Periélio....................................................................................................................................................................................................................................................................Perihelie

Périhélie / Perihélio / Perihelion / 近日点/ Перигелий / Perielio /

Apside inferior (ponto em que um objecto, numa órbita elíptica, está a menor distância do seu centro de atracção) de um planeta em relação ao Sol, isto é, o ponto da órbita de um planeta em que o planeta está mais perto do Sol.

Ver : « Afélio »
&
« Ciclo de Milankovitch »
&
« Apside »

Como ilustrado neste esquema, o periélio é o ponto da órbita de um corpo celeste natural ou artificial, que está mais próximo do Sol. O oposto do periélio é o afélio. Como as órbitas dos corpos celestes são elípticas, elas podem definir-se, no espaço, segundo seis parâmetros os quais permitem calcular, de maneira precisa, a trajectória do corpo em órbita : (i) Excentricidade, que é o desfasamento dos focos em relação ao centro da órbita (relação entre a distância do centro da órbita ao sol e metade do grande eixo) ; (ii) Metade do Grande Eixo, que é metade da distância que separa o periélio do afélio (controla o tamanho da órbita) ; (iii) Inclinação, que é ângulo (entre 0° e 180°), que faz o plano da órbita com um plano de referência (em geral o plano da eclíptica, isto é, plano que contém a trajectória da Terra) ; (iv) Longitude do Nó Ascendente, que é ângulo entre a direcção do ponto vernal (um dos pontos da esfera celeste onde equador celeste e a eclíptica se cruzam) e a linha dos nós (definidos pela intersecção da inclinação e eclíptica) no plano da eclíptica ; (v) Argumento do Periélio, que é o ângulo formado pela linha dos nós e a direcção do periélio (linha recta à qual pertencem o Sol e periélio da trajectória do objecto), no plano da órbita e (vi) Instante de Passagem ao Periélio. O instante de passagem ao periélio permite prognosticar a posição do corpo em órbita em qualquer outro instante. Quando se fala do período de um objecto orbitando, trata-se, em geral, do seu período sideral, mas existem vários períodos possíveis: (a) Período sideral - tempo entre duas passagens do objecto na frente de uma estrela distante (período absoluto) ; (b) Período anomalístico - tempo entre duas passagens do objecto no seu periélio (mais curto ou mais longo que o sideral se o periélio está em precessão ou recessão ; (c) Período draconítico ou nódico - tempo entre duas passagens no seu nó ascendente ou descendente ; (d) Período trópico - tempo entre duas passagens do objecto à ascensão direita zero (equivalente à longitude terrestre sobre a esfera celeste) ; (e) Período sinódico- tempo entre dois momentos em que objecto têm o mesmo aspecto (conjunção, quadratura, oposição, etc.).

Perigeu..........................................................................................................................................................................................................................................................................Perigee

Périgée / Perigeo / Perigäum / 近地点 / Перигей / Perigeo /

Ponto da órbita de uma estrela ou de um satélite natural ou artificial mais próximo da Terra (oposto de apogeu). Apside inferior (ponto em que um objecto, numa órbita elíptica, está a menor distância do seu centro de atracção) da órbita da Lua, quer isto dizer, o ponto da órbita da Lua em que esta está mais perto da Terra.

Ver: « Afélio »
&
« Ciclo de Milankovitch »
&
« Apside »

O termo perigeu designa o ponto da órbita lunar mais próximo da Terra, que se encontra cerca de 356375 km do nosso planeta. O perigeu corresponde ao periélio, o qual que indica a posição na órbita de um planeta ou de qualquer outro corpo do nosso sistema solar em revolução à volta da nossa estrela que o leva à sua mais pequena distância do Sol. Mais genericamente, pode-se falar também de periélio. Como o seu antónimo apogeu, o termo perigeu pode, igualmente, ser usado em relação a qualquer qualquer outro satélite natural ou artificial, pertencente ao Sistema Solar. O espaço de tempo que decorre entre duas passagens da Lua no perigeu é chamado de período de revolução anomalístico, o qual é cerca de 27,55 dias, ou mais exactamente, 27 dias, 13 h, 18 m e 33,1 s. O nosso sistema solar tem nove planetas conhecidos, em órbita mais ou menos circular à volta do Sol: (i) Quatro planetas terrestres (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte); (ii) Dois planetas inferiores e (iii) Quatro planetas gigantes (Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno). Plutão, o nono planeta até agora o menos explorado, assim como os pequenos planetas não estão incluídos nesta classificação. Visto da Terra, os planetas estão localizados sobre a eclíptica. À parte Mercúrio e Vénus, todos os planetas do sistema solar têm satélites naturais. Enquanto a Terra tem apenas um e Marte dois, um número muito maior das luas giram à volta dos planetas gigantes: (a) 16 à volta de Júpiter, incluindo os 4 que foram recentemente descobertos, 18 à volta de Saturno, provavelmente 21 à volta de Urano e 8 em torno de Neptuno, enquanto que Plutão parece ter apenas 1. Os planetas fora do sistema solar são chamados exoplanetas. Há alguns meses atrás, ainda se pensava que todos os planetas giravam em torno de uma estrela. Parece que no âmbito do programa "Search for Origins" os cientistas encontraram um planeta que orbita à volta de um sistema binário (dois corpos celestes próximos que orbitam em torno de um centro de massa comum).

Período de Acalmia (magnetismo)................................................................................................................................Quiescent Period

Période quiescente (magnétisme) / Período de calma / Ruheperiode (Magnetismus) / 静止期(磁) / Период покоя (магнетизм) / Periodo di riposo (magnetismo) /

Intervalo de tempo, na magnetocronostratigrafia, durante o qual a polaridade do magnetismo não mudou, como o intervalo entre o Santoniano (83,5 Ma) e Barremiano (121 Ma) durante, o qual a polaridade se conservou normal, como ela o é actualmente.

Ver: « Magnetismo »
&
" Datação Radiométrica "
&
« Migração Polar »

Nesta figura está ilustrado o tempo geológico em milhões de anos (Ma) de uma parte do Éon Fanerozóico, principalmente, da era Mesozóica. Uma parte do período Terciário, a totalidade do Cretácico e uma parte superior do Jurássico estão representados, assim como os respectivos andares (não confunda andar com idade; andar é uma divisão cronostratigráfica, isto é, das rochas, enquanto que idade é uma divisão geocronológica, isto é, do tempo). Na magnetostratigrafia (última coluna) estão desenhados os intervalos de tempo durante os quais a polaridade do campo magnético terrestre foi normal (N em preto) e inversa (I em branco). No Cretácico, durante os intervalos de tempo dos andares Campaniano e Barremiano, a polaridade normal (como actualmente) manteve-se constante durante muito tempo. Ao longo da história geológica, o campo magnético terrestre inverteu-se muitas vezes, com o pólo norte a tornar-se pólo sul e vice-versa. As polaridades inversas aparecem a intervalos, mais ou menos, regulares de milhares ou milhões de anos por razões que, até agora, ninguém compreendeu claramente. Os longos intervalos de tempo em que a polaridade magnética se manteve constante são designados pelos geocientistas como períodos de acalmia magnética. Esta estabilidade magnética parece estar em relação com a irrupção de uma superpluma (ascensão, no manto e mesmo na crusta terrestre, de enormes quantidades de magma, provavelmente, originado perto da interface núcleo-manto) que ocorreu à cerca de 120 Ma (Barremiano) e que liberou na atmosfera, via os vulcões com ela associados, uma grande quantidade de dióxido de carbono (CO2). Esta superpluma parece que não só induziu a expansão oceânica e dispersão dos continentes, mas também, parece ter sido a causa principal da brusca aceleração da velocidade de expansão (alastramento oceânico), a qual triplicou durante o Cretácico Médio. Com a irrupção da superpluma, as inversões do campo magnético terrestre param durante cerca de 40 Ma, quer isto dizer, que o campo magnético permaneceu normal. Um único período tão longo como este de estabilidade magnética, mas com polaridade inversa, ocorreu durante o Carbonífero (entre o Pensilvaniano Tardio e o Início do Mesozóico).

Período Anomalístico (Lua)..........................................................................................................................................Anomalistic Period

Période anomalistique (de la Lune) / Período anomalístico (de la Luna) / Anomalistisches Zeitraum / 不规则的时期 / Aномалистический период (Луна) / Periodo anomalistico /

Tempo que decorre entre duas passagens de um objecto em órbita pelo seu periélio (o ponto que está mais próximo do centro de atracção). No caso da Lua, o período ou mês anomalístico difere do período ou mês sideral porque o maior diâmetro da órbita, normalmente, avança lentamente. O mês lunar anomalístico é de 27,554549 dias. Sinónimo de Mês Anomalístico.

Ver: « Período Sideral (da Lua) »
&
« Período Sinódico (da Lua) »
&
« Órbita »

O apogeu e o perigeu não são pontos fixos, relativamente, à Terra. Isto é devido a regressão da órbita da Lua. O eixo maior da órbita elíptica, e assim os pontos conhecidos como apogeu e perigeu, circulam à volta da Terra cerca de uma vez todos os nove anos. Desta maneira, o tempo que gasta Lua para viajar do apogeu para o perigue é, ligeiramente, maior do que o seu período orbital (Mês Sideral). Este período de tempo é chamado mês anomalístico e dura 27,5554549 dias. O mês anomalístico é muito importante para os eclipses solares, uma vez que o tamanho de um eclipse solar que nós vemos e o tipo de eclipse (parcial, total, anular ou híbrido) depende da distância da Terra à Lua durante o eclipse e essa distância depende do ponto durante o mês anomalístico quando o eclipse ocorre. Da mesma maneira, a duração e aparência do eclipse solares, também, são afectadas. Não esqueça que além do mês anomalístico, existem outras maneiras de considerar quanto tempo leva a Lua a completar uma órbita: (i) Mês sideral, que é o tempo que a Lua leva par fazer uma volta completa à Terra em relação às estrelas fixas, o qual dura cerca de 27,3 dias ; (ii) Mês sinódico, que é o tempo que gasta a Lua entre duas fases (entre duas Luas Novas consecutivas), o qual dura cerca de 29,5 dias ; (iii) Mês dracónico, que é o tempo que gasta a Lua entre entre dois nodos ascendentes consecutivos (ponto onde a órbita de um satélite cruza o plano da eclíptica e onde a terceira coordenada do satélite é crescente) ; (iv) Mês trópico, que é o tempo entre duas fases consecutivas da Lua (mesma longitude eclíptica). O mês sinódico é mais longo do que o mês sideral porque o sistema Terra-Lua desloca-se uma distância finita na sua órbita à volta do Sol durante cada mês sideral e mais tempo é necessário para encontrar a mesma geometria relativa. Como resultado da lenta precessão da órbita da Lua, o mês ou período anomalístico, trópico e dracónico são diferentes do mês sideral. O tempo médio de um mês calendário (1/12 de um ano) é cerca de 30,4 dias.

Período Dracónico (Lua)..............................................................................................................................................................Draconitic Period

Périod dracronique (de la Lune) / Período dracrónico (de la Luna) / Draconic Zeitraum / 交点周期 / Драконический период (Луна) / Periodo draconica /

Tempo que decorre entre duas passagens de um objecto em órbita pelo mesmo nodo (ponto de intersecção da sua órbita e da eclíptica da Terra. No caso da Lua, o tempo que ela gasta para regressar a um nodo (partindo dele) é mais pequeno do que o período orbital. Este tempo ou mês dracónico é de 27,212220 dias). Sinónimo de Mês Dracónico.

Ver: « Período Sideral (da Lua) »
&
« Período Sinódico (da Lua) »
&
« Órbita »

A órbita da Lua é inclinada em relação ao plano da eclíptica. Os pontos de intersecção da órbita e da eclíptica são os nodos (ascendente e descendente). A Lua para estar, directamente, no alinhamento entre a Terra e o Sol, tem que estar no mesmo plano da eclíptica e num dos dois nodos. O tempo que a Lua gasta para ir de um nodo, ao longo da sua órbita, e voltar não é, exactamente, o mesmo de uma simples órbita devido a precessão da órbita da Lua. O plano da órbita da Lua, assim como os nodos, rodam para trás à volta da Terra uma vez todos os 18,6 anos. O tempo que a Lua gasta para regressar a um nodo (partindo dele) é mais pequeno do que o período orbital. É este tempo é de 27, 212220 dais e chama-se período ou mês dracrónico, que, por vezes, é chamado, simplesmente, mês nódico. Não esqueça que além do mês dracónico há outras maneiras de considerar quanto tempo leva a Lua para completar uma órbita: (i) Mês sideral, que é o tempo que a Lua leva par fazer uma volta completa à Terra em relação às estrelas fixas, e que é de cerca de 27,3 dias; (ii) Mês sinódico, que é o tempo que gasta a Lua entre duas fases (como, por exemplo, entre duas Luas Novas consecutivas), o qual é de cerca de 29,5 dias ; (iii) Mês trópico, que é o tempo entre duas fases consecutivas da Lua (mesma longitude eclíptica) ; (vi) Mês anomalístico, que é o tempo que a Lua gasta para se encontrar entre duas posições de perigeu consecutivas. O mês sinódico é mais longo do que o mês sideral porque o sistema Terra-Lua desloca-se de uma distância finita na sua órbita à volta do Sol durante cada mês sideral e, assim, è necessário mais tempo para encontrar a mesma geometria relativa. Como resultado da lenta precessão da órbita da Lua (movimento cónico que o eixo de rotação da Lua faz, perpendicularmente, ao plano da órbita) o período anomalístico, trópico e dracónico são ligeiramente diferentes do mês sideral. O tempo médio de um mês calendário (1/12 de um ano) é cerca de 30,4 dias.

Período Geológico...........................................................................................................................................................................................................................Period

Période géologique / Período geológico / Geologischen Periode / 地质时期 / Геологический период / Periodo geologico /

Unidade de tempo, na escala de tempo geológico, que é menor do que a de uma Era e maior do que uma Época. O período Terciário, por exemplo, é a primeira Era Cenozóica e inclui, entre outros, a época Eocénica.

Ver : « Éon »
&
« Tempo Geológico »
&
« Escala do Tempo (geológico) »

Nesta figura estão indicados todos os períodos geológicos do Fanerozóico (éon actual na escala do tempo geológico, durante o qual existe uma abundante vida animal). Dentro do Fanerozóico (0 - 590 Ma) podem considerar-se três Eras : Paleozóico (248,2 - 590 Ma)  ; Mesozóico (65 - 248,2 Ma) e Cenozóico (0 - 65 Ma). Na Era Paleozóica existem sete períodos: (i) Pérmico (248,2 - 286 Ma), que é o tempo dos répteis primitivos ; (ii) Pensilvaniano (286 - 317,5 Ma), que é o tempo dos insectos gigantes ; (iii) Mississipiano (317,5 - 360 Ma), que é o tempo dos braquiópodos ; (iv) Devónico (360 - 408 Ma), que é o tempo dos peixes primitivos; (v) Silúrico (408 - 438 Ma), que é o tempo dos escorpiões de mar; (vi) Ordovícico (438 - 505 Ma), que é o tempo dos nautilóides e (vii) Câmbrico (505 - 590 Ma), que é o tempo das trilobites. Na Europa, os geocientistas agrupam o Pensilvaniano e Mississipiano num só Período que é o Carbonífero. Na Era Mesozóica, consideram-se três períodos: (a) Triásico (205,7 - 248,2 Ma), que é o tempo dos primeiros dinosauros ; (b) Jurássico (144,2 - 205,7 Ma), que é o tempo dos grandes dinosauros e (c) Cretácico (65 - 144,2 Ma), que é o tempo dos últimos dinosauros. Na Era Cenozóica existe dois períodos : (A) Terciário (1,77 - 65 Ma) que é o tempo dos cavalos primitivos e o Quaternário (0 - 1,77 Ma) que é o tempo dos homens. Muitos geocientistas consideram dentro do Terciário dois subperíodos: (1) Neogénico (1,77 - 23.8 Ma) e (2) Paleogénico (23,8 - 65 Ma). O Período Quaternário é, por muitos geocientistas, incluído no Neogénico. Não confunda as unidades geocronológicas, como um Período, que são unidades de tempo, com as unidades cronostratigráficas, que representam os conjuntos de rochas, que se depositaram durante as unidades geocronológicas, como o sistema Jurássico. As rochas depositadas durante o período Cretácico formam o sistema Cretácico. Quando uma Série (unidade cronostratigráfica) é subdividida utilize Inferior, Médio e Superior, a unidade geocronológica equivalente, são, isto é a Época, é dividida em Inicial, Médio, Tardio.

Período Nódico (Lua)...............................................................................................................................................................................................Nodic Period

Periode nodique (de la Lune ) / Período nódico (de la Luna) / Nodic Zeitraum / 脑力期 / Нодический период (Луна) / Periodo Nodico /

Tempo que a Lua leva a ir de um nodo (cada um dos pontos em que a trajectória da Lua intercepta a eclíptica e onde a terceira coordenada da Lua é crescente) e regressar ao mesmo nodo, o qual é igual a 27,21220 dias. O mesmo que Mês Lunar Nódico. Sinónimo de Período Dracónico ou Mês dracónico.

Ver : « Período Sideral (da Lua) »
&
« Eclíptica »
&
« Órbita »

A órbita da Lua é inclinada em relação ao plano da eclíptica. Os pontos de intersecção da órbita e da eclíptica são os nós (ascendente et descendente). A Lua para estar, directamente, entre a Terra e o Sol, deve estar no mesmo plano da eclíptica e num dos nós. O tempo que a Lua gasta de um nó, ao longo da sua órbita, e voltar ao mesmo nó não é, exactamente, o mesmo que o de uma simples órbita devido à precessão da órbita da Lua. O plano da órbita, assim como os nós giram para trás à volta da Terra uma vez todos os 18,6 anos. O tempo que a Lua gasta para voltar ao mesmo nó (de onde ela partiu) é mais pequeno que o período orbital. Ele é igual 27,212220 dias e chama-se período ou mês nódico (também, chamado dracónico). Além do mês nódico ou dracónico, existem outras maneiras de considerar quanto tempo leva a Lua a completar uma órbita: (i) Mês sideral, que é o tempo que a Lua leva par fazer uma volta completa à Terra em relação às estrelas fixas, o qual dura cerca de 27,3 dias ; (ii) Mês sinódico, que é o tempo que gasta a Lua entre duas fases (entre duas Luas Novas consecutivas), o qual dura cerca de 29,5 dias ; (iii) Mês trópico, que é o tempo entre duas fases consecutivas da Lua (mesma longitude eclíptica). O mês sinódico é mais longo do que o mês sideral porque o sistema Terra-Lua desloca-se uma distância finita na sua órbita à volta do Sol durante cada mês sideral e mais tempo é necessário para encontrar a mesma geometria relativa. Como resultado da lenta precessão da órbita da Lua, o mês ou período anomalístico, trópico e dracónico são diferentes do mês sideral. O tempo médio de um mês calendário (1/12 de um ano) é cerca de 30,4 dias. Não esqueça que a órbita da Lua é inclinada em relação ao plano da eclíptica e que os pontos de intersecção da órbita e eclíptica são os nodos (ascendente e descendente). A Lua para estar no alinhamento e entre a Terra e o Sol, tem que estar no mesmo plano da eclíptica e num dos dois nodos. Por isso, o tempo que a Lua gasta para ir de um nodo, ao longo da sua órbita, e voltar não é, exactamente, o mesmo que o tempo de uma simples órbita devido a precessão da órbita da Lua, uma vez que o plano da órbita da Lua, assim como os nodos, rodam para trás à volta da Terra uma vez todos os 18,6 anos. O espaço de tempo que decorre entre duas passagens da Lua no perigeu (ponto da órbita de uma estrela ou de um satélite artificial mais próximo da Terra; o ponto oposto ao perigue é o apogeu), que se encontra cerca de 356375 km do nosso planeta, é chamado de período de revolução anomalístico, o qual é cerca de 27,55 dias, ou mais exactamente, 27 dias, 13 horas, 18 minutos e 33,1 segundos.

Período de Onda...........................................................................................................................................................................................................Wave Period

Périoeo d'onde / Período de onda / Wellenperiode / 波期 / Период волны / Periodo dell'onda /

Tempo que decorre entre a passagem de duas cristas (ou cavas) sucessivas de uma onda pelo mesmo lugar.

Ver: « Comprimento de Onda »
&
« Crista (de onda) »
&
« Altura (de onda) »

Como se pode deduzir deste esquema, a melhor maneira de considerar uma onda, é ver como é que uma onda se propaga através da superfície da água de um lago. As ondas são criadas por qualquer tipo de distúrbio, quer seja uma pedra que tomba num lago, um barco que se desloca num rio ou uma tempestade no mar. Uma onda tem uma crista e uma cava e a água parece viajar de uma para a outra. A primeira crista é seguida por uma segunda, a segunda por uma terceira e assim de seguinte. As cristas são separadas por cavas (depressões) o que cria uma sucessão de cristas e cavas. Quando se observa um objecto que flutua nas ondas do mar, quer ele sejam um barco, uma gaivota, etc., é fácil de constatar que ele sobe e desce, em intervalos regulares, à medida que as ondas passam por ele. O período das ondas é o intervalo de tempo que decorre entre a passagem de duas cristas consecutivas através do mesmo ponto. No mar, as ondas parecem ser planas e viajam, juntamente, com a frente das ondas, em linha recta, em direcção da linha de costa. Num lago, elas parecem ser circulares e viajam em todas as direcções, a partir do ponto onde cai uma pedra, por exemplo. Embora, estas imagens mentais sejam muito interessantes, elas não correspondem à realidade. Uma imagem mais realista de como funciona uma onda, é a das ondas que se observam nos estádios de futebol quando os adeptos, em geral da equipa da casa, se levantam de maneira desfasada das suas cadeiras, agitando os braços, para depois se sentarem rapidamente. A primeira fila de adeptos levantando-se, abruptamente, inicia uma onda. Quando eles se sentam, a segunda fila começa o mesmo movimento. Quando a segunda fila se senta, é a terceira que começa e assim sucessivamente. Assim, uma onda propaga-se através de todo o estádio sem que nenhum dos adeptos saia do seu lugar. No mar ou lago é a mesma coisa, as partículas de água deslocam-se para cima e para baixo, mas ficam sempre no mesmo lugar. Perto da linha da costa, as ondas de translação, que contrastam com as ondas de oscilação, que acabamos de descrever, formam-se desde as vagas se quebram, uma vez que, depois, a água se desloca por translação para a praia (correntes de ressaca).

Período Sideral (Lua)....................................................................................................................................................................................Sidereal Period

Période sidérale (de la Lune) / Período sideral (de la Luna) / Sternzeit Zeitraum / 恒星周期 / Звёздный период (Луна) / Periodo siderale /

Tempo que a Lua gasta para fazer uma volta completa à Terra em relação às estrelas fixas ou, por outras palavras, o tempo que a Lua gasta para fazer uma órbita completa à volta da Terra, i.e., o tempo que ela gasta entre duas posições consecutivas a Este da Terra. O mesmo que Mês Lunar Sideral.

Ver: « Órbita »
&
« Período Dracónico (da Lua) »
&
« Período Nódico (da Lua) »

Teoricamente durante um mês ou período sideral, a Lua vai da posição, por exemplo, de uma Lua Nova para a próxima posição de Lua Nova. Como se pode constatar neste diagrama, isso não é, totalmente, verdade. Para ver aonde está a aproximação basta pensar que durante esse tempo, a Lua está orbitando a Terra e, que por seu lado, a Terra também está a deslocar-se. Isto quer dizer que a Lua não está entre a entre a Terra e o Sol quando o mês sideral terminou e que, por isso, não é uma verdadeira Lua Nova. Mesmo que o mês sideral pareça ser a visão mais simples de um mês, astronomicamente, há outros tipos de meses que são mais interessantes sob o ponto de vista terrestre. Além do mês sideral, existem outras maneiras de considerar quanto tempo leva a Lua a completar uma órbita: (i) Mês anomalístico, que é o tempo que decorre entre duas passagens da Lua pelo seu periélio (o ponto que está mais próximo do sol) ; (ii) Mês sinódico, que é o tempo que gasta a Lua entre duas fases (entre duas Luas Novas consecutivas), o qual dura cerca de 29,5 dias ; (iii) Mês dracónico, que é o tempo que gasta a Lua entre entre dois nodos ascendentes consecutivos (ponto onde a órbita de um satélite cruza o plano da eclíptica e onde a terceira coordenada do satélite é crescente) ; (iv) Mês trópico, que é o tempo entre duas fases consecutivas da Lua (mesma longitude eclíptica). O período ou mês sideral difere do período ou mês anomalístico porque o maior diâmetro da órbita, normalmente, avança lentamente. O mês sideral, que ao fim e ao cabo é o tempo que a Lua leva par fazer uma volta completa à Terra em relação às estrelas fixas, dura cerca de 27,3 dias. Como resultado da lenta precessão da órbita da Lua, o mês ou período anomalístico, trópico e dracónico são diferentes do mês sideral. À parte Mercúrio e Vénus, todos os planetas do sistema solar têm luas naturais. A Terra tem apenas uma, Marte duas, um número muito maior de luas giram à volta dos planetas gigantes.

Período Sinódico (Lune)...........................................................................................................................................................................Synodic Period

Période synodique (de la Lune) / Período sinódico (de la Luna) / Synodische Periode / 会合周期 / Синодический период (Луна) / Periodo sinodico /

Tempo entre duas luas novas consecutivas, o qual é, em média, de 29,530589 dias. O mesmo que Mês Lunar Sinódico.

Ver : « Período Sideral (da Lua) »
&
« Lua »
&
« Período Dracónico (da Lua) »

A Lua anda à volta da Terra, a qual anda a volta do Sol. Enquanto a Lua faz uma órbita completa à volta da Terra, esta desloca-se 1/12 da distância da sua órbita à volta do Sol. Como se pode deduzir deste diagrama, isto significa que partindo de uma posição de Lua Nova, a Lua tem que percorrer uma órbita completa e mais um bocadinho para voltar, outra vez, a estar entre a Terra e o Sol. O tempo que leva a Lua para ir da posição de Lua Nova à Lua Nova seguinte chama-se mês sinódico, que, em média, é igual a 29,530589 dias. Como as órbitas da Terra e da Lua não são circulares e como a Terra e a Lua não se deslocam a uma velocidade constante, o verdadeiro tempo entre uma Lua Nova e a Lua Nova seguinte varia entre de 29,27 e cerca de 29,83 dias. A órbita da Lua é inclinada em relação ao plano da eclíptica e que os pontos de intersecção da órbita e eclíptica são os nodos (ascendente e descendente). Assim, a Lua para estar no alinhamento e entre a Terra e o Sol, tem que estar no mesmo plano da eclíptica e num dos dois nodos. Por isso, o tempo que a Lua gasta para ir de um nodo, ao longo da sua órbita, e voltar não é, exactamente, o mesmo que o tempo de uma simples órbita devido a precessão da órbita da Lua., uma vez que o plano da órbita da Lua, assim como os nodos, rodam para trás à volta da Terra uma vez todos os 18,6 anos. O espaço de tempo que decorre entre duas passagens da Lua no perigeu (ponto da órbita de uma estrela ou de um satélite artificial mais próximo da Terra; o ponto oposto ao perigue é o apogeu), que se encontra cerca de 356375 km do nosso planeta, é chamado de período de revolução anomalístico, o qual é cerca de 27,55 dias, ou, mais exactamente, 27 dias, 13 horas, 18 minutos e 33,1 segundos. Além do mês sinódico há outras maneiras de considerar quanto tempo leva a Lua para completar uma órbita : (i) Mês sideral, que é o tempo que a Lua leva par fazer uma volta completa à Terra em relação às estrelas fixas, e que é de cerca de 27,3 dias ; (ii) Mês dracónico, que é o tempo que decorre entre duas passagens da Lua pelo mesmo nodo ; (iii) Mês trópico, que é o tempo entre duas fases consecutivas da Lua e (vi) Mês anomalístico, que é o tempo que a Lua gasta para se encontrar entre duas posições de perigeu consecutivas.

Período Trópico (Lune)....................................................................................................................................................................................Tropic Period

Péríode tropique (de la Lune) / Período trópico (de la Luna) / Tropic Zeitraum / 北回归线期 / Тропический период (Луна) / Periodo tropico /

Tempo entre um equinócio lunar (quando o centro da Terra está exactamente à vertical de um ponto do equador da Lua) e o equinócio seguinte, o qual é de 27, 321582 dias. O período trópico da Lua é o tempo entre duas passagens sucessivas da Lua pela mesma longitude eclíptica. O mesmo que Mês Lunar Trópico.

Ver: « Período Sideral (da Lua) »
&
« Lua »
&
« Período Sinódico (da Lua) »

O período de rotação da Lua é o mesmo que o seu período orbital. A Lua mostra sempre o mesmo hemisfério a um observador terrestre. Esta rotação síncrona é o resultado das fricções que provocam as marés causadas pela Terra à Lua, as quais, progressivamente, retardaram a rotação da Lua sobre ela mesmo, até que o período fosse o mesmo que o da revolução da Lua à volta da Terra. Os efeitos da maré da Lua sobre a Terra retardam a rotação da Terra e provocam um afastamento dos dois astros de cerca de 3,8 cm por ano. Existem várias maneiras de considerar quanto tempo leva a Lua para completar uma órbita: (i) O mês sideral é o tempo que a lua leva par fazer uma volta completa à Terra em relação às estrelas fixas, o qual é de cerca de 27,3 dias ; (ii) O mês sinódico é o tempo que gasta a Lua entre duas fases (por exemplo entre duas Luas Novas consecutivas), o qual é de cerca de 29,5 dias. O mês sinódico é mais longo do que o mês sideral porque o sistema Terra-Lua desloca-se uma distância finita na sua órbita à volta do Sol durante cada mês sideral e mais tempo é necessário para encontrar a mesma geometria relativa. Outras definições da duração do mês lunar incluem o tempo que a Lua gasta entre duas posições de perigue consecutivas (chamado mês anomalístico), ou entre dois nodos ascendentes consecutivos (mês dracónico) ou ainda entre duas fases consecutivas da mesma longitude eclíptica, que é o mês trópico. Como resultado da lenta precessão da órbita da Lua, os três últimos períodos são ligeiramente diferentes do mês sideral. O tempo médio de um mês calendário (1/12 de um ano) é cerca de 30,4 dias. Não esqueça quer a órbita da Lua é inclinada em relação ao plano da eclíptica. Os pontos de intersecção da órbita e eclíptica são os nodos (ascendente e descendente). A Lua para estar directamente no alinhamento entre a Terra e o Sol, tem que estar no mesmo plano da eclíptica e num dos dois nodos.

Permafroste.................................................................................................................................................................................................................................Permafroste

Permafroste / Permafrost (capa de hielo permanente) / Permafrostboden / 永久冻土 / Вечная мерзлота / Permafrost /

Condições do solo que prevalecem numa determinada área, cuja temperatura anual média é de 0° C. Sinónimo de Pergelissolo.

Ver: « Glaciação »
&
« Migração Polar »
&
« Ciclo de Milankovitch »

Como ilustrado nesta figura, no Alasca (Norte da América do Norte) várias zonas de permafroste podem pôr-se em evidência: (i) Zona de Continuidade, que é a zona onde o permafroste é encontrado em toda a área; ela inclui o Norte Slope e a maior parte do oeste do Alasca ; (ii) Zona de Descontinuidade, na qual o permafroste é encontrado de maneira intermitente; esta zona inclui a maior parte do interior do estado do Alasca e (iii) Zona de Permafroste Esporádico, na qual, como o nome sugere, o permafroste é encontrado unicamente em pequenas massas de terra isoladas e permanentemente geladas. Da mesma maneira, diferentes tipos de permafroste podem ser considerados: (a) Permafroste Frio, isto é, com uma temperatura que permanece debaixo 0° C e que podem atingir -10° C como, no Norte Slope ; este tipo de permafroste suporta a introdução de uma quantidade considerável de calor sem fundir ; (b) Permafroste Rico em Gelo, quer isto dizer, que ele contém cerca de 20% a 50% de gelo ; (c) Permafroste com Fusão Estável, isto é, um permafroste na rocha firme (substrato), que, geralmente, é composta de sedimentos grosseiros, bem drenados, como os sedimentos dos cones fluvioglaciares; quando há fusão, a subsidência e deposição são insignificantes, e o substrato permanece firme ; (d) Permafroste com Fusão Instável, o qual ocorre, principalmente, em sedimentos finos e mal drenados que contêm grandes quantidades de gelo, especialmente nos siltos e argilitos; o resultado da fusão é, em geral, uma perda de resistência, excesso de deposição e fluição ; (e) Permafroste Quente, que resta apenas abaixo de 0°C e que funde com um pouco de calor. Os pingos qua se observam no Alasca e no delta de Mackenzie (Canadá) são pequenos montes que podem atingir 50 metros de altura e com uma uma cratera no topo, que parecem pequenos vulcões. Estas estruturas formam-se onde as água freáticas penetram no intervalo gelado do terreno e constituem um verdadeiro lacólito (corpo intrusivo de rocha ígnea instalado entre camadas sedimentares) de água, que quando transformada em gelo, aumenta de volume e a pressão de cristalização é suficiente para dar a esta estrutura caracteres eruptivos.

Permeabilidade (fluido) ....................................................................................................................................................................................Permeability

Perméabilité / Permeabilidad / Durchlässigkeit / 渗透 / Проницаемость / Permeabilità /

Capacidade de um material, como uma rocha, de transmitir fluídos ou a conectividade dos poros de uma rocha. Os poros de uma rocha têm que estar conectados uns aos outros para que o petróleo, gás ou água, isto é, o saturante possa escoar-se através dela. A permeabilidade depende, mais ou menos, do quadrado da granulometria. Se lateralmente, o diâmetro dos grãos de areia de um arenito aumentar para o dobro, a permeabilidade aumenta de um factor quatro. Aumentando a granulometria de um factor dez, a permeabilidade aumenta um milhão de vezes.

Ver: « Reservatório (HC) »
&
« Porosidade »
&
« Granulometria »

Colocando a mesmo coluna de água sobre diferentes tipos de sedimentos, como ilustrado acima (cascalho, areia, limo e argila) e assumindo que a água não se pode evaporar, ao fim de dois minutos toda a água desaparece acima do cascalho. Ao fim de duas horas, uma grande parte da água acima da areia desaparece por infiltração, mas não toda, o que quer dizer, que a areia é menos permeável do que o cascalho. Ao fim de 200 dias, unicamente, uma pequena quantidade da água colocada acima do limo se infiltrou, o que não é nada comparado com a argila. Na realidade, ao fim de 200 anos, praticamente, nenhuma da água colocada em cima da argila se infiltrou. Esta experiência, em grande parte mental, mostra como a porosidade de um solo, ou de uma rocha, controla a velocidade de deslocamento da água através dele. É esta capacidade, que um material tem de se deixar atravessar ou de transmitir fluídos, como dizem certos geocientistas, que caracteriza a permeabilidade do material. A unidade de permeabilidade é o darcy, o que quer dizer, que um material que tem 1 darcy de permeabilidade permite o escoamento através de 1 cm2 da sua superfície, de 1cm3/s de um fluído com uma viscosidade (resistência de um fluído que é deformado quer por um esforço de cisalhamento ou extensão) de 1 centipoise (1m Pa.s)*, sob um gradiente de pressão de 1 atm/cm (atmosfera / centímetro). Na geologia do petróleo, a permeabilidade das rochas-reservatório é, extremamente, importante, particularmente, quando o saturante é o petróleo. Muitas vezes, a rentabilidade de uma descoberta de petróleo é dependente, unicamente, das características petrofísicas (porosidade e reservatório) da rocha reservatório.

(*) A viscosidade da água a 20 ° C é, portanto, um centipoise. Uma viscosidade superficial é dada em Poise superfícique ("surface Poise" em inglês). Uma poise superfícique corresponde a 1 g / s. O pascal, de símbolo Pa, é a unidade de pressão do Sistema Internacional de Unidades (SI). Ele tem o seu nome de Blaise Pascal e, de acordo com as regras do SI, o nome começa com um minúsculo ("pascal"), mas, como ele vem de um nome próprio, o símbolo começa com uma letra maiúscula ("Pa").

Pérmico...................................................................................................................................................................................................................................................................Permian

Permien / Pérmico / Perm (Geologie) / 二叠纪 / Пермский период / Permiano /

Último período geológico do era Paleozóica. O Pérmico durou cerca de 38 My, entre 248,2 Ma e 286 Ma. Foi durante o Pérmico, que a maior parte da crusta continental, excepto pequenas porções continentais do Este da Ásia, se aglutinaram para formar o supercontinente Pangéia.

Ver: « Paleozóico »
&
« Éon »
&
« Escala do Tempo (geológico) »

Durante o Pérmico, a grande maioria dos continentes aglutinaram-se uns aos os outros para formar o supercontinente Pangeia. Como ilustrado, os blocos continentais do Norte da China, China-Sião, Cimméria e os pequenos microcontinentes a SE do Gondwana (continente sul da Pangéia) mantiveram-se individualizados em relação à Pangeia. Uma parte da Pangeia estava localizado no hemisfério Norte, mas a maior parte estava localizada ao sul do equador. Todo este supercontinente era rodeado por um grande oceano chamado Pantalassa, no qual exista uma grande reentrância entre a Ásia e o Gondwana, a qual foi denominada Mar ou Oceano da Paleotétis. Durante este período. o continente Cimméria individualizou-se do Gondwana e começou a sua viagem para o Norte, em direcção da Laurasia (continente Norte da Pangeia). À medida que a Cimméria se deslocou para o Norte, não só o oceano da Paleotétis diminuiu, mas um novo oceano, isto é, o mar de Tétis, aumentava cada vez mais. Este novo mar, tornou-se dominante, quando o Paleotétis desapareceu, durante a era Mesozóica. Durante esta época a existência de várias cadeias de montanhas: (a) Rochosas ; (b) Hercínicas e (c) Urálicas. Devido as grandes dimensões do supercontinente Pangeia, todos os tipos de climas, desde extremamente frios até quentes se encontram na Terra, durante o Pérmico. Existiram muitos desertos durante este período. As condições climáticas secas favoreceram o desenvolvimento das gimnospérmicas (subdivisão das fanerogâmicas com sementes protegidas) em relação aos fetos. Também as primeiras plantas modernas, como, as coníferas, gincos e muitas outras apareceram no Pérmico. Ao ponto de vista estratigráfico três regiões são muito célebres pelos depósitos Pérmicos: (i) As montanhas do Oural (onde os afloramentos da área de Perm são os mais típicos deste período geológico) ; (ii) A China e (iii) O sudoeste dos Estados Unidos da América do Norte, onde a Bacia Pérmica, no estado do Texas, é, provavelmente, a bacia sedimentar onde os depósitos pérmicos são mais espessos.

Petróleo (óleo)........................................................................................................................................................................................................................................Petroleum

Huile (pétrole) / Petróleo / Erdöl / 石油 / Нефть, бензин / Petrolio /

Líquido constituído por moléculas orgânicas compostas por 5-20 átomos de carbono e resultante da matéria orgânica dos sedimentos, quando esta é enterrada a profundidades tais, que as grandes moléculas orgânicas se partem (cracking) em pequenas. Embora de maneira errónea, o termo petróleo é considerado, por alguns geocientistas, como sinónimo de Óleo.

Ver: « Óleo »
&
« Hidrocarboneto »
&
« Rocha Mãe »

Quando as rochas sedimentares ricas em matéria orgânica (rochas-mãe potenciais) são enterradas a uma profundidade cerca de 2000 / 2500 m (função do fluxo termal), as grandes moléculas orgânicas partem-se em pequenas partes. As moléculas com 5/20 átomos de carbono são líquidas e formam o que, normalmente, se chama o petróleo. As moléculas com menos de 5 átomos de carbono são gases (a temperaturas e pressões ambientes) e formam o que, geralmente, se chama gás natural. Quando o produto do craqueamento é constituído por um só átomo de carbono, o gás é metano puro (CH4) e é, geralmente, chamado gás natural seco. Embora, desde os anos 80, se descubram campos petrolíferos, cada vez mais pequenos, e em áreas cada vez mais complicadas, os geocientistas dispõem, desde alguns anos par cá, não só técnicas de perfuração, absolutamente, fantásticas, mas também meios geofísicos excelentes, que permitem avaliar o potencial petrolífero dos offshores mais profundos, como, o offshore norte de Angola. Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica regional do offshore profundo do norte de Angola (actualmente, a área no mundo com maior taxa de sucesso de encontrar reservas de petróleo de boa qualidade) é fácil de constatar a influência da halocinese (tectónica salífera) na formação das armadilhas para os hidrocarbonetos. Embora, localmente, possa haver um regime tectónico compressivo, a grande maioria das armadilhas, como se pode constatar, não são estruturais, mas sim morfológicas por justaposição. Este tipo de armadilhas, forma-se quando o movimento ao longo dos planos das falhas normais, desenvolvidas nos pontos altos das antiformas, para alargar os sedimentos, põem em justaposição as rochas reservatório do bloco falhado superior com as rochas de cobertura localizadas no bloco falhado inferior ou quando rochas reservatório com diferentes pressões de deslocamento estão em justaposição e cobertas por rochas de cobertura.

Petróleo de Carvão..................................................................................................................................................................................................................Coal Oil

Huile de charbon / Petróleo del carbón / Kohle Öl / 煤油 / Полученная из битумного угля сырая нефть / Carbolio /

Hidrocarbonetos líquidos produzidos a partir do carvão. O método mais, frequentemente, utilizado para uma tal produção é o da reacção de Fischer-Tropsch, que é uma reacção química catalisada, na qual o monóxido de carbono (CO) e hidrogénio são convertidos em hidrocarbonetos líquidos. Os catalizadores mais usados são à base de ferro e cobalto. A finalidade principal deste processo é de produzir um substituto sintético do petróleo, quer seja a partir do carvão ou gás natural para ser usado como o óleo de lubrificação ou combustível sintético.

Ver:« Óleo »
&
« Carvão »
&
« Reacção de Fischer-Tropsch »

O sistema de gasificação do carvão pode ser feito, conjuntamente, com um reactor Fischer-Tropsch e uma unidade ICCG (Unidade Integrada de Ciclo Combinado a Gás). As principais unidades desta operação são: (1) Pilha de Abastecimento ; (2) Unidade de Separação ; (3) Gasificador ; (4) Unidade de Tratamento e Recolha de Gás de Síntese ; (5) Reactor de Fischer-Tropsch e Unidade de Recolha dos Produtos ; (6) Unidade ICCG. O carvão de grau inferior tal-qual (7) alimenta a pilha de abastecimento (1). A água (8) alimenta o sistema. A cera (9) produzida pelo reactor (5) é misturada com o carvão para formar uma cera impregnada da matéria prima que alimenta o gasificador (10). A nafta* produzida pelo reactor (5) poder ser misturada com a cera da matéria prima (3) para aumentar a energia da matéria prima. O ar (12) alimenta a unidade de separação (2) para fornecer oxigénio (13) para o gasificador (3). O subproduto azoto (14) é vendido ou utilizado noutra unidade. A cera impregnada de matéria prima (10) e o oxigénio (13) alimentam o gasificador (3) para produzir um gás sintético tal-qual (15) e cinza (16). A cinza pode ser vendida como material de construção ou enviada para uma descarga. O gás sintético tal-qual (15) alimenta a unidade de tratamento e de recolha de gás (4) para produzir enxofre, dióxido de carbono (17) e gás de síntese limpo (18). O gás de síntese limpo (18) alimenta o reactor, o hidrofracturador e a unidade de recolha (5). O gás de síntese limpo (18) pode ser queimado pela ICCG (6) para produzir electricidade (22). O reactor, hidrofracturador e a unidade de recolha (5) produzem diesel (19), cera (9), nafta (11), vapor (12) e gás de base ("tail gas") que é queimado na ICCG para produzir electricidade.

(*) Mistura de hidrocarbonetos líquidos inflamáveis.Misturas de nafta foram produzidas a partir de condensados de gás natural, destilados de petróleo e a destilação de alcatrão de carvão e turfa.Em diferentes indústrias e regiões, a nafta também pode ser petróleo bruto ou produtos refinados, como o querosene.

Pez (alcatrão, ozocerite).............................................................................................................................................................................................................Tar Mineral

Poix minérale (pissalphalte, goudron) / Pez Mineral (pissasphalte, alquitrán) / Erdpech (pissasphalte, Teer) / 的矿物间距pissasphalte,焦油 / Природный битум (смолы) / Mineral pitch (pissasphalte, tar) /

Substância muito viscosa e escura proveniente da destilação da hulha, das resinas, petróleos ou natural (ozocerite) . Muitas vezes sinónimo de Alcatrão, Breu, Piche, etc.

Voir : « Petróleo »
&
« Exsudação »
&
« Alcatrão »

Embora o termo "pitch" (piche em português), seja utilizado pelos geocientistas ingleses de maneira permutável com o termo "tar", "pitche" é considerado mais sólido do que "Tar". A expressão piche mineral ou pez é utilizada para designar um piche resultante de um produto mineral. Os ingleses não, necessariamente, os geocientistas, utilizam o termo piche para designar toda uma gama de líquidos viscosos, que parecem sólidos e que podem ser produzidos quer a partir de plantas quer a partir de produtos produtos minerais como a partir de hidrocarbonetos fósseis. O termo "tar" é definido (Wikipedia) como uma resina preta e viscosa produzida a partir da madeira e das raízes do pinheiro por destilação destrutiva sobre pirólise. Um piche mineral é um piche que foi produzido a partir de um hidrocarboneto fóssil, como é o caso ilustrado nesta figura (Trinidade). Em Portugal, os termos piche, pez, breu, asfalto e betume são quase sempre considerados como sinónimos. No Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, o termo piche corresponde a substância negra e muito viscosa proveniente da hulha (pichar uma mesa, isto é aplicar piche ou pez sobre a superfície da mesa), o que está em contradição com a definição dos ingleses, que consideram que o piche é mais sólido do que betume e breu. Contudo, o mesmo dicionário considera que piche mineral ou resina (piche resultante das plantas ou piche orgânico) é sinónimo de : (i) Alcatrão, que é uma substância viscosa, escura, de cheiro penetrante, mais ou menos líquida, obtida por destilação de materiais orgânicos, como a hulha, a madeira, o petróleo ; (ii) Breu, que é uma substância sólida muito escura ou negra, que se obtém por destilação dos alcatrões, da hulha, das resinas ou dos petróleos e (iii) Betume, que é uma substância mineral, de consistência variada, rica em carbono e hidrogénio, que se encontra na natureza, que arde com uma chama espessa e que é proveniente da decomposição de matérias orgânica. A melhor maneira, talvez, de utilizar o termo pez ou piche piche seria utilizar piche mineral quando a origem e piche orgânico ("tar") quando a origem é vegetal. De qualquer maneira evite sempre utilizar estes termos. Contudo, se for obrigado a utilizá-los, defina-os primeiro.

Pez (piche , alcatrão, breu).....................................................................................................................................................................................................................................Tar

Tar (breu, poix de Judée, goudron) Alcatrão, Breu, Pez, Piche / Alquitrán, Brea / Tar (Teer) / 的tar (焦油) / Гудрон (дёготь) / Tar (catrame) /

Sinónimo de Alcatrão, Breu, Piche, isto é, uma substância muito viscosa e escura proveniente da destilação da hulha, das resinas ou dos petróleos.

Ver: « Petróleo »
&
« Exsudação »
&
« Alcatrão »

Esta figura ilustra uma amostra do que muitos geocientistas chamam, por vezes, em Português, pez. Contudo, no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, o termo pez corresponde, antes de mais, à secreção resinosa do pinheiro e de outras árvores coníferas, mas pode também ser um sinónimo de: (i) Alcatrão, que é uma substância viscosa, escura, de cheiro penetrante, mais ou menos, liquida obtida por destilação de materiais orgânicos, como, por exemplo, a hulha, madeira, petróleo, etc.; (ii) Breu, que é uma substância sólida muito escura ou negra, que se obtém por destilação dos alcatrões, hulha, resinas ou petróleos e (iii) Piche, que é uma substância negra e muito viscosa proveniente da hulha (pichar uma mesa, quer dizer aplicar piche ou pez sobre a superfície da mesa). Todos estes termos, pez, alcatrão, piche e breu são muitas vezes traduzidos em inglês por "Tar", o qual na Wikipedia é definido como: uma resina preta e viscosa, que é produzida a partir da madeira e das raízes do pinheiro por destilação destrutiva sobre pirólise. Produtos semelhantes ao "tar" podem também ser produzidos a partir de outras forma de matéria orgânica, como, a turfa. Produtos minerais que se parecem com o "tar" podem ser produzidos a partir dos hidrocarbonetos fósseis incluindo o petróleo. Assim, em inglês o termo "Tar" é utilizado para exprimir diferentes substâncias, como, por exemplo: (i) Poços naturais de "tar" para designar as acumulações de asfalto de La Brea em Los Angeles; (ii) Depósitos de areias de "Tar" para designar misturas de areia com betume ou petróleo pesado ou (iii) "Tar" de Rangum, para designar o petróleo ou nafta da Birmânia, o qual na realidade é, simplesmente, petróleo. O termo "tar" em inglês é tão vago como os termos piche, pez e breu em português. Em inglês o termo "tar" e "pitch" (em português piche) são, muitas vezes, utilizados permutavelmente, embora o "pitch" seja considerado mais sólido, enquanto que o "Tar" é mais liquido. Em português parece ser o contrário, porque se pode pintar uma mesa com piche e não com breu. Evite utilizar todos estes termos, mas se os utilizar, o melhor é defini-los antes.

Pico de Hubbert.............................................................................................................Hubbert Peak, Oil Peak, Hubbert's Law

Pic de Hubbert / Pico de Hubbert / Hubbert-Peak / 哈伯特峰值 / Пик Хабберта / Picco di Hubbert /

Pico da curva de produção de petróleo, que nos Estados Unidos foi atingido no princípio dos anos 70, segundo o modelo de Hubbert, no qual as reservas de petróleo estariam esgotadas antes do século XXI. Quando Hubbert fez o seu prognostico, ele não formulou nenhuma equação. A sua famosa curva em forma de sino, que hoje é chamada curva de Hubbert, foi desenhada à mão. Só em 1985 é que ele utilizou a equação da derivada de uma curva logística para descrever a sua geometria antiforma. Sinónimo de Pico do Petróleo ou Lei de Hubbert.

Ver: « Petróleo »
&
« Curva Logística »
&
« Reservas »

Baseando-se nas reservas iniciais, Hubbert (1956) prognosticou 150 e 200 Gb (mil milhões de barris) de reservas finais para os EUA. Hubbert acertou numa das suas predições. O máximo da produção foi atingido em 1970. Contudo, ele errou em vários pontos: (i) As reservas finais de 150 Gb (máximo de produção em 1965) foram muito subestimadas ; (ii) A curva simétrica em forma de sino é válida, unicamente, para os 48 Estados do Sul (EUA), onde mais de 20000 produtores actuam de maneira desordenada e cujo conjunto tem um comportamento normal (curva de Gauss = Teorema do Limite Central). A curva de produção (EUA) exibe uma planura cerca de 1975, o que corrobora o valor de 230 Gb como reservas últimas. Laherrere (2003) descreveu os pontos fortes e fracos dos conceitos e predições de Hubbert. Pontos fortes : (i) Modelo natural (tudo que nasce morrerá) ; (ii) Utilização da produção e descobertas passadas, e estimação geológica das reservas finais ; (iii) Admissão da incerteza geológica e utilização de duas estimativas das reservas finais ; (iv) Admissão de que a curva de produção segue a curva das descobertas com uma certa desfasagem. Pontos fracos: (a) Não propôs de nenhuma equação ; (b) Produção anual desenhada à mão e a área debaixo da curva representa as reservas finais ; (c) A curva não é sempre simétrica (neste caso o pico não está a meio da depleção) ; (d) Ignorou ”backdating” e os valores médios ; (v) Não fez diferença entre valores provados e esperados ; (e) Trabalhou com valores finais (impossível de comparar descobertas e produção) ; (f) Baseou-se em estimativas finais ; (g) Considerou só um pico (em certos países há dois ou vários) e finalmente (h) Ignorou a influência da economia e política na taxa de produção do petróleo.

Pico do Petróleo........................................................................................................Hubbert's Peak, Oil Peak, Hubbert's Law

Pic du pétrole / Pico de petróleo / Peak Oil / 石油峰值 / Пик нефтедобычи / Picco di olio /

Ponto, ou ano, em que é atingido o máximo da taxa de produção global de petróleo. Depois deste ponto, ou ano, progressivamente, a taxa de produção diminui. A taxa de produção do petróleo segue uma curva em forma de sino (antiforma). Sinónimo de Pico de Hubbert, Lei de Hubbert.

Ver: « Pico de Hubbert »
&
« Curva Logística »
&
« Reservas »

Nesta figura, o diagrama da direita ilustra a produção de petróleo dos USA e as predições de Hubbert, considerando como reservas finais valores de 150 Gb e 200 Gb. Como posto em evidência por J. Laherrere (2005), as predições formuladas por Hubbert correlacionam muito melhor com um valor de 230 Gb para as reservas finais. Da mesma maneira que a produção do petróleo, a evolução dos membros da AAPG ("American Association of Petroleum Geologists") pode se modelada segundo a lei de Hubbert (J. Laherrere, 2005), uma vez que ela é função da actividade petrolífera. Esta evolução está ilustrada no diagrama da esquerda. A pesquisa petrolífera segue, mais ou menos, mas, não exactamente, a actividade de perfuração. Ambas seguem o investimento das companhias petrolíferas, o qual depende do rendimento do petróleo e sobretudo do seu preço. Pode dizer-se que desde 1910, a evolução dos membros da AAPG pode ser modelada em quatro ciclos: (i) O primeiro ciclo atingiu o máximo em 1939 e depois, o número de membros diminuiu com a depressão, uma vez que o consumo de petróleo diminuiu e as companhias não necessitavam de geocientistas para o pesquisar e produzir (menos geocientistas, menos membros) ; (ii) O segundo ciclo atingiu o máximo em 1960, quando a pesquisa petrolífera diminuiu (como anteriormente, o número de descobertas era tão importante, que as companhias petrolíferas interessavam-se sobretudo à vender o petróleo descoberto, mais do que descobri novas reservas) ; (iii) O terceiro ciclo atingiu o máximo em 1986, quando a actividade petrolífera atingiu o máximo durante o que, muitos geocientistas, chamaram os anos loucos, visto que o preço estava tão alto que todo o prospecto, mesmo medíocre, era aceitado pela direcção de pesquisa das companhias ; (iv) O último ciclo, e talvez o principal, atingiu o máximo nos primeiros anos do novo milénio (como para a produção do petróleo) e tudo parece, que nenhum novo ciclo é evidente.

Picoplâncton...........................................................................................................................................................................................................................Picoplankton

Picoplancton / Picoplancton / Pikoplankton (Zellen zwischen 0.2 und 2 μm) / 微微型浮游生物 (0.2和2μm之间的细胞)/ Пикопланктон / Picoplancton (celle comprese tra 0,2 e 2 micron) /

Fracção do plâncton composta por células entre 0,2 e 2 micrómetros (μm). O microplâncton pode ser: (i) Fotossintético (composto por organismos que utilizam a fotossíntese para crescer) e (ii) Heterotrófico (composto por organismos que utilizam o carbono para crescer). Certas espécies são mixotróficas, o que quer dizer, que os organismos que podem utilizar várias formas de energia e carbono.

Ver: « Plâncton »
&
« Microbentos »
&
« Meroplâncton »

Em biologia marinha e limnologia chama-se plâncton (da palavra grega planktos, que significa errante) ao conjunto dos organismos que têm pouco poder de locomoção e vivem, livremente, na coluna de água (pelágicos) sendo, muitas vezes, arrastados pelas correntes oceânicas. O plâncton é, muitas vezes, descrito em termos de dimensão. Normalmente, as divisões mais utilizadas são as seguintes: (i) Megaplâncton quando as dimensões são superiores a 20 milímetros, como os metazoários: medusas, ctenóforos (conhecidos como "águas-vivas-de-pente" ou "carambolas-do-mar", são marinhos ou estuarinos, plantónicos, alguns bentónicos e bioluminescentes), salpas e pirosomas (Tunicata pelágicos), cefalópodes, etc. ; (ii) Macroplâncton, quando as dimensões variam entre 2 e 20 milímetros, como as medusas, alguns ctenóforos, salpas, etc. ; (iii) Mesoplâncton, quando as dimensões variam entre 0,2 e 2 milímetros, como, as medusas, cladóceros, ostracodos, quetognatas (do grego “maxilas com espinhos”, são pequenos animais marinhos com cerca de 15 cm de comprimento, essencialmente, planctónicos de corpo alongado e não segmentado, com barbatanas laterais e caudais que são extensões da ecloderme) ; (vi) Microplâncton, quando as dimensões variam entre 20 e 200 μm, como os grandes protistas eucariontes, muito fitoplâncton, protozoários (foraminíferos), etc. ; (v) Nanoplâncton quando as dimensões variam entre 2/20 μm, como os pequenos protistas eucariontes, pequenas diatomáceas, pequenos flagelados, etc. ; (vi) Picoplâncton, quando as dimensões variam entre 0,2/2 μm, como os pequenos protistas eucariontes, bactérias, etc, e (vi) Femtoplâncton, quando as dimensões são inferiores a 0,2 μm, como, os vírus marinhos. O plâncton encontra-se na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, uma vez que serve de alimentação a organismos maiores.

Piemonte..........................................................................................................................................................................................................................................................Piedmont

Piemonte, Piemond / Piedemonte / Piedmont / 皮埃蒙特 / Предгорье / Piemonte /

Literalmente, significa o pé da montanha. Em geologia, este termo é utilizado para designar uma superfície, ligeiramente, inclinada e coberta por um complexo de cones aluviais, mais ou menos, coalescentes, na qual a forma individual de cada cone não é, praticamente, mais reconhecida.

Ver: « Cone Aluvial »
&
« Planície Aluvial »
&
« Cone Submarino de Talude »

A zona de piemonte ilustrada nesta fotografia, formou-se junto dos contrafortes da cordilheira dos Himalaias (vales de Dehradum e Garhwal) e marca o limite norte da planície do Ganges. Os elementos topográficos típicos desta região (Bhabar) são os depósitos conglomeráticos molássicos (Siwalik) e as planícies (Tarai). Vários exemplos de zonas de piemonte foram descritos nesta área (Estado de Uttranchal, no Norte da Índia), em particular no vale de Doon (Himalaia Garhwal) e na região de Nainital (Himalaia Kumaon). As condições de aluviamento na base das montanhas, quer isto dizer, as condições de formação de piemonte, variam segundo os clima. O aluviamento é mínimo nas regiões com chuvas contínuas, uma vez que os cursos de água transportam os sedimentos, à medida que eles se formam (sobretudo se eles são constituídos por partículas finas) e levam-os, em grande parte, até ao mar. É sobretudo nas regiões intramontanhosas, que se acumulam as dejecções (cones aluviais das regiões temperadas). O aluviamento, ao contrário, é muito forte nas: (i) Regiões mediterrânicas ; (ii) Zonas continentais onde há monções ; (iii) Regiões semiáridas e (iv) Regiões com uma cobertura descontínua e um regime de chuva compulsivo. Nas regiões subdesérticas, a acumulação dos cones aluviais faz-se sobre os pedimentos. Devido a grande carga das correntes de água que saem das montanhas, os grandes aluviões de piemonte depositam-se como cones aluviais sobre os quais as correntes de água divagam. Esta é a primeira fase da evolução de um piemonte aluvial (chamada fase dos cones aluviais). A fase dos planaltos, que é a segunda fase, é, em geral, o resultado de um levantamento do piemonte (descida do nível de base ou mudança climática). Os cones aluviais são, parcialmente, erodidos formando planaltos (quando as incisões das correntes são raras) ou planícies alongadas (quando a dissecação é o resultado de cada curso de água que nasce no piemonte). A fase final ou terceira fase é, evidentemente, a fase da planície de erosão, onde tudo foi já, mais ou menos, aplainado.

Pináculo (espigão)............................................................................................................................................................................Pinnacle, Chimney rock

Pinacle (piton) / Pináculo / Saüle, Pfeiler / 巅峰 / Остроконечная скала (пик) / Pinnacolo /

Rocha, em geral, de fácies calcária, com a morfologia de um pilar.

Ver: « Deposição (carbonatos) »
&
« Recife »
&
« Intervalo Transgressivo »

Esta fotografia faz parte de um pináculo carbonatado com cerca de 30 metros de altura, onde a maior parte das chaminés exibem múltiplos pináculos. A estrutura porosa destas construções orgânicas e a morfologia das superfícies externas fornecem um habitat fantástico para os microorganismos e pequenos animais para aí se instalarem. Normalmente, os pináculos desenvolvem-se dentro da laguna de um edifício de corais. Qualquer que seja a forma do recife, sem forma particular ou linear (recifes barreiras, anulares e outros), eles têm sempre um certo número de características comuns: (i) O talude submarino externo (voltado para o mar) que pode ter mais de 45° de inclinação e mesmo ter cornijas é constituído, no topo, de coral vivo, e na base de coral morto e numerosos detritos amalgamados ao recife por algas calcárias ; (ii) A crista com Lithothamnion, a qual forma a margem externa da parte do recife que aflora, que só existe no lado onde rebentam as ondas, uma vez que a alga Lithothamnion vive, ao contrário do coral, nas zonas de rebentação violenta (como as algas Lithothamnion se desenvolvem muito bem acima do nível do mar, elas podem ultrapassa o nível das construções propriamente coralinas ; o seu aspecto é muito irregular e importantes para a integralidade dos recifes, uma vez que elas cimentam várias peças de carbonato de cálcio) ; (iii) A plataforma que é uma zona muito irregular e que aflora, unicamente, durante a maré baixa e que é formada de coral morto sobre o qual prosperam pequenas colónias de coral vivo (em detalhe, a plataforma é constituída por uma sucessão de micro-atóis no centro dos quais o coral morre e desaparece debaixo da areia calcária; na plataforma formam-se ilhas formadas por areais coralinas que se aglomeram em arenitos carbonatados, os quais rivalizam em altura com a crista de Lithothamnion; a plataforma forma-se à volta da laguna, com a qual ela comunica, um talude interno) ; (iv) O talude interno é muito menos inclinado do que o talude externo e (v) A laguna é uma sucessão vertical de fundos de areia carbonatada e pináculos de coral vivo que atingem quase a superfície durante a maré baixa, o que prova que o coral vive perfeitamente na laguna; a profundidade do topo dos pináculos dentro da laguna varia aproximadamente entre 3 e 13 metros.

Pináculo (recife monticular)...............................................................................................................................................................................................Reef Knoll

Pinacle (monticule récifal) / Pináculo (montículo arrecifal) / Riff Knoll / 珊瑚礁小丘 / Рифовый холм / Poggio reef, Pinnacle (tumulo reef) /

Rocha, em geral, de fácies calcária, com a morfologia de um pináculo e que ocorre quer na laguna quer na plataforma carbonatada, entre a laguna e talude externo de um edifício recifal.

Ver: « Pináculo »
&
« Recife »
&
« Intervalo Transgressivo »

Nesta tentativa de interpretação geológica em ciclos estratigráficos de uma linha sísmica do offshore das Filipinas (norte da ilha de Palawan), várias construções recifais, provavelmente, pináculos recifais ou do tipo monticular são visíveis. Dentro da laguna, entre os pináculos típicos (com a morfologia de um pilar) e os recifes monticulares existem todos os tipos de estágios intermediários. Nesta tentativa de interpretação, dentro do subciclo de invasão continental, limitado pela discordâncias SB. 30 e SB. 21,0 Ma, as construções recifais podem considerar-se como pináculos ou recifes monticulares, que certos geocientistas chamam pináculos recifais. Estes geocientistas utilizam o termo pináculo quando a morfologia se assemelha à de um pilar e pináculo recifal quando a morfologia é monticular. Estas construções orgânicas estão associadas com a transgressão marinha induzida pela subsidência térmica, que acompanhou a formação da bacia interna ao arco (fase cratónica ou de abatimento), a qual se desenvolveu dentro da megassutura Meso/Cenozóica. Esta linha sísmica, ilustra uma margem continental não-Atlântica, quer isto dizer, que ela se formou num contexto tectónico, globalmente, compressivo. Ela corresponde à oceanização de uma antiga bacia interna ao arco. A extensão, na zona interna ao arco, foi tão grande que rompeu a litosfera (individualizando duas novas placas litosféricas), permitindo assim a abertura do Mar de China (mar marginal), a formação de nova crusta oceânica (diminuição do volume da bacia oceânica) e a formação de uma margem continental do tipo não Atlântico. A fase de rifting, durante a qual a subsidência era diferencial, é caracterizada pela formação de hemigrabens (bacias de tipo rifte). Alguns destes hemigrabens originaram grandes lagos (quando a taxa de extensão não é compensada pelo aporte terrígeno), nos quais se depositaram rochas lacustres ricas em matéria orgânica, que estão na origem dos hidrocarbonetos descobertos nesta região. Deste que a subsidência se tornou térmica (fase cratónica da bacia interna ao arco), a transgressão marinha e as condições climáticas favoreceram as construções recifais, particularmente, dentro das lagunas, a montante dos taludes externos dos recifes, onde cresceram vários tipos de pináculos.

Pingo (hidracólito, morfologia)............................................................................................................................................................................................................Pingo

Pingo, hydracolithe (morphologie) / Pingo / Pingo / 冻胀丘 / Бугор пучения / Pingo, Idrolaccolite /

Colina de gelo recoberta de terra que se encontra nas regiões árcticas, subárcticas e antárcticas.

Ver: « Glaciar »
&
« Glaciação »
&
« Planície Fluvioglaciaria »

Os pingos (ou hidrolacólitos) são montes cónicos isolados, cujo núcleo é de gelo. Eles formam-se nas regiões de permafroste quando os lagos secam. Ao congelar-se, a água existente sobre o solo do lago aumenta de volume, empurrando para cima um monte de terra. Os pingos podem classificar-se em duas categorias: (i) Pingos hidrostácticos, quando eles formam um sistema fechado, no qual a água que forma o pingo vem do permafroste e (ii) Pingos hidráulicos, quando o sistema é aberto, isto é quando a água que forma o pingo tem uma origem externa (chuva, escoamento superficial, permafroste profundo, etc.). Estes dois tipos de pingos podem-se distinguir pela presença (hidrostácticos) ou a ausência (hidráulicos) de depósitos lacustres. Os pingos só se formam em ambientes que metem em jogo um permafroste e um terreno móvel. Quando se encontram vestígios de um pingo, pode-se inferir-se que o local foi ocupado por permafroste. Os pingo hidrostáticos, normalmente, formam-se, em geral de maneira isolada (o que não quer dizer que não haja outros nas proximidades), enquanto que os pingo hidráulicos tendem tendência a formar-se em grupos, como sugerido no esquema ilustrado nesta figura, os pingos crescem apenas alguns centímetros por ano e os maiores podem levar centenas de anos para se formar. Este processo baseia-se na expansão da água quando ela congela e nos ciclos de congelamento e descongelamento do permafroste. Os pingos hidrostáticos formam-se sob os lagos em solos sujeitos ao permafroste. A presença de um lago isola o solo por baixo, protegendo-o do frio para que ele não se transformar em permafroste. Durante o degelo, acontece que alguns desses lagos esvaziam-se rapidamente. O solo não gelado encharcado de água é assim em contacto com o frio e gela. A água sob pressão contida no solo reagrupa-se sob a forma de um lençol de gelo segundo o princípio de um poço artesiano, isto é expande-se e gera o permafroste que a recobre. Durante anos, os pingos crescem por sucessivas adições de água vinda dos solos. Assim, nasce uma colina cujo núcleo é feito de gelo, coberto de uma camada de permafroste, que pode incluir na parte superior um pequeno lago formado pela água derretida do gelo dos pingos. O maior pingo do mundo, se localiza no Canadá, perto de Tuktoyaktuk, na costa oeste do Árctico Canadense, medindo cerca de 50 m de altura e 300 m de circunferência.

Piroclástico (material)...............................................................................................................................................................................................................Pyroclast

Pyroclastique (matériel) / Piroclástico (material) / Vulkankrater / 火山碎屑 / Пирокласт / Piroclastico /

Termo geral, para todas as partículas ejectadas pelos vulcões. Sinónimo de Tefra.

Ver: « Tefra »
&
« Vulcanismo »
&
« SDRs (reflectores que inclinam para o mar) »

Esta fotografia foi tirada durante uma excursão do Prof. Schmincke com os seus alunos em 1980. Ela é interessante, visto que mostra os escoamentos de piroclásticos (as camadas mais espessas e maciças que exibem uma geometria ondulada com estratificação entrecruzada) na pedreira de piroclásticos do vulcão de "Laacher See" na Alemanha. Os escoamento de piroclásticos são um tipo muito particular de um escoamento sedimentar gravitário, uma vez que eles são fluídos muito especiais, que têm certas propriedades como, a densidade e viscosidade, que mudam à medida que eles se deslocam, ao contrário de outros fluídos como, a água ou ar, nos quais a densidade e viscosidade variam muito pouco, ou mesmo nada, quando eles se movem. A força motriz de um escoamento sedimentar gravitário é, evidentemente, a acção da gravidade sobre as partículas sedimentares. O movimento dos sedimentos desloca o fluído intersticial (gás ou liquido misturado com as partículas), o qual, juntamente, com eles formam a massa fluída que se escoa sob a acção da gravidade. As partículas com diferentes velocidades, comportam-se de maneira diferente dentro do escoamento. As partículas pequenas tendem a copular-se com a fase gasosa, devido aos efeitos de arrasto, e assim elas tendem a aumentar a capacidade de transporte do escoamento. A matriz da fase partículas-gás desloca-se, quase sempre, de maneira turbulenta e arrasta os fragmentos de tamanho mais importante. Os fragmentos com velocidades mais elevadas tendem a migrar para a base do escoamento, o que aumenta a concentração das partículas e causa um aumento significativo não só da densidade total, mas também da viscosidade. Nas linhas sísmicas, os depósitos piroclásticos subaéreos, que acompanharam a ruptura dos supercontinentes, em particular da Pangeia e da Rodínia reconhecem-se sem dificuldade. Efectivamente, eles formam intervalos sísmicos muito espessos formados por paquetes com configurações internas divergentes para o mar. Isto quer dizer, que os escoamentos de piroclásticos e, sobretudo, as lavas subaéreas adelgaçam-se, progressivamente, em direcção do continente, à medida que eles se afastam dos centros de expansão. Por outro lado, devido à sobrecarga dos escoamentos mais recentes, eles inclinam em direcção do mar.

Planalto......................................................................................................................................................................................................................................................................Plateau

Planalto / Plateau / Hochebene / 高原 / Плато / Altopiano /

Área plana cuja altura se destaca em relação ao plano das regiões vizinhas.

Ve : « Peneplanície »
&
« Barra de Meandro »
&
« Erosão »

Em geologia, um planalto é um terreno plano, elevado, de grandes dimensões (para não se confundir com uma mesa) ou uma grande planície sobre montes. Quando um planalto é muito erodido como, o que está ilustrado nesta fotografia (Planalto do Colorado, EUA), ele é, por vezes, chamado planalto dissecado. Quando um planalto é criado pela actividade vulcânica fala-se de um planalto vulcânico. Certos geocientistas consideram que um planalto deve ser mais alto pelo menos 500 metros do que os terrenos à sua volta e que um dos seus lados deve ser muito íngreme. A superfície de um planalto é muito variável. Existem planaltos do tamanho da cidade do Porto, mas também existem outros que têm várias vezes a superfície de Portugal. O maior e mais alto planalto no mundo é o planalto do Tibete, que é talvez, mais conhecido, pela denominação de "Tecto do Mundo". O planalto do Tibete, que resultou da colisão entre as placas litosféricas Indoaustraliana e Euroasiática, continua ainda hoje a levantar-se. Alguns planaltos resultam de um levantamento geológico local e rápido (em termos geológicos), outros estão associados a lentos movimentos verticais das grandes unidades geológicas estáveis. Outros, ainda, como o tecto do mundo, que se localizam-se, em geral, entre as montanhas, resultam da colisão das placas litosféricas. Cerca de 45% da superfície total da Terra é formada de planaltos. Na Austrália, dois terços da superfície terrestre é ocupada pelo Planalto Ocidental, que existe, provavelmente, desde há mais de 500 Ma (Paleozóico). Cerca de 25% da superfície da China é formada por planaltos. Os planaltos, como todos os terrenos elevados são, continuamente, cinzelados pela erosão. Quando os planaltos têm rios eles são cortados por canhões, que os cavam, na medida em que eles tentam alcançar o nível de base dos lagos ou do oceano para os quais eles fluem. A formação de tais canhões com meandros de vale (não confundir com meandros de planície aluvial), como o ilustrado nesta fotografia, pode levar dezenas de milhões de anos. De facto, existem dois tipos principais de meandros: (i) Meandros de vale ou meandros encaixados são aqueles em que o vale do rio meandra como o rio, à mesma escala, o que quer dizer que os meandros são mais ou menos permanentes (ii) Meandros de planície de aluvial, que certos geocientistas franceses chamam, de maneira errada, meandros livres ou meandros divagantes, são aqueles em que as sinuosidades do rio são independentes do traçado do vale e têm escalas muito diferentes, isto é, o vale é muito maior do que o rio e que os meandros não são permanentes. A tendência para os rios de planície formarem meandros é uma forma de dissipação de energia nos períodos em que os caudais (*) (caudal = precipitação - infiltração - evapotranspiração) são maiores. Como exemplo dos primeiros podemos citar os meandros do rios Douro ou do rio Mondego (entre Penacova e Coimbra, onde o rio percorre um apertado vale) e dos segundos os meandros do rio Mississipi (estados Unidos) ou do Amazonas (Brasil). O termo planalto é também utilizado, por muitos geocientistas, para designar certas topografias submarinas, quer associadas a crusta continental, como, o planalto das Seychelles, quer a escoamentos ou derrames vulcânicos como Planalto Ontong Java, no SE da Ásia. Relativamente ao terreno circundante, os tepuis da Venezuela, do Brasil e da Guiana são os planaltos mais altos, com paredes verticais de mais de um quilómetro de altitude. O termo tepui, que na língua nativa do Pemon (povos indígenas que habitam a Grande Savana) significa "casa dos deuses”, designa topo horizontal ou mesa das terras altas da Guiana (América do Sul), especialmente na Venezuela e no este da Guiana. Os tepuis encontram-se mais como entidades isoladas do que conectados, o que favorece o desenvolvimento de espécies endémicas de plantas e animais. Dentre os tepuis mais conhecidos pode citar-se são Neblina, Autana, Auyantepui e o Monte Roraima que são, normalmente, compostos de blocos de arenito quartzífero do Pré-Câmbrico que se levantam abruptamente da selva, dando origem a paisagens naturais espectaculares. O tepui de Auyantepui é a fonte das “Quedas do Anjo” (Estado da Bolívia, na Venezuela), que são as quedas de água mais elevada do mundo, com uma altura de 979 metros e um mergulho de 807 metros. Os 979 metros de altura incluem cerca de 400 metros de cascadas inclinadas e rápidos debaixo do salto principal e um mergulho de cerca de 30 metros a jusante dos rápidos (https://en.wikipedia.org/wiki/Angel_Falls).

(*) Quando os caudais aumentam verifica-se aumento do nível da água e erosão do fundo do rio. Quando os caudais diminuem, o nível da água baixa e há deposição dos sedimentos.

Plâncton..............................................................................................................................................................................................................................................................Plankton

Plancton / Plancton / Plankton / 浮游生物 / Планктон / Plancton /

Conjunto de plantas e animais microscópicos que vivem em suspensão na água e que está na base de muitas cadeias alimentares. Do grego "plagktón", que quer dizer, errante ou ao favor das ondas.

Ver: « Bentos »
&
« Pelágico (organismo) »
&
« Nível de Acção das Vagas »

O plâncton é feito de animais e plantas, que flutuam de maneira passiva na água ou que nadam muito pouco, e que é transportado, de um lugar para outro, pelas correntes marinhas. O plâncton, que domina a zona fótica dos oceano, é constituído por organismos cujo tamanho varia desde os pequenos micróbios (femtoplâncton), que são invisíveis a olho nu, até às medusas, que podem ter vários metros de comprimento (megaplâncton). À excepção das bactérias, os organismo planctónicos são a forma de vida mais abundante na Terra e jogam um papel fundamental na cadeia de alimentação marinha. Sem plâncton, existiriam poucos organismos vivos na Terra e, certamente, não existiriam recifes. Os organismos planctónicos são o alimento de toda uma série de animais desde as percebas e ascídias (molusco acéfalo, que parece um odre) até aos grandes peixes e baleias. O maior peixe do mundo, o tubarão baleia, que pode atingir 14 metros de comprimento e pesar cerca de 15 toneladas, alimenta-se de plâncton, como aliás a maior parte das baleias (mamíferos da família dos cetáceos). O fitoplâncton é o plâncton vegetal. O mais comum é constituído por diatomáceas (algas unicelulares que se unem umas às outras para formar longos filamentos) e os dinoflagelados (pequenos organismos que têm duas caudas ou flagelos). As algas castanhas, isto é, as Phaeophyta e as verdes ou as Cyanobacteria são outros tipos de fitoplâncton. O zooplâncton é o plâncton animal. Existem dois tipos de zooplâncton: (i) Permanente (holoplâncton), que é sempre um zooplâncton e (ii) Temporário (meroplâncton), que é feito de larvas de peixe, crustáceos, e outros animais marinhos, que se eles sobrevivem vão crescer e formar parte do nécton (organismos nadadores). Como zooplânctons podemos citar: (a) Foraminíferos (espinhosos ou não com uma carapaça de calcite perfurada por inúmeros poros de onde emergem rizópodes) ; (b) Radiolários (esqueleto de espículas de sílica e célula compartimentada em 2 regiões) ; (c) Zooflagelados, (como os dinoflagelados têm uma longa cauda) ; (d) Medusas ; (e) Sifozoários (hidrozoários onde coexistem pólipos e medusas com elevado polimorfismo), etc.

Planetário (em geologia)....................................................................................................................................................................................................................Global

Planétaire (en géologie) / Planetario (en geología) / Allumfassend / 全球 / Всемирный (распространяющийся на всю землю) / Globali, Mondiale /

Quando contém ou se aplica à superfície inteira da Terra. Sinónimo de Global (em Geologia).

Ver: « Global (evento geológico) »
&
« Mudança Geológica »
&
« Eustasia »

Em geologia, um planalto é um terreno plano, elevado, de grandes dimensões (para não se confundir com uma mesa) ou uma grande planície sobre montes. Quando um planalto é muito erodido como, o que está ilustrado nesta fotografia (Planalto do Colorado, EUA), ele é, por vezes, chamado planalto dissecado. Quando um planalto é criado pela actividade vulcânica fala-se de um planalto vulcânico. Certos geocientistas consideram que um planalto deve ser mais alto pelo menos 500 metros do que os terrenos à sua volta e que um dos seus lados deve ser muito íngreme. A superfície de um planalto é muito variável. Existem planaltos do tamanho da cidade do Porto, mas também existem outros que têm várias vezes a superfície de Portugal. O maior e mais alto planalto no mundo é o planalto do Tibete, que é talvez, mais conhecido, pela denominação de "Tecto do Mundo". O planalto do Tibete, que resultou da colisão entre as placas litosféricas Indoaustraliana e Euroasiática, continua ainda hoje a levantar-se. Alguns planaltos resultam de um levantamento geológico local e rápido (em termos geológicos), outros estão associados a lentos movimentos verticais das grandes unidades geológicas estáveis. Outros, ainda, como o tecto do mundo, que se localizam-se, em geral, entre as montanhas, resultam da colisão das placas litosféricas. Cerca de 45% da superfície total da Terra é formada de planaltos. Na Austrália, dois terços da superfície terrestre é ocupada pelo Planalto Ocidental, que existe, provavelmente, desde há mais de 500 Ma (Paleozóico). Cerca de 25% da superfície da China é formada por planaltos. Os planaltos, como todos os terrenos elevados são, continuamente, cinzelados pela erosão. Quando os planaltos têm rios eles são cortados por canhões, que os cavam, na medida em que eles tentam alcançar o nível de base dos lagos ou do oceano para os quais eles fluem. A formação de tais canhões com meandros de vale (não confundir com meandros de planície aluvial), como o ilustrado nesta fotografia, pode levar dezenas de milhões de anos. De facto, existem dois tipos principais de meandros: (i) Meandros de vale ou meandros encaixados são aqueles em que o vale do rio meandra como o rio, à mesma escala, o que quer dizer que os meandros são mais ou menos permanentes (ii) Meandros de planície de aluvial, que certos geocientistas franceses chamam, de maneira errada, meandros livres ou meandros divagantes, são aqueles em que as sinuosidades do rio são independentes do traçado do vale e têm escalas muito diferentes, isto é, o vale é muito maior do que o rio e que os meandros não são permanentes. A tendência para os rios de planície formarem meandros é uma forma de dissipação de energia nos períodos em que os caudais (caudal = precipitação - infiltração - evapotranspiração) são maiores. Como exemplo dos primeiros podemos citar os meandros do rios Douro ou do rio Mondego (entre Penacova e Coimbra, onde o rio percorre um apertado vale) e dos segundos os meandros do rio Mississipi (estados Unidos) ou do Amazonas (Brasil). O termo planalto é também utilizado, por muitos geocientistas, para designar certas topografias submarinas, quer associadas a crusta continental, como, o planalto das Seychelles, quer a escoamentos ou derrames vulcânicos como Planalto Ontong Java, no SE da Ásia. Relativamente ao terreno circundante, os tepuis da Venezuela, do Brasil e da Guiana são os planaltos mais altos, com paredes verticais de mais de um quilómetro de altitude. O termo tepui, que na língua nativa do Pemon (povos indígenas que habitam a Grande Savana) significa "casa dos deuses”, designa topo horizontal ou mesa das terras altas da Guiana (América do Sul), especialmente na Venezuela e no este da Guiana. Os tepuis encontram-se mais como entidades isoladas do que conectados, o que favorece o desenvolvimento de espécies endémicas de plantas e animais. Dentre os tepuis mais conhecidos pode citar-se são Neblina, Autana, Auyantepui e o Monte Roraima que são, normalmente, compostos de blocos de arenito quartzífero do Pré-Câmbrico que se levantam abruptamente da selva, dando origem a paisagens naturais espectaculares. O tepui de Auyantepui é a fonte das “Quedas do Anjo” (Estado da Bolívia, na Venezuela), que são as quedas de água mais elevada do mundo, com uma altura de 979 metros e um mergulho de 807 metros. Os 979 metros de altura incluem cerca de 400 metros de cascadas inclinadas e rápidos debaixo do salto principal e um mergulho de cerca de 30 metros a jusante dos rápidos (https://en.wikipedia.org/wiki/Angel_Falls).

Planície Abissal.......................................................................................................................................................Abyssal Plain, Deep Sea Rise

Plaine abyssale / Planicie abisal / Abyssisch Ebene / 深海平原 / Абиссальная равнина / Pianura abissale /

Região do assoalho (ou fundo) oceânico na base do talude continental com uma inclinação inferior a 1:1000. Ela é, geralmente, coberta de depósitos turbidíticos e pelágicos que dissimulam, parcialmente, a topografia original.

Ver: « Fundo Oceânico »
&
« Abissal »
&
« Lâmina de Água de Plataforma »

Num contexto geológico em extensão (regime tectónico caracterizado por elipsóide dos esforços efectivos* com o maior eixo σ1 vertical), o assoalhado oceânico é, geralmente, limitado entre a crista ou dorsal médio oceânica (centro de expansão mais recente) e a base do talude continental (sopé continental). Num contexto em compressão (regime tectónico caracterizado por elipsóide dos esforços efectivos com a maior eixo σ1 horizontal), o assoalhado oceânico, como ilustrado neste esquema, é, a maior parte das vezes, limitado entre uma fossa oceânica (zona de encontro de duas placas litosféricas, onde uma dessas placas mergulha sob a outra) e o sopé continental. O assoalhado oceânico corresponde quase sempre a planície abissal, na qual as colinas abissais são, facilmente, identificadas. A planície oceânica tem dimensões muito grandes e é, quase sempre, constituída por uma crusta oceânica nova, criada pelos centros de expansão ou de alastramento oceânico localizados quer no rifte da dorsal média oceânica, quer ao longo das falhas transformantes (um dos três tipos de contactos entre placas litosféricas, diferente dos outros dois, uma vez que não há produção nem consumo de placas), que se podem por em evidência entre as extremidades do rifte. Não confundir o rifte da dorsal média oceânica, que zona onde a litosfera sofre fracturação e afastamento em duas direcções opostas à medida que nova crusta oceânica se forma, com bacias sedimentares de tipo-rifte da classificação das bacias sedimentares de Bally e Snelson que alongam a litosfera dos supercontinentes antes da sua ruptura). As falhas transformantes, que formam um tipo muito particular de falhas, uma vez que elas são activas, unicamente, entre os segmentos da crista ou dorsal médio oceânica, são, parcialmente, dissimuladas pela deposição de sedimentos turbidíticos e pelágicos na planície abissal. À medida que a crusta oceânica do assoalhado oceânico envelhece-se, ela torna-se mais densa e mais pesada e, a maior parte das vezes, ela entra em subducção, quer isto dizer, que ela mergulha sob um sector da crusta oceânica mais ligeiro ou sob a crusta continental que é muito menos densas. Um tal mergulho cria uma zona de subducção de tipo-B (a placa descendente é oceânica), que se reconhece-se sem grande dificuldade pela batimetria da fossa oceânica associada, como, no esquema ilustrado nesta figura. A crusta oceânica, que mergulha ao longo da zona de subducção, é assimilada, pouco a pouco, pela astenosfera (zona superior do manto terrestre pouco rígida que se encontra debaixo da litosfera, entre cerca de 80 e 200 km de profundidade, ou seja, acima da isotérmica 1250° C), ao mesmo tempo que se forma um importante arco vulcânico na placa litosférica cavalgante, o qual limita a parte superior da zona de subducção. Desta maneira, inexoravelmente, as montanhas oceânicas, associadas ao alastramento ou expansão oceânica e a dorsal médio oceânica, entram em subducção e desaparecem, reduzindo, substancialmente, a planície abissal entre o sopé continental e a fossa oceânica. Com o tempo, toda a planície oceânica desaparece e o continente, que a placa litosférica transporta, entra em colisão com o arco vulcânico, fechando completamente o mar que existia entre eles. Devido em parte ao sua grande extensão, as planícies abissais são consideradas como um grande reservatório de biodiversidade. Elas exercem, também, uma influência significativa sobre o ciclo do carbono do oceano, a dissolução do carbonato de cálcio e as concentrações atmosféricas de CO2 (períodos de 100-1000 anos). A estrutura e a função dos ecossistemas abissais são fortemente influenciadas pela taxa de fluxo de nutrimentos para o fundo do mar e pela composição do material que aí se instala. Factores como mudanças climáticas, práticas de pesca e fertilização do oceano devem ter um efeito substancial sobre os padrões de produção primária na zona eufótica, o que certamente tem um impacto significativo sobre o fluxo de material orgânico para planície abissal e, assim, um profundo efeito sobre a estrutura, função e diversidade de ecossistemas abissais (http://www.wikiwand.com/en/Abyssal_plain).

(*) É a associação dos esforços efectivos que deforma os sedimentos e não o vector tectónico. Num determinado ponto, os esforços efectivos são: (i) Pressão geostática (σg), que é o peso da coluna sedimentar que se podem representa por um elipsóide biaxial ; (ii) Pressão hidrostática ou pressão dos poros (σp), que o peso da coluna de água mantida nos poros das rochas e que se pode representa por um elipsóide uniaxial ou seja por uma esfera e (iii) Vector tectónica (σt), que corresponde a uma força tectónica que actua, mais ou menos, paralelamente a superfície terrestre. A combinação da pressão geostática, hidrostática e do vector tectónico pode representar-se por um elipsóide triaxial (elipsóide dos esforços efectivos), no qual o eixo principal é σ1 , o eixo médio σ2 e o eixo mais pequeno σ3.

Planície Aluvial.............................................................................................................................................................................................................Alluvial Plain

Plaine alluviale / Llanura aluvial / Schwemmebene / 冲积平原 / Аллювиальная равнина / Pianura alluvionale /

Horizonte ou intervalo estratigráfico ligeiramente inclinado para jusante ou uma superfície, mais ou menos, ondulada criada pelo depósito extensivo de aluviões, geralmente, junto a um rio que transborda, periodicamente, das suas margens. Uma planície aluvial é, em geral, associada a uma planície de inundação, delta ou cone aluvial.

Ver: « Barra de Meandro »
&
« Linha da Baía »
&
« Aluvial »

As planícies aluviais são formações geológicas que se caracterizam por serem planas ou muito pouco inclinadas, que se formam pela deposição dos sedimentos transportados por um ou mais rios, criando um solo aluvial constituído de argila, silte e areia. As planícies de inundação ou Server, que são faixas sedimentares, mais ou menos, estreitas que são alagadas toda vez que o rio transborda que, muitas vezes, são cultivadas, formam-se como parte do processo da formação das planícies aluviais, que são muito maiores abarcando a área de antigas Server que já não inundam devido à elevação do solo pelo acumulo de sedimentos, ou à mudança do curso do rio ao longo de milhares ou milhões de anos (https://pt.wikipedia.org/wiki/Plan%C3%ADcie_aluvial). Como exemplos de planícies aluviais pode citar-se a planície do Tejo e do Sado. O Crescente Fértil, onde a invenção agricultura permitiu sedentariedade do homem (deixando de ser nómada) é a região que compreende os actuais estados da Palestina, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano e Chipre, bem como partes da Síria, do Iraque, do Egipto, do sudeste da Turquia e do sudoeste do Irão que, geologicamente, corresponde, a um conjunto, mais ou menos, contínuo de planícies aluviais. Esta fotografia mostra, claramente, uma cintura de meandros e a planície aluvial do Rio Animas (Colorado, EUA), poucos quilómetros a montante da cidade de Durango. Nesta fotografia, o rio Animas corre para a esquerda, e a escala é dada pelas estradas (fáceis de reconhecer de cada lado da planície aluvial). A inclinação regional da planície aluvial, que é muito pequena, é para a esquerda, mas a presença de numerosos diques marginais naturais cria, localmente, planícies de inundação que podem inclinar, suavemente, para montante. Esta planície aluvial pode interpretar-se de várias maneiras. Tudo depende da maneira como os meandros se formaram. Note antes de mais que se podem-se distinguir dois tipos principais de meandros: i) Meandros de vale ou meandros encaixados são aqueles em que o vale do rio meandra como o rio, à mesma escala, o que quer dizer que os meandros são mais ou menos permanentes (ii) Meandros de planície de aluvial, que certos geocientistas franceses chamam, de maneira errada, meandros livres ou meandros divagantes, são aqueles em que as sinuosidades do rio são independentes do traçado do vale e têm escalas muito diferentes, isto é, o vale é muito maior do que o rio e que os meandros não são permanentes. A tendência para os rios de planície formarem meandros é uma forma de dissipação de energia nos períodos em que os caudais (caudal = precipitação - infiltração - evapotranspiração) são maiores (quando os caudais aumentam verifica-se aumento do nível da água e erosão do fundo do rio e quando os caudais diminuem, o nível da água baixa e há deposição dos sedimentos). Os meandros de vale são tão, frequentes, como os de planície aluvial. Com exemplo dos primeiros pode citar-se os meandros do rio Colorado, particularmente no Grande Canhão (USA), assim como os meandros do rio Douro (Portugal) ou do Rio Mondego (entre Penacova e Coimbra, onde o rio percorre um apertado vale). Como os exemplos de meandros de planície aluvial, os meandros do rio Mississipi, nos Estados Unidos da América do Norte, ou do rio Amazonas no Brasil. Muitas vezes, como, provavelmente, é o caso dos meandros do rio Animas ilustrados nesta figura, certos meandros de planície aluvial são meandros de vale que evoluíram em meandros livres por calibração do vale. Os meandros de planície aluvial formam-se em consequência da evolução simples e normal de um rio que constrói a sua planície aluvial, pouco a pouco, uma vez que os meandros têm a tendência a exagerar-se e a cortarem-se uns aos outros, quer por transbordo quer osculação (contacto de duas curvas de meandro). Quando os meandros meandros encaixados (meandros de vale) evoluem em meandros, o que quer dizer, que o vale foi, pouco a pouco, calibrado, os meandros exageram-se e migram para jusante, uma vez que é preciso um certo tempo para que a linha de maior velocidade da corrente atinja o seu deslocamento máximo em direcção da margem côncava. Esta migração para jusante tem como resultado a calibração de todo o vale às dimensões dos meandros, o que transforma os meandros de vale em meandros de planície aluvial. Note que quando um vale cavado, induzido por uma descida do nível do mar relativo (nível do mar, local, que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica) que rompeu o perfil de equilíbrio provisório do rio, é preenchido (quando o nível do mar relativo começou a subir) durante o depósito da parte superior de um prisma de nível baixo, ele forma uma aparente ou falsa planície aluvial.

Planície Costeira.........................................................................................................................................................................................................Coastal Plain

Plaine côtière (Plaine littorale) / Planicie litoral, Planicie costera / Litoralebene, Küstenebene / 沿海平原 / Прибрежная равнина / Pianura costiera /

Superfície deposição costa a dentro da linha da costa e cuja altitude é próximo do nível de mar.

Ver: « Linha da Costa »
&
« Ruptura (superfície de deposição costeira) »
&
« Linha de Baía »

Neste caso particular (Estados Unidos), entre Nova Jersey e o Texas, a planície costeira que têm aqui uma largura de cerca de 300 km, corresponde a uma baixa e larga planície adjacente ao oceano, na qual os estratos são horizontais ou, ligeiramente, inclinados para o mar. Ela é constituída por sedimentos recentes que progradam (para o mar) ou que foram exumados durante a descida do nível do mar absoluto ou eustático (nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite), induzida pelas glaciações do Quaternário, e que depois foram, pouco a pouco, submersos pela subida do nível do mar absoluto à medida que o gelo fundia. O nível do mar pode ser absoluto ou eustático e relativo. O nível do mar relativo é o nível do mar, local, referenciado à base dos sedimentos (topo da crusta continental) ou a qualquer outro ponto da superfície terrestre, como, por exemplo o fundo do mar. O nível do mar relativo é o resultado da combinação do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (subsidência quando os sedimentos são alargados, por um regime tectónico extensivo, ou levantamento quando o sedimentos são encurtados por um regime tectónico compressivo). Na parte norte, o levantamento isostático (levantamento da terra, que tinha sido, anteriormente, enterrada pelo peso das calotas glaciárias depositadas durante o último período glaciar, desde que o gelo se derreteu) também contribuiu para formação da planície costeira. Na estratigrafia sequencial, a posição do limite interno (a montante) da planície costeira, que corresponde, a linha de baía, que limita a planície costeira da planície aluvial. O limite externo da planície costeira é, praticamente, a linha da costa, a qual permite de definir contextos sedimentares muitos diferentes. Para os adeptos da estratigrafia sequencial, a planície costeira forma-se por processos de progradação do fundo do mar, mais do que por exumação e os sedimentos que se acumulam na planície costeira durante a progradação da linha da costa fazem parte do que se chama "o prisma costeiro", o qual inclui depósitos fluviais e de água pouco profunda. O prisma costeiro tem a forma de cunha e prolonga-se para o continente por biséis de agradação sobre a topografia pré-existente até a linha de baía. Em geral, quando as condições geológicas são de nível do mar alto (nível do mar acima do rebordo da bacia), o limite externo da planície costeira está muito longe do rebordo da bacia (que nestas condições coincide com o rebordo continental), uma vez que a bacia tem uma plataforma continental. Isto é verdadeiro, sobretudo, durante o intervalo transgressivo (IT) dos ciclos sequência (subgrupo inferior do grupo superior dos cortejos sedimentares de nível alto), visto que o nível do mar relativo sobe em aceleração, o que quer dizer que os sucessivos acréscimos da ingressão marinha são cada vez maiores e as regressões sedimentares associadas são cada vez mais pequenas). Uma ingressão marinha significativa não se faz em continuidade, mas por acréscimos separados por períodos de estabilidade do nível do mar relativo: (i) O nível do mar relativo sobe ; (ii) O nível do mar relativo estabiliza-se e (iii) O nível do mar relativo sobe novamente, etc., etc. Todavia os acréscimos podem ser em aceleração ou em desaceleração. No primeiro caso, os acréscimos são cada vez mais importantes, enquanto que no segundo, eles são cada vez mais pequenos. Por outro lado, durante os acrescimentos da ingressão marinha maior, a linha da costa desloca-se para o continente com a formação de uma superfície de ravinamento sobre a topografia pré-existente. Durante o período de estabilidade do nível do mar relativo entre os acréscimos, a linha da costa desloca-se para o mar à medida que a sedimentação ocorre por progradações, mais ou menos, inclinadas. Durante a deposição de um prisma de nível alto, que é o subgrupo superior do grupo de cortejos sedimentares de nível alto (PNA), o nível mar relativo do sobe, mas em desaceleração, o que quer dizer, que os acréscimos de ingressões marinhas são cada vez menos importantes e as regressões sedimentares cada vez maiores. Se ao princípio da deposição do prisma de nível baixo, a linha da costa (limite o externo da planície costeira) está muito afastada do rebordo da bacia, pouco a pouco, ela vai deslocar-se para o mar. Este deslocamento diminuiu a distância entre a planície costeira e o rebordo da bacia. As dimensões da plataforma continental diminuem até que ela seja, completamente, fossilizada pelas progradações do prisma de nível alto. A partir desse momento, a bacia não tem mais plataforma continental e o limite externo da planície costeira passa a ser o novo rebordo da bacia, que corresponde ao rebordo continental. Uma descida significativa do nível do mar relativo muda as condições geológicas de nível alto do mar para condições de nível baixo com formação de uma discordância, deposição de sistemas turbidíticos, na parte profunda da bacia, iniciando assim um novo ciclo estratigráfico.

Planície Deltaica..................................................................................................................................................................................................................Delta Plain

Plaine deltaïque / Planicie deltaica / Deltaebene / 三角洲平原 / Дельтовая равнина / Piana deltizia /

Superfície a montante de um grande delta que está, mais ou menos, ao nível do mar e que é uma combinação de canais distributivos com diferentes ambientes sedimentares entre os distributivos (como as planícies de inundação, por exemplo). Certos geocientistas dividem a planície deltaica em duas áreas: (i) Planície Deltaica Superior e (ii) Planície Deltaica Inferior.

Ver: « Delta »
&
« Planície Costeira »
&
« Prodelta »

A planície deltaica é a planície de acumulação fluviomarinha a jusante do ápice de um delta (ponto de defluência do canal fluvial, que se encontra mais a montante, geralmente até onde penetra a maré alta, e que marca o limite superior do delta). Ela é formada por sedimentos arenosos e pelíticos ou grosseiros (particularmente nos deltas árcticos). Na planície deltaica inserem-se os distributivos (qualquer dos numerosos braços nos quais um rio se divide para atingir o seu delta). e canais de maré (canais utilizados pelas correntes de maré, que se estendem do oceano até ao pântano de maré ou planície de maré, também denominada mareal ou raso de maré). A planície deltaica superior é a parte que se estende junto ao ápice e que é caracterizada por um declive médio próximo de 5° e pela predominância das formas e processos fluviais. Ela está, permanentemente, emersa e sujeita à inundação durante as cheias das correntes. A planície deltaica inferior ocupa a faixa jusante do sector emerso. Ela é inundada, periodicamente, pelas marés e cheias fluviais. O seu declive médio é igual ou inferior a 1°. No sector mais interno, a planície deltaica é o domínio das lagunas, mouchões (ilhotas arborizadas), pântanos salgados, canais anastomosados, etc.), enquanto que no sector mais externo marinho os cordões litorais, restingas, praias, etc.). AS formas eólicas (dunas) desenvolvem-se no sector externo, em contacto com o mar. Um delta é uma forma de desembocadura de um rio caracterizada por um balanço positivo entre a acumulação e a degradação, o que têm como consequência a progradação da linha da costa para o mar. Como se pode constatar nesta figura, a extensão da planície deltaica de um delta pode variar muito. Ela tem cerca de 450 km no fim do edifício deltaico do Níger, 100 km no fim do edifício deltaico do Mississipi, 32 km no fim edifício deltaico do Ródano, 16 km no fim edifício deltaico Reno, etc.). Não confunda um delta com um edifício deltaico. Um delta corresponde, em geral, a um cortejos sedimentar (associação lateral de sistemas de deposição síncronos e geneticamente relacionados), e a sua espessura, raramente, ultrapassa, os 30-60 metros. Um edifício deltaico é uma sobreposição, mais ou menos progradante. de deltas de idade diferente que podem, ou não, pertencer ao mesmo ciclo sequência, quer isto dizer, que podem estar associados a um ou vários ciclos eustáticos. Embora, a altura do talude de um delta com uma grande planície deltaica seja maior do que a de um delta com uma pequena planície, não se pode dizer, que a altura do talude deltaico é função das dimensões da planície deltaica. A altura média do talude deltaico dos deltas que formam os edifícios deltaicos citados acima é, respectivamente, de 115, 106, 61 e 36 metros. Isto é muito importante, sobretudo na interpretação geológica das linhas sísmica, cuja resolução sísmica pode ser próxima ou mesmo inferior à espessura de um delta, nas quais muitos geocientistas confundem, por vezes, um delta com um edifício deltaico, o quer isto dizer, que eles confundem o talude de um delta com o talude continental, o qual pode ser o resultado da sobreposição vertical de vários taludes deltaicos, como é o caso, por vezes, num edifício deltaico. Em termos de estratigrafia sequencial, pode dizer-se que um delta é um paraciclo sequência induzido por um paraciclo eustático que aumentou o espaço disponível para os sedimentos (acomodação), por deslocamento da linha da costa para o continente. O espaço disponível é preenchido durante o período de estabilidade do nível do mar relativo que, normalmente, ocorre depois de cada acréscimo de subida do nível do mar relativo (nível do mar, local, referenciado à base dos sedimentos (topo da crusta continental) ou a qualquer outro ponto da superfície terrestre, como, por exemplo o fundo do mar e que é o resultado da combinação do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica ou seja da subsidência quando os sedimentos são alargados, por um regime tectónico extensivo, ou do levantamento quando o sedimentos são encurtados por um regime tectónico compressivo) . Os sedimentos depositam-se por progradações, em geral, sigmóides (progradação e agradação), à medida que a linha da costa se desloca par o mar, até que um novo paraciclo eustático ocorra. Cada um desses paraciclos-sequência é formado por sistemas de deposição (siltitos de planície deltaica, areias frente de delta, argilito de prodelta e argilitos com areias (por vezes) nas camadas inferiores do delta areias) síncronos e geneticamente ligados entre eles (cortejos sedimentares na estratigrafia sequencial).

Planície Deltaica Inferior...................................................Lower Delta Plain, Lower Delta, Tidal Delta Plain

Plaine deltaïque inférieure (Bas du delta) / Planicie deltaica inferior / Niederdelta / 下三角洲平原 / Нижняя дельтовая равнина / Piana deltizia inferior /

Área entre o limite da maré baixa e alta, ou seja, a zona intramareal. Tipicamente, a planície deltaica inferior corresponde à zona de água salobra e ambientes salinos, onde se depositam toda uma série de depósitos sedimentares, como, diques marginais naturais, depósitos de inundação, derrames de fendas (associados com os distributivos), etc. Estes depósitos podem ser, mais ou menos, modificados pelo aporte de sedimentos marinhos durante as tempestades.

Ver: « Delta »
&
« Planície Costeira »
&
« Prodelta »

De montante para jusante, os elementos fisiográficos de um delta são: (i) Planície deltaica superior ou subaérea, a qual pode ser dividida em planície deltaica superior alta (activa ou abandonada) e planície deltaica superior baixa (activa ou abandonada) ; (ii) Planície deltaica inferior ou subaquosas ; (iii) Frente deltaica ; (iv) Prodelta e (v) Base do delta (corresponde às camadas inferiores subhorizontais que, por vezes, estão presentes em determinados tipos de deltas, e nas quais se podem encontrar horizontes arenosos turbidíticos (turbiditos proximais). Estes elementos fisiográficos, caracterizados por sistemas de deposição típicos, são síncronos e geneticamente associados. Eles formam um paraciclo sequência e depositam-se durante o intervalo de estabilidade do nível do mar relativo que ocorre depois de cada acréscimo de subida do nível do mar relativo (paraciclo eustático). Na realidade, uma ingressão marinha significativa (subida do nível do mar relativo) não se faz em continuidade, mas por acréscimos separados por períodos de estabilidade do nível do mar relativo*, ou seja, o nível do mar relativo sobe, estabiliza-se e, depois sobe novamente, etc., etc. Uma sobreposição vertical de paraciclos sequência deste tipo, isto é, de deltas, do mesmo cortejo sedimentar ou de cortejos sedimentares de ciclos sequência diferentes, forma o que os geocientistas chamam edifício deltaico. A planície deltaica inferior do delta de Paraná (província de Buenos Aires, Argentina) cobre cerca de 2999 km2. Esta área, como ilustrado nesta figura, corresponde à parte jusante do rio De la Plata, que é, actualmente, a área que agrada e prograda no estuário do rio. A hidrologia da planície deltaica inferior é determinada, principalmente, pelos estuários dos rios Paraná e De la Plata, que na realidade não é um rio mas o estuário criado pelo Rio Paraná e pelo Rio Uruguai que formam, na costa atlântica da América do Sul, um entalhe triangular de, mais ou menos, 290 km de comprimento). O rio de la Plata, que como dito antes é mais um estuário do que um rio, escoa-se de noroeste a sudeste e tem cerca de 48 km de largura na confluência dos rios Paraná e Uruguai. Ele corresponde a um grande estuário que tem, mais ou menos 220 m de largura na sua desembocadura no Mar de Argentina (que faz parte do oceano Atlântico). Anualmente, são transportadas para este estuário cerca de 57 milhões de metros cúbicos de sedimentos das províncias do norte da Argentina e do Sul Brasil, razão pela qual, o canal de navegação entre o Atlântico e Buenos Aires é dragado, continuamente, para poder ser mantido aberto à navegação. Nesta área, parece que as fendas (rupturas) do leito das correntes são mais frequente do que a formação dos diques marginais naturais, uma vez que estes são, geralmente, pouco desenvolvidos. A vegetação tolera o sal (Flash) e é confinada às plantas que podem sobreviver a inundações prolongadas. Nos contextos climáticos áridos, a planície deltaica inferior pode ser uma zona de planícies salíferas e dunas. Na planície deltaica inferior, os distributivos são influenciados por processos marinhos, como, a flutuação das marés. Os canais distributivos abandonados podem desenvolver-se em estuários e ser preenchidos por depósitos marinhos marginais. Muitos antigos depósitos de carvão são interpretados como tendo sido formados num contexto de uma planície deltaica inferior. As turfeiras (tipo de solo feito de turfa) podem formar-se em qualquer parte, quer na planície deltaica, quer ela seja a superior ou inferior. Os pântanos de água salobra e de água salgada formam-se na planície deltaica inferior e tendem a formar vasas ricas em matéria orgânica ou turfa muito rica em enxofre, devido a mistura de água salgada e do acarreio terrígeno, embora as condições climáticas sejam um factor, igualmente, muito importante. Teoricamente, na planície deltaica inferior, as formas fluviomarinha (lagunas, mouchões, quer isto dizer, ilhotas arborizadas, pântanos e canais, mais ou menos, anastomosados) são predominantes, no sector mais interno, enquanto que no sector mais externo, predominam os cordões litorais, restingas, praias e dunas.

(*) Os acréscimos de uma ingressão maior ou seja os acréscimos de uma subida do nível do mar relativo podem ser em aceleração ou em desaceleração. No primeiro caso, eles são cada vez mais importantes, enquanto que no segundo, eles são cada vez mais pequenos. Durante os acrescimentos da ingressão marinha maior (cada acréscimo corresponde obviamente a uma ingressão marinha) a linha da costa desloca-se para o continente com a formação de uma superfície de ravinamento sobre a topografia pré-existente. Durante o período de estabilidade do nível do mar relativo entre os acréscimos, a linha da costa desloca-se para o mar à medida que a sedimentação ocorre por progradações, mais ou menos, sigmóides.

Planície Deltaica Submersa.....................................Submarine Delta Plain, Subaqueous Deltaic Plain

Plaine deltaïque submersible (plaine deltaïque inondable) / Planicie deltaica submarina / Submarine Ebenedelta / 水浸三角洲平原 / Затопляемая дельтовая равнина / Piana deltizia sommergibile /

Parte da planície deltaica sempre submersa. Caracteriza-se por um fraco declive, próximo ou inferior a 1° e por uma topografia irregular devido aos canais que a atravessam e aos bancos arenosos. A planície deltaica submersa termina por um rebordo, frequentemente, de forma arqueada, com contorno, mais ou menos, irregular, que é a frente de delta.

Ver: « Delta »
&
« Planície Costeira »
&
« Prodelta »

De montante para jusante, os elementos fisiográficos de um delta são: (i) Planície deltaica superior ou subaérea, a qual pode ser dividida em planície deltaica superior alta (activa ou abandonada) e planície deltaica superior baixa (activa ou abandonada) ; (ii) Planície deltaica inferior submersa ou subaquosa ; (iii) Frente deltaica ; (iv) Prodelta ; (v) Base do delta (camadas inferiores subhorizontais que, por vezes, estão presentes em determinados tipos de deltas, e nas quais se podem encontrar horizontes arenosos turbidíticos). Estes elementos fisiográficos, caracterizados por sistemas de deposição típicos, são síncronos e geneticamente associados. Eles formam um paraciclo sequência e depositam-se durante o intervalo de estabilidade do nível do mar relativo* (nível do mar, local, referenciado à base dos sedimentos ou a qualquer outro ponto da superfície terrestre, como, por exemplo o fundo do mar ou a base dos sedimentos, quer isto dizer, o topo da crusta continental) que ocorre depois da subida do nível do mar relativo (paraciclo eustático). Uma sobreposição vertical de paraciclos sequência deste tipo, isto é, de deltas, do mesmo cortejo sedimentar ou de cortejos sedimentares de ciclos sequência diferentes, forma o que os geocientistas chamam um edifício deltaico. Assim como um edifício é prédio de muitos andares, que pode ter mais de 100 metros de altura, embora cada andar tenha unicamente a de 2,40 metros de altura, um edifício deltaico pode ter várias centenas, ver mesmo, milhares, de metros de altura, embora cada delta que o compõe tenha no máximo 50-60 metros de espessura. Esta fotografia do delta do Mississipi mostra, claramente, a planície deltaica submersa que, em geral, se localiza, ligeiramente, a montante da frente do delta, a qual marca a ruptura entre as camadas horizontais superiores e as camadas inclinadas que formam o talude deltaico. Quando se fala de planície deltaica submersa, não se pode esquecer que um delta é uma forma de desembocadura de uma corrente caracterizada por um balanço positivo entre a acumulação e a degradação e que, por conseguinte, a planície deltaica e a linha da costa progradam. Isto acontece quando a capacidade de erosão e transporte dos agentes marinhos é inferior à capacidade da corrente de depositar sedimentos junto à ruptura costeira da superfície de deposição (mais ou menos a linha da costa). Certos geocientistas consideram que a dinâmica fluviomarinha, na formação de um delta é associada a uma descida do nível do mar relativo. Os dados sísmicos sugerem que uma tal associação é, provavelmente, errada, na medida em que a frente de um delta não só prograda para o mar, mas também agrada desde que o aporte terrígeno é, suficientemente, grande. Neste caso, pode falar-se de regressão sedimentar. Os depósitos costeiros deslocam para o mar. Quando o aporte terrígeno não é muito grande, a frente de delta prograda para o mar, mas sem agradação significativa. Quando o acarreio terrígeno é insuficiente, para a mesma subida do nível do mar relativo, a frente do delta avança menos e globalmente, isto é, ao fim de várias ingressões marinhas em aceleração ela pode deslocar-se para o continente. Neste caso fala-se de retrogradação. A montante do rebordo da bacia ou do rebordo continental (em certos casos, como, por exemplo, durante o depósito de um prisma de nível baixo, o rebordo continental não é rebordo da bacia), só pode haver deposição se o espaço disponível para os sedimentos aumentar. A cada incremento do espaço disponível, que é o resultado dos acréscimos de uma ingressão marinha significativa, a linha da costa desloca-se para o continente, produzindo uma superfície de ravinamento nos sedimentos já depositados. É durante o período de estabilidade do nível do mar relativo que ocorre depois de cada acréscimo da subida do nível do mar relativo, que a linha da costa e os depósitos costeiros (frente de delta) progradam para o mar ultrapassando ou não, função do acarreio terrígeno e da amplitude das ingressões marinhas, a posição que eles tinham antes da subida do nível do mar relativo precedente. Se as ingressões marinhas são em aceleração, isto é, cada vez mais importantes, as regressões sedimentares serão cada vez mais pequena e, globalmente, a linha da costa desloca-se para a terra (retrogradação). Se, ao contrário, as ingressões marinhas são em desaceleração, ou seja, cada vez mais pequenas, as regressões sedimentares associadas serão cada vez mais importantes e a linha da costa e os depósitos costeiros deslocar-se-ão, globalmente, para o mar (progradação).

(*) O nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático (nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite) e da tectónica (subsidência quando os sedimentos são alongados, por um regime tectónico extensivo, ou levantamento quando os sedimentos são encurtados por um regime tectónico compressivo).

Planície Deltaica Superior....................................................................Upper delta plain,Upper Deltaic plain, Upper delta

Plaine deltaïque supérieure (Sommet du delta) / Planicie deltaica superior / Oberdelta / 上三角洲平原 / Верхняя дельтовая равнина / Delta pianura superiore /

Área a montante da planície deltaica, localizada acima da linha de maré alta e que estende desde o ápice do delta até a zona de influência das marés. O declive médio desta zona é cerca 5°. A planície do delta superior encontra-se acima do nível de intrusão de água salgada eficaz e não é afectada por processos marinhos. Ela é caracterizada por uma predominância de formas induzidas por processos fluviais. Ela está permanentemente emersa e sujeita à inundação das cheias. Segundo certos geocientistas, a maré ascendente só tem uma influência ecológica, na distribuição dos ecossistemas anfíbios das margens dos canais e bancos.

Ver: «Planície Deltaica Submersa»

Planície Fluvial..................................................................................................................................................................................................................Fluvial plain

Plaine fluviale / Planicie fluvial / Flussniederung / 冲积平原 / Намывная равнина / Pianura fluviale /

Área de depósito acima do nível do mar e a montante da planície costeira. A linha, que separa a planície costeira da planície fluvial, é a linha de baía.

Ver: « Linha de Baía »
&
« Deposição Fluvial »
&
« Planície Costeira »

Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica regional do Mar do Norte, uma planície fluvial pode ser proposta a montante da linha de baía, que individualiza os depósito parálico/deltaicos dos depósitos fluviais. O conceito de linha de baía, foi definido por Posamentier e Vail (1988), mais ou menos, da seguinte maneira: (i) A planície costeira forma-se por processos de progradação do fundo do mar, mais do que por exumação ; (ii) Os sedimentos que se acumulam na planície costeira durante a progradação da linha da costa fazem parte do que eles chamaram prisma costeiro, o qual inclui depósitos fluviais e de água pouco profunda ; (iii) O prisma costeiro tem a forma de cunha e prolonga-se para o continente por biséis de agradação costeiros sobre a topografia pré-existente ; (iv) O limite a montante do prisma costeiro é a linha da baía, que pode deslocar-se rio acima, quando a progradação da linha da costa é acompanhada de uma agradação significativa ; (v) A linha de baía é o limite entre a planície costeira e a planície aluvial ; (vi) A montante da linha da baía, as variações do nível do mar relativo não têm nenhuma influência nos sistemas de deposição. Esta tentativa de interpretação geológica é baseada nos seguintes factos: (i) O Mar do Norte, que é um mar do Oceano Atlântico, situado entre as costas da Noruega e da Dinamarca a Este, a costa das Ilhas Britânica a Oeste e a Alemanha, Países Baixos, Bélgica e França a Sul, na sua maior parte, está sobre a plataforma continental europeia tem uma profundidade máxima de 90 metros (excepção feita a fossa norueguesa, que estende-se paralelamente à costa, entre a região de Oslo ate ao norte de Bergen, que tem uma largura média de 25 km e uma profundidade máxima de 725 metros) ; (ii) Geologicamente, este offshore é constituído por várias bacias da classificação das bacia sedimentares de Bally e Snelson (1980), as quais de baixo para cima são: a) Soco do Pré-Câmbrico, b) Cadeia de montanhas, mais ou menos aplanadas do Paleozóico, c) Bacias de tipo rifte de idade Mesozóico, que se desenvolveram em associação com o alargamento do supercontinente Pangeia e particularmente com o alargamento do pequeno supercontinente Laurasia, d) Bacia cratónica de idade Mesozóico/Cenozóico, que se formou no seguimento de uma subsidência térmica, principalmente induzida por um resfriamento la litosfera ; (iii) A bacia cratónica do mar do Norte repousa, em discordância, sobre os sedimentos das bacias de tipo rifte ; (iv) O intervalo sedimentar da parte inferior da bacia cratónica tem uma configuração interna, ligeiramente, divergente (contra as falhas que não estão representadas nesta tentativa), o que quer dizer, que as falhas criadas durante a fase de riftização ainda eram activas durante o início da bacia cratónica ; (v) O intervalo superior, colorido em rosa, tem uma configuração interna paralela ; (vi) O intervalo sobrejacente (colorido em verde) tem uma geometria retrogradante e corresponde a um episódio transgressivo ; (vii) Este intervalo transgressivo é fossilizado por um intervalo regressivo ; (vii) Nos primeiros estágios do intervalo regressivo (colorido em caqui), a bacia sedimentar ainda tinha uma plataforma continental ; (viii) Devido as progradações do intervalo regressivo, a bacia deixou de ter uma plataforma ; (ix) O rebordo da bacia passou a ser o limite externo da planície costeira e, provavelmente, equivalente a frente do delta ; (x) O nível do mar relativo é, mais ou menos, estável e a progradação da frente de delta é mais importante do que a agradação da planície deltaica (deposição do intervalo colorido em amarelo) ; (xi) A agradação da planície costeira é inferior é de 100 milissegundos, enquanto que a progradação do delta é de cerca de 30 km ; (xii) A planície costeira é separada da planície fluvial pela linha de baía, que sublinha a ruptura de inclinação da superfície de deposição que existe entre elas. Na estratigrafia sequencial, a planície deltaica, a qual faz parte da planície costeira, é uma planície de acumulação fluviomarinha, enquanto que na planície fluvial, que se localiza a montante do prisma costeiro, a acumulação é, exclusivamente, fluvial, uma vez que as variações do nível do mar relativo (resultado da combinação do nível do mar absoluto ou eustático, o u seja, do nível do mar, global e referenciado ao centro da Terra ou a uma satélite e da tectónica) parece não terem nenhuma influência na deposição. Para terminar pode dizer-se que: (1) A planície fluvial é caracterizado por uma superfície topográfica plana com muito baixo declive ; (2) A planície fluvial é sempre situada a baixa altitude e dominada pelos relevos da sua bacia de drenagem ; (3) A planície fluvial é constituída por depósitos aluviais (geralmente sedimentos mais antigos) depositados durante as cheias dos rios ; (4) A planície fluvial pertence, teoricamente, a planície de inundação de um curso de água, mas é frequentemente os aterros reduzem a possibilidade de inundações ; (5) Na planície fluvial, rios são, geralmente, sinuosos e ricos de meandros, com ecótonos (áreas de contacto e de transição entre comunidades ecológicas adjacentes) significativos.

Planície Fluvioglaciária....................................................................................................................................................................Outwash plain

Plaine fluvio-glaciaire / Planicie fluvio-glaciar, Sandur / Sander / 冰水沉积平原 / Флювиогляциальная равнина / Pianura fiume-glaciale /

Planície, ligeiramente inclinada, formada de detritos, principalmente, areia grossa e fina, transportados por uma corrente de água resultante da fusão parcial de um glaciar. Em geral, a planície fluvioglaciária é o resultado da coalescência de vários cones sedimentares.

Ver: « Glacioeustasia »
&
« Linha de Baia »
&
« Moreia »

Um glaciar é uma massa de gelo, que se escoa costa abaixo e que se forma quando caí mais neve e gelo do que aquela que se derrete e se evapora dos anos anteriores. Assim, pode dizer, que como um rio, um glaciar avança sempre costa abaixo. Por isso, não é muito correcto dizer que um glaciar recua. Um glaciar, como um rio, não pode escoar-se costa acima. Assim, parece ser mais correto mais correcto dizer que um glaciar se adelgaça ou que ele retrograda (como a linha da costa durante o depósito de um intervalo transgressivo de um ciclo sequência), quando a ablação (perda de neve ou gelo de um glaciar, quer por fusão, evaporação, erosão, etc.) é maior do que acumulação. Um glaciar transporta uma grande quantidade e variedade de material rochoso, quer à superfície, quer na base, quer à frente, quer nos lados ou mesmo dentro dele. Quando o glaciar funde, ele liberta um grande volume de água que se dispersa, à frente da moreia terminal e que carrega uma grande quantidade de detritos rochosos e outros materiais. A área, em geral, uma planície, onde esses detritos se depositam é a planície fluvioglaciar, como, a que está ilustrada nesta figura (planície fluvioglaciar no Sul do Alasca). O gelo e as rochas dos glaciares actuam como agentes erosivos quando o glaciar se desloca ao longo do vale. As paredes do vale são polidas e a sua largura é aumentada, o que lhe dá uma geometria característica em forma de U, que contrasta com a geometria dos vales fluviais que tem uma forma em V. Quando dois glaciares cavam vales próximos uns dos outro forma-se, entre eles uma aresta topografia que os autores franceses chamam "arêt", e que foi traduzida em português como espinha glaciar. Quando vários vales glaciares se iniciam próximo do topo de uma montanha, forma-se, em geral, um pico agudo ou "horn" (que em alemão significa corno) como, por exemplo, o Matterhorn (Cervin, em francês), que tornou célebre a aldeia de Zermatt, localizada na parte mais alta do cantão do Valais, na Suíça. As planícies fluvioglaciárias são as áreas onde os sedimentos glaciares são depositados pelas correntes que se formam a jusante da frente do glaciar. Geralmente, estas planícies são formados por cascalho, areia, silte e argila e formam-se, em geral, relativamente, longe do glaciar visto que elas são as partículas sedimentares mais finas e mais leves que o glaciar transporta. O material depositado pelas antigas correntes de água ou pela actividade do gelo pode ser, mais tarde, remobilizado e retrabalhado por correntes mais recentes. A espessura da planície fluvioglaciária, que pode exceder, 50 metros, permite prognosticar, de maneira grosseira, a extensão máxima do glaciar. Como ilustrado nesta figura, a planície fluvioglaciária é o domínio dos rios anastomosados ou entrançados (leito constituído por uma rede de pequenos e temporários canais separadas por pequenas ilhas, muitas vezes chamadas de bancos entrançados ou barras de deposição). Lembremos que um curso de água pode ser classificado segundo a sua geometria, em planta, em (http://www.aquafluxus.com.br/os-rios-e-suas-configuracoes/): (i) Rectilíneos ; (ii) Anastomosados ; (iii) Meandriformes e (iv) Entrelaçados. Estes padrões dos canais fluviais, que podem ser encontrados em rios diferentes, ao longo do mesmo rio ou até mesmo em períodos diferentes na mesma secção de um rio. Um rio rectilíneo é um rio com baixa sinuosidade que, geralmente, corre áreas com declividade acentuada, ao longo do qual a água se escoa com grande velocidade, e que tem uma grande capacidade erosiva e pequenos desvios. Um rio anastomosado é rio com canais múltiplos, um vez que cursos de água se dividem e se entrelaçam, formando um rio sem canal principal, com uma grande capacidade de transporte e sedimentação, e que se adapta ao relevo modificando a sua trajectória desde que encontram um obstáculo. Um rio meandriforme é um rio sinuoso, com pequena velocidade de escoamento, que atravessa áreas planas, com baixa declividade, cuja carga de suspensão e de fundo são, mais ou menos, equivalentes, e que tem fluxo contínuo e regular, em geral, num único canal, e que desenvolve um padrão, mais ou menos, característico. Um rio entrelaçado, que é caracterizado por um predomínio de carga de fundo. escoa-se entre ilhas e barras formadas por assoreamento do material transportado em suspensão por suas próprias águas, é, frequentemente, encontrado em ambientes desérticos e glaciários.

Planície de Inundação...........................................................................................................................................................................Flooding Plain

Plaine d'inondation / Planicie de inundación / Flussaue / 泛平原 / Аллювиальная равнина / Pianura di inondazioni /

Superfície ou banda de terreno, relativamente, plana e lisa adjacente ao leito de um rio, que é construída durante o regime normal do rio e que é coberta de água quando a água do rio transborda os seus bancos.

Ver: « Planície Aluvial »
&
« Barra de Meandro »
&
« Depósito de Transbordo »

Todas as vezes que a quantidade de água ultrapassa o limite máximo de água que o leito de uma corrente pode conter, uma parte da corrente e os sedimentos, que ela transporta, transbordam os diques marginais naturais cobrindo a planície de inundação de água e sedimentos. É a jusante da linha de baía (linha de demarcação entre os depósitos fluviais e parálicos-deltaicos,), que a planície de inundação se desenvolve, em particular, em associação com a exageração da geometria dos meandros. O conceito de linha de baía, foi definido, mais ou menos, da seguinte maneira: (i) A planície costeira forma-se, principalmente, por processos de progradação do fundo do mar, mais que por exumação ; (ii) Os sedimentos que se acumulam na planície costeira durante a progradação da linha da costa fazem parte do que Vail e Posamentier (1988) chamaram "prisma costeiro", o qual inclui depósitos fluviais e de água pouco profunda ; (iii) O prisma costeiro tem a forma de cunha e prolonga-se para o continente por biséis de agradação costeiros sobre a topografia pré-existente ; (iv) O limite a montante do prisma costeiro é a linha da baía, que pode deslocar-se rio acima, quando a progradação da linha da costa é acompanhada de uma agradação significativa ; (v) A linha de baía é o limite entre a planície costeira e a planície aluvial ; (vi) A montante da linha da baía, as variações do nível do mar relativo não têm nenhuma influência nos sistemas de deposição. Convencionalmente, os limites entre os ciclos estratigráficos, qualquer que seja a sua hierarquia (paraciclos sequência excluídos), correspondem a discordâncias ou paraconformidades correlativas em água profunda. As discordâncias são induzidas por descidas significativas do nível do mar relativo, que põem o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia. Cada ciclo estratigráfico, quando completo, começa com a deposição de sistemas turbidíticos profundos, que permitem datar as discordâncias. Nas linhas sísmicas, utilizam-se os biséis de agradação dos depósitos turbidíticos para identificar as paraconformidades correlativas das discordâncias em água profunda. Todavia, Mutti pensa que os sistemas turbidíticos não se depositam, exclusivamente, durante condições geológicas de nível baixo, mas que eles se podem depositar, também, em condições de nível alto, em particular durante as cheias dos rios. Efectivamente, durante uma cheia, um rio transporta uma tal quantidade de sedimentos, que quando estes chegam a desembocadura, cria, muitas vezes, correntes de gravidade, que os transportam ao longo do talude continental para as partes mais profundas da bacia, onde eles se depositam sob a forma de cones submarinos. Isto quer dizer, que a presença, nos dados sísmicos e no campo, de cones turbidíticos, não implica, necessariamente, que eles sublinham uma descida significativa do nível do mar relativo e assim um limite de ciclo estratigráfico. Um dos exemplos mais clássicos de planície de inundação, também chamada várzea, era é planície de inundação do Nilo, particularmente, antes da construção da barragem de Assuão, uma vez que sobre as margens dos cursos de água, a quando das inundações anuais, se depositava uma camada de húmus, que é um adubo natural precioso que permitia o cultivo com alta fertilidade e a manutenção da civilização egípcia antiga. Infelizmente, depois da barragem, em 1970, o nível do rio foi regulado, evitando as enchentes no Egito, o que causou não só a causando a salinização de muitas áreas à jusante da barragem, mas igualmente a destruição d maior parte do solo arável. Um outro exemplo típico de planície de inundação é a várzea do rio Tejo, de orientação NE-SW que estende-se entre Constância e Lisboa (mais ou menos 80 km), e cuja largura varia entre 3 e 13 quilómetros. Durante as grandes cheias, a planície de inundação fica, completamente, submersa, criando-se um plano de água com mais de 870km2. A análise hidrológica, mostrou que as cheias de maior magnitude (centenárias) modelam os diques marginais naturais mais elevados (com o topo a 12 m), enquanto as cheias com um período de retorno inferior a 5 anos modelam a maioria dos diques marginais, cujo topo não ultrapassa 10m. Todos os estudos mostram um grande dinamismo do rio Tejo e da sua planície de inundação, traduzido pela migração lateral de canais e a elevação progressiva da planície, com sobreposição de formas correlativas de acumulação (diques naturais e baixas de inundação) ou de erosão (canais abandonados).


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Última actualização : Março, 2018