Precessão................................................................................................................................................................................................................................................................Precession
Précession / Precesión / Präzession / 岁差 / Прецессия / Precessione /
Movimento cónico de um eixo de rotação, como o que o eixo de rotação da Terra faz, perpendicularmente, ao plano da órbita. A excentricidade orbital, a precessão e a mudança da inclinação do eixo da Terra influenciam a distribuição de radiação solar que atinge a atmosfera terrestre, aumentando ou diminuindo as diferenças sazonais e, por conseguinte, as suas contribuições nas variações do nível do mar.
Ver : « Teoria Astronómica dos Paleoclimas »
&
« Ciclo de Milankovitch »
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« Precessão dos Equinócios »
Figura 516 (Precessão) - Em astronomia, o termo precessão refere-se a uma mudança contínua e lenta do eixo de rotação de um corpo celeste ou do plano da sua órbita, induzida pela gravidade. Todas as vezes, que se fala de precessão é, importante, especificar se se trata da precessão do eixo de um corpo celeste, como o eixo da Terra, ou se se trata da precessão da órbita desse corpo à volta de um outro corpo celeste, com a órbita da Terra à volta do Sol. A precessão do eixo de rotação da Terra, refere-se ao movimento cónico, que o eixo faz em torno dele como o que se observa um quando um pião gira. O movimento de precessão do eixo da Terra dura cerca de 26 000 anos. O termo precessão do eixo de rotação da Terra, tipicamente, refere-se ao movimento secular, embora haja outros movimentos de menor amplitude do eixo da Terra como a notação (movimento irregular do eixo de rotação de um objecto, axialmente, simétrico, como, um giroscópio ou a Terra) e o movimento polar (movimento do eixo de rotação da Terra através da sua superfície). A precessão do eixo da Terra foi, historicamente, chamada precessão dos equinócios (o termo equinócio, que deriva do latim æquinoctium, e quer dizer noite igual æquus, igual, e nox, noctis, noite, pode definir-se definido como o instante em que o Sol, na sua órbita aparente, cruza o equador celeste, ou seja, a linha do equador terrestre projectada na esfera celeste ou firmamento onde todos os objetos visíveis no céu podem ser projectados, porque os equinócios (**) deslocam-se para Oeste, ao longo da eclíptica, relativamente, às estrelas fixas (corpos celestes que não se movem em relação a outras estrelas), em oposição ao movimento do Sol ao longo da eclíptica (trajectória aparente que desenha o Sol no céu durante um ano). Um equinócio ocorre duas vezes por ano, quando a inclinação do eixo de rotação não inclina nem para o Sol nem em sentido oposto. Quando o Sol está, verticalmente, acima do equador, como ilustrado nos esquemas desta figura e figura seguinte, pode dizer-se, que o eixo de rotação da Terra desloca-se como o eixo de rotação de um pião. Durante uma rotação completa, que dura cerca de 26 000 anos, o eixo de rotação da Terra orienta-se em direcção de diferentes pontos. Tendo em conta que em astronomia, uma estrela polar é, geralmente, uma estrela visível a olho nu, que se encontra, mais ou menos, em alinhamento com o eixo de rotação de um planeta e que a direcção do eixo de rotação de um objecto celeste muda, continuamente ao longo do tempo, devido ao fenómeno de precessão das equinócios, a estrela polar correspondente muda com o tempo (a longo prazo, as próprias estrelas deslocam-se umas em relação às outras, e esse movimento é outra causa da mudança da estrela polar em muitos ciclos de precessão). Assim, actualmente, a estrela Polaris (commumente chamada de Estrela do Norte ou Estrela Polar, que é a estrela mais brilhante da constelação (**) da Ursa Menor) nos dê, mais ou menos, o pólo Norte terrestre ( no hemisfério Sul, é admitido que a estrela Beta Hydri, da constelação Hydrus, é um melhor candidato, uma vez que a sua magnitude aparente é facilmente perceptível, do que Octantis Sigma (σ Oct), que está mais perto do eixo de rotação da Terra, mas que é mais difícil de detectar (https://fr.wikipedia.org/wiki/Étoile_polaire). Todavia, há cerca de 3 000 anos atrás, a estrela polar era estrela Thuban (estrela ou sistema estelar na constelação Dragão, que é, relativamente, fácil de localizar devido ao seu posicionamento em relação a Ursa Maior (***): as duas estrelas internas, Phecda e Megrez apontam para Thuban, que é, exactamente, a 7° 30’ do arco de Megrez). Da mesma maneira, pode dizer-se que dentro de 14000 anos, a estrela polar será estrela Vega (estrela alfa da constelação de Lira, que está, relativamente, próxima do Sistema Solar). O ciclo do movimento de precessão do eixo da Terra é reduzido por uma rotação, mais lenta, da órbita elíptica da Terra em sentido oposto. O conjunto destes dois movimentos produz um deslocamento ou precessão dos equinócios todos os cada 23 ky.
(*) Há dois equinócios que ocorrem durante os meses de Março e Setembro, quando a luz do Sol incide de igual maneira sobre o hemisfério Norte e sobre o hemisfério Sul)
(**) Embora alguma pessoas pensem o contrário, não há nenhuma relação física entre as estrelas e outros constituintes de uma constelação. Todavia, quando, numa noite estrelada, um geocientista olha para o o céu, ele não tem nenhuma percepção das distâncias das estrelas à Terra, mas apenas uma ideia da disposição delas em relação às outras no firmamento. É por isso, que muita gente tem a impressão de que todas as estrelas, nebulosas, galáxias e outros objetos celestes, estão todas à mesma distância da Terra e próximos entre elas.
(***) A grande Ursa, que se detecta-se por observação direta, é uma das constelações mais conhecidas do hemisfério norte. Sete estrelas destacam-se, claramente das outras e são visíveis ao longo do ano em todas as áreas localizadas acima de 40° de latitude Norte: (i) Dubhe (σ UMa), Merak (β UMa), Phecda (γ UMa), Megrez (δ UMa), Alioth (ε UMa), Mizar (ζ UMa) e Alkaid (η UMa) (https://fr.wikipedia.org/ wiki/Grande_Ourse).
Precessão dos Equinócios.............................................................................................................................................Equinoxial Precession
Précession des équinoxes / Precesión de los equinoccios / Präzession der Tagundnachtgleiche / 昼夜平分点岁差 (天文) / Предварение равноденствий / Precessione degli equinozi /
Consequência da precessão do eixo de rotação da Terra visto que a intersecção da elíptica com o equador celeste avança ao longo do equador, o que produz, aproximadamente, vinte segundos de diferença por ano entre o calendário terrestre e o calendário celeste.
Ver: « Teoria Astronómica dos Paleoclimas »
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« Ciclo de Milankovitch »
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« Precessão »
Figura 517 (Precessão dos Equinócios) - Antes de mais não esqueça, que em astronomia. (i) Um equinócio, que em latim significa noites iguais, é definido como o instante em que o Sol, na sua órbita aparente, isto é, como vista da Terra, cruza o equador celeste, ou seja, a linha do equador terrestre projectada na esfera ou abóbada celeste (o firmamento onde todos os objetos visíveis no céu podem ser projectados) e (ii) Um solstício, que em latim significada parado, é o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação (arco do meridiano do Sol entre o plano do equador celeste e Sol) em latitude, medida a partir da linha do equador ou de maneira mais simples quando o Sol se encontra no ângulo mais afastado do equador. Os equinócios ocorre durante os meses de Março e Setembro, quando a luz do Sol incide de igual maneira sobre o hemisfério Norte e sobre o hemisfério Sul. Os solstícios ocorrem duas vezes por ano, em em dezembro e em junho, quando a Terra recebe uma quantidade maior de energia solar sobre um dos hemisférios, mas o dia e hora exactos variam de um ano para outro. Milankovitch assumiu que os principais parâmetros que controlam a radiação solar recebida pela superfície da Terra e, desta maneira, o clima do nosso planeta, são : (i) A precessão do eixo de rotação da Terra ; (ii) A inclinação da órbita da Terra ; (iii) A precessão da órbita terrestre e (iv) A excentricidade da órbita da Terra. Sobre este assunto, as ideias de G. Gamov (1956) podem ser resumidas da seguinte maneira: (a) O eixo de rotação da Terra desloca-se, lentamente, no espaço ; (b) O eixo de rotação da Terra descreve um cone, cujo eixo é, perpendicular, ao plano da órbita da Terra ; (c) O movimento do eixo da Terra é conhecido como a precessão dos equinócios ; (d) Newton explicou que a precessão é o resultado da atracção do Sol e da Lua no plano equatorial da Terra ; (e) A precessão é um movimento, extremamente, lento e o eixo da Terra faz uma rotação completa todos os 26 000 anos ; (f) O fenómeno da precessão inverte-se, periodicamente todos os 13 000 anos ; (g) Além da precessão ordinária, existem outras perturbações do movimento da Terra ; (h) As perturbações do movimento da Terra devidas à influência dos planetas, particularmente de Júpiter ; (i) Estas perturbações adicionam-se à precessão ; (j) A inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano da órbita, a qual não afecta a precessão ordinária, exibe variações periódicas de, mais ou menos, 40 000 anos ; (k) A órbita da Terra muda ; (l) A órbita da Terra roda muito devagar à volta do céu e a sua excentricidade aumenta e diminuiu periodicamente ; (m) Os períodos destas mudanças são de 60 000 e 120 000 anos ; (n) A rotação da órbita da Terra tem as mesmas consequências que a precessão, os seus efeitos podem adicionar-se ; (o) Um superperíodo da excentricidade de cerca de 400 000 anos é conhecido ; (p) Os períodos de mudança da excentricidade têm uma grande influência no clima da superfície terrestre ; (q) Durante os períodos de grande elongação, a Terra, no fim da sua trajectória está muito afastada do Sol e assim, ambos os hemisférios recebem quantidades de calor, anormalmente, baixas, o que, naturalmente, implica períodos e clima frios. Como ilustrado, actualmente, a estrela Polar (*) indica, mais ou menos, o pólo Norte terrestre. Devido ao seu alinhamento com o eixo de rotação da Terra, a estrela polar é vista como imóvel para um observador sobre a Terra, enquanto as outras estrelas visíveis parecem descrever um movimento circular em torno da estrela polar durante a noite. Todavia, como ilustrado nesta figura, há cerca de 3 000 anos era a estrela Thubam (estrela ou sistema estelar da constelação Dragão que é uma das 88 constelações do céu, a oitava em tamanho e que consiste de uma longa linha de estrelas ao longo de uma parte da Pequena Ursa, que apesar do seu comprimento, não tem nenhuma estrela brilhante), que indicava o pólo Norte e daqui a, mais ou menos, 14 000 anos, será estrela Vega (estrala mais brilhante da constelação de Lira que a quinta estrela mais brilhante do céu e que está separada do nosso sistema solar por 25 anos luz, ou seja, 25 x 9 460 730 472 580,8 km, o que quer dizer que uma das estrelas mais próxima da Terra) que indicará o pólo Norte. Um ciclo completo do deslocamento ou precessão dos equinócios faz-se todos 23 000 anos. Se posição da Terra na sua órbita à volta do Sol no equinócio de Outono (dia 22 de Setembro) é, actualmente, ao “Norte” do Sol. Dentro de cerca de 5 500 anos ela será a ”Este” e dentro de 11 500 anos ela será ao Sul, quer isto dizer em posição oposta à que a Terra ocupa actualmente.
(*) Uma estrela polar é, geralmente, em astronomia, uma estrela visível a olho nu, encontrando-se aproximadamente em alinhamento com o eixo de rotação de um planeta, especialmente a Terra. Actualmente, a Estrela Polar, no hemisfério Norte da Terra é Alpha Ursae Minoris (α UMi) 1, a estrela mais brilhante da constelação Ursa Menor. No hemisfério Sul, é admitido que a estrela Beta Hydri, da constelação Hydrus, cuja magnitude aparente é facilmente perceptível, é um melhor candidato, do que Octantis Sigma (σ Oct), que está mais perto do eixo de rotação da Terra, mas que é mais difícil de detectar (https://fr.wikipedia.org/wiki/Étoile_polaire).
Preenchimento Agradante.....................................................................................................................................................................................Onlap Fill
Remplissage aggradant / Relleno agradante / Füllen aggradant / 上超填充 / Наносное заполнение / Riempimento aggradante /
Preenchimento sedimentar feito, principalmente, por biséis de agradação, depois de uma subida do mar relativo em aceleração. Quando o preenchimento é feito por progradações, ele não é, geralmente, considerado como agradante, porque a subida do mar relativo é em desaceleração.
Ver: « Agradação »
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« Bisel de Agradação »
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« Variação do Nível do Mar Relativo »
Figura 518 (Preenchimento Agradante) - Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica do Mar das Caraíbas, estão ilustradas duas discordâncias, quer isto dizer, duas superfícies de erosão induzidas por duas descidas significativas do nível do mar relativo (nível do mar local, referenciado à base dos sedimentos ou a qualquer outro ponto da superfície terrestre, como, por exemplo, o fundo do mar, que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto (*) ou eustático e da tectónica) que puseram o nível do mar mais baixo do que rebordo da bacia do ciclo estratigráfico precedente. Estas duas discordâncias foram reforçadas pela tectónica, uma vez que elas foram deformadas. Elas foram transformadas em discordâncias angulares, uma vez que as terminações dos reflectores subjacentes às discordância são biséis somitais por truncatura (erosão). O intervalo sedimentar, provavelmente, de água profunda, que é limitado entre a discordância superior e o fundo do mar, colorida em amarelo nesta tentativa de interpretação, tem um configuração interna paralela. Isto significa, que ele é caracterizado por reflectores paralelos entre si os quais repousam sobre a discordância (limite inferior do ciclo estratigráfico) por biséis degradação marinha, uma vez que nas linha sísmicas perpendiculares, as relações geométricas e terminações dos reflectores são as mesmas (tome em linha de conta o artefacto sísmico introduzido pela variação lateral da lamina de água). Pode dizer-se que a profundidade da água deposição diminuiu à medida que os sedimentos, certamente, pelágicos se depositaram. Como provavelmente, já constatou, o intervalo sedimentar subjacente, colorido en verde, e limitado entre as duas discordâncias (discordâncias coloridas em branco e em vermelho), pode, eventualmente, ser subdivido em dois ciclos estratigráficos. Efectivamente, na parte norte do autotraço, no bloco inferior da falha normal, que parece contemporânea da sedimentação, pelos menos dois biséis de agradação permitem de pôr em evidência uma outra superfície de erosão, isto é, uma outra discordância. Por razões de simplicidade, ela não foi desenhada. De qualquer maneira, a configuração interna deste intervalo é, mais ou menos, paralela e os reflectores fossilizam a discordância que limita inferiormente o ciclo estratigráfico (provavelmente um ciclo sequência) por biséis de agradação, que sublinham uma agradação costeira, e não marinha, o que implica uma grande descida significativa do nível do mar relativo entre o substrato (provavelmente antiga cadeia de montanhas) antes que este intervalo sedimentar se depositasse. Quando um geocientista fala de ciclo estratigráfico, quer ele seja um ciclo de invasão continental, um subciclo de invasão continental ou um ciclo sequência, ele está a referir-se ao preenchimento sedimentar que ocorreu, respectivamente, durante um ciclo eustático de 1a ordem (duração superior a 50 My), 2a ordem (duração entre 3-5 My e 50 My) ou 3a ordem (duração entre 0,5 My e 3-5 My). Da mesma maneira, quando ele reconhece, numa linha sísmica, um canhão submarino ou um vale cavado, ele está, em geral, a referir-se ao preenchimento de um canhão submarino ou do vale cavado e não ao canhão ou ao vale cavado propriamente ditos, induzidos pela descida do nível do mar relativo, que deslocou a linha da costa para o mar (progradação) e para baixo (agradação negativa). Um canhão submarino ou desfiladeiro submarino, por exemplo, é um vale alcantilado (talhado a pique), localizado no talude continental, formado, em geral, em associação com uma descida do nível do mar relativo, que, pode ou não, ser, mais tarde, parcial ou totalmente, preenchido por sedimentos. Isto quer dizer que a idade da formação e a idade do preenchimento são muito diferentes. O mesmo se passa com a idade de formação de um vale cavado e a idade do preenchimento do vale cavado. A primeira corresponde a idade da superfície de erosão que criou a discordância, isto é, a idade da descida do nível do mar relativo, enquanto que a idade do preenchimento de um vale cavado (**) é, em geral, a idade da parte terminal do prisma de nível baixo (PNB) do ciclo sequência limitado, inferiormente, pela discordância.
(*) Nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta).
(**) Vale formado por sistemas fluviais que estendem seus canais em direcção da bacia e erodem os estratos subjacentes em resposta a uma descida do nível do mar relativo, responsável do limite inferior do ciclo sequência associad,. Um vale cavado pode ter várias centenas de metros de profundidade e uma largura que varia entre dezenas e milhares de metros.
Preenchimento de Bacia.................................................................................................................................................................................................Basin Fill
Remplissage de bassin / Relleno de cuenca / Beckenfüllung / 盆地填充 / Заполнение бассейна / Riempimento di bacino /
Preenchimento sedimentar que exprime a maneira como a discordância da base de um ciclo estratigráfico, geralmente, um subciclo ou ciclo de invasão continental, é fossilizada pelos sedimentos sobrejacentes. Preenchimento sedimentar, que por razões de escala, é, em geral, utilizado para caracterizar a geometria interna dos ciclos estratigráficos induzidos pelos ciclos eustáticos de 1a e 2a ordem.
Ver: « Bacia (sedimentar) »
&
« Configuração dos Reflectores »
&
« Variação do Nível do Mar Relativo »
Figura 519 (Preenchimento de Bacia) - Tendo em linha de conta os padrões geométricos externos, nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe uma linha sísmica do offshore da Tunísia, um subciclo de invasão continental, induzido por um ciclo eustático de 2a ordem (tempo de duração entre 3-5 My e 50 My), limitado por duas discordâncias (superfícies de erosão, induzida por descidas significativas do nível do mar relativo), é facilmente reconhecido. Como este subciclo de invasão continental foi induzido por um ciclo eustático de 2a ordem, a diferença de idade entre as duas discordâncias (discordância A e discordância B) é superior a 3-5 My e inferior a 50 My. A discordância inferior (discordância A) marca o limite inferior do preenchimento de uma bacia sedimentar a uma determinada época geológica. As terminações dos reflectores subjacentes a esta discordância são biséis por truncatura (sobretudo no lado Este do autotraço) e as terminações sobrejacentes são biséis de agradação que, mais tarde, foram deformados pela tectónica. A discordância superior (discordância B), que marca o fim preenchimento da bacia, é definida por biséis de truncatura (sedimentos subjacentes) e fossilizada por biséis de agradação do intervalo sedimentar recente (colorido em amarelo). Tudo isto quer dizer, que as duas discordância foram reforçadas pela tectónica. Estas discordâncias correspondem ao que a maioria dos geocientistas chamam, de maneira descritiva, discordâncias angulares. Todavia, um regime tectónico quer ele seja em compressão (encurtamento), caracterizado por um σ1 horizontal (eixo maior do elipsóide dos esforços efectivos, ou seja, da soma da pressão geostática σg, pressão de poros ou pressão hidrostática σp, e vector tectónico σt), quer ele seja em extensão (σ1 vertical) ele não produz superfícies de erosão. São as descidas do nível do mar relativo (*), isto é, do nível do mar local referenciado à base dos sedimentos (topo da crusta continental) ou a qualquer outro ponto da superfície terrestre, como, por exemplo, ao fundo do mar, cuja ciclicidade é dada pelas variações do nível do mar absoluto ou eustático(nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite) que exumando os sedimentos e os coloca sob a acção dos agentes erosivos. Por outras palavras, um levantamento tectónico, como o movimento diapírico de um domo de sal, que não exume os sedimentos não produz nenhuma superfície de erosão. Note que o nível do mar absoluto ou eustático é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo (assumindo que a quantidade de água sob todas as suas formas é constante desde a formação da Terra, há cerca de 4,5 Ga) ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre (onde a gravidade é mais forte que o valor normal, o nível do mar é atirado para o centro da Terra) e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). Por outras palavras, um levantamento tectónico, como o movimento diapírico de um domo de sal, que não exume os sedimentos não produz nenhuma superfície de erosão. Pelo menos três regimes tectónicos compressivos (encurtamento) são evidentes nesta tentativa de interpretação, o que não é surpreendente, uma vez que o offshore da Tunísia está dentro da megassutura Mesozóico / Cenozóico. O regime tectónico mais antigo é anterior à discordância inferior (A) e o mais recente é posterior à discordância superior (B), visto que esta, inicialmente, sub-horizontal foi encurtada e levantada, o que criou uma inversão tectónica importante do preenchimento da bacia. Entre estes regimes existiram regime tectónicos em extensão durante os quais a maior parte dos sedimentos foram depositados. Como uma anedota, pode dizer-se, que antes de deformar os sedimentos é necessário depositá-los. Obviamente, a antiga falha normal que contribuiu ao preenchimento da bacia, jogou, durante o regime tectónico compressivo tardio, como falha inversa encurtando os sedimentos.
(*) O nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (subsidência quando o sedimentos são alongados ou levantamento quando os sedimentos encurtados, embora em certos, quando há diapirismo, o sedimentos possam ser alongados.
Preenchimento de Canal........................................................................................................................................................................................Channel fill
Remplissage de chenal / Relleno de canal / Füllkanal / 河道填充 / Заполнение канала / Riempimento di canale /
O preenchimento de um canal, particularmente quando ele é de origem fluvial, pode ter várias geometrias. Todavia, o preenchimento por biséis de agradação parece ser, e de longe, o mais frequente.
Ver: « Configuração dos Reflectores »
&
« Nível Baixo (do mar) »
&
« Variação do Nível do Mar Relativo »
Figura 520 (Preenchimento de Canal) - Antes de mais é preciso não esquecer, que aquilo que a maior parte dos geocientistas chamam, no campo ou numa linha sísmica, um canhão submarino ou um canal é, na realidade, o preenchimento de um antigo canhão submarino ou de um antigo canal ao longo dos quais se escoava uma corrente de água. De facto, um canhão submarino ou desfiladeiro submarino, é um vale alcantilado (talhado, mais ou menos, a pique), localizado no talude continental ou mesmo no fundo oceânico que, mais tarde pode ou não, ser parcial ou totalmente, preenchido por sedimentos. Da mesma maneira, um vale cavado é o vale que resulta da erosão das camadas subjacentes por uma corrente fluvial, cuja desembocadura se deslocou para o mar, no seguimento de uma descida significativa do nível do mar relativo e que, mais tarde, foi preenchido durante o depósito da parte final do prisma de nível baixo do ciclo sequência associado. O nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (subsidência quando o sedimentos são alongados ou levantamento quando os sedimentos encurtados, embora em certos, quando há diapirismo, o sedimentos possam ser alongados. O nível do mar absoluto ou eustático é o nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, que é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo (assumindo que a quantidade de água sob todas as suas formas é constante desde a formação da Terra, há cerca de 4,5 Ga) ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre (onde a gravidade é mais forte que o valor normal, o nível do mar é atirado para o centro da Terra) e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). É preferível dizer, por exemplo, que um determinado preenchimento de canal, e não um canal, tem uma configuração interna paralela ou progradante. Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do offshore da Luisiana (Estados Unidos), uma descida do nível do mar relativo deslocou os biséis de agradação costeiros para baixo (agradação negativa) e para o mar (invasão continental negativa). O nível do mar ficou mais baixo do que o rebordo da bacia, o qual, durante o grupo de cortejos sedimentares de nível baixo e, particularmente durante o subgrupo superior, ou seja, d prisma de nível baixo(PNB), é o último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente. Esta descida do nível do mar relativo exumou a antiga plataforma (se a bacia tinha uma plataforma) ou levantou ainda mais, de maneira relativa, a planície costeira. Uma erosão subaérea desgastou, lentamente, a plataforma e a parte superior do talude continental exumado, criando uma superfície erosão, quer isto dizer, uma discordância. É esta discordância, que está ilustrada nesta tentativa de interpretação pela linha ondulada colorida em vermelho. Como a desembocadura dos cursos de água da região foi deslocada para o mar e para baixo, pela descida relativa do nível do mar, as correntes foram obrigados a cavar os seus leitos para reequilibrar os seus perfiles de equilíbrio provisórios, que foram rompidos. Devido à incisão das correntes formaram-se vales cavados (vales incisos) e, provavelmente canhões submarinos que, mais tarde, foram preenchidos, quando o nível do mar relativo começou a subir em aceleração (o que quer dizer que as ingressões marinhas são cada vez mais importantes). Foi, provavelmente, desta maneira que o preenchimento do vale cavado ilustrado nesta linha (colorido em amarelo) se formou. O antigo vale cavado foi fossilizado por sedimentos que terminam contra a discordância por biséis de agradação, que se observam, igualmente, nas linhas sísmicas perpendiculares, que passam pelo preenchimento. A configuração interna deste preenchimento é, ligeiramente, divergente para o centro desta sinforma (estrutura em extensão e não em compressão como é o caso de um sinclinal). Nesta caso particular, a ausência de compactação diferencial em relação aos sedimentos circunvizinhos (apesar do fraco enterramento), sugere uma fácies argilosa para os sedimentos que preencheram o antigo vale cavado. A compactação e a diagénese dos sedimentos por gravidade e compactação diferencial podem formar diferentes estruturas nas rochas sedimentares. Estruturas dobradas não tectónica, com a ilustrada neste preenchimento podem formar-se por compactação diferencial ou deslizamentos debaixo de água.
Preenchimento de Canhão................................................................................................................................................................................Canyon Fill
Remplissage de canyon / Relleno de cañón / Befüllen der Schlucht / 峡谷填充 / Заполнение ущелья / Riempimento di canyon /
O preenchimento sedimentar de um canhão, diferencia-se do preenchimento de um canhão ou canal submarino turbidítico pela evidência de uma erosão importante, e de um canal fluvial pela sua complexidade e dimensões. O preenchimento de um canhão pode ter diferentes geometrias, as quais variam, quase sempre, com os episódios de preenchimento. Todavia, globalmente, uma geometria interna divergente com biséis de agradação é, de longe, a mais frequente.
Ver: « Configuração dos Reflectores »
&
« Nível Baixo (do mar) »
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« Variação do Nível do Mar Relativo »
Figura 521 (Preenchimento de Canhão) - Aquilo que a maior parte dos geocientistas chamam, no campo ou numa linha sísmica, um canhão é, na realidade, o preenchimento de um antigo canhão ao longo do qual se escoava uma corrente de água. Um canhão submarino ou desfiladeiro submarino, como dizem certos geocientistas, é um vale alcantilado (talhado, mais ou menos, a pique), localizado no talude continental ou mesmo no fundo oceânico que, pode ou não, ser, mais tarde, parcial ou totalmente, preenchido por sedimentos. Assim é preferível dizer que um determinado preenchimento de canhão, e não um canhão, tem uma configuração interna paralela ou progradante. Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do offshore de Angola, uma descida significativa do nível do mar relativo (nível do mar local e referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre, que seja o fundo do mar ou a base dos sedimentos e que é resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica ou seja, da subsidência do fundo do mar quando o sedimentos são alongados ou levantamento do fundo do mar quando os sedimentos encurtados), deslocou os biséis de agradação costeiros para baixo (agradação negativa) e para o mar (invasão negativa). O nível do mar ficou mais baixo do que o rebordo da bacia, o qual durante o grupo de cortejos de nível baixo, que inicia a deposição do novo ciclo sequência, é o último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente. Esta descida do nível do mar relativo exumou a antiga plataforma ou levantou ainda mais, de maneira relativa, o prisma costeiro de Vail e Posamentier (limitado entre a linha de baía e a linha da costa), que inclui depósitos fluviais e de água rasa. Uma erosão subaérea corroeu, lentamente, a plataforma e a parte superior do talude continental exumada, criando uma superfície erosão, isto é, uma discordância que é sempre um limite de ciclo sequência. É esta discordância, que corresponde a incisão mais profunda ilustrada nesta tentativa de interpretação. Os rios foram obrigados a cavar os leitos para reequilibrar os seus perfis de equilíbrio provisório, que foram rompidos pela descida do nível do mar relativa, a qual provocou um deslocamento das desembocaduras para jusante. Devido a incisão das correntes formaram-se vales cavados (vales que resultam da erosão das camadas subjacentes pelos canais fluviais que se deslocaram para o mar no seguimento da descida relativa do nível do mar) e canhões submarinos que, mais tarde, foram preenchidos, quando o nível do mar começou a subir em aceleração, quer isto dizer que os acréscimos da subida do nível do mar relativo são cada vez mais importantes, durante o depósito da parte final do prisma de nível baixo (PNB) do ciclo sequência associado, que é limitado inferiormente pela discordância em causa. Foi assim, provavelmente, assim que o preenchimento do canhão submarino ilustrado nesta linha se formou. O preenchimento é complexo e fez-se em várias etapas. Isto sugere um efeito de pêndulo do canhão principal. As diferentes incisões foram fossilizados por biséis de agradação, que se observam, igualmente nas linhas sísmicas perpendiculares. A configuração interna dos preenchimento é, ligeiramente, divergente para o centro das sinformas., que aqui são estruturas não tectónicas formadas por compactação. Mais ou menos, por cima deste preenchimento de canhão encontra-se o canhão do Congo actual, o qual começa no dentro do continente, a meio do estuário do Congo, com uma profundidade de cerca de 20 metros. Depois de atravessar a plataforma continental durante cerca de 85 km, o canhão atinge o rebordo continental. Em seguida, ele prolonga-se talude abaixo para terminar ao fim de uma trajecto 280 km. No seu ponto mais profundo, as paredes, com mais de 100 metros de altura, definem a típica geometria em V do canhão que atinge 15 km de largura metros de altura. Na base do talude fundo do talude continental, ele entra no cone submarino do Congo actual, onde ele se prolonga par mais de 200 km. A montante do canhão do Congo encontra-se o o delta do rio Congo, o que permite de pensar que o canhão do Congo, se formou, pelo menos, inicialmente, em associação com uma descida do nível do mar relativo, que deslocou a desembocadura do rio Congo para o mar e para baixo. Todavia, o levantamento do continente e da parte proximal do offshore durante o Terciário Tardio, deve ter contribuído, de maneira significativa, a evolução e sucessivas incisões visíveis nesta tentativa de interpretação. Ao norte do rio Congo, e particularmente, no offshore do Gabon, existem preenchimentos de canhões, na parte inferior e média do talude continental, que migram lateralmente, no espaço e no tempo e que não têm a montante nenhum sistema de deposição deltaico ou fluvial, os quais certos geocientistas associam a acção erosiva de correntes submarinas ascendentes.
Preenchimento de Canhão Submarino.............................................................................................Submarine Canyon Fill
Remplissage de canyon sous-marin / Relleno de cañón submarino / Füllen von U-Boot-Schlucht / 海底水道填充 / Заполнение подводного ущелья / Riempimento di canyon sottomarino /
Esta terminologia não é muito correcta visto que, na maior parte dos casos, não há erosão associada com os chamados “canhões ou canais submarinos” (associados aos depósitos turbidíticos). Em geral, eles correspondem a uma anomalia batimétrica criada por sem depósito entre os diques marginais naturais associados às correntes turbidíticas em desaceleração.
Ver: « Configuração dos Reflectores »
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« Nível Baixo (do mar) »
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« Variação do Nível do Mar Relativo »
Figura 521 (Preenchimento de Canhão) - Aquilo que a maior parte dos geocientistas chamam, no campo ou numa linha sísmica, um canhão é, na realidade, o preenchimento de um antigo canhão ao longo do qual se escoava uma corrente de água. Um canhão submarino ou desfiladeiro submarino, como dizem certos geocientistas, é um vale alcantilado (talhado, mais ou menos, a pique), localizado no talude continental ou mesmo no fundo oceânico que, pode ou não, ser, mais tarde, parcial ou totalmente, preenchido por sedimentos. Assim é preferível dizer que um determinado preenchimento de canhão, e não um canhão, tem uma configuração interna paralela ou progradante. Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do offshore de Angola, uma descida significativa do nível do mar relativo (nível do mar local e referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre, que seja o fundo do mar ou a base dos sedimentos e que é resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica ou seja, da subsidência do fundo do mar quando o sedimentos são alongados ou levantamento do fundo do mar quando os sedimentos encurtados), deslocou os biséis de agradação costeiros para baixo (agradação negativa) e para o mar (invasão negativa). O nível do mar ficou mais baixo do que o rebordo da bacia, o qual durante o grupo de cortejos de nível baixo, que inicia a deposição do novo ciclo sequência, é o último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente. Esta descida do nível do mar relativo exumou a antiga plataforma ou levantou ainda mais, de maneira relativa, o prisma costeiro de Vail e Posamentier (limitado entre a linha de baía e a linha da costa), que inclui depósitos fluviais e de água rasa. Uma erosão subaérea corroeu, lentamente, a plataforma e a parte superior do talude continental exumada, criando uma superfície erosão, isto é, uma discordância que é sempre um limite de ciclo sequência. É esta discordância, que corresponde a incisão mais profunda ilustrada nesta tentativa de interpretação. Os rios foram obrigados a cavar os leitos para reequilibrar os seus perfis de equilíbrio provisório, que foram rompidos pela descida do nível do mar relativa, a qual provocou um deslocamento das desembocaduras para jusante. Devido a incisão das correntes formaram-se vales cavados (vales que resultam da erosão das camadas subjacentes pelos canais fluviais que se deslocaram para o mar no seguimento da descida relativa do nível do mar) e canhões submarinos que, mais tarde, foram preenchidos, quando o nível do mar começou a subir em aceleração, quer isto dizer que os acréscimos da subida do nível do mar relativo são cada vez mais importantes, durante o depósito da parte final do prisma de nível baixo (PNB) do ciclo sequência associado, que é limitado inferiormente pela discordância em causa. Foi assim, provavelmente, assim que o preenchimento do canhão submarino ilustrado nesta linha se formou. O preenchimento é complexo e fez-se em várias etapas. Isto sugere um efeito de pêndulo do canhão principal. As diferentes incisões foram fossilizados por biséis de agradação, que se observam, igualmente nas linhas sísmicas perpendiculares. A configuração interna dos preenchimento é, ligeiramente, divergente para o centro das sinformas., que aqui são estruturas não tectónicas formadas por compactação. Mais ou menos, por cima deste preenchimento de canhão encontra-se o canhão do Congo actual, o qual começa no dentro do continente, a meio do estuário do Congo, com uma profundidade de cerca de 20 metros. Depois de atravessar a plataforma continental durante cerca de 85 km, o canhão atinge o rebordo continental. Em seguida, ele prolonga-se talude abaixo para terminar ao fim de uma trajecto 280 km. No seu ponto mais profundo, as paredes, com mais de 100 metros de altura, definem a típica geometria em V do canhão que atinge 15 km de largura metros de altura. Na base do talude fundo do talude continental, ele entra no cone submarino do Congo actual, onde ele se prolonga par mais de 200 km. A montante do canhão do Congo encontra-se o o delta do rio Congo, o que permite de pensar que o canhão do Congo, se formou, pelo menos, inicialmente, em associação com uma descida do nível do mar relativo, que deslocou a desembocadura do rio Congo para o mar e para baixo. Todavia, o levantamento do continente e da parte proximal do offshore durante o Terciário Tardio, deve ter contribuído, de maneira significativa, a evolução e sucessivas incisões visíveis nesta tentativa de interpretação. Ao norte do rio Congo, e particularmente, no offshore do Gabon, existem preenchimentos de canhões, na parte inferior e média do talude continental, que migram lateralmente, no espaço e no tempo e que não têm a montante nenhum sistema de deposição deltaico ou fluvial, os quais certos geocientistas associam a acção erosiva de correntes submarinas ascendentes.
Preenchimento Caótico..................................................................................................................................................................................Chaotic Filling
Remplissage chaotique / Relleno caótico / Füllen chaotischen / 杂乱填充 / Хаотичное заполнение / Riempimento caotico /
Configuração desordenada dos estratos ou reflectores, que preenchem um intervalo sedimentar. Em geral, os sedimentos de um tal preenchimento são depositados num ambiente de talude (continental ou deltaico) ou glaciário.
Ver: « Bisel de Agradação »
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« Configuração dos Reflectores »
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« Variação do Nível do Mar Relativo »
Figura 523 (Preenchimento Caótico) - Nesta fotografia, tendo em linha de conta os padrões geométricos externos (biséis de agradação por truncatura), pode reconhecer-se, facilmente, um preenchimento de um depressão. Da mesma maneira, a configuração interna do preenchimento dessa depressão pode ser considerada como caótica, uma vez, que não existe, praticamente, nenhuma continuidade dos planos de estratificação. É importante notar, que neste caso particular, a erosão foi controlada por eventos glaciares, provavelmente, induzidos pelo engrossamento (avanço) e adelgaçamento de um glaciar (o que certos geocientistas e, sobretudo, ecologistas chamam, de maneira errada, recuo do glaciar). De qualquer maneira, muitas vezes, mas nem sempre, o avanço de um glaciar ao longo do seu vale, correlaciona com a uma descida do nível do mar absoluto ou eustático, isto é, com o nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, o qual é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas função o alastramento oceânico ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). Todavia, unicamente as mudanças glacioeustáticas são, ao mesmo tempo, importantes, isto é, superiores a 10 metros e rápidas, quer isto dizer de duração inferior a 1 My. Por outras palavras, a quando de uma glaciação o nível do mar absoluto ou eustático desce, como foi o caso durante as glaciações que ocorreram no Quaternário. Ao contrário, quando o gelo começa a fundir, isto é, desde que inicia a deglaciação (degelo), o nível do mar absoluto sobe e os vales glaciares libertados do gelo são inundados, mesmo antes que o nível do mar inunde a planície costeira. Isto significa que, pelo menos, a parte distal dos vales glaciares (próximo da planície fluvioglaciar), é inundada, e em grande parte preenchida, em condições geológicas de nível baixo do mar (nível do mar mais baixo que o rebordo da plataforma do ciclo estratigráfico precedente). Uma grande parte do preenchimento dos vales glaciares é feito durante a fase tardia de depósito do prisma de nível baixo do grupo de cortejos sedimentares de nível baixo. Este preenchimento precoce dos vales glaciares têm um configuração interna paralela. É a parte mais a montante, que apresenta, frequentemente, uma configuração caótica como a que está ilustrada nesta fotografia (preenchimento do vale glaciar de Iheri, no offshore Líbia). Em termos geológicos regionais, pode dizer que na onshore da Argélia / Líbia e, particularmente, na bacia geográfica de Ghadames (bacia cratónica na classificação das bacias sedimentares de Bally e Snelson) foram os sedimentos do Ordovícico que sofreram uma intensa erosão glaciar da qual resultaram uma série de vales glaciares orientados, mais ou menos, Norte-Sul. Mais tarde, durante a ingressão marinha do Silúrico Inferior, a parte inferior os vales glaciares do Ordovícico (idade da incisão) foram preenchidos por sedimentos síncronos dos depósitos da fase tardia do prisma de nível baixo, antes de serem, totalmente, preenchidos pelos sedimentos transgressivos do Silúrico Superior. É nos preenchimentos precoces que se encontram os sedimentos ricos em matéria orgânica ("Hot Shales” dos geocientistas de língua inglesa), os quais constituem uma das principais rochas-mãe do petróleo encontrado nesta região. Os sedimentos dos preenchimentos tardios não têm boas características de rochas-mãe. Efectivamente, pode dizer-se que os argilitos do Silúrico Inicial, ricos em matéria orgânica ("Hot Shales") são as rochas-mãe de mais de 80-90% dos hidrocarbonetos do Paleozóico no norte da África, os quais geraram, também, uma parte importante de petróleo da Península Arábica. Na maioria dos casos, estes argilitos depositaram-se, directamente, por cima dos arenitos do Ordovícico Tardio glaciário, durante o início da ingressão marinha do Silúrico Inicial no seguimento do derretimento da calota glaciária do Ordovícico. A deposição do principal intervalo dos argilitos, ricos em matéria orgânica, na região do Norte África / Arábia foi restrita durante o Silúrico Inicial. Durante este curto período (entre 1 e 2 milhões de anos) do estágio Rhuddaniano do Landoveriano, existiu uma combinação favorável de factores que levaram ao desenvolvimento de uma deficiência de oxigénio excepcionalmente forte na área (os argilitos do silúrico pós-Rhudaaniano são, organicamente, magros e sem características de rocha-mãe).
Preenchimento Complexo...................................................................................................................................................................Complex Filling
Remplissage complexe / Relleno complejo / Füllung Komplexe / 复杂的填充 / Комплексное заполнение / Riempimento Complesso /
Quando um intervalo entre duas discordâncias ou uma anomalia batimétrica são preenchidos por paquetes sedimentares com configurações internas desordenadas e não concordantes entre elas.
Ver: « Bisel de Agradação »
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« Configuração dos Reflectores »
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« Variação do Nível do Mar Relativo »
Figura 524 (Preenchimento Complexo) - Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do offshore do Texas (EUA), o padrão externo de uma estrutura canalizante é óbvio, quer isto dizer, que uma desconformidade (em vermelho) se pode pôr em evidência pelos biséis de truncatura subjacentes e pelos biséis de progradação e agradação sobrejacentes. A geometria da desconformidade (*) é côncava para cima e lembra a forma de um canal. Os intervalos sedimentares, sobrejacentes à desconformidade, têm configurações internas muito variadas e as relações entre eles são discordantes. Por isso, pode dizer que o preenchimento sedimentar desta anomalia canalizante é complexo. Todavia, esta desconformidade parece não estar associada, directamente, com uma descida do mar relativo, que é o nível do mar local referenciado qualquer ponto da superfície terrestre (base dos sedimentos, fundo do mar, etc.) ou absoluto (nível do mar, global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite) como o são as discordâncias (superfícies de erosão) que limitam os diferentes ciclos estratigráficos. As discordâncias que limitam os ciclos estratigráficos correspondem a superfícies de erosão, ao longo das quais, por definição, não há deposição, mas erosão. Todavia, ao nível de in ciclo sequência, isto não é verdade, na parte profunda da bacia, onde sistemas de deposição turbidítica, se podem depositar sobre a paraconformidade correlativa, em água profunda, da discordância). Efectivamente, dentro de um ciclo sequência (induzido por ciclo eustático de 3a ordem, ou seja, um ciclo eustático com uma duração entre 0,5 e 3-5 My), durante o período de descida do nível do mar relativo (diminuição da acomodação), apenas na parte profunda da bacia, se depositam os cones submarinos de bacia (CSB) e de talude (CST), que sublinham o hiato mínimo entre os ciclos sequência separados pela discordância. Na prática, a idade dos cones submarinos de bacia (CSB) dá, com um mínimo de erro, a idade da discordância com a qual eles estão associados ou seja a idade da descida do nível do mar relativo. Neste caso particular, tendo em linha de conta o contexto de planície costeira onde a linha sísmica original foi tirada, e as terminações dos reflectores visíveis nesta tentativa de interpretação, o mais provável é que esta desconformidade tenha sido induzida por uma incisão fluvial em associação com a curvatura de um meandro. De facto, ao mesmo tempo, que se depositavam as progradações, visíveis na parte esquerda superior desta tentativa, e que se formava a barra de meandro (na parte convexa do meandro), na parte côncava oposta, onde a água do rio se escoava com mais energia, havia erosão, o que quer dizer que os biséis de agradação não podem ser interpretados com induzidos por subidas do nível do mar relativo. Da mesma maneira, os limites entre os diferentes pacotes do preenchimento sedimentar (tampões argilosos) não correspondem a discordâncias e esses pacotes não enfatizam ciclos estratigráficos. Os tampões argilosos correspondem aos preenchimentos sedimentares, parciais, dos diferentes lagos de meandro abandonados, todas as vezes que o leito principal do curso de água mudou de trajectória. Neste tipo de depósitos, assim como noutros, quando a deposição e erosão são síncronas e interligadas, em termos de estratigrafia sequencial, não se deve falar de discordâncias, ou seja, de superfícies de erosão, mais ou menos, generalizadas, pelo menos, ao nível de um ciclo sequência.
(*) Uma descontinuidade designa uma transição ou contacto entre intervalos de densidades diferentes, como é o caso da descontinuidade de Mohorocovici, ou de diferentes fácies sedimentares, (litologias) ou mesmo entre intervalos entre separados por um hiato (ausência de deposição importante). Isto quer dizer, que existem vários tipos de descontinuidades: 1- Estratigráficas ; 2- Sedimentares ; 3- Litológicas ; 4- Tectónicas, etc., Dentro das descontinuidades litológicas, que são as mais importantes na estratigrafia sequencial, podem reconhecer-se as: (i) Descontinuidades Concordantes, quando há continuidade entre os intervalos sucessivos ; (ii) Descontinuidades Paraconformes ou Paraconformidades, quando não há diferença de atitude entre os intervalos sobrepostos, mas há um hiato por ausência de deposição importante entre eles ; (iii) Descontinuidades Não Conformes ou Não Conformidades (que certos autores chamam Discordâncias Heterolíticas), quando há um contacto entre um intervalo sedimentar e um corpo ígneo mais antigo ; (iv) Descontinuidades Desconformes ou Desconformidades, quando as camadas dos intervalos são paralelas de um e de outro lado da superfície de contacto a qual não é conforme com a estratificação regional ; (v) As Descontinuidades Discordantes ou Discordâncias quando os dois intervalos estão separados por uma superfície de erosão induzida por uma descida do nível do mar relativo ; (vi) As Descontinuidades Discordantes Reforçadas ou Discordâncias Reforçadas pela Tectónica, quando os sedimentos do intervalo sobrejacente a uma discordância foram deformados pela tectónica (encurtados ou alargados) ; (vii) Descontinuidades Intrusivas, quando um corpo ígneo atravessa uma série sedimentar ; (viii) Descontinuidade Mecânicas, quando elas são induzidas por falhas, etc. (https://estpal13.wordpress.com/2013/06/04/descontinuidades-sedimentares-e-estratigraficas/)
Preenchimento Divergente(linhas sísmicas)......................................................................................................Divergent Filling
Remplissage divergent / Relleno divergente / Füllung divergieren / 发散填充 / Дивергентрое заполнение / Riempimento divergenti /
Quando os reflectores sísmicos, interpretados como estratos, se espessam lateralmente, em direcção da bacia ou da área com maior subsidência. Nas linhas sísmicas, o espessamento lateral é, frequentemente, acompanhado por uma fissão dos reflectores, a qual não deve ser interpretada como uma discordância fossilizada por biseis de agradação.
Ver: « Configuração dos Reflectores »
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« Subsidência »
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« Variação do Nível do Mar Relativo »
Figura 525 (Preenchimento Divergente, linhas sísmicas) - O offshore do Labrador corresponde à sobreposição de diferentes bacias da classificação das bacias sedimentares de Bally e Snelson (1980). Nas linhas sísmica regionais deste offshore, de baixo par cima podem reconhecer-se: (i) Um soco, que em geral corresponde a rochas supracrustais do Pré-Câmbrico, mas que pode, localmente, corresponder a uma cintura de montanhas do Paleozóico, mais ou menos, aplanada ; (ii) Bacias de tipo rifte que alongaram a litosfera do supercontinente Pangeia, e em particular do pequeno supercontinente Laurasia, antes que este se fracturasse e (iii) Margem divergente tipo Atlântico cuja base é, principalmente, constituída por de derrames vulcânicos que iniciam um alastramento vulcânico subaéreo, antes que este se torna-se oceânico por afundamentos dos centros de expansão, que geralmente são vulcões. Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe a linha sísmica deste offshore, a geometria das bacias de tipo rifte é de demigraben (estrutura geológica delimitada por uma falha ao longo de um lado de seus limites, ao contrário de um graben, na qual o bloco falhado deprimido é limitado por falhas paralelas). Uma tal geometria enfatiza uma subsidência de diferencial (*), que aumenta em direcção das falhas responsáveis do alargamento da litosfera do pequeno supercontinente crusta continental, antes da ruptura da litosfera. Para um factor de alongamento “β" > 4,5 (comprimento de deformação que determina a quantidade de litosfera que pode ser, verticalmente, adelgaçada durante um episódio de alongamento), a litosfera parte-se. Os sedimentos, que preenchem as bacias de tipo-rifte, espessam-se em direcção das falhas normais que bordam as estruturas em demigraben, o que confere, muitas vezes, uma geometria divergentes ao preenchimento. Um tal espessamento, sugere, fortemente, que a fonte do acarreio sedimentar é localizada a Oeste e que a direcção do acarreio é para Este. Os biséis de agradação proximais (terminações dos reflectores a montante) têm uma vergência (ou polaridade) Oeste, ou seja, em direcção do continente. Da mesma maneira, os biséis de agradação distais (terminação dos reflectores a jusante) têm uma vergência Este em direcção do mar. Os biséis de agradação, dentro das bacias de tipo rifte são, essencialmente, não marinhos. Os ambientes sedimentares predominantes nestas bacias, isto é, nas bacias formadas antes da ruptura da litosfera do pequeno supercontinente Laurasia, são não marinhos, aluviais ou fluviais e, por vezes, lacustres. Todavia, configuração interna dos intervalos sedimentares que preenchimento as bacias de tipo rifte depende do razão entre a taxa de extensão e da taxa do acarreio sedimentar. Quando a taxa de extensão de uma bacia não é compensada pelo acarreio sedimentar, isto é, quando o espaço criado para os sedimentos não é, totalmente, preenchido, forma-se uma lâmina de água e, em geral, desenvolve-se um lago, mais ou menos, importante dentro da bacia. Neste caso, a geometria do preenchimento é paralela e não divergente, como ilustrado na bacia de tipo rifte ocidental desta tentativa. Se as condições climáticas forem favoráveis, há uma forte probabilidade que na parte inferior lago destas bacias, se desenvolva uma zona depletada em oxigénio, o que permite a preservação da matéria orgânica que caí no fundo do lago e, mais tarde, a formação argilitos lacustres ricos em matéria orgânica, que são as principais rochas-mãe potenciais destas bacias. São rochas deste tipo que formam o subsistema petrolífero gerador, por exemplo, no onshore de Cabinda (Angola), as quais são, relativamente, fáceis de pôr em evidência nas linha sísmica, uma vez que elas estão associadas a intervalos sedimentares caracterizados por terem uma configuração interna paralela. Quando a taxa de extensão de uma bacia de tipo rifte é compensada pelo acarreio sedimentar, a geometria do preenchimento (total ou parcial) é divergente e a fácies é, principalmente, arenosa, visto que a profundidade de água de deposição é, praticamente, sempre zero, uma vez que à medida que o espaço disponível é formado ele é, imediatamente, preenchido uma vez que a taxa de sedimentação compensa a taxa de criação da acomodação.
(*) O alongamento litosférico (subsidência diferencial) e compensação isostática induzem uma anomalia térmica debaixo da litosfera adelgaçada (subida das isotérmicas que limitam, superiormente, o manto da astenosfera. Todavia desde que a anomalia térmica começa a arrefecer, o aumento da densidade pressiona a litosfera para baixo, causando uma subsidência térmica. A subsidência térmica ocorre exponencialmente e muito mais lentamente do que a rápida subsidência diferencial, uma vez que ela tenta manter o equilíbrio isostático enquanto a astenosfera levantada (aquecida) esfria. A subsidência diferencial da litosfera cessa desde que começa a subsidência térmica.
Preenchimento Fluvial....................................................................................................................................................................................................Fluvial Fill
Remplissage fluvial (prisme de bas niveau tardif) / Relleno fluvial (prisma de bajo nivel tardío) / Füllung Fluss (Low-Level-Prisma spät) / 河道充填 / Заполнение рек / Riempimento del fiume (prisma di basso livello tardivo) /
Preenchimento feito por corpos arenosos que preenchem canais, criados imediatamente antes da primeira superfície transgressiva, quando dentro de um ciclo sequência, a taxa de subida do nível do mar relativo é máxima.
Ver: «Prisma de Nível Baixo»
Preenchimento de Frente de Talude......................................................................................................................Slope Front Fill
Remplissage de front de talus / Relleno de frente de talud / Slope Front füllen / 坡前填充 / Заполнение откоса уступа карьера / Riempimento del versante frontale /
Preenchimento que exprime a maneira como um talude, em geral, o talude continental é fossilizado pelos sedimentos sobrejacentes.
Ver: « Bisel de Agradação »
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« Configuração dos Reflectores »
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« Variação do Nível do Mar Relativo »
Figura 526 (Preenchimento de Frente de Talude) - O offshore Oeste da Austrália corresponde à sobreposição de diferentes bacias da classificação das bacias sedimentares de Bally e Snelson (1980), as quais de baixo para cima são: (i) Um soco que corresponde, a maior parte das vezes, a uma cadeia de montanhas aplanadas do Paleozóico ; (ii) Bacias de tipo rifte que alongaram o supercontinente Pangeia e sobretudo a sua parte Sul, isto é, o pequeno supercontinente Gondwana, antes que a litosfera se partisse ; (iii) Uma margem continental divergente tipo Atlântico, na qual se distinguem duas fases tectónico sedimentares: a) A fase transgressiva de geometria retrogradante, que é fossilizada pela b) a fase regressiva, cuja geometria é progradante. Esta duas fases tectónico sedimentares estão separadas por uma superfície de base das progradações, em associação coma a qual se depositaram rochas marinhas ricas em matéria orgânica que constituem, provavelmente, as principais rochas-mães potenciais deste offshore Esta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica do offshore Oeste da Austrália foi feita em subciclos de invasão continental induzidos por ciclos eustáticos de 2a ordem, cuja duração varia entre 3-5 My e 50 My e associados a mudanças da velocidade da subsidência tectónica (subsidência total, ou seja a espessura dos sedimentos mais a profundidade de água, diminuída do efeito da compensação isostática, devido a sobrecarga sedimentar, e aumentada do efeito da compactação). Assim as diferenças de idade entre as discordâncias (superfícies de erosão criadas por descidas significativas do nível do mar relativo) que separam os diferentes subciclos tem sempre que superior a 3-5 My e inferior a 50 My. Assim, obviamente, nesta tentativa de interpretação não só, não se podem reconhecer grupos de cortejos sedimentares, mas é muito difícil reconhecer em que períodos a bacia tinha, ou não, uma plataforma continental o que é, relativamente, fácil numa tentativa de interpretação feita ao nível de um ciclo sequência. Como ilustrado nesta tentativa de interpretação, as diferentes discordâncias foram reconhecidas, principalmente, pelas terminações dos reflectores sobrejacentes (biséis de agradação costeiros e marinhos). Na maior parte dos casos, sismicamente, as terminações dos reflectores subjacentes às discordâncias não são bem visíveis, mas em certos casos, biséis de somitais (por truncatura) são evidentes. Nos três últimos subciclos de invasão continental (1, 2 e 3), as sucessivas posições do rebordo da bacia são, facilmente, reconhecidas, assim como o preenchimento da frente do talude continental, em particular do subciclo 2. A ruptura da inclinação da discordância inferior do subciclo 2 sublinha o rebordo da bacia no início do subciclo. A partir desse ponto, é fácil de constar que o preenchimento da bacia é progradante, isto é, que a bacia, a jusante do rebordo do subciclo precedente, foi preenchia por progradações que definem os sucessivos taludes continentais. Tendo em linha de conta as escalas da linha sísmica e, em particular, a escala horizontal, pode dizer-se, que durante os subciclos 1, 2 e 3, sismicamente, a bacia não tinha plataforma continental. Os sucessivos rebordos da bacia, que aqui marcam o rebordo continental, coincidiam com o limite externo do prisma costeiro de P. Vail. Nestas condições, é muito provável, que na parte distal da maior parte das progradações do talude continental se tenham depositado turbiditos em telhado de ripas (espessura inferior à resolução sísmica). Este tipo de sistemas turbidíticos está mais associado com instabilidades do rebordo da bacia do que com descidas relativas do nível do mar significativas. Várias descidas do nível do mar relativo são visíveis dentro do subciclo 2 de invasão continental (existem pelo menos três biséis de agradação costeiros). Todavia elas são parecem não ter sido, suficientemente, importantes para mudar as condições geológicas para nível baixo domar. Não esqueça que ao nível de um ciclo sequência, durante o depósito do grupo de cortejos sedimentares de nível baixo, ou seja, durante o depósito dos subgrupos: (i) cones submarinos de bacia (CAB) ; (ii) Cones submarinos de talude (CST) e (iii) Prisma de nível baixo (PNB), o rebordo continental não é o rebordo da bacia, uma vez que este é o ultimo rebordo da bacia do ciclo sequência precedente. Todavia, durante o depósito do grupo de cortejos sedimentares de nível alto, ou seja, durante o depósito dos subgrupos: (iv) Intervalo transgressivo (IT) e (v) Prisma de nível alto (PNA) o rebordo da bacia coincide com o rebordo continental, desde a 1a superfície transgressiva, quer isto dizer desde que a bacia tem uma plataforma continental.
Preenchimento Monticular(linhas sísmicas)..............................................................................Mounded Onlap Filling
Remplissage monticulaire / Relleno monticular / Buckelschicht Onlap Füllung / 丘状上超充填 / Трансгрессивное заполнение / Riempimento aggradant mounded en monticello /
Quando os reflectores sísmicos, interpretados como estratos, formam anomalias topográficas ou montículos sedimentares acima do nível de base. Esta geometria é típica das construções orgânicas e vulcânicas, mas pode, igualmente, encontrar-se em associação com os depósitos turbidíticos e vales cavados (encaixados).
Ver : « Configuração dos Reflectores »
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« Montículo Sedimentar »
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« Variação do Nível do Mar Relativo »
Figura 527 (Preenchimento em Montículos, linhas sísmicas) - O onshore do Sudão corresponde à sobreposição de três tipos de bacias da classificação de Bally e Snelson. Sobre uma antiga cadeia de montanhas aplanadas, provavelmente do Paleozóico, formaram-se bacias de tipo rifte, de idade Cretácico, as quais alongaram o supercontinente Pangeia e, particularmente, o pequeno supercontinente Gondwana), sem contudo o terem fracturado, uma vez que as bacias de tipo rifte foram cobertas por uma bacia cratónica e não por uma margem divergente. Isto quer, provavelmente, dizer que o factor de alongamento “β" (comprimento de deformação que determina a quantidade de litosfera que pode ser, verticalmente, adelgaçada durante um episódio de alongamento) não atingiu o valor 4,5 ou, por outras palavras, que a espessura da litosfera litosfera adelgaçado foi sempre superior a 15-20 km. Segundo certos autores, desde que numa determinada área, a espessura de uma litosfera alongada e altamente injectada de material do manto sublitosférico (material da astenosfera), atinge 15-20 km, ela não pode ser mais estirada por falhas normais e, em geral, rompe-se. Esta ruptura faz-se, muitas vezes, por uma superabundância de material vulcânico injectada, quer isto dizer, a partir do momento em que há mais material do manto sublitosférico injectado do que litosfera. A discordância, que separa as bacias de tipo rifte da bacia cratónica, enfatiza a mudança de uma subsidência diferencial para uma subsidência térmica, a qual foi induzida pelo aumento de densidade que acompanha o resfriamento da anomalia térmica (ascensão local da astenosfera) que, provavelmente, provocou o alongamento da litosfera, ou seja a subsidência diferencial. Esta discordância é, por vezes, evidenciada por estruturas monticulares associadas ao preenchimento de vales cavados induzidos pela descida do nível do mar relativo (nível do mar, local, e referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre, que seja , o fundo do mar ou a base dos sedimentos e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite radar, e da tectónica), que causou a superfície de erosão característica da discordância (enfatizada nesta tentativa de interpretação pela linha ondulada colorida em vermelho). Um preenchimento monticular, no campo ou nos dados sísmicos, tem, como toda a interpretação geológica, que ser testado. Isto quer dizer, que a interpretação tem que ser submetida a testes de refutação. Uma estrutura sedimentar com uma geometria monticular pode ser síncrona ou posterior à deposição. Em termos genéticos, estas duas situações traduzem eventos e histórias geológicas diferentes. A geometria dos biséis e, em particular, a dos biséis de agradação, pode ser utilizada como critérios de refutação. Assim, quando, os biséis não estão deformados, a estrutura ou o preenchimento tem grandes possibilidades de ser síncrona da deposição. Ao contrário, quando os biséis de agradação estão deformados, pela tectónica ou por uma compactação diferencial, é muito provável, que a estrutura ou o preenchimento seja posterior à deposição. Como ilustrado nesta tentativa de interpretação de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do onshore do Sudão (região de Piber Post), a configuração interna monticular observada, imediatamente, acima da discordância não é síncrona da sedimentação, mas posterior. Os biséis de agradação do preenchimento, originalmente, sub-horizontais foram deformados. Esta deformação foi o resultado da compactação diferencial do preenchimento arenoso de um vale cavado. Efectivamente, a quando da descida do nível do mar relativo (resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite e da tectónica), que criou discordância, o deslocamento para jusante das desembocaduras dos rios rompeu os perfis de equilíbrio provisórios das correntes. Os rios foram obrigados a cavar os seus leitos criando vales cavados que, mais tarde, foram preenchidos quando o nível do mar relativo começou a subir. O preenchimento, que é contemporâneo do depósito do prisma de nível baixo (PNB) do primeiro ciclo sequência pós-discordância, foi feito por sedimentos arenosos difíceis de compactar. Quando a coluna sedimentar sobrejacente foi, suficientemente, importante para compactar os sedimentos mais profundos, a morfologia do preenchimento que, inicialmente, era côncava / côncava transformou-se em côncava /convexa, uma vez que as areias se compactam menos do que os argilitos circunvizinhos.
Preenchimento Progradante(linhas sísmicas).........................................................................Progradational Filling
Remplissage progradant / Relleno progradante / Füllung progradierenden / 前积充填 / Наступление береговой линии / Riempimento progradante /
Quando os reflectores sísmicos, interpretados como estratos, têm uma geometria progradante. Na maioria dos casos, um tal preenchimento está associado a intervalos sedimentares regressivos (prisma de nível baixo e prisma de nível alto).
Ver: « Configuração dos Reflectores »
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« Progradação »
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« Variação do Nível do Mar Relativo »
Figura 528 (Preenchimento Progradante, linhas sísmicas) - Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma detalhe de uma linha sísmica uma linha sísmica do Norte do Mar Cáspio, um vale cavado (ou encaixado) e uma discordância são, facilmente. reconhecidos. A discordância, que corresponde a um superfície de erosão, foi criada pela acção conjunta do nível do mar absoluto ou eustático (nível do ar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite e da tectónica (subsidência ou levantamento). Esta acção conjunta produziu uma descida significativa do nível do mar relativo (nível do mar local, referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre, quer seja à base dos sedimentos ou o fundo do mar, que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global e referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica, isto é do levantamento ou da subsidência do fundo do mar função do regime tectónico predominante), que pôs o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia do ciclo sequência. Se o ciclo sequência era completo, isto é, formado por todos os subgrupos de cortejos sedimentares, que debaixo para cima são: (i) Cones submarinos de bacia (CSB) ; (ii) Cones submarinos de talude (CST) ; (iii) Prisma de nível baixo (PNB) ; (iv) Intervalo transgressivo (IT) e (v) Prisma de nível alto (PNA), o rebordo da bacia era, certamente, o rebordo continental do prisma de alto nível (PNA). Durante o grupo de cortejos de nível baixo (CSB, CST e PNB) do novo ciclo sequência, o rebordo da bacia manteve-se o mesmo (último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente) até que ocorreu a 1a superfície transgressiva. A partir desse momento, a bacia tem uma plataforma continental e, assim, o rebordo do prisma de nível baixo (PNB) passa a ser o novo rebordo da bacia. Uma tal descida do nível do mar relativo, não só exumou a plataforma da bacia (se a bacia tinha plataforma), mas também deslocou para o mar e para baixo as desembocaduras dos rios. Os perfis de equilíbrio provisórios dos cursos de água foram rompidos, o que obrigou as correntes a cavar mais, profundamente, os seus leitos para que novos perfis de equilíbrio provisórios sejam alcançados. É este escavação que cria os vales cavados (ou vales encaixados ou incisos), como o que está ilustrado nesta tentativa de interpretação, a sul da falha normal principal. Quando o nível do mar relativo começou a subir em aceleração (ingressões marinhas cada vez mais importantes), provavelmente, durante a parte superior do prisma de nível baixo (sobreposição de cortejos sedimentares, isto é, de paraciclos sequências progradantes depositados em condições geológicas de nível baixo) ou durante a parte inferior do intervalo transgressivo (sobreposição retrogradante de paraciclos sequência depositados em condições geológicas de nível alto do mar) o vale cavado foi preenchido. O preenchimento é, tipicamente, progradante. Os biséis de progradação sugerem um acarreio sedimentar vindo do Sul, o que por sua vez indica, mais ou menos, a localização do continente. Como, provavelmente, estes biséis de progradação são aparentes, a combinação com os biséis encontrados noutras linhas sísmicas que cortam, igualmente, o vale cavado dará a verdadeira direcção do carreio sedimentar. Uma geometria progradante do preenchimento de um vale cavado não é contraditória com a sua associação com o prisma de nível baixo (PNB) nem com o intervalo transgressivo (IT) do ciclo sequência associado. Efectivamente, embora o intervalo transgressivo (IT) de um ciclo sequência, que corresponde a um conjunto de ingressões marinhas cada vez mais importantes e de regressões sedimentares cada vez mais pequenas, tenha, globalmente, uma geometria retrogradante, dentro de cada paraciclo sequência, limitado entre duas subidas do nível do mar relativo consecutivas sem entre elas haja uma descida significativa, a geometria dos cortejos sedimentares (associação lateral de sistemas de deposição síncronos e geneticamente ligados) é progradante, o que quer dizer que a linha da costa se desloca para o mar à medida que a sedimentação ocorre (indica a direcção do acarreio sedimentar). Sismicamente, devido à resolução das linhas sísmicas, muitas vezes, um paraciclo sequência pode corresponder a vários cortejos sedimentares, o que, em geral, não é o caso, no campo, isto é, à escala natural 1:1.
Pré-Praia.................................................................................................................................................................................................................................................................Longshore
Bord de la côte / Pre-playa, Borde de costa / Longshore, Pre-Strand / 沿岸 / Береговой / Pre-spiaggia /
Parte da praia que está sempre submersa e que se estende para o largo desde o limite das marés mais baixas por um espaço mal definido (zona de surf ou de banhos para alguns geocientistas) no fundo da qual se localizam as cristas e os sulcos pré-litorais. A pré-praia também é conhecida por rampa ou borda da costa ("bord de la côte" dos geocientistas franceses).
Ver: «Berma de Praia»
Primeira Superfície Transgressiva..............................................................................First Transgressive Surface
Première surface transgressive / Primera superficie transgresiva / Erste transgressive Oberfläche / 第一次海侵面 / Первая трансгрессивная поверхность / Prima superficie trasgressiva /
Superfície que marca o início do intervalo transgressivo (IT) dentro de um ciclo sequência. A montante do último bisel de agradação dos cortejos de nível baixo (CNB) e na ausência de preenchimentos de vales cavados (Pvc), a primeira superfície de inundação (1a SI) coincide com a discordância inferior que limita o ciclo estratigráfico dito ciclo sequência (CS).
Ver: « Intervalo Transgressivo »
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« Superfície de Inundação »
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« Ciclo Sequência »
Figura 529 (Primeira Superfície Transgressiva, 1a ST) - Uma discordância (E), quer isto dizer, uma superfície de erosão induzida por uma descida do nível do mar relativo (nível do mar local, referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre, quer seja, por exemplo, a base dos sedimentos ou o fundo do mar e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático (nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite) e da tectónica, é, facilmente, reconhecida nesta tentativa de interpretação geológica de um detalhe de uma linha sísmica do Golfo do México, pela incisão de um rio que criou um vale cavado. A descida do nível do mar relativo responsável pela discordância, deslocou para a bacia e para baixo, os biséis de agradação costeiros exumando a plataforma continental (se a bacia tinha uma plataforma), levantando ainda mais a prisma costeiro (depósitos fluviais e de água pouco profunda que se acumulam na planície costeira durante a progradação da linha da costa que tem a forma de uma cunha e que se prolonga para o continente por biséis de agradação sobre a topografia pré-existente) em relação ao nível do mar. Um tal deslocamento rompeu o perfil de equilíbrio provisório dos rios (o perfil de equilíbrio definitivo de uma corrente é um utopia, um vez que ele nunca é alcançado), o que obrigou as correntes a cavar (erodir), ainda mais, os seus leitos afim de atingirem um novo perfil de equilíbrio provisório, criando assim vales cavados ou encaixados como o que está ilustrado nesta tentativa de interpretação ao nível da discordância (concavidade da discordância E). Numa linha sísmica, longe das rupturas costeiras de inclinação das linhas cronostratigráficas (superfícies de deposição), onde as discordâncias são, mais dificilmente reconhecidas pelos biséis de agradação, a identificação de um vale cavado permite pôr em evidência a discordância associada, que depois é inferida, mais ou menos, em continuidade costa adentro. Durante a descida do nível do mar relativo, no novo ciclo sequência, depositam-se os subgrupos inferiores do grupo de cortejos de nível baixo, ou seja, os cones submarinos de bacia (CSB) e os cones submarinos de talude (CST), que não são visíveis neste autotraço, mas que estão presentes a Este desta autotraço). Durante o depósito da parte superior do prisma de nível baixo (PNB), que também não é visível neste autotraço, mas presente mais a Este, o nível do mar relativo começou a subir. Na parte final de deposição do prisma de nível baixo (PNB), o mar invadiu os vales cavados que começaram a ser, progressivamente, preenchidos (intervalo colorido em amarelo). Quando o nível relativo do mar inundou, completamente, a planície costeira do prisma de nível baixo, a 1a superfície transgressiva (base do intervalo transgressivo, colorido em verde) cobriu e fossilizou o preenchimento do vale cavado, iniciando assim o depósito do grupo de cortejos sedimentares de nível alto (CNA), quer isto dizer, dos cortejos sedimentares que formam subgrupo inferior denominado intervalo transgressivo (IT) e dos cortejos que formam o subgrupo superior ou seja o prisma de nível alto (PNA). Nas linhas sísmicas, pode dizer-se que a 1a superfície transgressiva é, na grande maioria dos casos, o limite superior dos vales cavados, em particular, dos vales cavados que estão mais próximos do rebordo continental (rebordo do prisma de nível baixo) que se tornou o novo rebordo da bacia, uma vez que a bacia passa a ter uma plataforma continental. Durante o depósito do grupo de cortejos de nível baixo (CNB) de um ciclo sequência, as condições geológicas são de nível nível baixo e, por isso, o rebordo continental não corresponde ao rebordo da bacia, o qual continua a ser o último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente. Ao contrário, durante o depósito dos cortejos sedimentares do grupo de cortejos de nível alto (CNA), a bacia tem, em geral, uma plataforma continental e, por isso, o rebordo continental é o rebordo da bacia. Durante todo depósito do intervalo transgressivo (IT) de um ciclo sequência, a bacia tem sempre uma plataforma, uma vez, as ingressões marinhas são cada vez mais importantes e as regressões sedimentares cada vez mais pequena, o que significa que, globalmente, a linha da costa está sempre localizada a montante do rebordo continental. No início do depósito do prisma de nível alto (PNA), a bacia não tem uma plataforma continental, mas como o nível do mar sobe em desaceleração (ingressões marinhas cada vez menos importantes e as regressões sedimentares cada vez maiores) a partir de um determinado momento (início da 2a fase do prisma de nível alto), as progradações do prisma de nível alto fossilizam a plataforma continental. A bacia deixa de ter uma plataforma continental e a linha da costa passa a coincidir como o rebordo continental que é igualmente o rebordo da bacia.
Princípio do Balde Carbonatado...............................................................................................................................Bucket Principle
Principe du seau carbonaté / Principio de balde carbonático / Bucket Prinzip / 木桶原理 / Принцип карбонатного сегмента / Principio secchio calcareo /
O crescimento de uma plataforma carbonatada aureolada (ou orlada) é, principalmente, determinado pelo crescimento potencial da sua auréola. Sinónimo de Balde Carbonatado.
Ver : « Bioerma »
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« Deposição (carbonatos) »
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« Princípio Geológico »
Figura 530 (Princípio do Balde Carbonatado) - A arquitectura do crescimento de uma plataforma carbonatada orlada assemelha-se à geometria de um balde ou do tronco de cone invertido, com a boca mais larga que o fundo. A plataforma carbonatada é sustentada, quer pelas rígidas bordaduras formadas por recifes ou pela rápida cimentação das areias de baixio, quer pelo preenchimento por sedimentos não consolidados da laguna ou da planície de maré. Segundo W. Schlager, três conceitos básicos têm que ser tomados em linha de conta na sedimentação carbonatada: (a) Os carbonatos são, principalmente, de origem orgânica ; (b) Os carbonatos constroem estruturas resistentes às ondas do mar e (c) Os carbonatos sofrem uma alteração diagenética intensa, visto que os minerais originais são metaestáveis. Cinco tipos principais de plataformas carbonatadas são, geralmente, consideradas: A) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio (banco de areia carbonatada coberto por água do mar pouco profunda) no rebordo da plataforma e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta ; este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km. B) Plataformas de tipo Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda ; neste tipo de plataforma os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km. C) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas ; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10000 km. D) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes ; estas plataformas têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento (margem voltada para o lado de onde o vento sopra), mas na margem sotavento (margem na direcção para onde sopra o vento), os sedimentos são mais lamacentos ; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura. E) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica (onde não há luz suficiente para a fotossíntese, quer isto dizer, quando a glicose (C6H12O6) é obtida a partir do dióxido de carbono (CO2) e da água (OH2) através da energia da luz do sol). A geometria das plataforma carbonatadas mais conhecida é associada aos processos de fabricação tropicais, onde as plataformas carbonatadas podem ser subdivididas em três ambientes sedimentares principais: A) Recife, que é a parte da plataforma carbonatada criada, in situ, por organismos sésseis ; B) Laguna interna (parte da plataforma atrás do recife, a qual é caracterizada por águas rasas e calmas com sedimentos compostos de fragmentos de recifes e partes duras de organismos ou sedimentos terrígenos quando o recife é epicontinental) e C) Talude ou Encosta (parte externa da plataforma, que liga o recife à bacia e que actua como sumidouro do excesso de sedimento carbonato, embora a maior parte do sedimento produzido na lagoa e no recife seja transportado por vários processos e acumulada no talude, isto é, na encosta). Além deste princípio, na Geologia existem muitos outros, entre os quais podemos citar-se: (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente (não é totalmente verdadeiro) ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a rocha que ela penetra ; (vi) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar, ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes acima ; (vii) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade ; (viii) Principio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos resta, mais ou menos, constante ; (ix) Princípio de Walther, em estratos conformes, as fácies que se sucedem, verticalmente, sucedem-se, lateralmente, nos ambientes adjacentes ; (x) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro dum relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas, principalmente, aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente : “ O Presente é a chave do Passado” ; (xii) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (xiii) Princípio do Catastrofismo, alterações que ocorreram na Terra foram devida à ocorrência de grandes catástrofes naturais ; (xiii) Princípio da Deriva dos Continentes, as massas continentais tem uma pequena densidade e, por esse motivo, flutuavam sobre as densas massas oceânicas, movimentando-se e alterando a superfície do planeta ; (xiv) Princípio da Tectónica das Placas, não são os continentes que se movimentam, mas as placas litosféricas que contêm esses continentes, etc.
Princípio da Continuidade Lateral Original..........................Principle of Original Lateral Continuity
Principe de la continuité latérale originelle / Principio de continuidad lateral original / Prinzip der ursprünglichen seitlichen Kontinuität / 原来横向连续性原则 / Принцип исходной горизонтальной выдержанности коллектора / Principio di originaria continuità laterale /
As camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral. Elas adelgaçam-se até desaparecerem ou terminam por biséis de progradação ou agradação contra os bordos dos sectores originais de deposição.
Ver: « Correlação »
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« Erosão »
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« Princípio Geológico »
Figura 531 (Princípio da Continuidade Lateral Original) - Até o final do século XVIII, a ciência ainda era muito influenciada pela religião e havia a crença de que a Terra era jovem, com, mais ou menos, que 6 000 anos de idade. Não só as estimativas de idade da Terra eram influenciadas pela Bíblia, mas também os fósseis eram interpretados com base nas escrituras. Nesse contexto, os fósseis eram reconhecidos como restos de animais que foram vitimados pelo grande dilúvio universal, configurando-se como testemunhas-chave do dilúvio. Foi a partir dos estudos de alguns cientistas que não se contentavam com essas explicações simplistas sobre os fósseis é que esse cenário começou a se modificar. Um dos primeiros cientistas a se opor à igreja em defesa da geologia foi o jovem médico dinamarquês chamado Niels Stenson, considerado o "pai da estratigrafia", mas conhecido pelo nome latinizado Nicolau Steno (1638-1686) que chegou a Florença, na Itália por convite do Grande Duque Ferdinando II (http://ufrr.br/lapa/index. php?option=com_content&view=article&id=%2095). O princípio da continuidade lateral original, que ainda é válido actualmente, é um dos três princípios de Nicolaus Steno,(nasceu em Copenhaga, na Dinamarca, e viveu entre 11 de Janeiro de 1638 e 25 de Novembro de 1686), que foi um dos pioneiro da anatomia e da geologia e que é considerado, por muito geocientistas, como um dos pais da geologia e da estratigrafia. Este princípio assume que as camadas de sedimentos são contínuas e estendem-se em todas as direções até que a sua espessura se torne nula. Ele é baseado nos factos seguintes : (i) A deposição dos estratos é horizontal e paralela em relação à superfície de deposição ; (ii) Os estratos estão limitados por planos que definem a sua continuidade lateral ; (iii) Um estrato tem sempre a mesma idade ao longo de toda a sua extensão independentemente da ocorrência de mudanças laterais de litologia ; (iv) Uma camada limitada uma base e um topo e definida por uma determinada fácies (litologia e fauna associada) tem a mesma idade ao longo da sua extensão lateral. Este princípio admite que a continuidade lateral dos sedimentos pode desaparecer por erosão ou devido aos movimentos tectónicos. Os sedimentos no momento do depósito estão em continuidade, mas, mais tarde, podem, por exemplo, ser separados devido a formação de vales fluviais. Uma tal descontinuidade aparente, tão bem compreendida hoje, era muito difícil de explicar no século XVII. Assim, é possível estabelecer correlações entre colunas sedimentares de áreas distintas, mesmo quando ela estão muito afastadas dumas das outras. Além deste princípio, na Geologia existem muitos outros princípios ou hipóteses, entre os quais podemos citar-se: (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio do Balde Carbonatado, a arquitectura do crescimento de uma plataforma carbonatada orlada assemelha-se à geometria de um balde ou de tronco de cone invertido, com a boca mais larga que o fundo ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente (não é totalmente verdadeiro) ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a rocha que ela penetra ; (vi) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar, ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes acima ; (vii) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade: “Pluritas non est ponenda sine necessita” ; (viii) Principio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos resta, mais ou menos, constante ; (ix) Princípio de Walther, em estratos conformes, as fácies que se sucedem, verticalmente, sucedem-se, lateralmente, nos ambientes adjacentes ; (x) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro de um relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas, principalmente, aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente : “ O Presente é a chave do Passado” ; (xii) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (xiii) Princípio do Catastrofismo, alterações que ocorreram na Terra foram devida à ocorrência de grandes catástrofes naturais ; (xiii) Princípio da Deriva dos Continentes, as massas continentais tem uma pequena densidade e, por esse motivo, flutuavam sobre as densas massas oceânicas, movimentando-se e alterando a superfície do planeta ; (xiv) Princípio da Tectónica das Placas, não são os continentes que se movimentam, mas as placas litosféricas que contêm esses continentes ; (xv) Princípio do Neocatastrofismo, admite o uniformitarismo como o guia principal, mas não exclui que fenómenos catastróficos ocasionais tenham ocorrido.
Princípio Geológico......................................................................................................................................................................................Geologic Principle
Principe géologique / Principio geológico / Prinzip geologischen / 地质原则 / Геологический принцип / Principio geologico /
Um dos muitos princípios ou hipóteses utilizados pelos homens de ciência para tornar compreensível a história da Terra, i.e., a Geologia. Todos as hipóteses geológicas são baseadas nos três princípios fundamentais, tirados das leis físicas e químicas de Nicolas Steno. Com o tempo, tais princípios, como qualquer outra hipótese científica, foram refutados e, assim, melhorados por modificações sucessivas.
Figura 532 (Princípio Geológico) - Os grandes princípios geológicos (conjecturas refutáveis) são :
(1) Princípio da Sobreposição - “Numa série sedimentar não ou, ligeiramente, deformada as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes, sucessivamente, acima” ; este princípio é ainda hoje válido ; ele não sofreu nenhuma modificação desde Steno (excepto para os terraços) ;
(2) Princípio da Horizontalidade Original - “As camadas sedimentares são depositadas horizontalmente” ; este principio foi melhorado mais tarde ; sabemos hoje que os planos de estratificação são superfícies cronostratigráficas compostas por ambientes geológicos com inclinações diferentes ; os depósitos aluviais (localizados a montante da linha de baía), os depósitos do talude continental e, em particular, os deltas tipo Gilbert não se depositam horizontalmente ; tendo em linha de conta o fraco valor das inclinações dos sedimentos (excepção feita para certos carbonatos e cones submarinos de talude), pode dizer-se, que este princípio, nas suas grandes linhas, é valido ; a maioria das camadas sedimentares deposita-se com inclinações inferiores a 10°, o que não é muito longe da horizontal ;
(3) Princípio da Continuidade Original Lateral - “As camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral : elas adelgaçam-se até zero ou terminam por biséis de progradação ou agradação contra os bordos dos sectores originais de deposição” ; este princípio é ainda hoje válido ; ele admite que a continuidade lateral dos sedimentos pode desaparecer por erosão ou devido a movimentos tectónicos. Os sedimentos no momento do depósito estão conectados, mas podem, mais tarde, ser separados, por exemplo, devido a formação de vales fluviais. Uma tal descontinuidade tão evidente hoje era muito difícil de explicar no século XVII ;
(4) Princípio da Intrusão - que diz que a idade relativa entre duas rochas ígneas, ou entre uma rocha ígnea e uma rocha sedimentar, pode ser deduzida pelas relações geométricas entre elas: “Uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetra” ;
(5) Princípio da Composição - que diz que uma rocha é mais jovem do que os seus constituintes ; ele aplica-se a todos os tipos de rochas: “Uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os tem” ; uma rocha granítica é mais jovem que as inclusões (xenólito) que ela tem ; um conglomerado é mais jovem que os seus calhaus que são, muitas vezes, fragmentos de rochas sedimentares mais antigas ;
(6) Princípio da Intersecção - que permite dar uma idade relativa aos filões, em particular, quando eles se cruzam : “Os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos” ; este principio pode também ser utilizado para datar os sistemas de falhas: "As falhas são mais jovens que todas as rochas que elas deslocam e, mais antigas, que as rochas que as fossilizam, em discordância” ; pode dizer que: “As falhas mais jovens deslocam as falhas mais antigas” ; este principio é válido apenas quando aplicado em superfícies de observação, relativamente, planas ; nas cartas estruturais em isócronas (igual duração ou tempo) ou em isoípsas (curvas de nível), em razão da topografia, por vezes, a falha, aparentemente, deslocada é a mais recente ;
(7) Princípio da Sucessão dos Fósseis de William Smith - que o propôs no fim do século XVIII : “A distribuição dos fosseis nas rochas não e imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida” ; é interessante notar que o autor deste princípio nunca admitiu a evolução das espécies ; hoje, todos os geocientistas explicam uma tal sucessão de fósseis como uma consequência da evolução das espécies ;
(8) Princípio de Walther ou lei de Correlação das fácies de Walther - “As fácies que se sucedem, verticalmente, em estratos conformes se sucedem, lateralmente, nos ambientes adjacentes” ; por outras palavras, em continuidade de sedimentação, se um geocientista reconhece, lateralmente, uma fácies arenosa de planície costeira, uma fácies argilosa de talude continental e, finalmente, uma fácies argilosa de planície abissal, ele reconhecerá, verticalmente, e de baixo para cima, uma fácies argilosa de planície abissal, uma fácies argilosa de talude continental e, finalmente, uma fácies arenosa de planície costeira ;
(9) Princípio de Goguel - que embora muito antigo, tomou um lugar muito importante na geologia com os trabalhos de Goguel (1954), o qual introduziu o segundo princípio da termodinâmica na geologia e, em particular, na tectónica: “Durante a deformação, o volume dos sedimentos mantém-se, mais ou menos, constante” ; este princípio é, relativamente, aproximativo ; ele não entra em linha de conta com a redução de volume induzida pela diminuição da porosidade com a profundidade e dos fenómenos de dissolução que podem, excepcionalmente, atingir 30% do volume total ; em 1933, Lindgreen introduziu o mesmo principio na geologia mineira ; ele sugeriu que durante a formação de um minério por substituição, não há nenhuma mudança nem de volume nem da forma da rocha (lei dos volumes iguais) ;
(10) Princípio do Uniformitarismo - que diz que as mudanças geológicas são devidas, principalmente, aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente: “ O Presente é a chave do Passado” ;
(11) Princípio do Catastrofismo - que diz que alterações que ocorreram na Terra foram devida à ocorrência de grandes catástrofes naturais ;
(12) Princípio Dextrógiro - que diz que se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro dum relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ;
(13) Princípio da Deriva dos Continentes - que sugere que como as massas continentais tem uma pequena densidade elas flutuavam sobre as densas massas oceânicas, movimentando-se e alterando a superfície do planeta ; esta teria que foi avançada em 1912, por Alfred Wegener, e serviu de base ao princípio da tectónica de placas ;
(14) Princípio da Tectónica das Placas - que diz que não são os continentes que se movimentam, mas as placas litosféricas que contêm esses continentes; este princípio é uma reformulação do princípio de deriva dos continentes de Wegener que explica sobretudo qual a origem energética do movimento das placas litosféricas que constituem a superfície da Terra ;
(15) Princípio do Neocatastrofismo - que admite o uniformitarismo como o guia principal, mas não exclui que fenómenos catastróficos ocasionais tenham tenham contribuído para eventuais alterações da superfície terrestre ; por outras palavras, o neocatastrofismo associa as ideias catastróficas às uniformitaristas para explicar determinados fenómenos como, por exemplo a extinção dos dinossáurios.
Durante três séculos, os geocientistas utilizam estes princípios geológicos, e muitos outros, como, o princípio de Ochkam (a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade: “Pluritas non est ponenda sine necessita”) etc., para correlacionar e datar as rochas. Este princípio é o antecessor do chamado princípio KISS (“Keep It Simple, Stupid” que em português se pode traduzir por “simplifique, estúpido”. Kant - na Crítica da Razão Pura - aceita a máxima de que "os rudimentos ou princípios não devem ser multiplicados desnecessariamente (entia praeter necessitatem non esse multiplicanda)" e diz que esta é uma ideia reguladora da razão pura que subjaz à teorização dos cientistas sobre a natureza (Kant, 1781/1787, pp. 538-9).
O Criacionismo não é uma principio ou hipótese científica, uma vez que ele não se pode refutar e não tem nenhuma aplicação na geologia. Ele é uma crença religiosa de que a humanidade, a vida, a Terra e o Universo são a criação de um agente sobrenatural. Todavia, ele é, frequentemente, utilizado usado para rejeitar, por motivos religiosos, certos processos biológicos, particularmente a o princípio ou teoria da evolução.
Na estratigrafia, e particularmente, na estratigrafia sequencial, o estudo dos fósseis é muito importante. A identificação de fósseis guias, que têm uma larga distribuição geográfica e um curto intervalo de tempo entre seu aparecimento e sua extinção, permitiram determinar a idade relativa das rochas e, assim, datar as principais discordâncias, isto é, as principais descidas relativas do nível do mar significativas, que puseram o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia, o que permitiu o desenvolvimento de uma superfície de erosão no prisma costeiro e na parte superior du talude continental. Os fósseis guias, além de terem (i) Uma distribuição espacial e geográfica importante e uma distribuição estratigráfica e temporal reduzida, têm, igualmente, que ser (ii) Facilmente, distinguidos dos outros e que (iii) Aparecerem em vários tipos de rochas sedimentares. É a idade dos cones submarinos e, particularmente, a idade dos cones submarinos de bacia que dá, com mais precisão, a idade da discordância ou da sua paraconformidade correlativa em água profunda, sobre a qual os cones submarinos repousam. Obviamente, tendo em linha de conta a natureza turbidítica dos cones submarinos de bacia, todos os fósseis que, eventualmente, eles podem conter são inutilizáveis uma vez que eles são transportados. Todavia, os fósseis encontrados nas camadas pelágicas, depositadas entre os cones submarinos de bacia, sobretudo, permitem, em geral, excelentes datações. Com certas precauções, em particular, tendo sempre em linha de conta a resolução sísmica, ou seja, capacidade de separar dois eventos sísmicos que estão muito próximos, ou a separação mínima entre dois eventos antes que a identidade de cada um seja perdida, uma grande parte dos princípios geológicos acima enunciados pode aplicar-se nas tentativas de interpretação geológica sísmicas. Nós pensamos sobretudo ao Princípio de Goguel, Princípio de Walther ou lei de Correlação das fácies de Walther e ao Princípio de Ochkam (se houver várias explicações de um fenómenos, as condições idênticas, a explicação mais simples é a melhor”).
(*) A resolução sísmica vertical pode definir-se como a distância mínima vertical entre duas interfaces para obter, na linha sísmica, um único evento reflectivo. A resolução sísmica lateral é a distância mínima entre dois interfaces, mais ou menos, verticais para obter, numa linha, dois eventos reflectivos diferentes e não contínuos. A resolução sísmica lateral é determinada pelo raio da zona de Fresnel, a qual depende do comprimento de onda do pulso acústico e da profundidade do reflector. Da mesma maneira, que a luz de uma lâmpada de bolso atravessa a escuridão e ilumina uma zona particular (círculo ou elipse), a energia sísmica viaja através do terreno, sob a forma de frentes de onda e chega às interfaces reflectivas sobre zonas discretas (zonas de Fresnel). A resolução lateral de uma linha sísmica migrada é maior do que a de uma não migrada, embora nas migradas (2D) ainda exista o problema da orientação da linha em relação à inclinação da interface, o que não é o caso nas linhas 3D.
(**) Vários cientistas e filósofos não estão de acordo com este principio: (i) Chatton (1290–1343), contemporâneo de Occam, afirmava que "se três entes não forem suficientes para verificar uma afirmação acerca de algo, então uma quarta deve ser acrescentada, e assim por diante” ; (ii) Leibniz (1646-1716), "a variedade de seres não pode ser diminuída” ; (iii) Menger (1902-1985), "as entidades não podem ser reduzidas até ao ponto da inadequação", e "é inútil fazer com pouco o que requer mais”. Obviamente nenhuma destas afirmações contraria realmente o sentido da Navalha de Occam, mas servem antes como alerta contra o excesso de zelo na aplicação do princípio. Deve-se eliminar o supérfluo, mas apenas isso.
Princípio de Goguel.....................................................................................................................................................................................Goguel's Principle
Principe de Goguel / Principio de Goguel / Prinzip Goguel / Goguel原则 / Принцип Гогеля / Principio di Goguel /
Durante a deformação, o volume dos sedimentos mantém-se, mais ou menos, constante. Este princípio, embora muito velho, tomou um lugar muito importante na geologia com os trabalhos de Goguel (1954), que introduziu o segundo princípio da termodinâmica na Geologia e, em particular, na Tectónica. Este princípio é, relativamente, aproximativo. Ele não entra em linha de conta com a redução de volume induzida pela diminuição da porosidade com a profundidade e dos fenómenos de dissolução, os quais podem, em certos casos excepcionais, atingir 30% do volume total. Em 1933, Lindgreen introduziu o mesmo principio na geologia mineira. Ele sugeriu que durante a formação dum minério por substituição, não há nenhuma mudança nem de volume nem da forma da rocha (lei dos volumes iguais).
Ver: « Corrasão »
&
« Princípio Geológico »
&
« Teoria daTectónica das Placas »
Figura 533 (Princípio de Goguel) - Este princípio, embora muito antigo, tomou um lugar muito importante na geologia com os trabalhos de Goguel (1954), que introduziu o primeiro princípio da termodinâmica (a energia não pode ser criada nem destruída, mas somente transformada de uma espécie em outra)na geologia e em particular na tectónica. O princípio de Goguel é, relativamente, aproximativo, visto que ele não entra em linha de conta com a redução de volume induzida pela diminuição da porosidade em profundidade e com os fenómenos de dissolução (estilolitização (*)) que podem, excepcionalmente, atingir 30-40% do volume total. A tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do onshore da Tunisia (onde não existem falhas de deslizamento significativas) proposta nesta figura é, totalmente, refutada pelo princípio de Goguel, uma vez que o interpretador fez desaparecer, durante a deformação, uma quantidade enorme de sedimentos. Os reflectores vermelho violeta, verde e azul estão encurtados de quantidades diferentes, o que quer dizer que o traço das falhas é, provavelmente, errado. Como os horizontes inferiores (vermelho e violeta) estão muito menos encurtados que que os horizontes sísmicos superiores (verde e azul) é, possível que os planos de falhas inversas principais (as duas falhas mais a Oeste) se horizontalizem, mais ou menos, à volta de 2 segundos de profundidade. Uma tal horizontalização dos planos de falha permite, em grande parte, explicar os diferentes encurtamentos (presença de um plano de despegue, mais ou menos horizontal). Além deste princípio, na Geologia existem muitos outros princípios ou hipóteses, entre os quais podemos citar-se: (i) Princípio da Composição, que diz uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio do Balde Carbonatado, que diz que a arquitectura do crescimento de uma plataforma carbonatada orlada assemelha-se à geometria de um balde ou de tronco de cone invertido ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, que diz que as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente (não é totalmente verdadeiro) ; (iv) Princípio da Intersecção, que diz os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, que diz que uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a rocha que ela penetra ; (vi) Princípio da Sobreposição, que diz que numa série sedimentar, ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes acima ; (vii) Princípio de Ochkam, que diz que a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade: ; (viii) Princípio da Continuidade Lateral Original, que diz que as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (ix) Princípio de Walther, em estratos conformes, as fácies que se sucedem, verticalmente, sucedem-se, lateralmente, nos ambientes adjacentes ; (x) Princípio Dextrógiro, que diz que se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro de um relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, no qual as mudanças geológicas são devidas, principalmente, aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio da Sucessão dos Fósseis, que diz que a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (xiii) Princípio do Catastrofismo, que diz que alterações que ocorreram na Terra foram devida à ocorrência de grandes catástrofes naturais ; (xiii) Princípio da Deriva dos Continentes, que diz que as massas continentais tem uma pequena densidade e, por esse motivo, flutuavam sobre as densas massas oceânicas, movimentando-se e alterando a superfície do planeta ; (xiv) Princípio do Neocatastrofismo, que admite o uniformitarismo como o guia principal, mas não exclui que fenómenos catastróficos ocasionais tenham tenham contribuído para eventuais alterações da superfície terrestre ; por outras palavras, o neocatastrofismo associa as ideias catastróficas às uniformitaristas para explicar determinados fenómenos como, por exemplo a extinção dos dinossáurios, etc.
(*) Formação de contactos irregulares semelhantes a suturas, que os geocientistas denominam estilólitos, produzidos pela dissolução, sob pressão, de uma rocha em condições de enterramento profundo. A estilolitização é mais frequentemente encontrada em rochas calcárias, e pode ser reconhecida, facilmente, pela concentração de resíduos argilosos insolúvel ao longo da superfície dos estilólitos. Até 40% da espessura original de uma intervalo calcário pode ser dissolvido por da estilolitização.
Princípio da Horizontalidade Original..............................................Principle of Original Horizontality
Principe d'horizontalité originelle / Principio de horizontalidad original / Prinzip der ursprünglichen Horizontalität / 原来水平原则 / Принцип исходной горизонтальности / Principio di orizzontalità originaria /
As camadas sedimentares depositam-se horizontalmente. Este principio foi muito melhorado. Hoje, sabemos que os planos de estratificação são superfícies cronostratigráficas compostas por ambientes geológicos com inclinações diferentes. Os depósitos aluviais (localizados a montante da linha de baía), depósitos de talude continental e, em particular, os deltas tipo Gilbert não se depositam horizontalmente. Tendo em linha de conta o fraco valor das inclinações dos sedimentos (excepção feita para certos carbonatos e cones submarinos do talude), pode dizer-se, que este princípio, nas suas grandes linhas, é valido. A maioria das camadas sedimentares deposita-se com inclinações inferiores a 10º, o que não é muito longe da horizontal.
Ver: « Deposição (clásticos)" »
&
« Inclinação Deposicional »
&
« Princípio Geológico »
Figura 534 (Princípio da Horizontalidade Original) - Um dos primeiros cientistas a se opor à igreja em defesa da geologia foi o jovem médico dinamarquês chamado Niels Stenson, considerado o "pai da estratigrafia", mas conhecido pelo nome latinizado Nicolau Steno (1638-1686) que chegou a Florença, na Itália por convite do Grande Duque Ferdinando II (http://ufrr.br/lapa/index.php?option=com_content&view=article&id=%2095). O princípio da horizontalidade original, que ainda é válido actualmente, é um dos três princípios de Nicolaus Steno,(nasceu em Copenhaga, na Dinamarca, e viveu entre 11 de Janeiro de 1638 e 25 de Novembro de 1686), que foi um dos pioneiro da anatomia e da geologia e que é considerado, por muito geocientistas, como um dos pais da geologia e da estratigrafia. Este princípio foi melhorado recentemente. Sabemos hoje que os planos de estratificação são superfícies cronostratigráficas compostas por ambientes geológicos com inclinações diferentes. Os depósitos aluviais (localizados a montante da linha de baía), os depósitos do talude continental e, em particular, os deltas de tipo Gilbert não se depositam horizontalmente. Tendo em linha de conta, o fraco valor das inclinações sedimentares (excepção feita para certos carbonatos e cones submarinos de talude) pode dizer-se que este princípio, nas suas grandes linhas, é valido. A grande maioria das camadas sedimentares depositam-se com inclinações inferiores a 10°, o que não é muito longe da horizontal. Com o advento da sísmica de reflexão, e mais tarde com o advento da estratigrafia sequencial e sobretudo da sismostratigrafia (*) todos os geocientista, a possibilidade de constatar que este princípio é muito aproximativo. Na realidade, ao longo de uma linha cronostratigráfica, várias ruptura de inclinação podem ser facilmente identificadas sobretudo numa linha sísmica regional, as quais de montante para jusante são: a) Ruptura da linha da baía ; b) Ruptura da linha da costa ; c) Ruptura da base do talude deltaico ; d) Ruptura do topo do talude continental e e) Ruptura da base do talude continental. Assim, a grande escala depósitos, mais ou menos, inclinados para jusante se formaram a montante da linha de baía (depósitos aluviais), no talude deltaico e no talude continental. Além deste princípio, na Geologia existem muitos outros princípios ou hipóteses, entre os quais podemos citar-se: (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio do Balde Carbonatado, a arquitectura do crescimento de uma plataforma carbonatada orlada assemelha-se à geometria de um balde ou de tronco de cone invertido ; (iii) Principio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos resta, mais ou menos, constante ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a rocha que ela penetra ; (vi) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar, ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes acima ; (vii) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade ; (viii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (ix) Princípio de Walther, em estratos conformes, as fácies que se sucedem, verticalmente, sucedem-se, lateralmente, nos ambientes adjacentes ; (x) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro de um relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas, principalmente, aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (xiii) Princípio do Catastrofismo, alterações que ocorreram na Terra foram devida à ocorrência de grandes catástrofes naturais ; (xiv) Princípio da Deriva dos Continentes, as massas continentais tem uma pequena densidade e, por esse motivo, flutuavam sobre as densas massas oceânicas, movimentando-se e alterando a superfície do planeta ; (xv) Princípio da Tectónica das Placas, não são os continentes que se movimentam, mas as placas litosféricas que contêm esses continentes ; (xvi) Princípio do Neocatastrofismo, que admite o uniformitarismo como o guia principal, mas não exclui que fenómenos catastróficos ocasionais tenham tenham contribuído para eventuais alterações da superfície terrestre ; por outras palavras, o neocatastrofismo associa as ideias catastróficas às uniformitaristas para explicar determinados fenómenos como, por exemplo a extinção dos dinossáurios, etc.
(*) Disciplina da estratigrafia que interpreta os dados sísmicos num contexto estratigráfico, tendo em conta que as reflexões sísmicas são gerados por superfícies físicas nas rochas, como por exemplo planos de estratificação, grupos de camadas, superfícies de base das progradações e discordância, caracterizadas por diferentes valores de impedância sísmica (produto da densidade e da velocidade). A interpretação estratigráfica das secções sísmicas de secções sísmicas faz-se através da identificação de ciclos estratigráficos e, particularmente, de ciclos sequência. O desenvolvimento de sismostratigrafia forneceu a outras disciplinas, como s sedimentologia, estratigrafia e tectónica novos critérios para o estudo das sucessões sedimentares, o que permitiu o aparecimento de uma metodologia moderna de estudo, a estratigrafia sequencial.
Princípio de Ockham.........................................................................................................................................................................Ockham's Principle
Principe d'Ockham / Principio de Ockham / Prinzip von Ockham / 奥卡姆原理 / Бритва Оккама (методологический принцип) / Principio di Ockham /
A pluralidade não deve ser invocada sem necessidade “Pluritas non est ponenda sine necessita”.
Ver : « Eustasia »
&
« Estratigrafia Sequencial »
&
« Princípio Geológico »
Figura 535 (Princípio de Ockham) - O princípio de Ochkam é o princípio segundo o qual quando várias explicações possíveis existem para um fenómeno é a explicação mais simples que tem a maior probabilidade de ser mais próxima da verdade. Vários cientistas e filósofos não estão de acordo com este principio. Chatton (1290–1343), contemporâneo de Occam, afirmava que "se três entes não forem suficientes para verificar uma afirmação acerca de algo, então uma quarta deve ser acrescentada, e assim por diante”. Leibniz (1646-1716) dizia que "a variedade de seres não pode ser diminuída”. Menger (1902-1985), dizia que as "as entidades não podem ser reduzidas até ao ponto da inadequação" e que "é inútil fazer com pouco o que requer mais”. Obviamente nenhuma destas afirmações contraria realmente o sentido da Navalha de Occam, mas servem antes como alerta contra o excesso de zelo na aplicação do princípio. Deve-se eliminar o supérfluo, mas apenas isso. Este princípio, que diz que a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade: “Pluritas non est ponenda sine necessita”) é o antecessor do chamado princípio KISS (“Keep It Simple, Stupid” que em português se pode traduzir por “simplifique, estúpido” foi defendido por I. Kant (1724-1804) na Crítica da Razão Pura (1781/1787, pp. 538-9), na qual não só e aceitou a máxima “entia praeter necessitatem non esse multiplicanda" que em português quer dizer que os rudimentos ou princípios não devem ser multiplicados desnecessariamente, mas diz que esta é uma ideia reguladora da razão pura que subjaz à teorização dos cientistas sobre a natureza. Actualmente, este princípio é aplicado em todas as ciências, mas certos geocientistas, sobretudo actualmente com a ficção do aquecimento global antropogénico, têm tendência a esquecê-lo. Nunca se pode esquecer que a verdade científica não existe. Toda a hipótese ou conjectura nunca pode ser verificada, mas unicamente corroborada ou validada, o que quer dizer que a abordagem científica é a falsificação e não o verificacionismo (metodologia filosófica aplicada às ciências da natureza, que utiliza o princípio de verificabilidade de uma hipótese, por meio do método empírico, como forma de saber se a hipótese é verdadeira ou não). Além deste princípio, na Geologia existem muitos outros princípios ou hipóteses, entre os quais podemos citar-se: (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio do Balde Carbonatado, a arquitectura do crescimento de uma plataforma carbonatada orlada assemelha-se à geometria de um balde ou de tronco de cone invertido ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente (não é totalmente verdadeiro) ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a rocha que ela penetra ; (vi) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar, ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes acima ; (vii) Principio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos resta, mais ou menos, constante ; (viii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (ix) Princípio de Walther, em estratos conformes, as fácies que se sucedem, verticalmente, sucedem-se, lateralmente, nos ambientes adjacentes ; (x) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro de um relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas, principalmente, aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (xiii) Princípio do Catastrofismo, alterações que ocorreram na Terra foram devida à ocorrência de grandes catástrofes naturais ; (xiv) Princípio da Deriva dos Continentes, as massas continentais tem uma pequena densidade e, por esse motivo, flutuavam sobre as densas massas oceânicas, movimentando-se e alterando a superfície do planeta ; (xv) Princípio do Neocatastrofismo, que admite o uniformitarismo como o guia principal, mas não exclui que fenómenos catastróficos ocasionais tenham tenham contribuído para eventuais alterações da superfície terrestre ; por outras palavras, o neocatastrofismo associa as ideias catastróficas às uniformitaristas para explicar determinados fenómenos como, por exemplo a extinção dos dinossáurios, etc.
Princípio da Sobreposição..........................................................................................................................Principle of Superposition
Principe de superposition / Principio de superposición / Superpositionsprinzip /叠加原理 / Принцип наложения / Principio di sovrapposizione /
Numa série sedimentar não, ou ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes sucessivamente para cima. Este princípio é ainda hoje válido. Ele não sofreu nenhuma modificação desde Steno (excepto para os terraços).
Ver : « Idade Relativa »
&
« Princípio Geológico »
&
« Sedimentação Repetitiva »
Figura 536 (Princípio de Sobreposição) - Este princípio é um dos três grandes princípios geológicos avançado por Steno (*): “"No momento em um qualquer estrato se depositava, toda a matéria que repousava sobre ele era fluida, por conseguinte, no momento em que o estrato inferior se depositava, nenhum dos estratos superiores existia”. Steno foi um dos primeiros cientistas a se opor à igreja em defesa da geologia foi o jovem médico dinamarquês chamado Niels Stenson, considerado o "pai da estratigrafia", mas conhecido pelo nome latinizado Nicolau Steno (1638-1686) que chegou a Florença, na Itália por convite do Grande Duque Ferdinando II (http://ufrr.br/lapa/index.php?option=com_content&view=article&id=%2095). O princípio de sobreposição original, é um dos três princípios de Nicolaus Steno. Como ilustrado nesta tentativa de interpretação de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do lago de Maracaibo (Venezuela), o principio da sobreposição é mais que evidente, nas regiões não deformadas por encurtamento. Quando os sedimentos são muito encurtados podem-se formar falhas inversa e os intervalos sedimentares mais antigos podem sobrepor-se a intervalos mais recentes, como se pode constatar na parte inferior da falha inversa proposta na parte central desta tentativa de interpretação. Todavia, pode dizer-se, que nas regiões em que o encurtamento sedimentar é pequeno, o princípio de sobreposição avançado por Nicolas Steno no século XVII é válido para todos os depósitos sedimentares, com uma restrição, particular, no caso dos terraços. Com efeito, numa sucessão de terraços (cada dos quais é formado por uma superfície plana, ou ligeiramente inclinada, chamada degrau, limitada por um lado por uma escarpa com uma inclinação mais íngreme), que eles sejam fluviais, marinhos, lacustres ou glaciários, os terraços mais recentes depositam-se a uma altitude inferior à dos mais antigos. Além deste princípio, na Geologia existem muitos outros princípios ou hipóteses, entre os quais podemos citar-se: (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio do Balde Carbonatado, a arquitectura do crescimento de uma plataforma carbonatada orlada assemelha-se à geometria de um balde ou de tronco de cone invertido ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente (não é totalmente verdadeiro) ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a rocha que ela penetra ; (vi) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade: “Pluritas non est ponenda sine necessita” ; (vii) Principio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos resta, mais ou menos, constante ; (viii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (ix) Princípio de Walther, em estratos conformes, as fácies que se sucedem, verticalmente, sucedem-se, lateralmente, nos ambientes adjacentes ; (x) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro de um relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas, principalmente, aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (xiii) Princípio do Catastrofismo, alterações que ocorreram na Terra foram devida à ocorrência de grandes catástrofes naturais ; (xiii) Princípio da Deriva dos Continentes, as massas continentais tem uma pequena densidade e, por esse motivo, flutuavam sobre as densas massas oceânicas, movimentando-se e alterando a superfície do planeta ; (xiv) Princípio da Tectónica das Placas, não são os continentes que se movimentam, mas as placas litosféricas que contêm esses continentes , (xiv) Princípio do Neocatastrofismo, que admite o uniformitarismo como o guia principal, mas não exclui que fenómenos catastróficos ocasionais tenham tenham contribuído para eventuais alterações da superfície terrestre ; por outras palavras, o neocatastrofismo associa as ideias catastróficas às uniformitaristas para explicar determinados fenómenos como, por exemplo a extinção dos dinossáurios, etc.
(*) Em 1669, Niels Stenson (1638-1686), mais conhecido então e agora por seu nome latinizado Nicolaus Steno, formulou algumas regras básicas que o ajudaram a compreender rochas de Toscânia e vários objetos contido dentro delas. No seu trabalho preliminar, "De Solido Intra Solidum Naturaliter Contento - Dissertationis Prodromus", incluiu várias proposições que se tornaram fundamentais para os geocientistas que estudam todos os tipos de rochas, das três delas são conhecidos como princípios de Steno:(i) Principio da Sobreposição ; (ii) Principio da Horizontalidade Original e (iii) Princípio da Continuidade Lateral (https://www.thoughtco.com/stenos-laws-or-principles-1440787).
Princípio da Sucessão de Fósseis..................................................................................Principle of Fossil Succession
Principe de la succession des fossiles / Principio de sucesión fosilífera / Prinzip der Nachfolge von fossilen / 化石的继承原则 / Принцип последовательности образования ископаемых / Principio di successione di fossili /
A distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida. William Smith propôs este princípio no fim do século XVIII. É interessante notar que o autor deste princípio nunca admitiu a evolução das espécies. Hoje, todos os geocientistas explicam uma tal sucessão de fósseis como uma consequência da evolução das espécies.
Ver : « Fóssil Característico »
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« Idade Relativa »
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« Princípio Geológico »
Figura 537 (Princípio da Sucessão dos Fósseis) - Este princípio também chamado, por certos geocientistas, Princípio da Identidade Paleontológica, diz que os grupos de fósseis (*) (animal ou vegetal) ocorrem no registo geológico segundo uma ordem determinada e invariável, de modo que, se esta ordem é conhecida, é possível determinar a idade relativa entre camadas a partir de seu conteúdo fossilífero. Este princípio foi desenvolvido pelo geólogo William Smith, que trabalhou no País de Gales (c. 1800), onde desenvolveu a ideia de que cada período da história da Terra tem o seu registro fóssil particular. Durante seu trabalho na construção de um canal, ele constatou que sempre se encontrava as sucessões de rochas na mesma ordem de sobreposição e que cada grupo de estratos continha os mesmos fósseis distintivos através de todo o país. Ele descobriu que, embora variasse a composição litológica dos estratos, da mesma idade continham os mesmos fósseis. Com isso, ele criou as bases para a aplicação da paleontologia à geologia, ou seja, a "Paleontologia Estratigráfica) e concluiu, também que os organismos tinha mudado ao longo do tempo. Ele estabeleceu bases da biostratigrafia utilizando os fósseis como ferramenta para caracterizar, subdividir e correlacionar estratos de diferentes regiões e, principalmente, ordena-los numa sequência temporal relativa. Esse princípio, inicialmente utilizado como um instrumento prático, foi posteriormente explicado pela teoria da evolução de C. Darwin. Foi William Smith, que propôs este princípio no fim do século XVIII. É interessante notar que o autor deste princípio nunca admitiu a evolução das espécies. Hoje, todos os geocientistas explicam uma tal sucessão de fósseis como uma consequência da evolução das espécies, que postula que as espécies que habitaram e habitam a Terra não foram criadas independentemente, mas descendem umas das outras e estão interligadas por laços evolutivos (esta transformação, denominada evolução das espécies, foi apresentada e explicada por Charles Darwin, em 1859, no seu tratado “A origem das espécies. Não esqueça que a Geologia e Paleontologia são ciências e que o Criacionismo é a crença religiosa de que a humanidade, a vida, a Terra e o Universo são a criação de um agente sobrenatural. O termo Criacionismo é mais, commumente, usado para se referir à rejeição, por motivos religiosos de certos processos biológicos, particularmente a evolução. Além deste princípio, na Geologia existem muitos outros princípios ou hipóteses, entre os quais podemos citar-se: (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio do Balde Carbonatado, a arquitectura do crescimento de uma plataforma carbonatada orlada assemelha-se à geometria de um balde ou de tronco de cone invertido ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente (não é totalmente verdadeiro) ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a rocha que ela penetra ; (vi) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade: “Pluritas non est ponenda sine necessita” ; (vii) Principio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos resta, mais ou menos, constante ; (viii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (ix) Princípio de Walther, em estratos conformes, as fácies que se sucedem, verticalmente, sucedem-se, lateralmente, nos ambientes adjacentes ; (x) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro de um relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas, principalmente, aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar, ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes acima ; (xiii) Princípio do Catastrofismo, alterações que ocorreram na Terra foram devida à ocorrência de grandes catástrofes naturais ; (xiii) Princípio da Deriva dos Continentes, as massas continentais tem uma pequena densidade e, por esse motivo, flutuavam sobre as densas massas oceânicas, movimentando-se e alterando a superfície do planeta ; (xiv) Princípio da Tectónica das Placas, não são os continentes que se movimentam, mas as placas litosféricas que contêm esses continentes, etc.
(*) Fósseis são restos ou vestígios preservados de animais, plantas ou outros seres vivos em rochas, como moldes do corpo ou partes deste, rastros e pegadas. A totalidade dos fósseis e sua colocação nas formações rochosas e camadas sedimentares é conhecido como registro fóssil. A palavra "fóssil" deriva do termo latino "fossilis" que significa "ser desenterrado". A ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia. A fossilização raramente ocorre porque a matéria orgânica dos seres vivos tende a ser rapidamente decomposta. Logo, para que um organismo seja fossilizado, os restos devem ser cobertos por sedimentos o mais rápido possível. Existem diferentes tipos de fósseis e diferentes processos de fossilização. (http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/fosseis.php)
Princípio de Walther...........................................................................................................................................................................Walther's Principle
Principe de Walther / Principio de Walther / Prinzip der Walther / 瓦尔特原则 / Закон Уолтера / Principio di Walther /
As fácies que se sucedem verticalmente, em estratos conformes, sucedem-se, lateralmente, nos ambientes adjacentes. Em continuidade de sedimentação, se um geocientista reconhece, lateralmente, uma fácies arenosa de planície costeira, uma fácies argilosa de talude continental e, finalmente, uma fácies argilosa de planície abissal, ele reconhecerá, verticalmente, e de baixo para cima, uma fácies argilosa de planície abissal, uma fácies argilosa de talude continental e, finalmente, uma fácies arenosa de planície costeira.
Ver : « Estratificação (sedimentos) »
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« Fácies »
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« Princípio Geológico »
Figura 538 (Princípio de Walther) - O princípio da correlação de fácies ou lei de Walther, diz que fácies contíguas em ambientes de sedimentação podem aparecer sobrepostas no registro estratigráfico, o que é de grande importância para a interpretação sedimentológica e para as reconstruções paleogeográficas uma vez que ele caracteriza a capacidade de deslocamento de ambientes sedimentares função do acarreio sedimentar e da tectónicas. As bacias sedimentares, em condições de estabilidade tectónica, têm tendência ao assoreamento e é isso que determina a sobreposição das fácies menos profundas sobre as mais profundas. Nesta tentativa de interpretação de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do offshore de Nova Jersey, nas áreas em que há continuidade de sedimentação, reconhece-se lateralmente uma fácies arenosa da planície costeira (1), depois, lateralmente, uma fácies argilosa do talude continental (2) e, finalmente, uma fácies argilosa de planície abissal (3). Verticalmente, e de baixo para cima, reconhece-se igualmente, uma fácies argilosa de planície abissal (3), uma fácies argilosa do talude continental (2) e, finalmente, no topo, uma fácies arenosa de planície costeira (1). Note que neste autotraço, a superfície de base das progradações (enfatizada pela linha tracejada colorida de verde) é praticamente sub-horizontal, sobretudo se tomar em linha de conta o abaixamento dos reflectores sísmicos debaixo do talude continental actual, quer isto dizer se tomar em linha de conta o artefacto sísmico induzido pela variação abrupta da profundidade de água. Uma tal geometria quer dizer que a influência da tectónica na criação de espaço disponível para os sedimentos (acomodação) foi praticamente nula, o que quer dizer que a fase regressiva do ciclo de invasão continental pós-Pangeia foi fundamentalmente controlada pela eustasia, ou seja, pelas variações do nível do mar absoluto ou eustático (nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite). Além deste princípio, na Geologia existem muitos outros princípios ou hipóteses, entre os quais podemos citar-se: (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio do Balde Carbonatado, a arquitectura do crescimento de uma plataforma carbonatada orlada assemelha-se à geometria de um balde ou de tronco de cone invertido ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente (não é totalmente verdadeiro) ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a rocha que ela penetra ; (vi) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade: “Pluritas non est ponenda sine necessita” ; (vii) Principio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos resta, mais ou menos, constante ; (viii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (ix) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (x) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro de um relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas, principalmente, aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar, ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes acima ; (xiii) Princípio do Catastrofismo, alterações que ocorreram na Terra foram devida à ocorrência de grandes catástrofes naturais ; (xiii) Princípio da Deriva dos Continentes, as massas continentais tem uma pequena densidade e, por esse motivo, flutuavam sobre as densas massas oceânicas, movimentando-se e alterando a superfície do planeta ; (xiv) Princípio da Tectónica das Placas, não são os continentes que se movimentam, mas as placas litosféricas que contêm esses continentes ; (xiv) Princípio do Neocatastrofismo - que admite o uniformitarismo como o guia principal, mas não exclui que fenómenos catastróficos ocasionais tenham tenham contribuído para eventuais alterações da superfície terrestre ; por outras palavras, o neocatastrofismo associa as ideias catastróficas às uniformitaristas para explicar determinados fenómenos como, por exemplo a extinção dos dinossáurios, etc.
Prisma de Bordadura de Bacia..........................................................................................................................Shelf Margin Wedge
Prisme de bordure de bassin / Prisma de borde de cuenca / Prism Rand des Beckens / 楔形的大陆架边缘 / Клин краевой зоны бассейна / Prisma bordo del bacino /
Prisma sedimentar que fossiliza uma discordância de tipo II e que prograda sobre uma plataforma continental a jusante da antiga ruptura da superfície de deposição.
Ver: « Ciclo Sequência »
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« Cortejo Sedimentar »
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« Discordância Tipo II »
Os prismas da bordadura das bacias (PBB) estão associados com as discordâncias do tipo II. Inicialmente, os geocientistas da Exxon consideram Figura 539 (Prisma de Bordadura da Bacia) - Os prismas da bordadura das bacias (PBB) estão associados com as discordâncias do tipo II. Inicialmente, os geocientistas da EPR (“Exploration Production Research” da Exxon) consideram dois tipos de discordâncias: (i) Tipo I e (ii) Tipo II. Uma discordância de Tipo I é induzida por uma descida significativa do nível do mar relativo (nível do mar, local, referenciado a qualquer ponto fixo da superfície terrestre, que pode ser a base dos sedimentos ou o fundo do mar e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto o eustático e da tectónica) que põe o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia do ciclo sequência precedente. O rebordo da bacia é, em geral, o limite externo da planície costeira, uma vez que na maior parte dos casos, durante a 2a fase do prisma de nível alto (do ciclo sequência precedente), a bacia não têm plataforma. Uma tal descida do nível do mar relativo, exuma completamente plataforma, se ela existir, ou levanta ainda mais a planície costeira em relação ao novo nível do mar e exuma também a parte superior do talude continental. Como ilustrado no esquema superior, desta figura, esta descida, implica: (a) Um deslocamento para o mar e para baixo da linha da costa e dos depósitos costeiros associados ; (b) A ruptura dos perfis de equilíbrio provisório dos rios ; (c) O depósito de cones submarinos profundos (em geral cones submarinos de bacia que iniciam o depósito do novo ciclo sequência) e (d) Uma superfície de erosão, que enfatiza o desgaste dos solos e das rochas, em geral por causa do intemperismo, e que é facilmente reconhecida onde há desenvolvimento de vales cavados e de canhões submarinos. Uma discordância do Tipo II é induzida por uma descida do nível do mar relativo de pequena amplitude. O nível relativo do mar não desce, suficientemente, para que as condições geológicas mudem para condições de nível baixo. Os depósitos costeiros são pouco deslocados para jusante e para baixo. A plataforma, se ela existir, não é exumada totalmente. No caso da bacia não ter plataforma, a planície costeira não é muito levantada em relação ao novo nível relativo do mar. Como a superfície de erosão é muito limitada não existe deposição turbidítica profunda associada com as discordâncias de tipo II. A deposição continua, praticamente, como durante o prisma nível alto (PNA), uma vez que uma subida ou uma estabilização relativa do mar ocorre depois da pequena descida. O centro de deposição deste novo intervalo sedimentar, isto é, do prisma de bordadura da bacia (PBB) é, ligeiramente, deslocado para jusante em relação ao prisma de nível alto (PNA) ao qual ele é agregado. A deposição continua até que ocorra uma descida significativa do nível do mar relativo, isto é, uma discordância de Tipo I e que a deposição de um novo ciclo sequência (ciclo estratigráfico induzido por um ciclo eustático de 3a ordem isto é, um ciclo eustático de duração entre 0,5 e 3-5 My). A grande maioria dos geocientistas pensa que a diferenciação entre estes dois tipos de discordâncias não é relevante e falam, sobretudo, de regressões forçadas induzidas pelo movimento da linha da costa para o mar no seguimento de uma pequena descida do nível do mar relativo. Catuneanu (2002) considera que ela ocorre durante as fases de descida do nível de base (superfície em relação à qual os sedimentos se depositam ou são erodidos, controlada pela erosão, depósito, tectónica e nível do mar absoluto e relacionada à erosão continental), quando o litoral é forçado a progradar devido a uma descida do nível do mar relativo, independentemente, do acarreio sedimentar, o que desencadeia erosão, tanto nos ambientes não marinhos que nos ambientes de água pouco profundas, o que quer dizer que a incisão fluvial é acompanhada pela progradação de depósitos costeiros. No início da estratigrafia sequencial, um ciclo sequência completo era constituído de baixo para cima dos seguintes subgrupos de cortejos sedimentares: (i) Cones submarinos de bacia (CSB) ; (ii) Cones submarinos de talude (CST) ; (iii) Prisma de nível baixo (PNB) ; (iv) Intervalo transgressivo (IT) ; (v) Prisma de nível alto (PNA) e (vi) Prisma de Bordadura de bacia (PBB). Actualmente, para muito geocientistas o prisma de bordadura de bacia (PBB) é substituído por uma regressão forçada (RF).
(*) O nível do mar absoluto ou eustático é o nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, o qual é função da : (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo (assumindo que a quantidade de água sob todas as suas formas é constante desde a formação da Terra, há cerca de 4,5 Ga) ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre (onde a gravidade é mais forte que o valor normal, o nível do mar é atirado para o centro da Terra) e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta).
Prisma Costeiro......................................................................................................................................................................................................................Coastal prism
Prisme côtier / Prisma costero/ Küsten Prisma / 沿海棱镜/ Прибрежные призма / prisma costiero /
Conjunto dos sedimentos que se acumulam na planície costeira durante a progradação da linha da costa, o qual inclui depósitos fluviais e marinhos de água pouco profunda. O prisma costeiro (Posamentier e Vail, 1988) tem a forma de cunha e prolonga-se para o continente por biséis de agradação sobre a topografia pré-existente. O limite, a montante, do prisma costeiro é a linha de baía.
Ver : «Perfil de equilíbrio»
Prisma de Nível Alto (1a fase de desenvolvimento)................Highstand prograding wedge (1st phase)
Prisme de haut niveau (1ère phase) / Prisma de alto nivel (1ª fase) / Highstand progradierende Keil (1 Phase) / 高位prograding楔(1 期)/ Prograding клин высокого стояния (первая фаза) / Prisma alto livello (1° fase) /
Quando a ruptura costeira de inclinação da superfície de deposição (mais ou menos a linha da costa) está individualizada do rebordo continental que coincide com o rebordo da bacia ou, por outras palavras, quando num ciclo sequência (CS), o prisma de nível alto (PNA) tem uma plataforma continental, o que corresponde à sua 1a fase de desenvolvimento.
Ver : « Cortejo Sedimentar »
Prisma de Nível Alto (2a fase de desenvolvimento)...............Highstand prograding wedge (2sd phase)
Prisme de haut niveau (2ème phase) / Prisma de alto nivel (2ª fase) / Highstand progradierende Keil (2 Phase) / 高位prograding楔(2 期)/ Prograding клин высокого стояния (2 фаза) / Prisma alto livello (2° fase) /
Quando a ruptura costeira de inclinação da superfície de deposição, que corresponde mais ou menos à linha da costa)coincide (pelo menos nas linhas sísmicas, tendo em linha de conta a resolução sísmica) com rebordo continental ou, por outras palavras, quando o prisma de nível alto tem uma plataforma continental, o que corresponde à sua 2a fase de desenvolvimento.
Ver : « Cortejo Sedimentar »
Prisma de Nível Baixo.................................................................................................................................Lowstand Prograding Wedge
Prisme de bas niveau / Prisma de bajo nivel / Prisma Low-Level / 低水位前积楔 / Клин размывания низкого уровня моря / Prisma basso livello /
Pacote sedimentar progradante depositado em condições geológicas de nível baixo (do mar). O prisma de nível baixo (PNB) deposita-se no talude continental uma vez que a bacia não tem plataforma continental. Em condições normais, no seu mais alto nível de deposição, a quando da 1a superfície transgressiva (1a ST), ele fossiliza o rebordo da bacia, o qual passa a ser o rebordo continental. Por outras palavras, num ciclo sequência (CS), durante o depósito do prisma de nível baixo (PNB) o rebordo da bacia é o último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente, todavia desde a 1a superfície transgressiva o rebordo bacia passa a ser o rebordo continental (limite externo da planície costeira do prisma de nível baixo).
Ver : « Ciclo Sequência »
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« Cortejo de Nível Baixo (do mar) »
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« Cortejo Sedimentar »
Figura 540 (Prisma de Nível Baixo) - Num ciclo estratigráfico dito ciclo sequência, entre a discordância inferior e a discordância superior, a diferença de idade é inferior a 3-5 My, uma vez que um ciclo sequência é induzido por um ciclo eustático de 3a ordem (*), o qual tem uma duração entre 0,5 e 3-5 My. Dois grupos de cortejos sedimentares podem reconhecer-se dento de um ciclo sequência: (i) Grupo dos Cortejos de Nível Baixo do mar (CNB), durante os quais o nível do mar está sempre mais baixo do que o rebordo da bacia e (ii) Grupo dos Cortejos de Nível Alto do mar (CNA), durante os quais o nível do mar está sempre mais alto do que o rebordo da bacia. Num ciclo sequência completo, excluído a presença de uma regressão forçada (RF) ou de um prisma de bordadura de bacia (PBB), dentro do grupo de cortejos de nível baixo (CNB) existem três subgrupos: (a) Cones Submarinos de Bacia (CSB) ; (b) Cones Submarinos de Talude (CST) e (c) Prisma de Nível Baixo (PNB), que, como o seu nome indica, tem uma geometria progradante predominante. Dentro do grupo de cortejos de nível alto (CNA) existem, pelo menos, dois subgrupos de cortejos (**): (i) Intervalo Transgressivo (IT) e (iii) Prisma de Nível Alto (PNA). Como dentro de um ciclo sequência, os sedimentos se depositam, em geral, durante o período de estabilidade do nível do mar relativo que se segue a um paraciclo eustático (ingressão marinha ou acréscimo de uma ingressão marinha composta) e não durante a subida do nível do mar relativo, vários cortejos sedimentares (associações laterais de sistemas de deposição síncronos e geneticamente ligados) se podem reconhecer dentro de um paraciclo sequência (regressão sedimentar induzida por um paraciclo eustático). Durante os cortejos de nível baixo (CNB), o rebordo da bacia é o último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente, o que quer dizer que o rebordo continental (em particular do prisma de nível baixo (PNB) não marca enfatiza o rebordo da bacia. Durante o Intervalo Transgressivo (IT) e o Prisma de Nível Alto (PNA), que são subgrupos do grupo de cortejos de nível alto (CNA), as condições geológicas são nível alto (do mar), o que quer dizer, que desde que o nível do mar relativo inundou a planície costeira do prisma de nível baixo (PNB), o rebordo da bacia, que era o último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente, passou a ser o rebordo continental (última ruptura da planície costeira do prisma de nível baixo). O intervalo transgressivo (IT) tem uma geometria, globalmente, retrogradante (os paraciclos sequência são cada vez mais pequenos, enquanto que as ingressões marinhas são cada vez mais importantes ou, como dizem certos geocientistas, a subida do nível do mar relativo (***) é em aceleração). A geometria do prisma de nível alto (PNA) é progradante (os depocentros dos paraciclos sequência que o constituem migra para o mar). Esta geometria explica-se facilmente, uma vez que as ingressões marinha são cada vez menos importantes (subida do nível do mar em desaceleração e as regressões sedimentares associadas cada vez mais importantes. Nesta figura está ilustrada uma correlação estratigráfica (em subgrupos de cortejos sedimentares que formam os ciclos sequência), proposta por P. Vail, entre 5 poços de pesquisa no onshore da Venezuela. A discordância SB. 15,5 Ma, que limita, inferiormente, o ciclo sequência SB 15,5 - SB 13,8 Ma é, facilmente, reconhecida em todos os poços, dos quais os mais distais, penetraram o prisma de nível baixo (PNB) à jusante do rebordo da bacia. A montante do rebordo da bacia, que é o último rebordo do ciclo sequência precedente, a discordância basal (SB 15,5 Ma) foi coberta, directamente, pela ingressão marinha responsável pela deposição do intervalo transgressivo (IT), o quer dizer, que a partir desse momento (1a superfície transgressiva) a bacia passou a ter uma plataforma continental e que o rebordo continental, marcado pelo prisma de nível baixo (não visível nesta correlação), passou a ser o novo rebordo da bacia.
(*) Um ciclo eustático de 3a ordem, contrariamente aos ciclos eustáticos de 1a ordem (duração superior a 50 My) e, provavelmente, também aos ciclos de 2a ordem (duração entre 3-5 My e 50 My), são determinados a partir da curva das variações do nível do mar relativo e não a partir da curva das variações do nível do mar absoluto ou eustático, que muito geocientistas chamam eustasia.
(**) O Prisma de Bordadura de Bacia (PBB) ou a Regressão Forçada (RF), que podem existir em casos particulares, não são aqui tomados em conta.
(***) O nível do mar relativo é o nível do mar local, referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre quer seja o fundo do mar quer seja a base dos sedimentos, que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica.
Prisma de Nível Baixo Inferior......................................................................Lower Lowstand Prograding Wedge
Prisme de bas niveau inférieur / Prisma de nivel bajo inferior / Low -Level untere Prisma / 低水位前积楔下部 / Нижний клин размывания низкого уровня моря / Prisma di basso livello inferiore /
Um dos três conjuntos sedimentares que se pode observar no subgrupo superior dos cortejos sedimentares de nível baixo (CNB), num contexto geológico de rampa: (i) Preenchimentos de Vales Cavados (Pvc) ; (ii) Prisma de Nível Baixo Inferior (PNBi) e (iii) Prisma de Nível Baixo Superior (PNBs). O prisma de nível baixo inferior (PNBi) é depositado no início da subida relativa do nível do mar, ou seja, imediatamente, após a descida relativa durante a qual se depositaram os cones submarinos de bacia (CSB) e talude (CST). Em relação a curva das variações do nível do mar relativos (curva de variação do espaço disponível) de um ciclo sequência, pode dizer-se, que o prisma de nível baixo inferior (PNBi) é associado à parte inferior da curva com a 1a e 2a derivadas positivas (a função, isto é, a curva é crescente e côncava, o que quer dizer, que o nível do mar relativo sobe em aceleração).
Ver: « Contexto de Bacia (rampa) »
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« Cortejo de Nível Baixo (do mar) »
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« Cortejo Sedimentar »
Figura 541 (Prisma de Nível Baixo Inferior) - Em condições geológica de nível baixo (do mar), o que quer dizer que o nível do mar (em geral, nível do mar relativo) está mais baixo do que o rebordo da bacia, o qual nestas condições é o último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente. O rebordo continental dos depósitos de baixo nível e, em particular, do prisma de nível baixo (PNB) não pode ser considerado o rebordo da bacia, uma vez que a bacia não tem plataforma continental. Assim, em condições de baixo nível do mar, um contexto de rampa, a bacia, por definição, não tem plataforma continental. Por outro lado, como o rebordo da bacia é o último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente, ele é, necessariamente, mal marcado. Como se pode constatar no esquema geológico ilustrado nesta figura, tendo em linha de conta a geometria da discordância, que limita o ciclo sequência inferior, pode dizer-se que havia uma transição, mais ou menos, gradual, entre o prisma costeiro, o talude continental e planície abissal, antes da descida do nível do mar relativo responsável da discordância. Um prisma costeiro é o conjunto dos sedimentos que se acumulam na planície costeira durante a progradação da linha da costa, o qual inclui depósitos fluviais e de água pouco profunda. Ele tem a forma de cunha de prolonga-se para o continente por biséis de agradação sobre a topografia pré-existente. A montante o limite do prisma costeiro é a linha da baía, que pode deslocar-se rio acima quando a progradação da linha da costa é acompanhada de agradação. Por outras palavras, num contexto geológico de rampa é muito difícil de localizar exactamente o rebordo da bacia, em relação ao qual se vão depositar os subgrupos do grupo de cortejos sedimentares de nível baixo (CNB). Num tal contexto, desde que os (i) Os Cones Submarinos de Bacia (CSB), (ii) Os Cones Submarinos de Talude (CST) e (iii) o Prisma de Nível Baixo (PNB), começam a depositar-se, como a agradação é, relativamente, pequena, a individualização destes subgrupos é relativamente é difícil (sem entrar em linha de conta com a resolução sísmica que agrava ainda mais o problema). Por outro lado não se pode esquecer que um cortejo sedimentar é a uma associação lateral de sistemas de deposição síncronos e geneticamente ligados, depositados durante o período de estabilidade relativa do mar, o qual ocorre no seguimento de cada subida do nível do mar relativo, isto é, depois de cada paraciclo eustático ou ingressão marinha. Durante este período de estabilidade do nível do mar relativo, um ou vários cortejos sedimentares podem depositar-se ou ser tomados em conta. Isto é obvio, quando a interpretação sequencial é feita a partir dos dados sísmicos, uma vez, que na maioria dos casos a espessura de um cortejos sedimentar (regressão sedimentar induzida por uma ingressão marinha simples. Uma ingressão marinha simples é um acréscimo de uma ingressão marinha composta, uma vez que uma subida do nível do mar relativo não se faz em continuidade, mas por etapas, como por exemplo: (i) Subida do nível do mar relativo de 3 m (ingressão marinha simples) ; (ii) Período de estabilidade do nível do mar relativo ; (iii) Subida do nível do mar relativo de 5 m (ingressão marinha simples) ; (iv) Período de estabilidade do nível do mar relativo ; (v) Subida do nível do mar relativo de 7 m (ingressão marinha simples) ; (vi) Período de estabilidade do nível do mar relativo ; (vii) Descida do nível do mar relativo de 10 m (regressão marinha). Neste caso, globalmente o nível relativo do mar subiu 15 metros (ingressão marinha composta), em aceleração, uma vez que as ingressões marinhas simples são cada vez maiores. Os termos ingressão marinha simples e composta devem ser utilizados quando uma clarificação é necessária. Muitas vezes, mesmo os cones submarinos de bacia (CSB) e cones submarinos de talude (CST) estão debaixo da resolução sísmica, o que muito mais raro para o prisma de nível baixo (PNB). Em certos casos, apenas, a parte superior do prisma de nível baixo (PNBi), que é constituída por sedimentos grosseiros, se reconhece nas linhas sísmicas. Durante a descida do nível do mar relativo, que define a discordância inferior de um ciclo sequência, os cones submarinos de bacia (CSB) e de talude (CST) depositam-se, ao longo da rampa (como ilustrado neste esquema) e são fossilizados pelo prisma de nível baixo inferior (PNBi), cuja composição é sobretudo argilosa e que se deposita quando a descida do nível do mar relativo começa a desacelerar e até parar de descer. Desde que o nível do mar relativo começa a subir, a lâmina de água aumenta e a linha da costa desloca-se para o continente. Todavia, como o acarreio terrígeno é importante (condições geológicas de nível baixo do mar), pouco a pouco, a linha da costa desloca-se para o mar, à medida que as progradações (em geral sigmóides) do prisma de nível baixo superior (PNBs) fossilizam os depósitos mais finos do prisma de nível baixo inferior (PNBi) como ilustrado neste esquema.
Prisma de Nível Baixo Superior...................................................................Upper Lowstand Prograding Wedge
Prisme de bas niveau supérieur / Prisma de nivel bajo superior / Prisma Low-Level oberen / 低水位前积楔上部 / Верхний клин размывания низкого уровня моря / Prisma di basso livello superiore /
Um dos três conjuntos sedimentares que se pode observar no subgrupo superior dos cortejos sedimentares de nível baixo (CNB), num contexto geológico de rampa: (i) Preenchimentos de Vales Cavados (Pvc) ; (ii) Prisma de Nível Baixo Inferior (PNBi) e (iii) Prisma de Nível Baixo Superior (PNBs). O prisma de nível baixo superior (PNBs) é depositado durante a subida do nível do mar relativo em aceleração depois da deposição do prisma de baixo nível inferior (PNBi). Em relação a curva das variações do nível do mar relativo (curva de variação do espaço disponível) de um ciclo sequência, pode dizer-se, que o prisma de nível baixo superior (PNBs) é associado à parte média da curva com a 1a e 2a derivadas positivas (a função, isto é, a curva é crescente e côncava, o que quer dizer, que o nível do mar relativo sobe em aceleração).
Ve :« Contexto da Bacia »
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« Cortejo de Nível Baixo (do mar) »
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« Cortejo Sedimentar »
No contexto geológico de rampa, as bacias sedimentares não têm plataforma continental, uma vez que o rebordo da bacia, que corresponde ao Figura 542 (Prisma de Nível Baixo Superior) - Em condições geológica de nível baixo (do mar), o que quer dizer que o nível do mar (em geral, nível do mar relativo) está mais baixo do que o rebordo da bacia, o qual nestas condições é o último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente. O rebordo continental dos depósitos de baixo nível e, em particular, do prisma de nível baixo (PNB) não pode ser considerado o rebordo da bacia, uma vez que a bacia não tem plataforma continental. Assim, em condições de baixo nível do mar, um contexto de rampa, a bacia, por definição, não tem plataforma continental. Por outro lado, como o rebordo da bacia é o último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente, ele é, necessariamente, mal marcado. Como se pode constatar no esquema geológico ilustrado nesta figura, tendo em linha de conta a geometria da discordância, que limita o ciclo sequência inferior, pode dizer-se que havia uma transição, mais ou menos, gradual, entre o prisma costeiro (*), o talude continental e planície abissal, antes da descida do nível do mar relativo responsável da discordância. Por outras palavras, num contexto geológico de rampa é muito difícil de localizar exactamente o rebordo da bacia, em relação ao qual se vão depositar os subgrupos do grupo de cortejos sedimentares de nível baixo (CNB). Num tal contexto, desde que os (i) Os Cones Submarinos de Bacia (CSB), (ii) Os Cones Submarinos de Talude (CST) e (iii) o Prisma de Nível Baixo (PNB), começam a depositar-se, como a agradação é, relativamente, pequena, a individualização destes subgrupos é relativamente é difícil (sem entrar em linha de conta com a resolução sísmica que agrava ainda mais o problema). Por outro lado não se pode esquecer que um cortejo sedimentar é a uma associação lateral de sistemas de deposição síncronos e geneticamente ligados, depositados durante o período de estabilidade relativa do mar, o qual ocorre no seguimento de cada subida do nível do mar relativo, isto é, depois de cada paraciclo eustático ou ingressão marinha. Durante este período de estabilidade do nível do mar relativo, um ou vários cortejos sedimentares podem depositar-se ou ser tomados em conta. Isto é obvio, quando a interpretação sequencial é feita a partir dos dados sísmicos, uma vez, que na maioria dos casos a espessura de um cortejos sedimentar (regressão sedimentar induzida por uma ingressão marinha simples (**)). Durante a descida relativa do nível do mar que induziu a discordância, nas partes mais baixas da bacia, depositam-se os cones submarinos de bacia (CSB) e de talude (CST), assim como o prisma de nível baixo inferior (PNBi). A espessura destes intervalos é, relativamente, pequena e, por vezes, debaixo da resolução sísmica. Quando, eles são visíveis nas linhas sísmicas, a geometria do conjunto dos cortejos de nível baixo é progradante como sugerido neste esquema. Desde que o nível do mar relativo parou de descer e começou a subir, em aceleração, a lâmina de água aumenta de maneira significativa e a linha da costa desloca-se para o continente. Durante o período de estabilidade do nível do mar relativo que segue o incremento da subida relativa (paraciclo eustático), como o acarreio terrígeno é importante, uma vez que a antiga plataforma continental foi exumada, a linha da costa vai deslocar-se, pouco a pouco, para o mar, à medida que se depositam os sedimentos ao longo das progradações do prisma de nível baixo inferior (PNBi). Com o tempo e com a alternância repetida de incrementos de subida e de estabilidade do nível do mar relativo, os sedimentos finos do prisma de nível baixo inferior são fossilizados pelos sedimentos mais grosseiros do prisma de nível baixo superior (PNBs), o qual é caracterizado por ter, localmente, uma base erosiva que pode mesmo erodir o prisma de baixo nível inferior e formar vales cavados. Quando isso sucede, os vales cavados são preenchidos por sedimentos muito grosseiros. Tome nota, para evitar confusões, durante uma subida relativa do nível do mar paraciclo eustático, não há deposição. A linha da costa desloca para o continente aumentando o espaço disponível para os sedimentos. O depósito dos sedimentos, isto é, o paraciclo sequência ocorre durante o período de estabilidade do nível do mar relativo entre dois paraciclos eustáticos.
(*) Um prisma costeiro é o conjunto dos sedimentos que se acumulam na planície costeira durante a progradação da linha da costa, o qual inclui depósitos fluviais e de água pouco profunda. Ele tem a forma de cunha de prolonga-se para o continente por biséis de agradação sobre a topografia pré-existente. A montante o limite do prisma costeiro é a linha da baía, que pode deslocar-se rio acima quando a progradação da linha da costa é acompanhada de agradação.
(**) Uma simples ingressão marinha é um acréscimo de uma ingressão marinha composta, uma vez que uma subida do nível do mar relativo não se faz em continuidade, mas por etapas, como por exemplo: (i) Subida do nível do mar relativo de 3 m (ingressão marinha simples) ; (ii) Período de estabilidade do nível do mar relativo ; (iii) Subida do nível do mar relativo de 5 m (ingressão marinha simples) ; (iv) Período de estabilidade do nível do mar relativo ; (v) Subida do nível do mar relativo de 7 m (ingressão marinha simples) ; (vi) Período de estabilidade do nível do mar relativo ; (vii) Descida do nível do mar relativo de 10 m (regressão marinha). Neste caso, globalmente o nível do mar relativo subiu 15 metros (ingressão marinha composta), em aceleração, uma vez que as ingressões marinhas simples são cada vez maiores. Os termos ingressão marinha simples e composta devem ser utilizados quando uma clarificação é necessária.
Prisma de Nível Baixo Suspenso..........................................................................................................................Perched Lowstand
Prisme de bas niveau perché / Prisma de nivel bajo suspendido / Prisma Low-Level gehockt, Gelegen lowstand / 栖息低位 / Приподнятый низкий уровень моря / Prisma di bassi livello arroccato /
Prisma de nível baixo depositado em associação com uma discordâncias de tipo II, quando a descida do nível do mar relativo não é, suficientemente, importante para que o nível do mar desça mais baixo que o rebordo da bacia. Este tipo de prisma de nível baixo deposita-se quando num contexto de rampa, uma pequena descida do mar relativo ocorre durante o depósito do prisma de nível baixo superior (PNBs), mas que não é, suficientemente, importante para criar uma discordância de tipo I.
Ver: « Contexto da Bacia »
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« Cortejo de Nível Baixo (do mar) »
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« Cortejo Sedimentar »
Figura 543 (Prisma de Nível Baixo Suspenso) - Contextos geológicos de rampa no grupo de cortejos dos sedimentares de nível baixo (CNA), durante o depósito dos subgrupos de cortejos dos cones submarinos de bacia (CSB), cones submarinos de talude (CST) e prismas de nível baixo (PNB) são frequentes no Golfo do México. Muitas vezes, eles estão associados com uma tectónica salífera e, em particular, com a tectónica induzida pelos escoamentos (laterais e verticais) dos níveis salíferos alóctones. Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do Golfo do México (*), a desarmonia tectónica (sublinhada pelos círculos vermelhos) induzida pela escoamento lateral do sal alóctone criou uma discordância do tipo I (linha ondulada colorida em vermelho), a qual sublinha o limite inferior de um ciclo sequência. Tendo em linha de conta a morfologia desta discordância, um contexto geológico de rampa é mais que provável, uma vez que é muito difícil de pôr em evidência uma qualquer ruptura da inclinação ao longo desta superfície de erosão, que possa ser considerada como o mais provável rebordo da bacia. Neste caso particular, o rebordo da bacia, que é o ultimo rebordo do ciclo sequência precedente é, provavelmente, sublinhado pela ruptura de inclinação da discordância visível na parte Oeste do autotraço, em associação coma as falhas normais. Durante a descida do nível do mar relativo, que induziu a formação desta discordância, depositaram-se ao longo do talude continental (uma vez que a bacia não tinha plataforma, pelo menos sismicamente), cones submarinos de bacia (CSB), cones submarinos de talude (CST) e um prisma de nível baixo inferior (PNBi), que muito difíceis de separar uns dos outros. Desde que o nível do mar relativo parou de descer e começou a subir (em aceleração, ingressões marinhas cada vez mais importantes), a lâmina de água aumentou de maneira significativa e linha da costa deslocou-se para o continente. Durante o período de estabilidade do nível do mar relativo que ocorreu depois de paraciclo eustático, como o aporte terrígeno era importante, a linha da costa deslocou-se, pouco a pouco, para o mar, à medida que se depositam os sedimentos sob a forma de das progradações do prisma de nível baixo inferior e superior. Uma pequena descida do mar relativo induziu uma discordância do tipo II (discordância enfatizada pela linda ondulada tracejada colorida em azul) sobre a qual se depositou um prisma de nível baixo suspenso. Como a geometria prisma de nível baixo suspenso é progradante apenas o deslocamento para o mar e, ligeiramente, para baixo dos biséis de agradação, permite a sua identificação. Um prisma de nível baixo suspenso é, mais ou menos, o equivalente em água profunda de uma regressão forçada (**) que, normalmente, se desenvolve em condições geológicas de nível alto do mar. Hoje em dia, a grande maioria dos geocientista não fala nem em prisma de nível baixo suspenso, nem em prisma de bordadura de bacia (PBB), mas em regressões forçadas induzidas pelo movimento da linha da costa para o mar no seguimento de uma descida do nível do mar, independentemente, do acarreio sedimentar, o que desencadeia erosão, tanto nos ambientes não marinhos que nos ambientes de água pouco profundas, o que quer dizer que as incisões fluviais são acompanhadas pela progradação de depósitos costeiros. Por conseguinte, como uma regressão forçada se pode desenvolver-se quer em condições geológicas de nível alto quer em condições de nível baixo do mar, é recomendável precisar sempre de que tipo de regressão forçada se esta a falar, ou reservar o termo regressão forçada, unicamente, quando o contexto geológico e utilizar prisma de nível baixo suspenso quando o nível do mar é baixo.
(*) O offshore Este dos Estados Unidos corresponde a uma sobreposição de diferentes bacias da classificação das sedimentares de Bally e Snelson (1980). Numa linha sísmica regional, em geral, de baixo para cima, reconhece-se : (i) Um soco ou uma cadeia de montanhas do Paleozóico, que funciona como uma infraestrutura e que corresponde ao supercontinente Pangeia ; (ii) Bacias de tipo rifte que alongaram o supercontinente antes da ruptura da litosfera e (iii) Uma margem divergente tipo Atlântico, formada na base por uma espessa acumulação de derrames de lava, que se depositaram durante o alastramento vulcânico subaéreo que precedeu o alastramento ou expansão oceânica. Na margem divergente reconhecem-se duas fases tectónico sedimentares. A fase transgressiva, que se depositou durante a subida do nível do mar absoluto ou eustático (nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite), que é coberta pela fase regressiva que se depositou durante a descida do nível do mar durante ciclo eustático de 1a ordem do Mesozóico / Cenozóico. Localmente, a fase transgressiva tem uma geometria paralela, mas globalmente ela é retrogradante, uma vez que ela é o resultado do conjunto de ingressões marinhas, cada vez bacias mais importantes, e das regressões sedimentares associadas, cada vez mais pequenas. Durante a fase regressiva, cuja geometria é progradante, como se pode, facilmente, constatar nesta tentativa de interpretação, ingressões marinhas são cada vez menos importantes e as regressões sedimentares, associadas, cada vez mais importantes.
(**) Uma descida do nível do mar relativo que desça o nível do mar de uma dezenas, pode, primeiro, verifica-se um forte deslocamento dos sistemas parálicos em direção à linha de costa num movimento que se denominado por certos geocientistas de “regressão forçada”. Como a erosão da região exposta se estende, forma-se uma discordância, materializada por uma superfície erosiva e pela superposição de sedimentos continentais sobre os sedimentos costeiros e marinhos anteriormente depositados. Esta discordância forma o limite de uma nova sequência deposicional.
Processo Construtivo(recife)..............................................................................................................................................Constructive Process
Processus constructif (récif) / Proceso constructivo (arrecife) / Konstruktiver Prozess (Riffe) / 建设性的进程(礁) / Конструктивный процесс (рифы) / Processo costruttivo (scogliere) /
Processo biológico construtivo, como, o crescimentos dos organismos carbonatados.
Ver : « Recife »
Processo Destrutivo(recife).........................................................................................................................................................Destructive Process
Processus destructif (récif) / Proceso destructivo (arrecife) / Destruktiven Prozess (Riffe) / 破坏过程(礁) / Деструктивный процесс (рифы) / Processo distruttivo (scogliere) /
Processo que pode destruir ou provocar danos no crescimento de um recife, como a acção das ondas do mar e a bioerosão (destruição biológica).
Ver : « Recife »