Nanoplâncton..................................................................................................................................................................................................................Nanoplankton
Nanoplancton / Nanoplancton / Nanoplankton / 应用 / Карликовый планктон / Nanoplancton /
Organismos marinhos plantónicos com dimensões entre 2,0 e 10 micros (μm). Note, que um cabelo humano tem uma espessura de cerca de 100 microns (0,00010 m).
Ver: « Bentos »
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« Megaplâncton »
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« Foraminífero »
Em biologia marinha e limnologia chama-se plâncton (da palavra grega planktos, que significa errante) ao conjunto dos organismos que têm pouco poder de locomoção e vivem, livremente, na coluna de água (pelágicos) sendo, muitas vezes, arrastados pelas correntes oceânicas. O plâncton encontra-se na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, uma vez que serve de alimentação a organismos maiores. Foi no final do século XIV, que o biólogo alemão Johannes Müller, numa expedição oceânica, resolveu passar uma rede fina de seda pela superfície do mar, para capturar as substâncias em suspensão. Ele encontrou uma comunidade, totalmente, desconhecida, composta de inúmeros organismos vegetais e animais. Quem primeiro empregou o termo plâncton foi o biólogo também alemão Viktor Hensen, em 1887. Ele definiu esses organismos como todas as partículas orgânicas "que flutuam livre e involuntariamente pelos corpos de água, independentes da costa e do fundo". O plâncton é, geralmente, subdividido em: (i) Fitoplâncton - formado principalmente por algas microscópicas ; (ii) Ictioplâncton - formado por formas larvares ou juvenis do nécton com pouca locomotividade ; (iii) Zooplâncton - formado por animais. O fitoplâncton é presente nas massas de água oceânicas de forma esparsa, em muito menor concentração do que na água perto da costa. O motivo é, basicamente, a menor quantidade de nutrientes presente nas águas oceânicas, as águas costeiras são muito mais ricas em nutrientes pois o fluxo de nutrientes vindo dos rios enriquece em nitratos, fosfatos e outros sais minerais que ausentes limitam o desenvolvimento da biomassa vegetal fitoplanctónica. O fitoplâncton ocorre desde a superfície até à camada de compensação, nas águas oceânicas límpidas esta pode chegar a mais de 80 metros de profundidade. A camada de compensação é aquela em que o vegetal consegue fazer fotossíntese somente o suficiente para se manter vivo, para a manutenção de seus processos metabólicos. A partir desta camada o vegetal consome mais energia do que produz e acaba morrendo por inanição. (http://pt.wikipedia.org/ wiki/Plâncton).
Não-Conformidade......................................................................................................................................................................................Nonconformity
Non-conformité / No-conformidad / Nichteinhaltung / 非整合 / Стратиграфическое несогласие / Non-Conformità /
Superfície que separa tipos profundamente diferentes de rochas, como uma superfície entre as rochas metamórficas e sedimentares. Em geral, uma não conformidade corresponde a uma discordância, mas nem sempre. Ela pode, muitas vezes, ser confundida com uma conformidade, em particular nas bacias salíferas (desarmonia tectónica).
Ver: « Discordância »
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« Descida do Nível do Mar Relativo »
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« Erosão »
Uma descontinuidade designa uma transição ou contacto entre intervalos quer com densidades diferentes (descontinuidade de Mohorovicic), quer com diferentes fácies sedimentares, quer entre intervalos separados por um hiato. Existem vários tipos de descontinuidades: 1- Estratigráficas ; 2- Sedimentares ; 3- Litológicas ; 4- Tectónicas, etc., Dentro das descontinuidades litológicas podem reconhecer-se as: (i) Descontinuidades Concordantes, quando há continuidade entre os intervalos sucessivos ; (ii) Descontinuidades Paraconformes ou Paraconformidades, quando não há diferença de atitude entre os intervalos sobrepostos, mas há um hiato por ausência de deposição importante entre eles ; (iii) Descontinuidades Não Conformes ou Não Conformidades, quando há um contacto entre um intervalo sedimentar e um corpo ígneo mais antigo ; (iv) Descontinuidades Desconformes ou Desconformidades, quando as camadas dos intervalos são paralelas de um e de outro lado da superfície de contacto a qual não é conforme com a estratificação regional ; (v) As Descontinuidades Discordantes ou Discordâncias quando os dois intervalos estão separados por uma superfície de erosão induzida por uma descida do nível do mar relativo ; (vi) As Descontinuidades Discordantes Reforçadas ou Discordâncias Reforçadas pela Tectónica, quando os sedimentos do intervalo sobrejacente a uma discordância foram deformados pela tectónica ; (vii) Descontinuidades Intrusivas, quando um corpo ígneo atravessa uma série sedimentar ; (viii) Descontinuidade Mecânicas, quando elas são induzidas por falhas, etc. (https://estpal13.wordpress.com/2013/ 06/04/descontinuidades-sedimentares-e-estratigraficas/). Para muitos geocientistas, uma não conformidade corresponde a uma discordância, ou seja, a uma superfície de erosão, em particular, quando ela não está exageradas pela tectónica (discordância angular). Esta expressão é utilizada, sobretudo, quando, aparentemente, uma interface parece conforme mas, na realidade, não é. Numa linha sísmica, as discordâncias inferiores e superiores que limitam um ciclo estratigráfico, como, por exemplo, os limites de um ciclo-sequência, só são evidentes onde as terminações das linhas cronostratigráficas correspondem a biséis de agradação ou de truncatura. Em geral, as discordâncias podem ser evidentes perto do rebordo continental (que pode ou não coincidir com o rebordo da bacia), quando existem preenchimentos de canhões submarinos e, em certas zonas da planície costeira, quando a ocorrência de preenchimentos de vales cavados permite reconhecer a superfície de erosão que as caracteriza. Na maior parte dos casos e, sobretudo, quando as discordâncias não estão exageradas pela tectónica, elas correspondem a não conformidades, uma vez que elas parecem concordantes, mas não o são, uma vez que elas representam um hiato importante. Uma não conformidade existe sempre entre um soco e as rochas sedimentares sobrejacentes, mesmo se a interface é paralela as linhas cronostratigráficas das rochas sedimentares. Como ilustrado nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica do offshore de Angola, o qual corresponde à sobreposição de vários tipos de bacias da classificação das bacias sedimentares de Bally e Snelson, certos geocientistas dividem a coluna estratigráfica em dois grandes intervalos separados por um horizonte salífero ou pela desarmonia tectónica associada, quase sempre, ao topo do sal. Neste offshore, pode dizer-se que entre os sedimentos infra e suprassalíferos, quando eles são separados por uma sutura salífera, existe sempre uma não conformidade. Todavia, uma sutura salífera não corresponde a uma superfície de erosão. Ela não pode ser considerada como uma discordância (como definida na estratigrafia sequencial), visto que, não há erosão associada com uma descida significativa do nível do mar relativo mas, simplesmente, como uma desarmonia tectónica induzida por um escoamento lateral total dos evaporitos, em geral, sal, o que cria um hiato entre os sedimentos supra e infrassalíferos. Como se pode constatar na tentativa de interpretação, os sedimentos infrassalíferos, isto é, os sedimentos inferiores da margem divergente (tipo Atlântico) e os sedimentos das bacias de tipo-rifte, não estão deformados, o que contrasta com a deformação em extensão (alongamento) dos sedimentos suprassalíferos. A estrutura em carapaça de tartaruga ilustrada nesta tentativa de interpretação corrobora o alongamento dos sedimentos suprassalíferos. As falhas normais no ápice da estrutura, assim como a configuração interna divergente dos intervalos sedimentares caracterizam as deformações associadas aos movimentos do sal.
Necrófago.............................................................................................................................................................................................................................................Necrophage
Nécrophage / Necrófago / Nécrophage, Aas / 嗜尸 / Трупоядный / Necrofagi /
Organismo que come carne morta ou em decomposição.
Ver: « Animal (reino) »
&
« Bentos »
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« Meroplâncton »
Um necrófago ou detritívoro é um animal que se alimenta de restos orgânicos (plantas e animais mortos), reciclando-os e retornando-os à cadeia alimentar para serem reaproveitados pelos demais organismos vivos. Uma cadeia ou teia alimentar (ou trófica como muito autores a chamam) é uma sequência de seres vivos/populações que se alimentam uns dos outros. Os exemplos mais comuns de necrófagos são os urubus, abutres, hienas e várias espécies de escaravelhos e moscas. Este tipo de alimentação é uma forma de saprofagia, que no caso de plantas se denomina saprofitia. Saprófito, saprotrófico ou saprotrofo é a designação dada em biologia aos organismos, entre os quais plantas, fungos e outros seres, que se alimentam absorvendo substâncias orgânicas, normalmente, provenientes de matéria orgânica em decomposição. As plantas saprófitas não possuem capacidade de fazer a fotossíntese. Com a mesma etimologia também se usa, para os animais, o termo sapróvoros. Outros termos gerais, para este tipo de seres vivo,s são sapróbios ou saprobiontes. Os seres detritívoros são de fundamental importância pois promovem a degradação da matéria orgânica, facilitando o trabalho de fungos e bactérias (http://pt.wikipedia.org/wiki/ Detrit%C3%ADvoro). Em mitologia, os necrófagos são seres que se alimentam de cadáveres de seres humanos que, frequentemente, matam a suas vítimas, as quais nunca se dão conta que estão em frente a um necrófago já que estes mudam de forma. Fazem parte de muitas lendas da Europa e Médio Oriente. Os necrófagos têm seu lugar no folclore ocidental. Foi nas lendas do mundo árabe islâmico onde primeiro eles apareceram (eles pertenciam a uma raça rebelde de espíritos malignos). Segundo essas lendas, eles habitam no desertos, escondem-se nas grutas, vagam pelos bosques e erram nos lugares onde morreram humanos. Os necrófagos, foram sempre temidos em todo o norte da África, Oriente Médio e Índia. (http://pt.wikilingue.com/es/Necrófago_(mitolog%C3%ADa).
Nécton...............................................................................................................................................................................................................................................................................Nekton
Necton / Nécton / Nekton / 游泳动物 / Нектóн (совокупность свободно плавающих животных) / Necton /
Conjunto de organismos de um corpo de água (oceano ou lago) capazes de se deslocar (nadar), independentemente, das correntes.
Ver: « Plâncton »
&
« Fauna Profunda »
&
« Fácies »
O nécton contrasta com o plâncton, que é o conjunto de organismos, que flutua e deriva de maneira passiva nos corpos de água, como, as algas, bactérias, ovos e larvas de organismos marinhos, protozoários e outros pequenos predadores. A maior parte, mas não todos, dos organismos planctónicos são muito pequenos (o maior diâmetro é inferior a 1 cm), enquanto que o comprimento dos organismos que formam o nécton (nectónicos) varia entre alguns centímetros e 30 metros. Uma das características do nécton é a possibilidade que os organismos, que o formam, têm de se deslocar rapidamente. Uma outra características é a sua maneabilidade, quer em aceleração rectilínea quer angular. Eles arrancam, param e viram com grande facilidade. O tamanho e velocidade de deslocamento do plâncton e do nécton significa que enquanto o plâncton toma a água como um meio viscoso, muitas vezes, com fluxos reversíveis, o nécton é dominado pela inércia. O nécton oceânico é composto por uma grande variedade de peixes ósseos, tubarões, raias, e em mais pequena quantidade, mamíferos e répteis. Os únicos invertebrados que podem ser considerados como nécton são os molusco cefalópodes. Os peixes que passam toda a sua vida na zona epipelágica (zona oceânica na qual a luz do sol entra em quantidade suficiente para que a fotossíntese seja possível) são holoepipelágicos. Como holoepipelágicos pode citar-se o tubarão branco, brema marinha espinhosa, atum amarelo, espadim listrado, espadão, peixe sol (peixe da família dos molidae), etc. O segundo grupo de peixes oceânicos é chamado meroepipelágicos. Os peixes deste grupo passam, unicamente, uma parte da sua vida na zona epipelágica. Este grupo é mais variado e inclui os peixes, que passam a vida adulta na zona epipelágica, mas põem os ovos junto da costa (arenque, tubarão baleia, golfinho, etc.) ou em água doce, como o salmão. Um outro componente do nécton oceânico é formado por mamíferos marinhos, como as baleias (cetáceo), focas e leões do mar (carnívoros), etc. Entre os mamíferos marinhos, que vivem nas águas costeiras, podem citar-se os manatins, dugongos, lontras de mar, etc.
Neocristalização................................................................................................................................... Neocrystallization, Authigenesis
Néocristallisation / Neocristalización / Authigenesis (Verfestigung) / Authigenesis (石漠化)/ Аутигенез / Neocristalisazione (Litificazione) /
Processo pelo qual novas fases minerais são cristalizadas em sedimentos ou rochas sedimentares durante a diagénese. Os novos minerais podem ser produzidos por: (i) Reacções envolvendo fases já presentes no sedimento ou rocha ; (ii) Precipitação de materiais introduzidos na fase fluída ou (iii) Uma combinação de componentes originais e componentes introduzidos. Estes processo, que em geral se sobrepõem à alteração e cimentação, envolve, normalmente, recristalização e pode produzir uma substituição total. As fases autigénicas podem incluir: silicatos, tais como quartzo, feldspatos alcalinos, zeólitos, halite, gesso, turmalina, glauconita, etc.
Ver: « Diagénese »
&
« Autigénese »
&
« Compactação »
Um dos minerais de neoformação mais importante na estratigrafia sequencial e industria petrolífera é a glauconite, que é uma variedade de argila rica em ferro, que se pode encontrar sob a forma de grânulos, grãos ou cimento intergranular e que tem uma densidade entre 2,4-2,95 g/cm3. A glauconite autígena forma-se nas partes distais das plataformas continentais, sob condições geológicas e geoquímicas muito restritas, onde a taxa de sedimentação é relativamente fraca. Um conjunto de trabalhos científicos mostrou que os minerais glauconíticos se formam, actualmente, de preferência, sob a lâmina de água da plataforma média-distal, em associação com cortejos sedimentares transgressivos. Quando durante a perfuração de um poço de pesquiza, o geocientista, encarregado das diagrafias instantâneas. observa, nos detritos de perfuração, areias com glauconite de neoformação, ele avança, imediatamente, como hipótese de trabalho, que as areia são, provavelmente, areais transgressivas. Mas como toda a hipótese tem que ser testada, ele vai verificar se nos detritos também se encontram pedaços de carvão. Se os encontrar, a hipótese é refutada e ele emite um nova hipótese: as areias com glauconite autígena e carvão, vêm, provavelmente de depósitos turbidíticos. No caso de não encontrar detritos de carvão, a hipótese avançada não é refutada e tem que ser considerada. A identificação da glauconite é importante não só para interpretar os ambientes sedimentares e estabelecer correlações, mas também para localizar as mais prováveis rochas-reservatório e armadilhas estratigráficas.
Nerítico...........................................................................................................................................................................................................................................................................Neritic
Néritique / Nerítico / Neritischen / 浅海 / Неритический / Neritico /
Ambiente marinho caracterizado por uma profundidade de água entre 0 e 200 metros. Três subambientes podem distinguir-se: (i) Nerítico Interno, com uma profundidade de água entre 0 e 30 m ; (ii) Nerítico Médio, com uma profundidade de água entre 30 e 100 m e (iii) Nerítico Externo, com uma profundidade de água entre 100 e 200 m.
Ver: « Batial »
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« Ambiente de Deposição »
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« Lâmina de Água de Plataforma »
A zona nerítica compreende os primeiros 200 metros de água do oceano. Ela engloba a zona litoral (próximo da da linha da costa) e a plataforma continental (até ao rebordo continental). É nesta zona, que se faz a maior parte da vida a partir da fotossíntese (vida que utiliza a energia solar para converter o dióxido de carbono, CO2, em água e alimentos), como o fitoplâncton e os sargaços flutuantes (algas fucáceas). O zooplâncton, que é formado pelas criaturas flutuantes (desde as diatomáceas microscópicas até ao pequenos peixes, camarões, etc.) também vive nesta zona. Muitas espécies de baleias, como, a baleia gigante e bossa, etc., alimentam-se quase, inteiramente, de zooplâncton. Estas baleias forçam a água do mar através do material ósseo que se formou no lugar dos dentes, para filtrar os pequenos organismos marinhos. O maior de todos os peixes, o tubarão branco, vive sozinho fora do plâncton. O oceano é um vasto domínio. Ele cobre mais de 71 % da superfície terrestre. Destes 71 %, cerca de 65% são considerada como o oceano azul (oceano aberto). Os outros 35% formam o oceano costeiro, o qual cobre as plataformas continentais (quando elas existem). O mundo dos animais, plantas e aves é, relativamente, plano, quer isto dizer, que ele nunca se desenvolve nem muito acima, nem muito abaixo da superfície terrestre, o que, evidentemente, não é o caso nos oceanos. Os oceanos têm uma profundidade média superior a 3,3 km e contém vida em quase todo o sítio mesmo nas grandes profundidades. A vida nos oceanos é dividida em duas categorias: (i) Bêntica (no fundo do mar) e (ii) o Pelágica (as águas do oceano). Função da profundidade, o ambiente pelágico pode ainda dividir-se em: (a) Zona Epipelágica ou Eufótica (muito O2, poucos nutrientes, plantas) ; (b) Zona Mesopelágica ou Disfótica (pouco O2, aumento de nutrientes, animais, bactérias) e (iii) Zona Batipelágica ou Abissopelágica (O2 aumenta, nutrientes diminuem, aporte de águas polares).
Nerítico Externo..........................................................................................................................................................................................................Outer Neritic
Néritique externe / Nerítico externo / Outer neritischen / 外浅海 / Неритический (внешне) / Neritico esterno /
Subambiente marinho caracterizado por uma profundidade de água entre 100 e 200 metros, isto é entre a plataforma média e o rebordo continental (que pode coincidir ou não com o rebordo da bacia).
Ver: « Batial »
&
« Nerítico »
&
« Lâmina de Água de Plataforma »
Neste diagrama distingue-se a província nerítica (lâmina de água entre 0 e 200 metros) e a província oceânica ou mar azul. A primeira corresponde, mais ou menos, à plataforma continental (entre a linha da costa e o rebordo da bacia, que pode ou não coincidir com o rebordo continental) e à zona superficial do mar azul, isto é, até 200 metros de profundidade. Em certas condições geológicas (condições de nível baixo do mar), quando a bacia não tem plataforma continental (linha da costa coincidente, praticamente, com o rebordo continental), a zona nerítica corresponde, unicamente, ao horizonte superficial do mar azul. A zona nerítica é, geralmente, dividida em três subambientes : (i) Zona Nerítica Externa, caracterizada por uma lâmina de água de água entre 100 e 200 metros ; (ii) Zona Nerítica Média, com uma lâmina de água entre 20 e 100 metros e (iii) Zona Nerítica Interna que é caracterizada por uma profundidade de água entre 0 e 30 metros. Certos autores distinguem ainda na zona nerítica, uma zona de transição, entre a limitada entre 0 e 5 metros de profundidade, que corresponde ao domínio da água salobra (baías, lagunas, etc.) e a zona de deposição não-marinha (continental, fluvial, etc). A zona nerítica externa, é, em geral, um sector de fraca taxa de sedimentação. A parte superior faz parte da zona fótica, mas na parte inferior, a penetração da luz do sol é insuficiente para que a vida se possa desenvolver a partir da fotossíntese (vida que utiliza a energia solar para converter o dióxido de carbono, CO2, em água e alimentos). A zona nerítica externa, onde os arenitos alternam com argilitos é um ambiente muito propício ao desenvolvimento de armadilhas não-estruturais para os hidrocarbonetos sobretudo nos cortejos transgressivos (geometria retrogradante). As características petrofísicas (porosidade e permeabilidade) das rochas reservatório clásticas, que aí se formam são, geralmente, boas. Por outro lado, a espessura, relativamente, importante dos horizontes argilosos, que alternam com as rochas-reservatório, aumenta a probabilidade de uma cobertura vertical e lateral nas armadilhas morfológicas e, sobretudo, das armadilhas por morfológicas por justaposição.
Nerítico Interno..............................................................................................................................................................................................................Inner Neritic
Néritique interne / Nerítico interno / Inner neritischen / 内蒙古浅海 / Неритический (внутренне) / Neritico interno /
Subambiente marinho caracterizado por uma profundidade de água entre 0 e 20 metros.
Ver: « Nerítico Externo »
&
« Nerítico »
&
« Lâmina de Água de Plataforma »
Neste diagrama distingue-se a província nerítica (lâmina de água entre 0 e 200 metros) e a província oceânica ou mar azul. A primeira corresponde, mais ou menos, à plataforma continental (entre a linha da costa e o rebordo da bacia, o qual pode corresponder ou não ao rebordo da bacia) e à zona superficial do mar azul, isto é, até 200 metros de profundidade. Em certas condições geológicas (condições de nível baixo do mar), quando a bacia não tem plataforma continental (linha da costa coincidente, mais ou menos, com o rebordo continental), a zona nerítica corresponde, unicamente, ao horizonte superficial do mar azul. Como ilustrado acima, a zona nerítica é, geralmente, dividida em três subambientes : (i) Zona Nerítica Externa, caracterizada por uma lâmina de água de água entre 100 e 200 metros ; (ii) Zona Nerítica Média, com uma lâmina de água entre 20 e 100 metros e (iii) Zona Nerítica Interna que é caracterizada por uma profundidade de água entre 0 e 30 metros. Certos autores distinguem ainda na zona nerítica, uma zona de transição, entre a limitada entre 0 e 5 metros de profundidade, isto é, o domínio da água salobra (baías, lagunas, etc.) e a zona de deposição não-marinha (continental, fluvial, etc). A zona nerítica externa, é, em geral, um sector de fraca taxa de sedimentação. A parte superior faz parte da zona fótica, mas na parte inferior parte, a penetração da luz do sol é insuficiente para a vida se possa desenvolver a partir da fotossíntese (vida que utiliza a energia solar para converter o dióxido de carbono (CO2) em água e alimentos). Na zona nerítica interna, entre a linha da costa e, mais ou menos, 20 metros de profundidade, quer isto dizer, aproximadamente, até à profundidade de influência das ondas (mar agitado), os sedimentos predominantes são ricos em areia, e as rochas que se formam pelas as alterações diagenéticas e meteóricas são, em geral, espessas e com alta porosidade e permeabilidade, por outras palavras, elas são excelentes rochas reservatório. Os sedimentos argilosos, depositados em associação com as superfícies de inundação, formam excelentes rochas de cobertura (alta pressão de deslocamento ou fraca permeabilidade). A alternância de rochas reservatório e de cobertura cria condições favoráveis à formação de armadilhas não estruturais para os hidrocarbonetos.
Nerítico Médio..............................................................................................................................................................................................................Middle Neritic
Néritique moyen / Nerítico medio / Middle neritischen / 内蒙古浅海 / Неритический (средне) / Neritico interno /
Ambiente marinho caracterizado por uma profundidade de água entre 20 e 100 metros.
Ver: « Nerítico Externo »
&
« Nerítico »
&
« Lâmina de Água de Plataforma »
Neste diagrama distingue-se a província nerítica (lâmina de água entre 0 e 200 m) e a província oceânica ou mar azul. A primeira corresponde, mais ou menos, à plataforma continental (entre a linha da costa e o rebordo da bacia, que pode ou não coincidir com o rebordo da bacia) e à zona superficial do mar azul, isto é, até 200 m de profundidade. Em certas condições geológicas (condições de nível baixo do mar), quando a bacia não tem plataforma continental (linha da costa coincidente, mais ou menos, com o rebordo continental), a zona nerítica corresponde unicamente ao horizonte superficial do mar azul. A zona nerítica é, geralmente, dividida em três subambientes: (i) Zona Nerítica Externa, caracterizada por uma lâmina de água de água entre 100 e 200 m ; (ii) Zona Nerítica Média, com uma lâmina de água entre 20 e 100 m e (iii) Zona Nerítica Interna que é caracterizada por uma profundidade de água entre 0 e 30 metros. Certos autores distinguem ainda na zona nerítica, uma zona de transição, entre a limitada entre 0 e 5 m de profundidade, isto é o domínio da água salobra (baías, lagunas, etc.) e a zona de deposição não marinha. A zona nerítica externa, é, em geral, um sector de fraca taxa de sedimentação. A parte superior faz parte da zona fótica, mas na parte inferior parte, a penetração da luz do sol é insuficiente para a vida se possa desenvolver a partir da fotossíntese (vida que utiliza a energia solar para converter o dióxido de carbono, CO2, em água e alimentos). Em geral, é na zona nerítica média que se forma a glauconite autigénica, que os geólogos utilizam muitas vezes para diferenciar um ambiente profundo dum ambiente de nerítico utilizando o chamado critério de Selley: (i) A presença nos detritos de sondagem de restos de glauconite autígena, sem restos de carvão, sugere que estes restos derivam duma rocha que se depositou na zona nerítica média-externa, provavelmente, em associação com um intervalo sedimentar transgressivo (IT) de um ciclo sequência ; (ii) A presença nos detritos de sondagem de restos de glauconite autígena e carvão sugere fortemente que eles derivam de um turbidito, isto é, de sedimentos de plataforma transportados e depositados, rapidamente, em água profunda e (iii) A presença de restos de carvão nos detritos de sondagem sem glauconite autígena sugere um ambiente não-marinho.
Nevado.............................................................................................................................................................................................................................................Firn, Snow field
Névé / Nevado / Firnschnee / 粒雪 / Фирновый снег / Ghiacciaio, Nevato /
Ambiente glaciar que engloba o volume da neve acima da linha da neve.
Ver : « Campo de Neve »
&
« Glaciar »
&
« Linha Neve »
Num glaciar, o nevado é um tipo de neve dos invernos passados e que se recristalizou numa substância, que é mais densa do que a neve. Certos geocientistas distinguem ainda o nevado, propriamente dito, do nevado compactado, o qual é ainda mais duro e denso. De qualquer maneira, o nevado é um gelo intermediário entre a neve e o gelo glaciar (gelo cristalino, com os cristais interligados, compactado e com uma densidade de 0,83 - 0,93 km3). O nevado, como ilustrado acima (esquema à esquerda), encontra-se a montante da linha de equilíbrio, a qual separa a zona de ablação da zona de acumulação, tem uma aparência de açúcar húmido, mas com uma dureza que o torna extremamente resistente. O nevado encontra-se muitas vezes debaixo da neve fresca na parte superior do glaciar. Os flocos de neve são comprimidos debaixo do peso dos pacotes de neve sobrejacente. Os cristais quase no ponto de fusão ficam semilíquidos e lisos, o que permite que eles deslizem uns contra os outros e preenchem os espaço entre eles, o que aumenta a densidade de maneira significativa. Nos meses de verão, metamorfoses cristalinas podem ocorrer rapidamente devido a percolação da água entre os cristais e, no fim do verão, o resultado é sempre a formação de nevado, cujo limite mais baixo corresponde a linha de neve que é, mais ou menos, coincidente com a linha de equilíbrio. Quando os cristais entram em contacto, eles ligam-se uns aos outros, e comprimem o ar entre eles forçando-o a deslocar-se para a superfície ou isolando-o em bolhas que ficam presas no gelo. A formação destas bolhas de ar, que têm sido utilizada para determinar o teor de CO2 da atmosfera durante os últimos milhares de anos, é muito mais complexa do que muitos pensam. Certas bolhas podem demoraram, por vezes, 5000 anos a fechar-se, o que quer dizer, que o ar que elas contém é uma amostra média da atmosfera durante 5000 anos. Contrariamente ao que dizem certos ecologistas, é impossível afirmar que a análise das bolhas de ar de um determinado testemunho de sondagem de um glaciar permite determinar correctamente o teor de CO2 da atmosfera, por exemplo, de há 500 anos. A idade do gelo, não têm nada a ver com a idade do fecho das bolhas de ar*, uma vez que até ao momento do fecho (1000-5000 anos), o ar esteve sempre em contacto com a atmosfera.
(*) Os valores determinados nas bolhas fechadas não correspondem ao tempo de fecho das bolhas. Eles correspondem à agregação de todos os valores do CO2 durante a deposição da neve. Encontrar um valor agregado não é simples. É melhor falar em termos de idade média e idade máxima correspondente ao fechamento das bolhas. É bastante evidente que devemos evitar falar de conteúdo de gás em uma certa idade, mas sim de uma média de conteúdo de gás existente em um determinado período de tempo (com uma incerteza associada de vários milénios). Além disso, quanto maior a profundidade de um núcleo de gelo, maior é a compactação do gelo, isto é, que um núcleo de ± 50 cm de comprimento (mínimo necessário para medir as concentrações de gases) corresponde mais ou menos a um milénio. Em outras palavras, há um alisamento na idade da neve e também na amostragem das bolhas. A profundidade do fecho das bolhas muda como uma função da taxa de acumulação de neve e temperatura. A taxa de acumulação anual também muda muito. É ± 2 cm por ano, em Vostok, e é ± 50 cm / ano nas margens do continente. Na área de Vostok, parece que existe uma concordância entre as taxas de acumulação de neve e a profundidade do fechamento das bolhas, mas há uma forte desacordo sobre a idade do fechamento das bolhas (ou seja, as namoradas de o gelo e as bolhas que são estimados usando modelos de matemática).
Nife........................................................................................................................................................................................................................................................................................................Nife
Nife / Nife / Nife (Nickel - Eisen) / 镍铁 / Центральное ядро земли (из никеля и железа) / Nife (Nickel - Ferro) /
Abreviatura para a mistura de níquel (Ni) e ferro (Fe) que caracteriza a composição do núcleo da Terra, no qual se pode distinguir uma parte externa líquida e uma parte interna sólida.
Ver: « Sial »
&
« Sima »
&
« Crusta »
A camada externa frágil da Terra é a crusta que, corresponde à casca da litosfera. A crusta pode dividir-se em: (i) Crusta continental e (ii) Crusta oceânica. A camada superior da crusta é a crusta continental, que é menos densa e formada, fundamentalmente, por sílica e alumínio. É por isso que ela também é chamada sial (si- sílica, al- alumínio). A densidade média do sial é de cerca de 2700 - 2800 kg/m3. Uma grande maioria dos geocientistas referem-se às rochas que formam o sial como "rochas graníticas", uma vez que o granito é, sem dúvida, a rocha predominante. A crusta oceânica é mais densa e, essencialmente, basáltica, o que quer dizer, que, na realidade, o sial é constituído por uma grande variedade de rochas. Debaixo do sial encontra-se uma espessa camada, denominada sima, uma vez que ela é formada, fundamentalmente, por sílica e magnésio (com grandes quantidades de ferro). O sima é mais denso que o sial. A densidade média do sima varia entre 2800 e 3300 kg/m3, na parte superior, e na parte média inferior, entre 3300 e 5600 kg/m3. O sima estende até 2900 km de profundidade, isto é, até ao limite superior do núcleo da Terra, o qual se chama, também, nife, visto que, o níquel e ferro são os seus principais componentes. Em resumo: sob o ponto de vista da composição química, a Terra pode dividir-se em três camadas: (i) Sial, camada superficial, pouco densa e frágil, principalmente composta por sílica e alumínio ; (ii) Sima, camada intermediária, com uma espessura de cerca de 2850 km, dúctil, densa, principalmente composta por sílica e magnésio e (iii) Nife, camada interna equivalente ao núcleo da Terra. O nife tem uma espessura cerca de 3500 km e é constituído principalmente por níquel e ferro. A densidade do nife superior a 5600 kg/m3. A parte externa do nife é liquida, uma vez que as ondas S (ondas secundárias que chegam em atraso em relação às ondas P, visto que elas viajam mais lentamente) não a penetram. A parte externa do nife parece ser sólida, uma vez que ela é atravessada pelas ondas S. Esta divisão química da Terra não dever ser confundida com a divisão reológica, na qual várias camadas podem ser consideradas: (a) Litosfera ; (b) Astenosfera ; (c) Mesosfera e (iv) Núcleo.
Nimbostrato...........................................................................................................................................................................................................................Nimbostratus
Nimbostratus / Nimbostrato / Nimbostratus / 雨层云 / Слоисто-дождевые облака / Nembostrato /
Nuvem estratiforme baixa (entre a superfície da Terra e 3000 metros de altitude), sem forma particular e que, em geral, produz chuva. A espessura média dos nimbostratos é de cerca de 2000 metros.
Ver: « Nuvem »
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« Atmosfera »
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« Clima »
Nimbostratos são nuvens com aspecto amorfo, base difusa e baixa, muito espessa, escura ou cinzenta. Os nimbostratos produzem uma precipitação intermitente e, mais ou menos, intensa. Os nimbostratus são nuvens densas com a forma de camadas cinzentas, normalmente, escuras e ocultando, totalmente, o Sol, acompanhadas de precipitação (nimbus em latim significa "chuva"). Os nimbostratos formam-se em massas de ar com alguma instabilidade, quando a humidade é moderada ou alta e a temperatura é relativamente elevada, e estão, normalmente, associadas a frentes quentes ou oclusas. A evaporação da água da chuva torna, normalmente, a visibilidade baixa, podendo-se formar uma camada inferior de nuvens ou de nevoeiro por debaixo dos nimbostratus, se o ar ficar saturado. Não esqueça que uma nuvem é um conjunto visível de partículas minúsculas de água líquida ou de gelo, ou de ambas ao mesmo tempo, em suspensão na atmosfera. Este conjunto pode também conter partículas de água líquida ou de gelo em maiores dimensões, e partículas procedentes, por exemplo, de vapores industriais, de fumaças ou de poeiras. As nuvens são a humidade do ar condensada. São constituídas por gotículas de água e/ou cristais de gelo. Quanto ao seu aspectos nuvens podem subdividir-se em: (i) Estratiformes - desenvolvidas horizontalmente, cobrindo uma grande área, com pouca espessura dando uma precipitação de carácter leve e contínuo e (ii) Cumuliformes- desenvolvidas verticalmente, de grande extensão, isoladas dando uma precipitação forte, em pancadas e localizadas e (iii) Cirriformes - nuvens de desenvolvimento horizontal, fibrosas, de aspecto frágil, que ocupam as altas atmosferas e que são formadas por cristais de gelo minúsculos (estas nuvens não dão origem a precipitação, mas são fortes indicativos de precipitação). Os principais tipos de nuvens, que a maior parte dos meteorologistas consideram são : (a) Cirros ; (b) Cirrocúmulos ; (c) Cirrostratos ; (d) Altostratos ; (e) Altocúmulos ; (f) Estratos ; (g) Estratocúmulos ; (h) Nimbostratos ; (i) Cúmulos ; (j) Cumulonimbos.
Nível de Acção das Vagas.......................................................................................................................Fair Weather Wave Base
Profondeur d'action des vagues / Nivel de acción de olas / Tiefe von Wellenschlag / 波浪作用的深度 / Глубина воздействия волн / Profondità di azione dell’onde /
Profundidade da acção erosiva das vagas. Esta profundidade depende das condições climáticas. Três situações podem-se considerar: (i) Nível de acção das vagas em mar calmo, ou seja cerca de 10 m de profundidade, o que corresponde, mais ou menos, à posição da ruptura costeira da superfície de deposição ; (ii) Nível de acção vagas em mar agitado, cerca de 30 m de profundidade e (iii) Nível de acção das vagas durante as tempestades, que corresponde, mais ou menos, a 50 m de profundidade.
Ver: « Acção das vagas (mar calmo) »
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« Delta de Tempestade »
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« Superfície de Ravinamento »
As ondas do mar são criadas pelo vento que transfere a energia do movimento para a água. Quando a velocidade do vento é pequena (entre 5 e 20 km/h) formam-se pequenas ondas que não ultrapassam alguns centímetros de altura. À medida que a velocidade do vento aumenta, a altura das ondas aumenta. A altura das ondas aumenta com: (i) A velocidade do vento ; (ii) O tempo durante o qual o vento sopra e (iii) A distância sobre a qual o vento sopra. As tempestades formam ondas muito grandes e irregulares que se propagam para fora da zona de tempestade, como quando se deixa cair uma pedra no lago calmo. À medida que as ondas se afastam da zona de tempestade elas tornam-se mais pequenas, regulares e arredondadas. As ondas viajam como uma forma, mas a água fica no mesmo sítio. As pequenas partículas de água debaixo ou à superfície das ondas movem-se em órbitas verticais circulares. Num dado ponto, ao longo do trajecto de uma onda, todas as partículas de água estão nas mesmas posições relativas às suas orbitas, independentemente, da profundidade. Os raios das órbitas, como ilustrado nesta figura são, relativamente, grandes próximo da superfície da água, mas diminuem, gradualmente, em profundidade até se tornarem nulos. A profundidade, à qual os raios das órbitas são nulos determina o limite do nível de acção das vagas. A razão desta diminuição, é que maior é a distância de uma partícula de água à superfície, mais longe ela está da força do vento (mais as forças da viscosidade resistem ao movimento da água). O movimento da forma da onda em direcção da costa é dado pelo traço da órbitas, as cavas seguindo a base das órbitas e as crista seguindo o topo. A velocidade de uma onda é uma velocidade de fase. O que se move não é a água, mas as cavas e cristas, isto é, a fase da superfície da água. Como nas ondas do mar, a “ola" realizada pelos espectadores de um evento desportivo, como num desafio de futebol, mostra que é o efeito visual de uma onda que percorre o público, e que os espectadores não se deslocam (eles levantam-se, em filas sucessivas perpendiculares ao campo de futebol, e erguem os braços e depois sentam-se). A amplitude de onda corresponde ao máximo afastamento que uma partícula sofre face à posição de equilíbrio. Para determinar a amplitude de onda basta medir a distância desde a posição de equilíbrio até a uma crista (ou a uma cava). A frequência de onda, corresponde ao número de cristas que passam por um determinado ponto em 1 segundo ou ao número de vibrações completas que uma partícula efectua em 1 segundo. A frequência tem como unidade o Hertz: 10 Hertz (Hz) = 10 vibrações completas por segundo. A velocidade de propagação de onda é a rapidez com que a onda se propaga num determinado meio. Ela depende da distância percorrida pela onda e do intervalo de tempo gasto para percorrer essa distância. A acção erosiva das vagas depende o do estado mar: (i) Quando o mar está agitado, ela pode atinge cerca de 50 m, ou mais, de profundidade de água, o que acontece, sobretudo, durante as fortes tempestades ; (ii) Quando o mar está, mediamente, agitado, ela pode atinge a profundidade de, mais ou menos, 30 metros, o que quer dizer, que a distância entre duas vagas sucessivas (distância entre duas cristas ou duas cavas consecutivas) é cerca de 60 metros, ou seja, metade do comprimento de onda ; (iii) Quando do mar está calmo, ela pode atingir, mais ou menos, a profundidade de 10 metros, o que corresponde, aproximadamente, à posição da ruptura costeira de inclinação da superfície de deposição. Cerca de 20% das terras emersas em contacto com o mar são formadas por praias arenosas. Destas, 70% se encontram em predominante processo de erosão (retrogradação), 20% em processo de construção (progradação) e os 10% restantes estão em equilíbrio relativo (https://pt.wikipedia.org/ wiki/Eros%C3%A3o_marinha). A razão, mais provável, da predominância da erosão e retrogradação das linhas de costa modernas é, para a maioria dos geocientistas, a consequência da subida do nível do mar eustático ou absoluto desde o fim da última idade do gelo. Como ilustrado nesta figura, o nível de acção das ondas pode ser facilmente determinado a partir do comprimento de onda. Ele corresponde a metade do comprimento de onda. Assim, quando a distância entre duas crista é de, por exemplo, 40 metros, a profundidade de acção das ondas é de cerca de 20 metros de profundidade, o que quer dizer que se a profundidade do fundo do mar é a mais de 20 metros, ele não é afectado pela acção das ondas.
Nível Alto (do mar).......................................................................................................................................................................................................................Highstand
Haut niveau (de la mer) / Nivel alto (del mar) / Höchststand, Über dem Meeresspiegel / 高位, 海拔 / Высокий уровень моря / Highstand, Alto livello del mare /
Intervalo de tempo, dentro de um ciclo eustático, durante o qual o nível de mar está acima do rebordo da bacia. No início de um ciclo sequência (ciclo estratigráfico), o rebordo da bacia de referência é o último rebordo da bacia do prisma de nível alto (PNA) do ciclo sequência subjacente. Desde que esse rebordo é fossilizado, pelos primeiros sedimentos do intervalo transgressivo (IT), o novo rebordo da bacia é o rebordo da planície costeira do prisma de nível baixo (PNB).
Ver: « Ciclo Sequência »
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« Nível Baixo (do mar) »
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« Variação do Nível do Mar Relativo »
Neste modelo estratigráfico (sem escala), está representado um ciclo sequência induzido por um ciclo eustático de 3a ordem (tempo de duração entre 0,5 e 3-5 My). O limite inferior é uma discordância do tipo I, uma vez que o nível do mar relativo (nível do mar local, referenciado à base dos sedimentos ou ao fundo do mar e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica) desceu mais baixo do que o rebordo do prisma de nível alto (PNA) do ciclo subjacente. Esta discordância é caracterizada pelas terminações das linhas cronostratigráficos e pela presença do preenchimento de um vale cavado (Vi). Uma discordância do tipo II (induzida por uma descida do nível do mar relativo insuficiente para que o nível do mar fique debaixo do rebordo da bacia) é visível na parte superior do ciclo. Esta discordância do tipo II permitiu o depósito de um prisma de bordadura da bacia (PBB), que alguns geocientistas chamam prismas de bordadura da plataforma. Com o tempo, os geocientistas realizaram que as discordâncias de tipo II são, ou muito raras, ou não existem, sobretudo, quando a estratigrafia sequencial é feita nos dados sísmicos, o que certos geocientistas chamam sismostratigrafia. Actualmente, os geocientistas preferem fala-se de regressões forçadas que, em grande parte, correspondem aos cortejos sedimentares descendentes de Vail, que não são outra coisa que os prismas de bordadura da bacia de P. Vail. Dentro de um ciclo-sequência completo, de baixo para cima, dois grupos de os cortejos sedimentares podem pôr-se em evidência: (i) Grupo de cortejos de nível baixo (CNB) e (ii) Grupo de cortejos de nível alto (CNA). Dentro do grupo de cortejos de nível baixo (CNB), três subgrupos de cortejos sedimentares são a considerar: (a) Cones Submarinos da Bacia (CSB), de geometria planar ou monticular, com os quais, muitas vezes, se encontram contornitas* associadas ; (b) Cones Submarinos do Talude (CST), cuja geometria é, mais ou menos, ondulada, com estruturas em asas de gaivota em voo e (C) Prisma de Nível Baixo (PNB) de geometria progradante. O grupo de cortejos de nível alto (CNA) é composto por dois subgrupos: (1) Intervalo transgressivo (IT), caracterizado por uma geometria, globalmente, retrogradante, criada por uma sucessão de ingressões marinhas cada vez mais importantes que induzem regressões sedimentares cada vez mais pequenas e (2) Prisma de Nível Alto (PNA), que como o prisma de nível baixo tem uma geometria progradante bem marcada, que é o resultado de uma sucessão de ingressões marinhas, cada vez menos importantes, que induzem regressões sedimentares cada vez mais importantes. Nos primeiros tempos da estratigrafia sequencial, um prisma de bordadura de bacia (PBB) era por vezes considerado em associação com o prisma de nível alto. Actualmente, fala-se sobretudo de regressão forçada. Durante os três subgrupos dos cortejos de nível baixo (CNB), isto é, durante os cones submarinos de bacia (CSB), de talude (CST) e do prisma de nível baixo (PNB), as condições geológicas são de nível baixo, uma vez que o nível do mar está sempre mais baixo do que o rebordo da bacia (último rebordo da bacia do prisma de nível alto do ciclo subjacente). A partir do momento em que o nível do mar inunda a planície costeira do prisma de nível baixo (PNB), quer isto dizer, desde que a primeira superfície transgressiva ocorre as condições geológicas mudam e o intervalo transgressivo (IT) do grupo de cortejos de nível alto começa a depositar-se. A bacia tem um novo rebordo (último rebordo continental do prisma de nível baixo), o qual se mantém até que as progradações do prisma de nível alto (PNA) o fossilizem e criem um novo rebordo que é muito mais alto e que corresponde à linha da costa, uma vez que a bacia não tem mais plataforma. Ao nível hierárquico dos ciclos sequência, quando o nível do mar é alto, a bacia tem quase sempre uma plataforma continental, excepto na 2a fase de desenvolvimento do prisma de nível alto, uma vez que alinha da costa coincide com o rebordo continental. Durante o depósito do grupo de cortejos de nível baixo (CNB), a bacia não tem plataforma continental, uma vez que todos os subgrupos de cortejos sedimentares se depositam na planície abissal da bacia ou agradam contra o talude continental (o rebordo da bacia é o último rebordo continental do ciclos sequência precedente).
(*) Depósitos de água profunda associados com os cones submarinos de bacia e, geneticamente, induzidos por correntes de contorno criadas pela força de Coriolis. Litologicamente, os contornitos são formados por pacotes espessos de areia fina (sem matriz argilosa), com geometria progradante e uma inclinação ascendente (biséis superiores ascendentes). Certos geocientistas, como Bouma, chamaram contornitos às estruturas de mar profundo (canais preenchidos por um aporte lateral), encontradas no fliche da Suíça, as quais são caracterizadas por uma abundância significativa de minerais pesados, como por exemplo zircão, allanite, etc.
Nível Alto Precoce (do mar)..........................................................................................................................................................Early Highstand
Haut niveau précoce (de la mer) / Nivel alto precoz (del mar) / Frühe Highstand, Früh hoch (Meer) / 早期高位 / Преждевременно высокий уровень моря / Alto livello del mare (precoce) /
Condições geológicas de nível durante as quais os canhões submarinos e, sobretudo, os vales cavados são preenchidos. Também chamado nível alto (do mar) inferior. São os sedimentos do topo do prisma de nível baixo (PNB) que são depositados durante o nível alto precoce e os preenchimentos dos vales cavados e canhões submarinos. Os sedimentos da base do intervalo transgressivo (IT), são já depositados durante um nível alto do mar. Estes são caracterizados por uma geometria retrogradante embora. entre duas subidas do mar relativo (em aceleração), a geometria das linhas cronostratigráficas seja progradantes. Os sedimentos do topo do prisma de nível baixo têm uma geometria progradante.
Ver: « Ciclo Sequência »
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« Nível Alto (do mar) »
&
« Variação do Nível do Mar Relativo »
Um ciclo estratigráfico dito ciclo sequência é induzido por um ciclo eustático de 3a ordem, isto é, um ciclo eustático limitado entre as duas descidas significativas consecutivas do nível do mar relativo, cuja diferença de idade (tempo de duração do ciclo) é entre 0,5 e 3-5 My. A morfologia da superfície de erosão associada à discordância inferior, que é o limite basal do ciclo-sequência, é controlada pelo último rebordo da bacia do ciclo estratigráfico subjacente (último rebordo do prisma de nível baixo do ciclo anterior). No início do novo ciclo sequência, o nível do mar está mais baixo do que o rebordo da bacia e, assim, as condições geológicas da bacia são ditas de nível baixo do mar. É durante essas condições geológicas, que se deposita o grupo de cortejos sedimentares de nível baixo (CNB), o qual é constituído por três subgrupos: (i) Cones submarinos da bacia (CSB), na base ; (ii) Cones submarinos do talude, no meio e (iii) Prisma de nível baixo (PNB), no topo. Isto quer dizer que durante o depósitos destes subgrupos o rebordo da bacia é sempre, mais ou menos, o último rebordo do prisma de nível alto do ciclo anterior (quando o ciclo subjacente é completo, isto é, constituído pelos dois grupos cortejos sedimentares e por todos os seus subgrupos o que não é sempre o caso). Desde que o nível do mar relativo inunda a planície costeira do prisma de nível baixo (PNB) que agrada o talude continental, que certos geocientistas chamam nível alto precoce, as condições geológicas mudam para nível alto com o início do depósito do subgrupo inferior do grupo de cortejos de nível alto (CNA), isto é do intervalo transgressivo (IT), Todavia, outros geocientistas utilizam a expressão nível alto precoce para designar as condições geológicas durante as quais os canhões submarinos e, sobretudo, os vales cavados são preenchidos. Para estes geocientistas, durante o nível alto precoce, o nível do mar relativo*, ainda está mais baixo do que o rebordo da bacia, mas que, localmente, devido à erosão induzida pela descida precedente do nível do mar relativo, em certas áreas (canhões submarinos e vales cavados) pode ocorrer deposição. Nesta tentativa de interpretação de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do offshore do Labrador (Canadá), os subgrupos de cortejos sedimentares inferiores ou seja os cones submarinos de bacia (CSB) e os cones submarinos de talude (CST) do ciclo-sequência considerado, assim como a parte inferior do prisma de nível baixo (PNB) não são visíveis, eles estão localizados a Este desta linha. Todavia, desde a primeira inundação da planície costeira do do nível baixo (PNB), as condições geológicas mudam para condições de nível alto, uma vez que o novo rebordo da bacia é, agora, determinado pela último rebordo da planície costeira do prisma de nível baixo (PNB). Depois o período de nível alto precoce, que precede a inundação marinha da planície costeira, a subida do nível do mar relativo é em aceleração, o que permite a deposição do intervalo transgressivo (IT), que, como ilustrado nesta tentativa, é caracterizado por uma geometria, globalmente, retrogradante (deslocamento global da linha da costa ou da ruptura costeira de inclinação da superfície de deposição para o continente). A geometria retrogradante do intervalo transgressivo (IT) é o resultado da combinação de ingressões marinhas cada vez mais importantes (subida do nível do mar em aceleração) e das regressões sedimentares associadas, cada vez mais pequenas, o que quer dizer que aquilo que muitos geocientistas chamam uma “transgressão sedimentar” é unicamente uma sobreposição de regressões sedimentares cada vez mais pequenas. Ao contrario, a geometria progradante do prisma de nível alto, é o resultado de um conjunto de ingressões marinhas cada vez menos importantes (subida do nível do mar relativo em desaceleração) e das regressões sedimentares cada vez mais importantes. Assim, é evidente que ao nível de um ciclo sequência é errado dizer que. “quando o nível do mar sobe (que ele seja relativo ou o absoluto) há transgressão e que quando ele desce há regressão”. Dentro de um ciclo-sequência, para haver deposição, à excepção dos cones submarinos, o nível relativo do mar tem sempre que subir, o que quer dizer que a acomodação tem que aumentar.
(*) Nível do mar, local, referenciado à base dos sedimentos ou ao fundo do mar e que é o resultado da acção conjunta do nível do mar absoluto ou eustático (nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite,) e da tectónica (subsidência, quando o regime tectónico predominante é em extensão ou levantamento, quando ele é em compressão.
Nível Baixo (do mar).................................................................................................................................................................................................................Lowstand
Bas niveau (de la mer) / Nivel bajo (del mar) / Low-Level-(See) / 低水位(海) / Низкий уровень (моря) / Di basso livello (mare) /
Intervalo de tempo dentro de um ciclo estratigráfico, dito ciclo-sequência, durante o qual o nível do mar está mais baixo que o rebordo da bacia. Durante condições geológicas de nível baixo, o rebordo da bacia, é o último rebordo continental do ciclo sequência anterior, o qual coincide, geralmente, com a última ruptura costeira de inclinação da superfície de deposição do prisma de nível alto (se o ciclo-sequência é completo).
Ver: « Ciclo Sequência »
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« Nível Alto (do mar) »
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« Variação do Nível do Mar Relativo »
Neste esquema, dentro de um ciclo-sequência (ciclo estratigráfico induzido por um ciclo eustático de 3a ordem, quer isto dizer, que tem uma duração entre 3 e 5 My), debaixo da primeira superfície de inundação, que enfatiza o fim da deposição do prisma de nível baixo (PNB) e acima de uma discordância tipo I, que pôs o nível do mar relativo* debaixo do rebordo da bacia, estão representados os três subgrupos que constituem o grupo de cortejos de nível baixo (CNB). Debaixo para cima, reconhecem-se: (i) Cones submarinos de bacia (CSB), com contornitas associadas ; (ii) Cones submarinos de talude (CST) e (iii) Prisma de nível baixo (PNB), com turbiditos em telhado de ripas depositados na base das progradações do prisma. As contornitas** são depósitos induzidos pelas correntes de contorno (corrente subterrâneas, típicas dos sopés continentais, que se escoam ao longo dos limites ocidentais das bacias oceânicas e que ocorrem, principalmente, nas regiões em que a estratificação por densidade das águas é forte devido ao acarreio de águas frias originárias dos pólos) que erodem, localmente, os cones submarinos de bacia, depositando os sedimentos não muito longe com um ângulo deposicional importante. Os turbiditos com geometria em telhado ripas (“Shingled turbidites” des geocientistas da “Exploration Petroleum Research” da Exxon) estão, muitas vezes, associados a instabilidades do rebordo continental do prisma de nível baixo, que induzem importantes correntes de turbidíticas. À excepção dos sedimentos depositados durante a primeira inundação da planície costeira (ou deltaica do prisma de nível baixo, PNB), todos os outros intervalos sedimentares se depositaram em condições geológicas de nível baixo do mar. A discordância, que limita a base destes depósitos (incluindo o preenchimento do vale cavado), foi criada por uma descida significativa do nível do mar relativo, que pôs o nível do mar relativo mais baixo do que o rebordo da bacia. Durante este período, o rebordo da bacia corresponde ao último rebordo continental do prisma de nível alto (PNA) do ciclo precedente (se ele for completo, isto é, constituído por todos os subgrupos de cortejos sedimentares), uma vez que no fim do prisma de nível alto (PNA), em geral (2a fase de desenvolvimento do PNA) a bacia não tem plataforma (linha da costa, mais ou menos, coincidente com o rebordo continental). Exceptuando as discordâncias reforçadas pela tectónica, a erosão que acompanha uma tal descida relativa do nível do mar é, insuficiente para destruir a morfologia do prisma de nível alto do ciclo sequência anterior, uma vez que por definição, o tempo de acção dos agentes erosivos é inferior a 3-5 My. O preenchimento do vale cavado, embora localizado a montante do rebordo da bacia, fez-se, em condições geológicas de nível baixo do mar, durante os últimos estágios da deposição do prisma de nível baixo (nível alto precoce de certos geocientistas). A mudança de condições geológicas de nível baixo para alto corresponde a uma aceleração da taxa de subida do mar nível relativo. Durante condições geológicas de nível baixo do mar, a bacia não tem plataforma continental, o que quer dizer que, praticamente e sobretudo, nas linhas sísmicas (tendo em linha de conta a resolução sísmica) a linha da costa coincide com o rebordo continental. Tudo isto quer dizer que o rebordo da bacia durante a deposição do grupo de cortejos de nível baixo (CNB) corresponde, como ilustrado neste esquema ao último rebordo continental do ciclo-sequência precedente. Dentro de um ciclo sequência, deste a primeira superfície transgressiva, que marca o início de das condições geológicas de nível alto do mar, uma vez que a bacia passa a ter uma plataforma continental, o novo rebordo da bacia é o último rebordo continental do prisma de nível baixo. A 1a superfície transgressiva de fossiliza igualmente o topo dos preenchimentos dos vales cavados.
(*) Na estratigrafia sequencial os geocientistas devem sempre precisar se estão a falar do nível do mar relativo, isto é, do nível do mar, local, referenciado à base dos sedimentos (topo da crusta continental) ou mesmo ao fundo do mar, ou se estão a falar do nível do mar absoluto ou eustático que é o nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite. Obviamente, o nível do mar relativo é o resultado da acção conjunta do nível do mar absoluto e da tectónica (subsidência ou levantamento).
(**) Depósitos de água profunda associados com os cones submarinos de bacia e, geneticamente, induzidos por correntes de contorno criadas pela força de Coriolis. Litologicamente, os contornitos são formados por pacotes espessos de areia fina (sem matriz argilosa), com geometria progradante e uma inclinação ascendente (biséis superiores ascendentes). Certos geocientistas, como Bouma, chamaram contornitos às estruturas de mar profundo (canais preenchidos por um aporte lateral), encontradas no fliche da Suíça, as quais são caracterizadas por uma abundância significativa de minerais pesados, como por exemplo zircão, allanite, etc.
Nível Baixo Comparativo (do mar)....................................................................................................Comparatif Lowstand
Bas niveau comparatif (de la mer) / Nivel bajo comparativo (del mar) / Niedrige vergleichende Ebene (SEA) / 相对低水位(海)/ Сравнительно низкий уровень (моря) / Basso livello comparativo (mare) /
Expressão utilizada, por certos geocientistas, para designar uma situação geológica determinada por uma descida do nível do mar relativo que pôs o nível do mar mais baixo do que a antiga ruptura costeira, mas mais alto do que o rebordo da bacia. Durante uma situação geológica de nível baixo comparativo apenas uma parte da plataforma continental é exumada, o que não é o caso durante uma situação geológica de nível baixo, na qual toda a plataforma é exumada.
Ver: « Ciclo Sequência »
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« Nível Baixo (do mar) »
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« Variação do Nível do Mar Relativo »
Esta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica regional do offshore Oeste da Índia, é proposta ao nível hierárquico dos subciclos de invasão continental, quer isto dizer, que os intervalos sísmicos considerados foram, provavelmente, induzidos por ciclos eustáticos de 2a ordem, ou seja, por ciclos eustáticos de duração superior a 3-5 My e inferior a 50 My. Teoricamente e à priori, este offshore corresponde a uma sobreposição de diferentes bacias da classificação de Bally e Snelson (1989). De baixo para cima, sobre a litosfera do pequeno supercontinente Gondwana, depositaram-se bacias de tipo rifte, durante o alargamento da litosfera e antes da sua ruptura. Desde que a ruptura da litosfera ocorreu depositou-se uma margem divergente tipo Atlântico, a qual, na sua base, é composta sobretudo por espessos escoamentos de lava que se depositaram em associação com um alastramento vulcânico subaéreo que precedeu o alastramento ou expansão oceânica. Dentro da margem divergente, dois grandes intervalos sedimentares se podem pôr em evidência: (i) Uma fase transgressiva, na base, que é fossilizada por (ii) Um fase regressiva. A fase transgressiva tem uma geometria retrogradante (deslocamento global da linha da costa e dos depósitos costeiros associados para o continente), que enfatiza um conjunto de ingressões marinhas cada vez mais importantes e de regressões sedimentares cada vez mais pequenas. A fase regressiva* tem uma geometria progradante (deslocamento global da linha da costa e dos depósitos costeiros associados para o mar) que é o resultado de ingressões marinhas cada vez mais pequenas e regressões sedimentares cada vez mais importantes. Nesta tentativa de interpretação pode comparar-se um intervalo estratigráfico formado por rochas depositadas em condições geológicas de nível baixo (nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia), com um intervalo formado por rochas depositadas em condições de nível alto (nível do mar mais alto do que o rebordo da bacia), mas durante as quais períodos de nível baixo comparativo são prováveis. É importante precisar que as condições de nível baixo comparativo são, na realidade, condições de nível alto, uma vez que o nível do mar está mais alto do que o rebordo da bacia. Em relação, as condições geológicas precedentes, o nível do mar baixou, mas só uma parte da plataforma continental foi exumada (discordância de tipo II de P. Vail). As discordâncias sublinhadas nesta tentativa, limitam ciclos estratigráficos que não estão associados a ciclos eustáticos de 3a ordem, mas a ciclos de 2a ordem, isto é: (i) A diferença de idade entre as descidas relativas do nível do mar, que induziram as duas discordâncias, é superior a 3-5 My ; (ii) Os intervalos sedimentares, como dito acima, correspondem a subciclos de invasão continental e não a ciclos sequência ; (iii) A geometria interna destes intervalos é muito diferente da dos ciclos sequência, embora cada um deles seja constituído pela uma sobreposição de um certo números de ciclos sequência completos ou incompletos. A posição do rebordo da bacia ao nível da discordância inferior (colorida em castanho) é, mais ou menos, como indicado, o que quer dizer, que o intervalo sobrejacente é, basicamente, um intervalo que se depositou durante condições geológicas de nível alto. Os resultados dos poços de pesquisa, perfurados neste offshore, e as tentativas de interpretação geológica das linhas sísmicas de detalhe sugerem, que várias vezes o nível relativo do mar relativo desceu exumando uma parte da plataforma (a resolução das linhas sísmicas é, insuficiente, para reconhecer as diferentes posições da linha da costa). Ao contrário, o intervalo inferior (em cor laranja) sobrejacente à discordância superior (colorida em azul) depositou-se sempre em condições de nível baixo. Tenha em linha de conta o artefacto sísmico induzido pela variação abrupta da profundidade de água. A geometria dos reflectores da parte direita desta tentativa é aparente. Numa versão em profundidade (em metros e não em segundos) os reflectores estão muito menos inclinados para Este. Os mais profundos podem mesmo inclinar para Oeste.
(*) A este nível hierárquico, as ingressões marinhas são, sobretudo, induzida por subidas do nível do mar absoluto ou eustático, quer isto dizer pelo nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou referenciado a um satélite e não a subidas do nível do mar relativo (nível do mar, local referenciado quer à base dos sedimentos ou mesmo ao fundo do mar, que é o resultado da acção combinado do nível do mar eustático e da tectónica).
Nível de Base (de deposição).......................................................................................................................................................Depositional Base
Niveau de base (de déposition) / Nivel de base de depositación / Grundlinie / 基线(沉积, 沉积基准面) / Базовый уровень, Основной уровень осадконакопления / Linea di base, Livello base deposizionale /
Posição do nível do mar relativo. Ela pode relacionar-se à superfície da água dos lagos e / ou das superfícies de equilíbrio locais associadas com os sistemas fluviais. Normalmente, a menos que indicado de outra maneira, o nível de base é a posição relativa do nível de mar o qual é controlado pela acção conjunta da eustasia e tectónica. O nível da acção das ondas do mar, isto é, a profundidade da acção erosiva das vagas, é quase sempre considerado como insignificante (sobretudo nos dados sísmicos).
Ver: « Variação do Nível do Mar Relativo »
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« Nível de Acção das Vagas »
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« Superfície de Ravinamento »
O nível de base de deposição é a superfície em que os sedimentos se acumulam ou são erodidos. Ele está relacionado com a erosão continental e a zona de acumulação dos sedimento que se preenche ou que é erodida função das variações relativas do nível do mar considerado. As variações do nível do mar podem ser: (i) Do nível do mar relativo, quer isto dizer do nível do mar, local, referenciado quer à base dos sedimentos (topo da crusta continental), quer, por exemplo, ao fundo do mar num determinado lugar ou (ii) Do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou referenciado a um satélite. Obviamente o nível do mar relativo, local, é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (subsidência, quando o regime tectónico predominante é em extensão ou levantamento, quando o regime tectónico predominante é em compressão). Assim, o nível de base de deposição é uma superfície dinâmica controlada pela: (i) Erosão ; (ii) Deposição ; (iii) Eustasia (variações do nível do mar absoluto ou eustático) e (iv) Tectónica (alargamento ou encurtamento dos sedimentos). Normalmente, o nível de base é dado pela posição do nível do mar relativo, mas ele podem ser associado à superfície do nível de água de um lago e, ou a uma superfície de equilíbrio, local, associada com os sistemas fluviais. Por outras palavras, o nível de base, que é o nível de base de erosão de certos geocientistas, como ilustrado nesta figura é a linha altimétrica abaixo da qual os cursos de água não conseguem mais erodir e a deposição dos sedimentos se torna predominante. O nível de base pode ser dado em relação ao nível médio do mar*, no caso de rios que ai desembocam ou em relação a mares fechados e lagos. O Lago Titicaca, que está a mais de 3800 m de altitude, é o nível de base da maioria dos rios do planalto boliviano, como o Lago Tanganica, que está a uma altitude de cerca 700 m, é o nível de base da maioria dos rios da região, em particular do Ruzizi e do Malagarasi. Este rio, que já esteve ligado ao rio Congo, é mais antigo que o lago. O rio Lukuga é o seu principal efluente, quando o nível do lago é muito alto. O nível de base de uma região muda com o nível do mar relativo. Durante uma ingressão marinha (subida do nível do mar relativo), o nível de base sobe, o que aumenta a área de deposição. Durante uma regressão sedimentar (subida do nível do mar relativo em desaceleração ou pequena descida) ocorre o contrário, a área sujeita à erosão aumenta o que cria um forte acarreio sedimentar. Nas plataforma clásticas, o nível de base é, para alguns geocientista, o perfil de equilíbrio da plataforma e representa o contrabalanço entre o acarreio sedimentar e o movimento da água. Um tal equilíbrio é uma superfície de equilíbrio dinâmica conceptual, que modifica muito o conceito de equilíbrio marinho de certos geocientistas, que consideram o perfil marinho de equilíbrio como a maior profundidade a que o fundo do mar é agitado pelas ondas durante as tempestades. Nos carbonatos, a diversidade de perfis de deposição e a distribuição das cinturas de fácies é maior do que nos sistemas clásticos, o que reflecte grandes diferenças nos factores genéticos. Como a energia hidráulica depende das condições oceanográficas da plataforma, as diferenças entre os sistemas carbonatados e clásticos traduzem as diferenças de acarreio sedimentar. Num regime sedimentar com um nível do mar relativo estável, a variabilidade dos perfiles de deposição nas diferentes plataformas carbonatadas pode ser considerada como um contrapeso entre: (a) Os diferentes tipos de sedimentos produzidos ; (b) O depocentro (centro de deposição) e (iii) A energia hidráulica.
(*) A Terra é mais larga cerca do equador que entre os pólos. Ela é semelhante a um elipsóide ou esferóide. O elipsóide terrestre, que é uma figura matemática aproximada da forma da Terra, é utilizado como quadro de referência para computações geodésicas, astronómicas e nas geociências. O geóide é uma a superfície muito complexa para se descrever matematicamente, mas ele que pode ser, facilmente, identificado medindo a gravidade. O geóide é considerado como sendo, mais ou menos, igual ao Nível Médio do Mar. Nos oceanos, o geóide e o nível médio do mar são aproximadamente o mesmo, mas, nas áreas continentais, eles podem ser muito diferentes. O terreno (verdadeira forma da Terra) é dada pela topografia e batimetria. Para determinar o “nível médio do mar”, a melhor coisa que se pode fazer é determinar um lugar e calcular o nível médio nesse ponto e utilizá-lo como ponto de referência. Geralmente, a partir de observações horárias, feitas durante um período de, mais ou menos, pode calcular-se ser média para esse ponto de medida. Como uma subida do nível do mar é, talvez, o efeito mais familiar das mudanças climáticas e, provavelmente, aquele com mais consequências, é importante sempre precisar de qual nível do mar (eustático, relativo, médio, preiamar, etc.) se trata e como é que ele foi calculado. Diferentes níveis do mar podem ser deduzidos da morfologia de uma praia. O nível de preiamar viva corresponde, mais ou menos, ao limite entre a praia-média e praia-alta (as marés vivas que ocorrem perto dos equinócios, que têm os máximos de amplitude, são as marés equinociais). O nível da baixamar (maré vazia) corresponde ao limite superior das cristas e sulcos pré-litorais, enquanto que a escarpa da praia (ultimo degrau da praia), limite entre a praia-baixa e praia-média, sublinha o nível de preiamar morta (Lua Nova), no topo, e, mais ou menos, o nível médio do mar, na base.
Nível Endurecido (superfície endurecida)...............................................................................................................................Hardground
Surface enduré / Superficie dura, Hardground / Oberflächen ertragen / 表面忍着 / Затвердевшая поверхность / Hardgound /
Zona no fundo do mar, que pode mais tarde ser fossilizada, geralmente, de alguns centímetros de espessura, na qual os sedimentos estão litificados e formam uma superfície endurecida, encrostada e, frequentemente, descolorada. Esta superfície implica uma pausa na sedimentação ou uma taxa de deposição muito fraca e assim não pode, geralmente, ser considerada como uma discordância.
Ver: « Secção Estratigráfica Condensada »
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« Superfície da Base das Progradações »
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« Intervalo Transgressivo »
O offshore Este dos Estados Unidos corresponde a uma sobreposição de diferentes bacias da classificação das bacias sedimentares de Bally e Snelson (1980). Numa linha sísmica regional, em geral, de baixo para cima, reconhece-se: (i) Um soco ou uma cadeia de montanhas do Paleozóico, que funciona como uma infraestrutura e que corresponde ao supercontinente Pangeia ; (ii) Bacias de tipo rifte que alongaram o supercontinente antes da ruptura da litosfera e (iii) Uma margem divergente tipo Atlântico, formada na base por uma espessa acumulação de derrames de lava, que se depositaram durante o alastramento vulcânico subaéreo que precedeu o alastramento ou expansão oceânica. Na margem divergente reconhecem-se duas fases tectónico sedimentares. A fase transgressiva, que se depositou durante a subida do nível do mar absoluto ou eustático (nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite), que é coberta pela fase regressiva que se depositou durante a descida do nível do mar durante ciclo eustático de 1a ordem do Mesozóico /Cenozóico. Localmente, a fase transgressiva tem uma geometria paralela, mas globalmente ela é retrogradante, uma vez que ela é o resultado do conjunto de ingressões marinhas, cada vez mais importantes, e das regressões sedimentares associadas, cada vez mais pequenas. Durante a fase regressiva, cuja geometria é progradante, como se pode, facilmente, constatar nesta tentativa de interpretação, ingressões marinhas são cada vez menos importantes e as regressões sedimentares, associadas, cada vez mais importantes. Como ilustrada nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica do Canhão de Baltimore (EUA), os níveis endurecidos, que correspondem, geralmente, às secções estratigráficas muito condensadas, são, praticamente, sempre fossilizadas por superfícies da base das progradações. Os níveis endurecidos representam períodos de sem deposição ou períodos com uma taxa de sedimentação muito pequena. Estas condições ocorrem, por exemplo, dentro de um ciclo-sequência (ciclo estratigráfico), quando os centros de deposição são deslocados para montante (continente), devido a uma subida significativa do nível do mar relativo em aceleração. Efectivamente, desde que o nível do mar relativo (não confundir com nível do mar absoluto ou eustático) começa a subir em desaceleração (quando as ingressões marinhas são cada vez mais pequenas), os centros de deposição, progressivamente, deslocam-se para jusante e os níveis endurecidos são parcial ou totalmente fossilizados pelos sedimentos progradantes sobrejacentes. Nesta tentativa de interpretação, a fossilização do nível endurecido parece ter sido mais mais complexa. Ela não se fez durante o depósito do prisma de nível alto de um ciclo estratigráfico, dito ciclo sequência, como dito anteriormente, mas pelo depósito de uma série de subciclos de invasão continental com geometria progradante. Estes subciclos depositaram-se em associação com descidas sucessivas do nível do mar absoluto ou eustático, que ocorreram durante o Neogénico (a geometria, mais ou menos subhorizontal, do nível endurecido sugere que estes subciclos foram condicionados, quase unicamente, pela eustasia, o quer significa que a influência do factor tectónico era, praticamente, inexistente.). Uma descida global do nível do mar (descida, mais ou menos contínua, do nível do mar absoluto ou eustático), engloba, necessariamente, várias subidas do nível do mar relativo, de uma hierarquia mais pequena, que são as verdadeiras responsáveis da deposição). Devido às suas características litológicas, as superfícies endurecidas têm fortes impedâncias acústicas e, por conseguinte, podem induzir reflexões sísmicas com fortes amplitudes. Em certas bacias, determinadas anomalias de amplitude, inicialmente, interpretadas como induzidas pela presença de hidrocarbonetos em rochas-reservatório, correspondem, muitas vezes, a superfícies endurecidas. Muitos animais perfuram os sedimentos que formam as superfícies endurecidas (bioerosão). Um dos exemplos mais conhecidos é o molusco bivalve litófago (que come sedimentos): Lithophaga Lithophaga. Muitos animais incrustam as superfícies endurecidas (ostras, briozoários, cracas e crinóides, etc.).
(*) Note que aqui estamos a falar ao nível hierárquico de um ciclo estratigráfico de invasão continental de invasão, induzido pelo ciclo eustático de 1a ordem (ciclo eustático pós-Pangeia), o qual é definido em relação as variações do nível do mar absoluto ou eustático e não pelas variações do nível do mar relativo como é o caso num ciclo sequência.
Nível Freático..........................................................................................................................................................................................................................Freatic level
Niveau phréatique / Nivel freático / Phreatisches Niveau / 潜水水平 / фреатическое уровень / Livello freatica /
Nível superior de um aquífero, no qual a pressão da água é igual à pressão atmosférica. Debaixo do nível freático, o solo é saturado de água, isto é, todos os intervalos entre os grãos são cheio de água , o que não é o caso acima do nível freático.
Ver: «Sabkha»
Nível Hierárquico (ciclos estratigráficos)...........................................................................................................Hierarchical Level
Niveau hiérarchique / Nivel jerárquico (ciclos estratigráficos) / Hierarchieebene (stratigraphische Zyklen) / 分层级(地层旋回)/ Иерархический уровень (стратиграфических циклов) / Livello gerarchico (cicli stratigrafici) /
Um dos quatros tipos de ciclos estratigráficos que compõem a estratigrafia sequencial, a qual obedece à teoria das hierarquias. Uma linha sísmica, por exemplo, pode ser interpretada, em termos geológicos, a vários níveis hierárquicos, função dos ciclos eustáticos considerados. Convencionalmente, quatro grandes hierarquias de ciclos estratigráficos podem ser consideradas: (i) Ciclos de Invasão Continental ; (ii) Subciclos de Invasão Continental ; (iii) Ciclos-sequência e (iv) Paraciclos-sequência. Os paraciclos sequência, como o seu nome sugere, não são ciclos estratigráficos, uma vez que eles são limitados por superfícies de inundação ou de ravinamento e não por discordâncias. Os paraciclos sequência, que são induzidos por paraciclos eustáticos (sem descidas do nível do mar relativo entre eles), compõem os cortejos sedimentares que constituem os ciclos-sequência.
Ver: « Ciclo Eustático »
&
« Ciclo Estratigráfico »
&
« Estratigrafia Sequencial»
Um dos princípios básicos da estratigrafia sequencial é a conjectura de que os ciclos estratigráficos são induzidos pela eustasia* (variações do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite), o que quer dizer, que ela é a principal responsável do espaço criado para que os sedimentos se depositem (acomodação). Naturalmente, a hierarquia dos ciclos estratigráficos depende da hierarquia dos ciclos eustáticos, que os induziram. Em geral, na estratigrafia sequencial, feita a partir dos dados sísmicos (tendo em linha de conta a resolução sísmica), consideram-se três ciclos estratigráficos principais, que se depositaram durante ciclos eustáticos de 1a, 2a, 3a ordem, o que quer dizer, os ciclos eustáticos com durações, respectivamente, superiores a 50 My, entre 50 e 3-5 My, entre 3-5 e 0,5 My: (i) Ciclo de Invasão Continental ; (ii) Subciclo de Invasão Continental ; (iii) Ciclo-sequência. Os ciclos de invasão continental estão associados à ruptura dos supercontinentes (Protopangeia e Pangéia). Os subciclos de invasão continental estão associados com as mudanças de velocidade da subsidência tectónica. Os ciclos sequência estão associados com a glacioeustasia. Os paraciclos-sequência, são induzidos por paraciclos eustáticos, cujo tempo de duração varia 0,01 e 0,5 My, são, provavelmente, associados com a glacioeustasia. Os paraciclos eustáticos, são caracterizados por sucessivas subidas do nível do mar relativo (resultado da acção conjunta do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica) sem que nenhuma descida do nível do mar ocorra entre elas. Entre cada paraciclo eustático existe um período de estabilidade do nível do mar relativo durante o qual a linha da costa se deslocar para o mar à medida que a deposição ocorre. Quando o nível do mar relativo sobe (paraciclo eustático), a linha costa desloca-se para o continente, ao mesmo tempo, que no fundo do mar da zona submersa se forma uma superfície de ravinamento. Durante o período de estabilidade do nível do mar relativo que se segue a uma ingressão marinha, à medida que os sedimentos se depositam, mais ou menos, em progradação, a linha da costa desloca-se para o mar até que uma nova subida do nível do mar relativo a desloque de novo para o continente e assim por diante. Os ciclos sequência são os tijolos ou os blocos de construção da estratigrafia sequencial. É a partir do estudo destes ciclos, os quais são compostos por diferentes cortejos sedimentares, que predições litológicas podem ser avançadas. A terminologia aqui apresentada é menos enganosa do que a inicialmente adoptada pelos geocientistas da Exxon (Megassequência, Superssequência, Sequência e Parassequência), uma vez que ela entra em linha de conta com uma das características básicas da Geologia: "Toda a interpretação geológica é dependente da escala". Durante muito tempo, certos geocientistas das companhias petrolíferas (os primeiros a utilizar a estratigrafia sequencial), interpretavam as megassequências de Exxon como "mega" ciclos sequência constituídos por "mega" cortejos sedimentares, o que é totalmente errado, e que levou alguns geocientistas a prognosticar "mega" turbiditos, que os poços de pesquisa refutaram totalmente. Esta hierarquia significa, por exemplo, que as características de um ciclo de invasão continental (de um “todo” como diriam os filósofos), não se podem definir a partir das características dos subciclos de invasão continental (“partes”) que os compõem. O "todo" é muito mais do a soma das "partes". É importante não esquecer que “uma parte” significa qualquer coisa de fragmentário e incompleto, que por ela mesmo não tem uma existência legítima. Um paraciclo sequência isolado não existe e não tem nenhum sentido. Todavia, um conjunto de paraciclos sequência forma uma cortejo sedimentar e um conjunto de cortejos sedimentares forma um ciclo sequência. Por outro lado, “um todo” é considerado como qualquer coisa de completo e que, por ele mesmo, não necessita de mais explicação. Mas “todos” e “partes”, em absoluto, não existem nem no domínio das estruturas geológicas, nem no domínio da estratigrafia sequencial, nem no domínio dos organismos vivos. O que normalmente encontramos são estruturas intermediárias a vários níveis hierárquicos em ordem ascendente de complexidade. Os "Subtodos" mostram, conforme os olhamos, certas características, geralmente, atribuídas as "Partes" (Abraham, 1999).
(*) Para muitos geocientistas, as variações do nível do mar absoluto ou eustático não podem ser nem globais nem uniformes, uma vez que qualquer causa do nível do mar afecta, igualmente, o geóide terrestre. Durante o degelo das calotes glaciares, em resposta à carga da água adicionada às bacias oceânica, o nível do mar será deprimido, e em resposta à carga removida (onde as calotes glaciares derreteram), o continente será levantado. A redistribuição do material no interior da Terra é afectada pela sobrecarga e forcará, ainda mais, as variações da superfície do oceano (induzidas pelas anomalias da gravidade) e, assim, mais redistribuições da água serão necessárias para tentar igualizar o potencial gravítico. Este contínuo processo retroactivo gravítico entre as calotes glaciares, oceanos e o continente é o processo que, por fim, determina a assinatura do nível do mar relativo, que é observado em todo os lugares onde o continente e o oceano se encontram. Todavia, unicamente as mudanças glacioeustáticas são, ao mesmo tempo, importantes (> 10 m) e rápidas (< 1 My).
Nível do Mar Absoluto...................................................................................................................Absolute Sea Level (eustatic)
Niveau de la mer absolu (eustátique) / Nivel absoluto del mar (eustatico) / Absoluter Meeresspiegel (eustatisch) / 绝对海平面 / Абсолютный уровень моря (эвстатической) / Livelloil del mare assoluto (eustatici) /
Nível do mar referenciado a um ponto fixo global que, em geral, é o centro da Terra ou a um satélite da Terra artificial. do geóide. O nível do mar absoluto sobe ou desce em função do volume das bacias oceânicas e do volume dos mantos e calotas glaciárias (glaciares incluídos), uma vez que o volume de água sob todas s suas forma (sólida, liquida e gasosa) é considerado constante desde a formação da Terra há cerca de 4,5 Ga (109 ou biliões de anos). Sinónimo de Nível do mar Eustático.
Ver: «Acção das Vagas (mar calmo)»
Nível do Mar Eustático....................................................................................................................Eustatic Sea Level (eustatic)
Niveau de la mer eustatique / Nivel del mar eustatico / Eustatische Meeresspiegel / 相对海平面 / Эвстатических уровня моря / Eustatici livello del mare /
Nível do mar referenciado a um ponto fixo global que, em geral, é o centro da Terra ou a um satélite da Terra artificial. do geóide. O nível do mar eustático sobe ou desce em função do volume das bacias oceânicas e do volume dos mantos e calotas glaciárias (glaciares incluídos), uma vez que o volume de água sob todas s suas forma (sólida, liquida e gasosa) é considerado constante desde a formação da Terra há cerca de 4,5 Ga (109 ou biliões de anos). Sinónimo de Nível do mar absoluto.
Ver: «Acarreio Terrígeno»
Nível do Mar Geodésico....................................................................................................Geodesic Sea Level, Ocean Geoid
Ocean geoid / Niveau de la mer géodésique / Nivel del mar geodésico / Meeresspiegel Nullpunkt / 大地测量海平面 / Геодезический уровень моря / Livello del mare datum /
Nível do mar do geóide. Sinónimo de Geóide Oceânico.
Ver: « Variação do Nível do Mar Relativo»
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« Eustasia »
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« Eustasia Geodésica »
O geóide é a superfície equipotencial que coincidiria, exactamente, com a superfície média do nível dos oceanos da Terra, se estes estivessem em equilíbrio, em repouso e se eles se estendessem através dos continentes. Assim, o geóide é, essencialmente, a figura da Terra abstraída das suas características topográficas, ou seja, uma superfície ideal de equilíbrio da água do mar ou o nível médio da superfície dos oceanos, na ausência de correntes, variações da pressão atmosférica, etc., e continuada debaixo das massas continentais. Como ilustrado neste esquema, o geóide, ao contrário do elipsóide (superfície quádrica análoga a uma elipse, que se pode representar por uma equação algébrica do segundo grau), é irregular e demasiado complicado para servir como a superfície computacional para resolver problemas geométricos como a posição de um ponto. Quando os três raios de um elipsóide são iguais, ele é uma esfera. Quando dois raios são iguais, o elipsóide é um esferóide. A separação geométrica entre o geóide e elipsóide de referência é chamada diferença geóidal ou altitude geodésica. Ela varia, globalmente, entre, mais ou menos, 110 metros. Convencionalmente, o nível do mar médio (NMM) é a altura média do mar referenciada a uma superfície de referência apropriada. Contudo, a definição do nível de referência envolve medidas muitos complexas e a determinação do nível médio do mar pode ser muito difícil. Por outro lado, para utilizar esta definição longe do mar tem de se comparar uma altura da superfície média do mar local com uma superfície de referência “nivelada” que, em geral, é o geóide. Isto quer dizer, que em condições ideais, isto é, em repouso e na ausência de forças externas, o nível do mar médio coincidiria com a superfície da geóide, ou seja, com a superfície equipotencial do campo gravitacional da Terra. Devido às correntes, variações de pressão do ar, temperatura, salinidade, etc., isto não ocorre, nem mesmo como uma média a longo prazo. Função da localização, mas persistente no tempo, a separação entre o nível do mar médio e o geóide é referido como a topografia da superfície do mar (estacionário), a qual varia, globalmente, em uma escala de, mais ou menos, 2 m. É esta superfície do mar estacionário que muitos geocientistas chamam nível do mar geodésico. Para determinar o “nível médio do mar”, a melhor coisa que se pode fazer é determinar um lugar e calcular o nível médio nesse ponto e utilizá-lo como ponto de referência. Geralmente, a partir de observações horárias, feitas durante um período de cerca de 20 anos, pode calcular-se a média para esse ponto de medida. Como uma subida do nível do mar é, talvez, o efeito mais familiar e, provavelmente, aquele com mais consequências, é importante sempre precisar de qual nível do mar (eustático, relativo, médio, preiamar, etc.) se trata e como é que ele foi calculado. Para explicar a eustasia, ou seja, as variações do nível do mar absoluto ou eustático, que é referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, muitos geocientistas utilizam a metáfora do copo de vinho, na qual o copo é não só de borracha, mas também transparente. Para uma determinada quantidade de vinho (a quantidade de água sob todas as suas formas é considerada constante desde a formação da Terra), o tamanho do copo simula o volume das bacias oceânicas, o qual pode variar por encurtamento ou alargamento (simulação dos movimentos tectónicos), o que produz uma subida ou descida do nível do vinho. A subida e descida do nível do vinho simulam a tectonicoeustasia. O volume do vinho no copo pode variar quer bebendo um pouco de vinho (glaciações, formação de calotas glaciárias) quer deitando mais vinho no copo (deglaciações, degelo da calotas glaciárias), o que produz uma descida ou subida do nível do vinho (glacioeustasia). A dilatação do vinho, que depende da temperatura é, por vezes considerada, mas não joga um papel importante (a dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar). No copo, a superfície do vinho não é horizontal, mas ondulada (nível do mar geodésico, qualquer mudança na gravidade induz uma redistribuição das irregularidades da superfície da água), o que quer dizer que esta metáfora pode ser completada, tomando em linha de conta a eustasia geóidal, isto é, as alterações da distribuição da água dos oceanos causadas pelas variações do campo da gravidade terrestre. Assim, ao nível hierárquico dos ciclos-sequência, uma ingressões marinhas é induzida por uma subida do nível do mar relativo (nível do mar, local referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre quer ela seja a base dos sedimentos (topo da crusta continental) quer o fundo do mar, que é o resultado da acção combinado do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica.
Nível do Mar Relativo...............................................................................................................................................................Relative Sea Level
Niveau de la mer relative / Nivel relativo del mar / Relativer Meeresspiegel / 海平面 / Относительный уровень моря / Relativo livello del mare /
Nível do mar referenciado a um ponto qualquer da superfície terrestres quer seja o topo da crusta continental (base dos sedimentos) ou o fundo do mar e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica (subsidência ou levantamento do fundo do mar) a um satélite da Terra artificial. Sinónimo de Nível do mar absoluto.
Ver: «Acção das Vagas, (mar agitado, limite máximo)»
Nível Médio das Águas do Mar..............................................................Mean Sea Level, Middle Sea Level
Niveau moyen de la mer / Nivel medio del mar / Meeresspigel, Seewaage / 平均海平面 / Средний уровень моря / Livello medio del mare /
Altura média da superfície do oceano (como o ponto médio entre a maré alta média e a maré baixa média), utilizado como padrão no cálculo elevação de terreno. O nível do mar varia muito no tempo e no espaço (distância). Ele é afectado pelas marés, vento, pressão atmosférica, diferenças locais da gravidade, temperatura, salinidade, subsidência, etc. Para determinar o nível médio do mar, a melhor coisa que se pode fazer é escolher um lugar e calcular o nível médio nesse ponto e utilizá-lo como ponto de referência. Geralmente, a partir de observações horárias, feitas durante um período relativamente importante (mais ou menos 20 anos), pode calcular-se ser a média para esse ponto de medida. Como uma subida do nível do mar é, talvez, o efeito mais familiar das mudanças climáticas e, provavelmente, aquele com mais consequências, é importante precisar sempre de qual nível do mar (eustático, relativo, médio, preiamar, etc.) se trata e como é que ele foi calculado.
Ver: « Variação do Nível do Mar Relativo»
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« Eustasia »
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« Nível Alto (do mar) »
Antes de mais quando se fala de nível do mar tem que se precisar de qual nível do mar se trata. Na realidade, há vários níveis do mar. Na estratigrafia sequencial, os níveis do mar mais utilizados são: (i) Nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar, global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite e (ii) Nível do mar relativo, quer isto dizer, o nível do mar, local, referenciado quer à base dos sedimentos (topo da crusta continental), que ao fundo do mar num ponto determinada, quer qualquer outro ponto tomado como referência). O nível do mar absoluto ou eustático é função da tectonicoeustasia (controlada pela variação do volume das bacias oceânicas), glacioeustasia (controlada pela variação de volume de água dos oceanos), geoidaleustasia (controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre) e da dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico* do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). O nível do mar relativo é, obviamente, o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (levantamento do fundo do mar quando o regime tectónico predominante é em compressão ou subsidência quando o regime tectónico predominante é em extensão). O nível do mar varia muito no tempo e no espaço. Ele é afectado pelas marés, vento, pressão atmosférica, diferenças locais da gravidade, temperatura, salinidade, subsidência, etc. Para determinar o “nível médio do mar”, a melhor coisa que se pode fazer é determinar um lugar e calcular o nível médio nesse ponto e utilizá-lo como ponto de referência. Geralmente, a partir de observações horárias, feitas durante um período suficientemente longo (20 anos, por exemplo), pode calcular-se a média para esse ponto de medida. Assim, pode dizer-se que o nível médio do mar é a altitude média da superfície do mar medida em relação a uma superfície terrestre de referência. O nível médio do mar é, por sua vez, utilizado como ponto de referência a partir do qual são medidas as altitudes dos acidentes topográficos e marcadas as curvas de nível e as altitudes nos mapas. Um conceito relacionado com o nível médio do mar é o de zero hidrográfico (altitude de referência a partir da qual são medidas as profundidades). Após verificados os registos de baixamares durante vários anos (50 +/-), escolhe-se a baixamar mais pequena desse período, e tirando, ainda, cerca de 20/30 cms, encontra-se, mais ou menos, o zero hidrográfico que, em geral, é utilizado em hidrografia costeira e na medição de profundidades de portos e barras. Na maior parte dos casos o zero hidrográfico faz-se coincidir com o nível médio do mar ou tem com ele uma relação simples e constante. A determinação do nível médio do mar foi, tradicionalmente, feita com base nas leituras dos marégrafos, isto é, instrumentos que registam, automaticamente, o fluxo e o refluxo das marés num determinado ponto da costa. O registro produzido, sob a forma de gráfico, denomina-se maregrama. Eliminando dos dados recolhidos as flutuações devidas às ondas, a factores meteorológicos e às marés e a outros factores astronómicos, obtém-se uma leitura do nível médio do mar, durante determinado período, por referência à área utilizada. As medidas assim obtidas incorporam os efeitos eustáticos e isostáticos, sendo, em geral, escolhidas como referência para os ambientes geológicos estáveis, onde as variações isostáticas e outras, que afectam a altitude do ponto de referência, sejam negligenciáveis, isolando assim apenas os efeitos eustáticos. O geóide é considerado, mais ou menos, igual ao nível médio do mar. Nos oceanos eles são aproximadamente iguais, mas, nas áreas continentais, eles podem ser muito diferentes. Em Portugal o zero hidrográfico é o plano da maré mais baixa, em relação à qual são referidas as sondas e as linhas isobatimétricas das cartas náuticas, bem como as previsões de altura de maré publicadas nas Tabelas de Marés do Instituo Hidrográfico. Esta figura ilustra o cálculo do nível médio do mar a partir de 9 estações para um período de cerca de 80 anos (entre 1908 e 2000) e para 177 estações durante um período de cerca de 50 anos. Isto quer dizer, que a taxa de variação do nível médio do mar, durante uma determinada época, não se pode exprimir por um simples número, mas por um número acompanha da variância (medida da dispersão estatística que indica indicando "o quão longe" em geral os seus valores se encontram do valor esperado), como por exemplo 4 (6/2) mm /por ano, o que quer dizer que em certos sítios ela foi de 6 mm/ano, mas noutros, unicamente, 2 mm/ano.
(*) O efeito estérico vem do facto que cada átomo contido numa molécula ocupa um determinado espaço. Se certos átomos são trazidos muito perto uns dos outros, há um gasto de energia associado com uma tal aproximação. Com efeito, uma certa quantidade de energia é requerida para sobrepor as nuvens dos lóbulos orbitais electrónicos (repulsão de Pauli ou de Born). Um gasto ou um ganho de energia afectam a forma normal da molécula e as suas propriedades. Grosseiramente, pode dizer-se que um aumento da temperatura aumenta o tamanho dos átomos.
Nomograma.....................................................................................................................................................................................................................................Nomogram
Nomogramme / Nomograma / Nomogramm / 诺谟图 / Номогра́мма / Nomogramma/
Diagrama, a duas dimensões, que permite calcular, graficamente, de maneira mais ou menos aproximada, uma função. Sinónimo de Ábaco.
Ver: « Diagrafia de Inclinação (dipmeter) »
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« Curva Logística »
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« Curva de Hubbert »
Um nomograma, ábaco ou nomógrafo é um instrumento gráfico de cálculo, um diagrama bidimensional que permite a computorização gráfica e aproximada de uma função de qualquer número de variáveis. Em sua concepção mais geral, o nomograma representa, simultaneamente, o conjunto das equações que definem determinado problema e a possibilidade total de suas soluções. Trata-se de um instrumento de cálculo analógico, como o de uma régua de cálculo, por utilizar segmentos contínuos de linhas para representar os valores numéricos discretos que podem assumir as variáveis. A sua precisão é limitada, sendo determinada pelo detalhe com que podem realizar-se, reproduzir-se, alinhar-se e perceber-se as marcas ou pontos concretos que constituem as escalas de valores correspondentes. Os nomogramas só devem ser utilizados em casos em que a obtenção de uma resposta exacta é impossível ou muito inconveniente (cálculos de engenharia complicados que houvessem de realizar-se em batalhas ou no canteiro de obras; situações repetitivas com ligeira modificação dos valores das variáveis; etc.), onde a obtenção de uma solução aproximada for suficiente e muito desejável. Um nomograma, normalmente, tem três escala. Duas escalas representam os valores conhecidos e uma escala é a escala onde o resultado é lido. As escalas mais conhecidas são colocados do lado de fora, ou seja, o escala do resultado no centro. Cada valor conhecido do cálculo é marcado na escala externa e uma linha é desenhada entre cada marca. Onde a linha e a escala interna se intersectam é o resultado. O nomograma ilustrado nesta figura é muito utilizado na pesquiza petrolífera, uma vez que a partir do índice Tempo-Temperatura (maturação da bacia), do gradiente geotérmico e do enterramento das rochas mãe potenciais (profundidade máxima que as rochas-mãe atingiram, permite determinar: (i) Os limites de maturação térmica ; (ii) O fim de geração do petróleo ; (iii) O pico de geração do petróleo ; (iv) A probabilidade de cobertura, isto é, de rochas com características de rochas de cobertura ; (v) O início de geração do petróleo. Note que a escala ITT (índice tempo-temperatura) é logarítmica*.
(*) Escala que usa o logaritmo de uma grandeza em vez da grandeza propriamente dita. O logaritmo reduz a representação a uma escala mais fácil de ser visualizada.
Notação (astronomia).......................................................................................................................................................................................................................Nutation
Nutation / Nutación / Nutation (Astronomie) / 章動 / Нутация / Nutazione /
Movimento irregular do eixo de rotação de um objecto, axialmente, simétrico, como, um giroscópio ou a Terra.
Ver: «Precessão»
Novilúnio...........................................................................................................................................................................................................................................................Novilune
Novilunium / Novilúnio / Novilune / Novilune (新月) / Новолуние / Novilunio /
Sinónimo de Lua nova.
Ver : « Lua »
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« Plenilúnio »
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« Conjunção (astronomia) »
Novilúnio é uma das fases da Lua como são denominados os quatro aspectos básicos que a Lua apresenta função do ângulo pelo qual é vista a face iluminada pelo Sol. Quando a Lua se encontra em conjunção (quando corpos celestiais estão alinhados) com o Sol, a face visível está às escuras e a face oculta está iluminada. É o novilúnio ou Lua nova. Uma vez que nesta fase a Lua nasce e põe-se com o Sol, ela só é visível quando ocorre um eclipse solar. Cerca de 7,5 dias depois, a Lua encontra-se num ângulo de 90º em relação ao Sol. Nesta fase, a porção iluminada é metade da face visível, isto é, um quarto da superfície lunar, donde o nome quarto crescente. Nesta fase, a Lua nasce cerca do meio-dia e põe-se à meia-noite. Quando a Lua se encontra em oposição ao Sol, cerca de 15 dias depois da Lua nova, a sua face visível fica, totalmente, iluminada, é a Lua cheia ou plenilúnio. Nesta fase, a Lua nasce quando o Sol se põe e desaparece ao nascer do Sol. É nessa fase que podem ocorre os eclipses lunares. Uma semana mais tarde ela está a 270° e, assim a Lua estará em quarto minguante. Nesta fase, a Lua nasce à meia-noite e se põe ao meio-dia. O ciclo de lunação completa-se em pouco mais de 29,5 dias e é, portanto, quase dois dias mais longo que a translação. Isto ocorre em função do movimento de translação da Terra. A translação da Terra é o movimento elíptico que a Terra realiza ao redor do Sol. Esse movimento, juntamente, com a inclinação do eixo de rotação da Terra, é responsável pelas estações do ano. O movimento de translação demora 365 dias e seis horas a ser realizado, isto significa que um ano não bissexto tem um défice de 6 horas e 4 minutos em relação ao movimento real de translação. Este défice, ao fim de 4 anos de acumulação, origina 24 horas e é compensado com um ano bissexto. O sentido de translação da Terra é anti-horário se observado do espaço sideral do Norte para o Sul. Se observado do Sul para o Norte este movimento seria horário. Para eliminar esta ambiguidade, pode utilizar-se a utilizar a convenção matemática do vector velocidade angular, que aponta para o norte, é paralelo ao eixo de rotação e que se encontra no centro de massa do sistema Terra-Sol. A rotação da Terra segue o movimento no mesmo sentido, estando o seu eixo de rotação inclinado de 23° em relação ao plano de sua órbita.
Número de Reynolds.....................................................................................................................................................................Reynolds Number
Nombre de Reynolds / Número de Reynolds / Reynolds-Zahl / 雷诺数 / Число Рейнольдса / Numero di Reynolds /
Número sem dimensões derivado da velocidade, comprimento e viscosidade que determina se um fluído se escoa de maneira suave ou turbulenta.
Ver: « Fluxo (escoamento) »
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« Escoamento Turbulento »
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« Escoamento de Detritos »
O coeficiente, número ou módulo de Reynolds (abreviado como Re) é um número se dimensões usado em mecânica dos fluidos para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido sobre uma superfície. É utilizado, por exemplo, em projectos de tubulações industriais e asas de aviões. O seu significado físico é um quociente de forças: forças de inércia (vρ) e forças de viscosidade (μ/D). É expressado como: Re = (ρd)/μ, onde v é a velocidade média do fluido, D a longitude característica do fluxo, o diâmetro para o fluxo no tubo, μ a viscosidade dinâmica do fluido e ρ a massa específica do fluido (quociente entre a massa e o volume do fluido). O significado fundamental do número de Reynolds é que ele permite avaliar o tipo do escoamento (estabilidade do fluxo) e pode indicar se flui de forma laminar ou turbulenta. Para o caso de um fluxo de água num tubo cilíndrico, admite-se os valores de 2000 e 2400 como limites. Desta forma, para valores menores que 2000 o fluxo será laminar, e para valores maiores que 2400 o fluxo será turbulento. Entre estes dois valores o fluxo é considerado como transitório. O número de Reynolds constitui a base do comportamento de sistemas reais, pelo uso de modelos físicos reduzidos. Um exemplo comum é o túnel aerodinâmico onde se medem forças desta natureza em modelos de asas de aviões, automóveis, edifícios, etc. Pode-se dizer que dois sistemas são, dinamicamente, semelhantes se o número de Reynolds, for o mesmo para ambos. D, isto é, a longitude característica do fluido, refere-se em geral, a qualquer dimensão do sistema, por exemplo a corda de asa de um avião, o comprimento de um navio, a altura de um edifício, etc. Normalmente, por valores experimentais, costuma-se caracterizar um fluido com escoamento laminar com Re < 2100 e escoamento turbulento com Re > 4000. Todos os corpos são preguiçosos e não desejam modificar seu estado de movimento. Se estão em movimento, querem continuar em movimento. Se estão parados, querem ficar parados. Essa preguiça é chamada inércia e é característica de todos os corpos com massa.
Números de Fibonacci.........................................................................................................................................................Fibonacci Numbers
Números de Fibonacci / Números de Fibonacci / Fibonacci-Folge / 斐波那契数列 / Чи́сла Фибона́ччи / Successione di Fibonacci /
Sequência de números com propriedades muito interessantes, na qual um determinado número é a soma dos dois números precedentes.
Ver: « Teoria da Evolução »
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« Lei do Crescimento Sigmoidal (carbonatos) »
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« Sistema (teoria) »
A sequência numérica que hoje tem o nome de Leonardo de Pisa ou Fibonacci surgiu de um problema de coelhos, que Fibonacci tratou no seu livro Liber abbaci publicado em 1220: "Um certo homem pôs um par de coelhos num local cercado por todos os lados por um muro. Quantos pares de coelhos podem ser produzidos a partir desse par num ano, admitindo, que cada mês, cada par gera um novo par, o qual se torna produtivo a partir do segundo mês? É fácil de constatar que o número de pares de coelhos em cada um dos 12 meses sucessivos será: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144,.... etc. Por outras palavras, o número de pares de coelhos vai criar uma série em que cada termo é a soma dos dois anteriores. Isto é conhecido como uma sequência de Fibonacci, e os números são conhecidos como números de Fibonacci. Este tipo de sequência tem interessantes propriedades matemáticas. Assim uma linha pode dividir-se em dois segmentos de modo que a relação entre a razão do maior para o menor segmento é o mesma que a razão da linha para o segmento superior. Essa proporção, que é aproximadamente de 1,618, é conhecida como a proporção de ouro, a qual foi utilizada durante o Renascimento como uma proporção básica na arquitectura. A sequência de Fibonacci aparece também nas plantas, em particular no que diz respeito aos pontos de crescimento. Suponha que quando uma planta põe para fora um novo rebento (ele cresce dois meses antes que seja suficientemente forte para suportar a ramificação). Se a planta se ramificar todos os meses os número dos ponto de crescimento (rebentos), segue uma sequência de Fibonacci. Em muitas plantas, o número de pétalas é um número de Fibonacci. As plantas do género Ranunculus têm 5 pétalas, os lírios e os íris tem 3 pétalas, alguns delphiniums tem 8, os malmequeres de milho tem 13 pétalas, alguns ásters tem 21. As margaridas podem ter 34, 55 ou mesmo 89 pétalas. Igualmente, como ilustrado nesta figura os números de Fibonacci também podem ser reconhecidos no arranjo das sementes na cabeça das flores. Da mesma maneira os números de Fibonacci encontram-se na estruturas das conchas e, particularmente, na dos náuticos (como ilustrado no esquema desta figura).
Nuvem...................................................................................................................................................................................................................................................................................Cloud
Nuage / Nube / Wolke / 云 / Облако / Nuvola /
Massa visível formada de gotículas de água, quer isto dizer, de pequenas gotas de água ou cristais de água gelada, na atmosfera acima da superfície terrestre ou de um outro planeta.
Ver: « Nimbostrato »
&
« Atmosfera »
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« Clima »
Uma nuvem é um conjunto visível de pequenas partículas de gelo ou água em seu estado líquido ou ainda de ambos ao mesmo tempo (mistas), que se encontram em suspensão na atmosfera, após terem se condensado ou liquefeito em virtude de fenómenos atmosféricos. Uma nuvem pode também conter partículas de água líquida ou de gelo de maiores dimensões e partículas procedentes, por exemplo, de vapores industriais, de fumaças ou de poeiras. As nuvens apresentam diversas formas, que variam dependendo, essencialmente, da natureza, dimensões, número e distribuição espacial das partículas que a constituem e das correntes de ventos atmosféricos. A forma e cor da nuvem depende da intensidade e da cor da luz que a nuvem recebe, bem como das posições relativas ocupadas pelo observador e da fonte de luz (sol, lua, raios) em relação à nuvem. As nuvens são constituídas por gotículas de água condensada, oriunda da evaporação da água na superfície do planeta, ou cristais de gelo que se formam em torno de núcleos microscópicos, geralmente de poeira suspensa na atmosfera. Após formadas, as nuvens podem ser transportadas pelo vento, tanto no sentido ascendente quanto descendente. Quando a nuvem é forçada a se elevar ocorre um resfriamento e as gotículas de água podem ser total ou parcialmente congeladas. Quando os ventos forçam a nuvem para baixo ela pode dissipar-se por evaporação das gotículas de água. A constituição de uma nuvem depende, então, de sua temperatura e altitude, podendo ser constituídas por gotículas de água e cristais de gelo ou, exclusivamente, por cristais de gelo em suspensão no ar húmido. As nuvens formam-se a partir da condensação do vapor de água existente em ar húmido na atmosfera. A condensação inicia-se quando mais moléculas de vapor de água são adicionadas ao ar já saturado ou quando a sua temperatura diminui. É o arrefecimento de ar húmido que se eleva na atmosfera que dá origem à formação de nuvens. A elevação do ar é um processo chave na produção de nuvens que pode ser produzido por convecção, por convergência de ar, por elevação topográfica ou por levantamento frontal. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Nuvem)¨