploration Production Research” da Exxon), cinco ordens de ciclos eustáticos foram consideradas. O tempo de duração destes ciclos é: 1a ordem > 50 My ; 2a ordem entre 3-5 e 50 My ; 3a ordem, entre 0,5 e 3-5 My ; 4a ordem, entre 0.5 e 0,08 My ; 5a ordem, entre 0.08 e 0.03 My e 6a ordem, entre 0,03 e 0.01 My. Cada ciclo eustático induz um ciclo estratigráfico. Os ciclos eustáticos de 1a ordem induzem os ciclos de invasão continental. Os ciclos eustáticos de 2a ordem induzem os subciclos de invasão continental. Um ciclo de 3a ordem induz um ciclo-sequência, ou seja, o bloco de construção da estratigrafia sequencial. Os ciclos eustáticos de 4a, 5a e 6a ordem induzem ciclos estratigráficos de alta frequência. Em 1988, uma curva eustática revista para o Mesozóico / Cenozóico foi publicada pelos mesmos autores (curva de Haq). Apesar de que facto que uma correlação não é nexo de casualidade, os geocientistas têm tendência a correlacionar as variações do nível do mar, crises bióticas, vulcanismo e clima com a estratigrafia sequencial. O paroxismo do vulcanismo durante o Paleozóico coincide com o alto eustático do Paleozóico, que atingiu o seu acme durante o Câmbrico-Ordovícico. O paroxismo do vulcanismo durante o Meso-Cenozóico tem correlação com o máximo nível do mar do Cenomaniano-Turoniano. As calotas glaciárias são maiores durante os períodos de nível do mar baixo, assim com as crises bióticas têm correlação as variações do nível do mar, mas outras correlações são, igualmente, possíveis. Nesta figura, está, igualmente, ilustrada a curva do nível do mar desde o Pleistocénico Tardio (± 500 ka) até hoje. Ela foi construída usando as relações entre isótopos de oxigénio O18 e O16 encontradas nos testemunhos dos poços efectuados nas calotas e mares glaciários. Em certas casos, como no gelo dos mares polares, a relação entre os isótopos do oxigénio (átomos que têm o mesmo número de protões, mas um número de neutrões diferente) é cíclica. A percentagem de O18 em relação ao O16 varia de uma maneira, mais ou menos, cíclica. Esta relação parece estar ligada à temperatura dos antigos oceanos, a qual reflecte até, certo ponto, o clima da época, o que sugere que a ciclicidade das relações entre os isótopos de oxigénio reflecte, provavelmente, a ciclicidade das mudanças climáticas. Com efeito, como a água H2O16 requere menos energia para se vaporizar. O primeiro vapor de água a formar-se, durante a evaporação, será mais rico em H2O16 e a água residual será enriquecida em H2O18. Como o ar se desloca das regiões quentes para as frias, o vapor de água condensa-se e é removido pela chuva, o que enriquece em H2O18 o vapor de água. Com o tempo, esta destilação, causa precipitações, mas a relação O18/O16 é cada vez mais pequena à medida que a temperatura diminui. Nesta curva do nível do mar, admitindo que os testemunhos dos poços foram recolhidos em condições normais e que não há contaminação das bolhas gasosas (há muitos problemas no que diz respeito à idade do fecho das bolhas de ar e à significação do que elas contém), as subidas e descidas do nível do mar associadas com as glaciações e degelo são evidentes. É fácil de ver que, recentemente, o nível do mar subiu cerca de 120 metros. A extensão máxima das calotas de gelo e dos mares de gelo (hemisférios Norte e Sul), durante a última idade do gelo, são actualmente, relativamente bem conhecida. O máximo de expansão do gelo foi atingido, aproximadamente, ao mesmo tempo, mais ou menos, há 19 ka. Em seguida, o gelo começou a derreter, provavelmente, devido a uma uma subida global do nível do mar acompanhada de mudanças na circulação das águas profundas no Oceano Atlântico que transportaram água mais quente para margem continental da Antárctica. A retrogradação da calota de gelo da Antárctica que, actualmente, é de cerca de 450 km (± 24 m / ano), contribuiu, fortemente, para os, mais ou menos, 130 metros de subida do nível do mar pós-glaciação. A contribuição dos mares de gelo é nula, visto que a água é mais densa do que o gelo. O gráfico das variações do nível do mar durante o Pleistocénico Tardio /Holocénico sugere uma ciclicidade de mais ou menos, 100 ky que pode ser explicada pelos efeitos combinados da excentricidade o da precessão.

Curva de Nível do Mar(em dentes de serra)...............................................................................................................Sawtooth Curve

Curva do nível do mar (emn dents de scie) / Curva de nivel de mar (dientes de sierra) / Sägezahnkurve / 锯齿形曲线 / Пилообразная кривая / Curva a dente di sega

Curva das variações relativas do nível do mar publicada, inicialmente, por P. Vail (1977), na qual as variações são muito assimétricas, uma vez que as subidas do nível do mar relativo são, relativamente, lentas e as descidas (nível do mar relativo) muito mais rápidas. As descidas do nível do mar relativo são indicadas por linhas horizontais, o que sugere, de maneira um pouco errada, que as elas são instantâneas.

Ver: " Curva do nível do mar"

Curva de Produção (carbonatos)..........................................................Carbonate function, Organic production

Courbe de prodution (carbonates) / Curva de producción (carbonatos) / Produktion Kurve (Carbonate) / 生产曲线(碳酸盐岩) / Кривая производительности / Curva di produzione (carbonati) /

Produção de carbonatos em função da profundidade de água. A penetração (intensidade) da luz do Sol num meio aquático (mar ou lago, por exemplo) diminui, de maneira exponencial, quando a lâmina de água aumenta. A curva de produção de matéria orgânica, numa bacia carbonatada, pode ser correlacionada com a intensidade da luz solar por uma função hiperbólica. A curva de produção de carbonato tem um pico na zona de saturação de luz, perto do nível do mar, onde a luz não é um factor limite da produção. O pico de produção é seguido, em profundidade, por uma rápida diminuição da produção.

Ver: " Acomodação
&
" Zona Fótica "
&
" Modelo de Depósito (carbonatos) "

Figura 217 (Curva de Produção, carbonatos) - Os calcários, em geral, são rochas sedimentares formadas por calcite (carbonato de cálcio). Nos calcário fossilíferos, a procedência do carbonato vem dos fósseis das carapaças e esqueletos de organismos calcários vivos Noutros calcários, o carbonato de cálcio provem de uma precipitação química. Recifes de corais, conchas de moluscos, algas calcárias, equinodermes, briozoários (pequenos invertebrados coloniais, bastante comuns no mar, mas que ocorrem também em água doce, que formam intrincadas colónias, pertencem ao filo Ectoprocta, resultado da divisão do antigo filo Bryozoa), foraminíferos (possuem uma teca ou concha, que pode conter uma ou mais câmaras ligadas por uma pequena abertura chamada foramen) e protozoários são os principais responsáveis pelos depósitos provenientes de organismos sintetizantes do carbonato dissolvido em meio aquoso. Esses depósitos são gerados em ambientes marinhos pouco profundos, de águas quentes, calmas e transparentes. Os organismos morrem e as suas conchas e estruturas calcárias vão se depositando no fundo do mar. A produção de CaCO3 dos recifes de coral pode ser dividida em três categorias: (i) Produção potencial ; (ii) Produção bruta e (iii) Produção líquida. A primeira, ou seja, a produção potencial é a quantidade de CaCO3 produzida por unidade de área da superfície do recife coberta por um organismo ou uma colónia de organismos. A maior parte dos filos calcários têm produções potenciais próximas de 10^4 (g CaCO3 / m2) / ano. Alguns valores podem chegar até 10^5 (g / m2) / ano. A segunda, ou seja, a produção bruta, é a quantidade de CaCO3 produzida pela comunidade de recifes por unidade de área do fundo do mar. As associações de recifes hipotéticos têm produções brutas que variam de 4 x 10^2 a 6 x 10^4 (mg CaCO3 / m2) / ano. Ambientes que consistem em combinações dessas associações podem produzir entre 3 x 10^3 e 6 x 10^4 (g CaCO3 / m2) / ano. A produção bruta de sistemas de recifes inteiros é, aparentemente, próxima de 10^4 (g CaCO3 / m2) / ano. A produção líquida, é a quantidade de CaCO3 retida pelo sistema de recifes, a qual, grande parte, uma função das variações do nível do mar. Actualmente, a produção líquida é de cerca de 10^3 (g CaCO3 / m^2) / ano. As taxas mais rápidas da subida do nível do mar há vários milhares de anos foram, provavelmente, acompanhadas por maior produção líquida (e bruta) - até mais de 2 x 10^4 (g CaCO3 / m^2) / ano - ou por afogamento de recifes. Como ilustrado nesta figura, a curva de produção de carbonato depende da profundidade de água. A produção de matéria orgânica é máxima entre 3 e 10 metros de profundidade de água e termina entre 40 e 50 metros. A curva de produção é função penetração da luz do Sol. Pode dizer-se que a partir do limite inferior da zona eufótica ou fótica (coluna de água de um oceano ou lago onde existe luz suficiente para a fotossíntese), não há mais produção. Toda a população de organismos responde à lei do crescimento sigmóide (quando a taxa de crescimento de uma função matemática é proporcional ao valor da função). Uma população responde sempre à formação de espaço disponível. No início, a taxa(**) de formação de espaço disponível excede a taxa de crescimento da população. Depois, é a taxa de crescimento que excede a taxa de formação de espaço. Finalmente, a taxa de crescimento é controla pela taxa de formação do espaço. Lembremos que a zona eufótica corresponde à lâmina de água (do mar ou lago) que recebe suficiente luz do Sol para permitir a fotossíntese, que é a formação de açucares nos cloroplastos das plantas a partir da combinação da água absorvida pelas raízes e do gás carbónico do ar com a ajuda da luz do Sol. Embora variável (função da turbidez das água), a zona fótica, raramente, é superior a 50 metros. O Sol é fonte última de energia. Cada dia 1,5 x 10^22 kJ atingem a Terra, dos quais 1% é absorvido pelos organismos fotossintéticos e transformados em energia química pela conhecida reacção: 6CO2 + 6H2O → C6H12O6 + 6O2, onde a energia solar é utilizada para fomentar a transformação de dióxido de carbono (CO2) e água (H2O) em oxigénio (O2) e glucose (C6H12O6 açúcar). É desta maneira, que cerca de 10^11 toneladas de CO2 são fixadas, globalmente, todos os anos. O oxigénio, que não é outra coisa que um resíduo da fotossíntese, é evacuado pelas plantas e entra na atmosfera. Os açucares assim formados, são armazenados sob a forma de amido, que mais tarde serve de alimento aos animais. Pode dizer-se que a fotossíntese não é nada mais do que a transformação de energia solar em energia química.

(*) Keith E. Chave et al., (1972 ) - Carbonate production by coral reefs. Marine Geology, Vol 12, issue 2, February 1972, Pages 123-140

(**) Uma taxa é uma relação entre duas grandezas. Trata-se de um coeficiente que exprime a relação existente entre uma quantidade e a frequência de um fenómeno. Desta forma, a taxa permite expressar a presença de uma situação que não pode ser medida nem calculada de forma directa.(http://conceito.de/taxa)

Curva de Subsidência (de uma bacia)....................................................................................................................Geohistory diagram

Courbe de subsidence (d'un bassin) / Curva de subsidencia (de una cuenca) / Erdgeschichte Diagramm / 地史图 / Схема геологической истории (бассейна) / Geostoria (schema)

Curva da subsidência construída, em profundidade, para um horizonte geológico dado, como, por exemplo para o soco ou para a base de um intervalo sedimentar, em função do tempo geológico. Quando a paleoprofundidade da água é tomada em linha de conta, em cada projecção “ Idade geológica / Profundidade”, obtém-se a curva da subsidência total. Quando a curva da subsidência total é corrigida da compensação isostática (local) e da compactação, obtém-se a curva da subsidência tectónica. Esta curva sugere a profundidade de água que a tectónica desenvolveria se nenhum sedimento se tivesse depositado.

Ver: " Acomodação
&
" Subsidência "
&
" Subsidência Tectónica "

Figura 218 (Curva de Subsidência (de uma bacia) - A subsidência é o afundamento da superfície da Terra, relativamente, ao nível médio do mar (*), o qual na ausência de forças externas, coincide, mais ou menos, com o geóide (**). A subsidência pode fazer-se, principalmente, por: (i) Colapso, frequente em terrenos de carso, como, por exemplo, a quando da formação das dolinas (depressões características dos terrenos cársticos formadas pela dissolução química de rochas calcária subjacentes, com uma forma , mais ou menos, circular e mais largas que profundas); (ii) Alongamento, em associação com regimes tectónicos em extensão (σ1 vertical) ; (iii) Contracção térmica da litosfera (desde que temperatura la litosfera diminui, ela contrai-se causando uma abaixamento da superfície) ; (iv) Abatimento por sobrecarga, em resposta, ao peso dos sedimentos ou das calotas glaciárias, para que o equilíbrio isostático se mantenha (processo de compensação do peso de um corpo menos denso e um corpo mais denso que ocorre ao nível da interface entre a litosfera e astenosfera segundo o princípio de Arquimedes). Por outro lado, a subsidência pode ser : a) Compensatória, quando criada por um escoamento lateral ou vertical de um horizonte estratigráfico móvel quer ele seja formado por evaporitos (halocinese) or por rochas argilosos (argilocinese) ; b) Crustal, quando a subsidência é criada por afundamento da crusta terrestre com pouco ou nenhum movimento horizontal, causado por processos geológicos naturais ; c) Flexural, quando criada pela sobreposição dos cavalgamentos associados à formação das cadeias de montanhas e bacias de antepaís ; d) Tectónica, a qual pode ser calculada pela espessura dos sedimentos mais a profundidade de água, diminuída do efeito da compensação isostática e aumentada do efeito da compactação ; e) Total, que corresponde à quantidade total de afundamento da superfície de deposição inicial. As curvas da subsidência tectónica são utilizadas para calcular a taxa e amplitude da subsidência, assumindo que a compensação isostática e compactação são instantâneas e que não afectam a subsidência da superfície de deposição. As curvas representadas na parte esquerda desta figura sugerem evoluções geológicas diferentes. Na primeira curva (Dolomitas), depois do rápido alongamento associado a uma fase de riftização, de idade Pérmico, uma primeira fase de levantamento (regime tectónico compressivo) ocorreu durante o Triásico (Fase Cimeriana Inicial). Mais tarde, no Cretácico Tardio, uma nova fase de levantamento parece ter ocorrido. Na segunda curva (Amanda 1), a fase de riftização e a fase de encurtamento associada a fase Cimmeriana Inicial são bem marcas, assim como a fase de levantamento tardio que, aqui, começou no início do Terciário, o que quer dizer, que na área anterior o levantamento começou mais tarde. Na terceira curva (Puglia / Gargano) a fase de alongamento Pérmico (riftização do Mediterrâneo Este) é bem marcada, assim como o levantamento da fase inicial Cimeriana. Ao contrário do que sugerem as curvas precedentes, nesta região, não houve levantamento durante o Terciário. A última curva (área de Gela), que começa no Triásico, sugere que nenhum regime tectónico compressivo afectou a região. Em contrapartida, ela sugere uma aceleração da subsidência a partir do Terciário Médio, provavelmente, associada a um novo regime tectónico extensivo importante. Na parte direita destra figura, estão representados esquemas da curva de subsidência num contexto tectónico extensivo (alargamento dos sedimentos) e num contexto tectónico compressivo (encurtamento dos sedimentos). As relações e evolução da subsidência com os regimes tectónicos, assim como a caracterização das discordância associadas estão resumidas nos esquemas geológicos.

(*) O nível do mar varia muito no tempo e no espaço (distância). Ele é afectado pelas marés, vento, pressão atmosférica, diferenças locais da gravidade, temperatura, salinidade, subsidência, etc. Para determinar o nível médio do mar, a melhor coisa que se pode fazer é determinar um lugar e calcular o nível médio nesse ponto e utilizá-lo como ponto de referência. Geralmente, a partir de observações horárias, feitas durante um período superior a 10 anos, pode calcular-se ser média para esse ponto de medida. Como uma subida do nível do mar relativo é, talvez, o efeito mais familiar das mudanças climáticas e, provavelmente, aquele com mais consequências, é importante sempre precisar de qual nível do mar (absoluto ou eustático, relativo, médio, preiamar, etc.) se trata e como é que ele foi calculado.

(**) A Terra é mais larga cerca do equador que entre o Pólo Norte e Pólo Sul. Ela é semelhante a um elipsóide ou esferóide. O elipsóide terrestre é uma figura matemática aproximada da forma da Terra. O geóide é uma superfície complexa para se descrever matematicamente, mas que pode, facilmente, ser determinada medindo a gravidade. O geóide é considerado como sendo, mais ou menos, igual ao nível médio do mar, todavia nos oceanos, o geóide e o nível médio do mar são, aproximadamente, coincidentes mas, nas áreas continentais, eles podem ser muito diferentes.


Envie E-mails para carloscramez@gmail.com ou para carlos.cramez@bluewin.ch com comentários e sugestões para melhorar este thesaurus.
Copyright © 2009 CCramez, Switzerland
Ultima actualização : Febreiro, 2016