Estratigrafia Isotópica (oxigénio)................................................................................Oxygen Isotopic Stratigraphy
Stratigraphie isotopique (oxygéne) / Estratigrafia isotópica (oxígeno) / Sauerstoffisotopie Stratigraphie / 氧同位素地层学 / Изотопная стратиграфия / Isotope stratigrafia (ossigeno) /
Estratigrafia baseada na relação entre os isótopos de oxigénio (18O / 16O) presentes na água do mar em função do tempo. Os geocientistas associam níveis mais baixos de oxigénio pesado (18O), em comparação com um padrão, com água fresca, que numa escala global indicam temperaturas mais quentes e fusão, e em uma escala local indicam chuvas mais pesadas. Não esqueça que: (i) A razão (quantidade relativa) destes dois tipos de oxigénio na água varia com o clima ; (ii) A proporção de oxigénio pesado (18O) e leve (16O) em sedimentos marinhos, núcleos de gelo, ou fósseis é diferente do padrão universalmente aceite, o que pode dar indicações sobre as mudanças climáticas que ocorreram no passado ; (iii) O padrão científico usado para comparação é baseado na proporção de isótopos de oxigénio em água do mar a uma profundidade de 200/500 metros ; (iv) A evaporação e a condensação são os dois processos que mais influenciam a razão de os isótopos de oxigénio nos oceanos ; (v) As moléculas de água contendo oxigénio leve evaporam um pouco mais rapidamente do que as moléculas de água contendo um átomo de oxigénio pesado ; (vi) As moléculas de vapor de água que contém a variedade pesada de oxigénio condensam mais facilmente.
Ver: "Estratigrafia »
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« Estratigrafia Sequencial »
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« Biostratigrafia »
Como ilustrado nesta figura além da estratigrafia sequencial, genética e em transgressões / regressões sedimentares (estratigrafia T/R) pode-se ainda considerar a estratigrafia isotópica, a qual permite determinar as idades relativas dos sedimentos com base das proporções relativas dos isótopos de um elemento particular. O princípio de base é que as proporções de alguns isótopos incorporados em minerais biogénicos como a calcite, aragonite, fosfato e outros mudam com o tempo em resposta a mudanças paleoambientais e geológicas. Todavia, as proporções relativas dos isótopos são, muitas vezes, mascaradas pela alteração diagenética de sedimentos. A diferenciação entre as proporções isotópicas primárias e secundários é um assunto difícil e muito controverso. Embora os isótopos de muitos elementos tenham sido estudados, os isótopos do oxigénio. do estronco e do carbono, são os de aplicação mais correntes. A estratigrafia isotópica do oxigénio, baseia-se, evidentemente, na curva dos isótopos do oxigénio na qual são projectados as proporções relativas dos isótopos 18O e 16O. Lembremos que um isótopo é uma das duas ou mais variedades de um elemento químico cujos átomos têm o mesmo número de protões e electrões (mesmo número atómico), mas que têm um número diferente de neutrões no núcleo (peso atómico diferente). O oxigénio pode existir em várias formas, mas unicamente as 16O e 18O são importantes na análise dos isótopos do oxigénio. Oxigénio-16 ou 16O é um isótopo estável do oxigénio, que tem 8 neutrões e 8 protões no seu núcleo. Ele é o mais abundante isótopo de oxigénio (99 % da abundância natural de oxigénio), uma vez que ele é não só o produto principal da evolução estelar mas, igualmente, um isótopo primordial, uma vez que ele foi feito por nucleossíntese nas estrelas que eram, inicialmente, feitas, exclusivamente, de hidrogénio. A taxa da abundância destes dois isótopos dá diversos tipos de informações sobre passado geológico, como, por exemplo, a origem da água e a temperatura mais provável dos oceanos. Como, actualmente, a taxa média do 18O em relação ao 16O é de, mais ou menos, 1 para 500, todas as medidas são feitas em relação a este valor que é tomado como referência. A grande maioria dos geocientistas considera que a taxa entre 18O e 16O variou nos oceanos de maneira cíclica função da alternância dos períodos glaciários e interglaciários. A taxa entre 18O e 16O depende da temperatura da água. O isótopo 18O aumenta quando a temperatura diminui. O oxigénio incorporado no carbonato de cálcio das conchas dos organismos marinhos reflecte a taxa entre 18O e 16O. Como a acidificação das conchas dos fósseis liberta oxigénio, este permite determinar a temperatura dos oceanos nos quais os animais, agora fossilizados viveram. Durante o pico da última glaciação, as águas profundas enriqueceram-se em 18O de cerca de 1,6 partes por mil (1,6 ppm), o que é equivalente a uma descida do nível do mar absoluto ou eustático de cerca de 165 m em relação ao nível do mar actual. Assim, pode dizer-se que os isótopos de oxigénio podem enfatizar as mudanças de temperatura dos oceanos e do volume de gelo. A estratigrafia isotópica do oxigénio feita nos testemunhos de sondagem de sedimentos do Cenozóico e, particularmente do Quaternário, utilizando microfósseis, sugeriu variações de temperaturas dos oceanos e de espessura das calotas de gelo, que permitiram o reconhecimento de estágios isotópicos de oxigénio. Os efeitos separados destes parâmetros (temperatura e do volume de gelo) são distinguidos comparando as proporções de isótopos em microfósseis planctónicos e bentónicos, principalmente foraminíferos. Por outro lado, como eles foram induzidos pelos ciclos de Milankovitch, é possível identificar e correlacionar os estágios de isótopos de oxigénio globalmente. As curvas 18O fornecem uma escala de tempo (20 ka de resolução) do Quaternário ao Neogénico. Nos sedimentos pré-cenozóicos, o uso de isótopos de oxigénio é mais limitado porque grande parte do carbonato é recristalizado e, raramente, reflecte mudanças nas proporções isotópicas do oxigénio. Nesta figura, está ilustrada a estratigrafia isotópica do oxigénio (18O/16O) em profundidade (profundidade métrica composta), determinada a partir das conchas do foraminífero bêntico Uvigerina para o sítio 1014. Os dados dos isótopos de oxigénio (linhas horizontais) estão numerados à direita (subestágios dos isótopos marinhos) e correlacionados com a secção de referência (profundidade) dos isótopos de oxigénio de mar profundo. Os máximos glaciários são bem marcadas e sublinham a ciclicidade das variações do nível do mar absoluto.
Estratigrafia Paleomagnética......................................................................................Paleomagnetic Stratigraphy
Stratigraphie paléomagnétique / Estratigrafía paleomagnética / Paläomagnetische Stratigraphie / 古地磁年代学 / Палеомагнитная стратиграфия / Stratigrafia paleomagnetiche /
Ramo da estratigrafia na qual a magnetização remanescente de uma rocha é usada para a colocar na escala magnética construída a partir das variações temporais do campo magnético terrestre.
Ver: "Estratigrafia »
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« Estratigrafia Sequencial »
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« Magnetostratigrafia »
Como ilustrado nesta figura além da estratigrafia sequencial, genética, da estratigrafia em transgressões (ingressões marinhas cada vez mais importantes e regressões sedimentares cada vez mais pequenas)/regressões (ingressões marinhas cada vez mais pequenas e regressões sedimentares cada vez mais importantes) sedimentares (estratigrafia T/R) e a estratigrafia isotópica, pode considera-se também a estratigrafia paleomagnética. O magnetismo está, intimamente, ligado ao movimento dos electrões nos átomos, uma vez que uma carga eléctrica em movimento produz um campo magnético. O campo magnético terrestre varia com o tempo. A altas temperaturas, todos os materiais são paramagnéticos (ao contrário dos diamagnéticos, os paramagnéticos não são atraídos pelos ímanes). Materiais com electrões não arranjados em pares sofrem uma transição de fase com comportamento ferromagnético abaixo de uma determinada temperatura chamada ponto de Curie. A uma temperatura superior, todo o material ferromagnético perde as suas características magnéticas (768° C para o ferro). A temperaturas inferiores ao ponto de Curie, os momentos magnéticos dos materiais ferromagnéticos são, parcialmente, alinhados com o campo magnético terrestre. Um mineral magnético cristalizado acima do ponto de Curie e que é, depois, arrefecido adquire um magnetismo térmico remanente (MTR) na mesma direcção e com uma intensidade proporcional ao campo magnético aplicado. Se um mineral magnético é formado por alteração química ou metamorfismo a uma temperatura inferior ao ponto de Curie, ele adquire um magnetismo químico remanente (MQR). Se uma dada rocha com minerais magnéticos é arrefecida e, mais tarde, alterada com crescimento de novos minerais magnéticos, o magnetismo térmico remanente (MTR) e magnetismo químico remanente (MQR) podem ter diferentes direcções. Se partículas magnéticas são libertadas de uma rocha, transportadas e depositadas numa nova rocha, a uma temperatura abaixo do ponto de Curie, as partículas orientam-se segundo o campo magnético no momento da sedimentação (magnetismo de deposição remanente ou MDR), que é cerca de 1000 vezes mais fraco do que o magnetismo de uma lava, onde cada pequeno dipolo é, perfeitamente, alinhado com o campo aplicado. Não confunda um campo magnético (movimento de cargas eléctricas) com campo eléctrico, que surge apenas com uma carga, e que lhe é perpendicular. Em circunstâncias favoráveis, a estratigrafia paleomagnética é uma ferramenta estratigráfica única que permite uma datação global precisa e correlações entre colunas sedimentares de diferentes ambientes. Com efeito, as inversões de polaridade de campo geomagnético têm importantes aplicações na estratigrafia, porque elas ocorrem num período de tempo muito curto em comparação com os períodos de estabilidade da polaridade, o que quer dizer, que elas podem ser, facilmente, definidas e de maneira precisa na coluna estratigráfica. Por outro lado, e ao contrário dos eventos biostratigráficos, as inversões de polaridade ocorrem simultaneamente em toda a Terra e não são influenciadas pelas condições ambientais, o que permite correlacionar ambientes diferentes muitos diferentes (vulcânicos, marinhos e continentais). Todavia, como as inversões magnéticas têm muito pouca individualidade, a magnetostratigrafia é, frequentemente, utilizada em associação com outros métodos, como a biostratigrafia ou a datação radiométrica. Os resultados que se podem esperar da magnetostratigrafia dependem de vários factores, sendo os mais importantes (https://books.google.ch/books?isbn=2710809109): (i) A taxa de inversão geomagnética durante a época considerada (ela é, por exemplo, muito alta durante o Miocénico, mas não há inversões durante Turoniano, Cenomaniano e Albiano) ; (ii) A existência de uma escala de referência (GPTS ou seja “Geomagnetic Polarity Time Scale” dos geocientistas anglo-saxões), que está bem estabelecida para todo o Cenozóico e parte do Mesozóico ; (iii) Propriedades magnéticas da rocha e preservação do NRM (“Natural Remanent Magnetization” dos geocientistas anglo-saxões) original na intervalo estudado. Nesta figura está ilustrada a estratigrafia paleomagnética do Cenozóico baseada nas inversões do campo magnético terrestre. As épocas de polaridade magnética normal (como actualmente) estão representadas a preto e as épocas de polaridade inversa, a branco. Igualmente, nesta figura está ilustrada a correlação entre a Estratigrafia, Sedimentologia, Paleontologia e Paleomagnetismo dos sedimentos lacustres do Pliocénico / Pleistocénico no lacustres no núcleo do poço de Black Rock, perfurado no Utah (USA).
Estratigrafia Sequencial..............................................................................................................................Sequential Stratigraphy
Stratigraphie séquentielle / Estratigrafía secuencial / Sequenzstratigraphie / 连续的地层 / Последовательная стратиграфия / Stratigrafia sequenziale /
Análise estratigráfica em conjuntos sedimentares limitados por discordâncias e/ou pelas paraconformidades correlativas profundas equivalentes. Quatro variáveis principais controlam estes conjuntos: (i) Subsidência ; (ii) Eustasia ; (iii) Acarreio Sedimentar ; (iv) Clima. A análise sequencial pode ser feito no campo, isto é, à escala 1:1, nas diagrafias eléctricas, também, mais ou menos à escala natural, e nas linhas sísmicas (secções tempo). As primeiras dão detalhes preciosos, enquanto que a última permite uma visão mais regional, embora deformada pelas variações laterais da velocidade de intervalo, uma vez que a escala vertical das linhas sísmicas é em tempo.
Ver: "Estratigrafia »
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« Estratigrafia Genética »
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« Discordâncias (ciclos estratigráficos) »
Antes de mais lembremos que qualquer pacote sedimentar limitado, por cima e por baixo, por uma discordância (tipo I) é, convencionalmente, um ciclo estratigráfico induzido por um ciclo eustático. Tradicionalmente, a sedimentologia e a estratigrafia consideram as formações geológicas como as unidades fundamentais do registo das rochas e a interpretação dos ambientes sedimentares como o resultado principal dos estudos estratigráficos. A estratigrafia sequencial considera os ciclos estratigráficos ditos ciclos-sequência, induzidos por ciclos eustáticos de 3a ordem, cuja duração varia entre 0.5 My e 3/5 My, como a unidade fundamental do registo das rochas e os períodos de deposição e de sem deposição (associados com episódios de subidas e descidas do nível do mar relativo*) como a informação essencial. A estratigrafia sequencial desenvolveu-se a partir da estratigrafia sísmica, onde as discordâncias se reconhecem e se seguem, relativamente, bem, embora a previsão da litologia seja mais complicada. A acumulação dos sedimentos (como as superfícies de erosão que limitam os ciclos-sequência) é controlada pelas mudanças do nível de base em relação a qual os sedimentos se acumulam, se a superfície terrestre, local, é baixa, ou são erodidos, se a superfície terrestre, localmente, é alta. Por outras palavras, acima do nível de base, a erosão e transporte dominam, enquanto que debaixo do nível de base, o qual a jusante da linha da costa corresponde ao nível do mar, os sedimentos acumulam-se e ficam preservados. Nas bacias sedimentares conectadas com os oceanos, o nível de base é controlado pela combinação da eustasia (variações do nível do mar absoluto ou eustático) e pela tectónica (subsidência ou levantamento), enquanto nas bacias endorréicas, o clima e tectónica controlam as variações do nível de base: (i) Em períodos de nível de base alto, existe muito espaço para ser preenchido pelo sedimentos ; (ii) Em períodos de nível de base baixo é o contrário, há pouco espaço e por isso os sedimentos preenchem facilmente todo o espaço disponível. No primeiro caso (nível de base alto ou aumentando), os sedimentos não chegam a distribuir-se por toda a bacia, ficando confinado nos ambientes continentais (rios, lagos) e junto à linha de costa e se o nível de base continua a subir (aumentando o espaço disponível para os sedimentos), a linha de costa é retrogradada, progressivamente, registando-se transgressões (conjunto de ingressões marinhas cada vez mais importante e de regressões sedimentares cada vez mais pequenas associadas). No segundo caso (nível de base baixo ou descendendo), o espaço disponível (acomodação) é, rapidamente, preenchido pelos sedimentos e um contínuo acarreio sedimentar produz uma regressão sedimentar. Esta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica regional do offshore da Indonésia, foi feita em ciclos estratigráficos ditos ciclos-sequência, uma vez que a diferença de idade entre as sucessivas discordâncias (descidas significativas do nível do mar relativo) é maior que 0,5 My e menor que 3-5 My. Neste offshore, que corresponde a sobreposição de duas bacias da classificação das bacias sedimentares de Bally e Snelson (1980), pode identificar-se : (i) Acima do soco, uma bacia epissutural, interna ao arco, na qual se podem distinguir a fase de alongamento ou de riftização, na base, e a fase de abatimento, no topo e (ii) Uma margem divergente do tipo não-Atlântico, associada à ruptura da litosfera e ao subsequente alastramento oceânico do Mar do Sul da China. Devido às escalas (horizontal e vertical), é difícil de identificar os subgrupos de cortejos sedimentares que compõem os ciclos-sequência. À excepção de algumas superfícies da base das progradações, como SBP. 5 Ma, SBP. 16 Ma e SBP 24,8 Ma, que enfatizam o máximo de ingressão dentro de cada ciclo-sequência, e que sublinham os eventos transgressivos principais do Neogénico, unicamente, as discordâncias foram desenhadas. Algumas delas foram calibradas com os resultados paleontológicos dos poços de pesquisa de petróleo, perfurados nesta área, enquanto que a idade das outras foi baseada, principalmente, na assinatura estratigráfica deste offshore, que correspondem grosseiramente, à proposta por Vail e seus alunos. Note que a diferença de idade entre duas discordâncias consecutivas é sempre inferior a 3/5 My, isto é, que os intervalos por ela definidos podem ser considerados como ciclos-sequência.
(*) O nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (subsidência quando o sedimentos são alongados ou levantamento quando os sedimentos encurtados, embora em certos, quando há diapirismo, o sedimentos possam ser alongados. Ele é local e referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre que seja o fundo do mar ou a base dos sedimentos. O nível do mar absoluto ou eustático é o nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, que é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo (assumindo que a quantidade de água sob todas as suas formas é constante desde a formação da Terra, há cerca de 4,5 Ga) ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre (onde a gravidade é mais forte que o valor normal, o nível do mar é atirado para o centro da Terra) e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta).
Estratigrafia Sequencial (carbonatos)............................................Carbonate Sequential Stratigraphy
Stratigraphie Séquentielle (carbonates) / Estratigrafía secuencial (carbonatos) / Sequenzstratigraphie (Carbonate) / 连续的地层(碳酸盐) / Последовательная стратиграфия (карбонаты) / Stratigrafia sequenziale (carbonati) /
Análise estratigráfica em conjuntos sedimentares carbonatados limitados por discordâncias e/ou pelas paraconformidades correlativas profundas equivalentes. Quatro variáveis principais controlam estes conjuntos: (i) Subsidência ; (ii) Eustasia ; (iii) Curva de produção de carbonato ; (iv) Clima. Em relação a estratigrafia sequencial dos siliciclásticos, na estratigrafia sequencial dos carbonatos, naturalmente o parâmetro acarreio terrígeno é substituído por uma curva de produção de carbonato.
Ver: "Estratigrafia »
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« Deposição (carbonatos) »
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« Produção Orgânica (carbonatos) »
Nas rochas sedimentares, os sedimentos que as compõem são, basicamente, de dois tipos: (i) Clásticos e (ii) Precipitados (derivados de água fresca ou do mar). Os primeiros são formados pela desagregação de rochas pré-existentes, as quais podem ser ígneas, metamórficas ou sedimentares. Os segundos são formados por precipitações biogénicas ou inorgânicas de soluções marinhas ou de água fresca. Embora as rochas carbonatadas (formadas por precipitação) tenham algumas semelhanças com as rochas clásticos, existem diferenças na estratigrafia sequencial destes dois tipos de sedimentos. Ambas respondem às mudanças do nível de base e são afectadas por discordâncias, isto é, superfícies de erosão induzidas por descidas significativas do nível do mar relativo. Se a descida do nível do mar relativo* não expõem as rochas depositadas aos agentes erosivos, elas não são erodidas, pelo menos, por uma erosão subaérea. As grandes diferenças na estratigrafia sequencial destes dois tipos de rochas são que: (i) A acumulação de carbonatos se faz, praticamente, in situ, enquanto que os clastos são transportados para o local de deposição e (ii) A taxa de produção de carbonato (precipitado) está, intimamente, ligada a fotossíntese** e, assim, ela é dependente da profundidade em relação a interface ar / água, o que permite utilizar as fácies carbonatadas, e estruturas associadas, para estimar a posição do nível do mar. Esta dependência está ilustrada, nesta figura, pelas curvas de produção de recifes (violeta) e das algas (laranja). Como os precipitados têm, muitas vezes, uma origem bioquímica, eles são, fortemente, influenciados pela química da água a partir da qual eles se precipitam. As características de um sedimento carbonatado podem mudar função da maneira como a configuração das placas litosféricas, do ambiente de deposição das mudança do paleoclima e ou da paleogeografia (isolada ou em comunicação com o mar aberto). Isto significa que os carbonatos podem ser utilizados como indicadores do contexto de deposição. A análise das fácies dos carbonatos em conjunção da estratigrafia sequencial, é um excelente método de interpretação das linhas sísmicas e das secções geológicas, assim como das previsões litológicas. Como nas rochas clásticas, na base das discordâncias, os intervalos carbonatados podem ser subdivididos em: (i) Ciclos de invasão continental, (ii) Subciclos de invasão continental, (iii) Ciclos-sequência e (iv) Paraciclos-sequência. Da mesma maneira, como ilustrado nesta figura, dentro de um ciclo-sequência completo, podem reconhecer-se os dois grupos de cortejos de deposição, isto é, o grupo de cortejos de nível alto (CNA) dentro do qual se podem individualizar dois subgrupos: a) Intervalo Transgressivo (IT), que é o subgrupo inferior e b) Prisma de Nível Alto (PNA), que é o subgrupo inferior e o grupo de cortejos de nível baixo (CNB), dentro do qual se podem individualizar os seguintes subgrupos: c) Prisma de Nível Baixo (PNB), d) Cones Submarinos de Talude (CST) e e) Cones Submarinos de Bacia (CSB). Neste modelo matemático (software Marco Polo): (i) O exagero vertical é muito importante ; (ii) Cada linha corresponde a uma superfície cronostratigráfica ; (iii) O intervalo de tempo entre entre duas as linhas cronostratigráficas sucessivas é de 100 k anos ; (iv) A curva da acomodação e a curva de produção de carbonato (em cm/ky) estão ilustradas no canto inferior esquerdo desta figura ; (v) A espessura entre duas linhas cronostratigráficas consecutivas não é constante, ela enfatiza a produção de carbonato ; (vi) Não há depósito acima do nível do mar ; (vii) A produtividade máxima de carbonato é entre 3 e 10 metros de profundidade de água. Em relação a um modelo matemático para clásticos, no qual, unicamente, a curva de produção de carbonato é substituída por um acarreio terrígeno, a geometria dos ciclos sequência é um pouco diferente. Os cones submarinos são muito menos desenvolvidos e uma construção recifal ocorre no prisma de nível alto. As terminações das linhas cronostratigráficas são as mesmas, o que implica que em ambos os modelos se reconhecem dois ciclos sequência, visto que a curva das variações do nível do mar relativo é a mesma. Neste exemplo, o ciclo-sequência mais antigo é incompleto. Ele é representado, unicamente, pelo prisma de nível alto (PNA). O ciclo-sequência superior está completo.
(*) O nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (subsidência quando o sedimentos são alongados ou levantamento quando os sedimentos encurtados, embora em certos, quando há diapirismo, o sedimentos possam ser alongados. Ele é local e referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre que seja o fundo do mar ou a base dos sedimentos. O nível do mar absoluto ou eustático é o nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite. Ele é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo (assumindo que a quantidade de água sob todas as suas formas é constante desde a formação da Terra, há cerca de 4,5 Ga) ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar.
(**) Processo físico-químico, ao nível celular, realizado pelos seres vivos com clorofila que utilizam o dióxido de carbono (CO2) e água (OH2) para obter glicose (C6H12O6) através da energia da luz do sol.
Estratigrafia Sísmica (sismostratigrafia).............................................................................................Seismic Stratigraphy
Stratigraphie sismique / Estratigrafía sísmica / Seismische Stratigraphie / 地震地层学 / Сейсмическая стратиграфия / Stratigrafia sismica /
Ramo da estratigrafia que estuda os ciclos estratigráficos depositados em associação com os diferentes ciclos eustáticos e que utiliza os cortejos e conjunto de cortejos sedimentares, definidos a partir dos dados sísmicos, e calibrados pelas diagrafias eléctricas, dados de campo e resultado dos poços de pesquisa como meios de correlação. Por vezes é sinónimo de Estratigrafia Sequencial e de Sismostratigrafia.
Ver: "Estratigrafia »
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« Estratigrafia Sequencial »
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« Estratigrafia Genética »
A estratigrafia sísmica é, basicamente, uma abordagem geológica da interpretação estratigráfica das linhas sísmicas, nas quais as reflexões permitem a aplicação directa dos conceitos geológicos baseados na estratigrafia física, uma vez que a grande maioria das reflexões sísmicas têm um valor cronostratigráfico. Na realidade, as reflexões sísmicas são geradas por interfaces sedimentares, com impedâncias acústicas diferentes*. Portanto, elas são paralelas às superficiais estratais. Pode dizer-se que uma linha sísmica é um registo cronostratigráficos dos padrões de deposição e estruturais e não um registo litostratigráfico. Por outras palavras, como as reflexões sísmicas seguem correlações cronostratigráficas, não só é possível interpretar as deformações pós-deposicionais, mas também é possível fazer os vários tipos de interpretação estratigráfica a partir da geometria de padrões de correlação de reflexões sísmicas: (i) Correlações cronostratigráficas ; (ii) Definição dos diferentes unidades de deposição ; (iii) Espessura e ambiente deposição das diferentes unidades de deposição ; (iv) Paleobatimetria; (V) História do enterramento ; (vi) Geometria das discordâncias; (vii) Paleogeografia, etc. No entanto, as litofácies e o tipo de rocha não podem ser determinados directamente a partir da geometria dos padrões das reflexões sísmicas. Para realizar tais objectivos um geocientista necessita de fazer uma interpretação em ciclos-sequência, A primeira etapa de uma tentativa de interpretação geológica, em termos de estratigrafia sequencial (sismostratigrafia), de um série de linhas sísmicas é de subdividir os dados sísmicos em intervalos limitados por discordâncias, isto é, por superfícies de erosão, as quais podem ser, localmente, mais ou menos, reforçadas pela tectónica (discordâncias angulares). Estas superfícies de erosão, que são associadas à descidas significativas do nível do mar relativo**, delimitam todos os ciclos estratigráficos (ciclos de invasão continental, subciclos de invasão continental, ciclo-sequência e ciclos de alta frequência), os quais são induzidos por ciclos eustáticos que podem ter durações diferentes (ordem de grandeza). As discordâncias podem caracterizar-se por biséis de agradação e/ou biséis somitais (ou biséis superiores), podendo estes últimos ser por truncatura (erosão significativa, isto é, superior a resolução das linhas sísmicas) ou por sem deposição (sem erosão). Uma vez que as discordâncias são identificadas elas podem ser seguidas, lateralmente, ao longo dos reflectores sísmicos para as áreas onde elas são crípticas, uma vez que a grande maioria dos reflectores sísmicos são linhas cronostratigráficas. Efectivamente, quando as discordâncias não são reforçadas pela tectónica, elas só são evidentes perto do rebordo da bacia (pelos preenchimentos dos canhões submarinos) e na planície costeira, onde os rios foram obrigados a cavar os seus leitos para criarem um novo perfil de equilíbrio provisório, ou seja, pelos preenchimento dos vales cavados. Uma descida significativa do nível do mar relativo rompe o perfil de equilíbrio provisório dos rios, uma vez a a foz é deslocada para o mar e para baixo da sua posição original. Dentro de cada intervalo limitado pelas discordância, e particularmente dentro dos ciclos-sequência, deve identificar-se a superfície da base das progradações, que separa os episódios transgressivos (geometria retrogradação) dos regressivos (geometria progradante). Se a diferença de idade entre duas discordâncias consecutivas é inferior a 3/5 My e superior a 0,5 My, o intervalo por elas limitado é um ciclo-sequência dentro do qual se devem individualizar todos os cortejos sedimentares se o ciclo estiver completo. Nesta figura está ilustrado um modelo esquemático de um tentativa de interpretação geológica de um conjunto de linhas sísmicas do offshore da Mahakam (Indonésia) foi feita por geocientistas, treinados em estratigrafia sequencial e que conheciam de avanço o contexto geológico da região. Várias descidas do nível do mar relativas foram reconhecida, assim como os períodos nível alto e baixo do mar. Todos os parâmetros que controlam a estratigrafia sequencial foram tomados em linha de conta. Embora, neste caso particular, a história da tectónica da área não seja muito necessária, é importante não esquecer, que na maior parte das interpretações sísmicas, a Tectónica é indispensável para efectuar tentativas de interpretação coerentes, isto é, difíceis de refutar.
(*) A impedância sísmica é o produto da densidade e da velocidade sísmica, que varia entre diferentes intervalos sedimentares, cuja diferença afecta o coeficiente de reflexão da interface.
(**) O nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (subsidência quando o sedimentos são alongados ou levantamento quando os sedimentos encurtados, embora em certos, quando há diapirismo, o sedimentos possam ser alongados. Ele é local e referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre que seja o fundo do mar ou a base dos sedimentos. O nível do mar absoluto ou eustático é o nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, que é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar).
Estrato, Camada.............................................................................................................................................................................................................................................Stratum
Strate / Estrato / Stratum, Schicht / 阶层 / Слой (пласт) / Strato, Giacimento /
Corpo sedimentar de geometria tabular individualizado, a olho nu, dos níveis inferiores e superiores quer por mudanças litológicas, quer por mudanças das condições de depósito.
Ver: « Estratigrafia Sequêncial »
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"Estratigrafia »
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« Camada »
Estrato é o nome dado a cada uma das camadas em que as rochas sedimentares, piroclásticas e metamórficas (quando estas são a consequência de processos de sedimentação) estão divididas. Em geral, um estrato é depositado, mais ou menos, horizontalmente (como é o caso na fotografia do litoral de Portugal, Algarve). Todavia, estratos horizontais e uniformes evoluem sob a acção de esforços tectónicos, com mudanças de comportamento estrutura (inclinação e mesmo inversão) e de forma (dobramento). Além disso, alguns estratos podem ter, desde a sua deposição, diferentes inclinações entre eles e espessuras diferentes, como é o caso numa estratificação entrecruzada. A génese da estratificação entrecruzada cruzada é bastante simples, quando associada ao depósito dos sedimentos transportados pelos rios quando estes chegam ao sopé de uma cadeia montanhosa e formam leques aluviais, terraços e outras formas acumulações. Estes sedimentos dispõem-se em função da gravidade e cruzam-se entre si devido às mudanças dos cursos dos rios que se desviam a quando das grandes inundações. Estas, muitas vezes, são esporádicas como é caso nos climas áridos, pelo simples facto que a inundação anterior produziu uma acumulação que o rio deve contornar, para depositar os sedimentos com diferente inclinação, sentido e espessura. Com o tempo, esses depósitos de areias ou de argilas podem ser consolidados e formar rochas sedimentares, mantendo a disposição original dos sedimentos que formavam esses depósitos. Certos eventos geológicos podem dar origem níveis rochosos, mais ou menos, planares, que não podem ser considerados estratos, tais como, as placas que se formam perpendicularmente aos esforços tectónicos durante o metamorfismo, sem falar nas soleiras (massas de rocha ígnea de forma tabular, muitas vezes horizontal e que se introduzem, lateralmente por entre estratos) e nos lacólitos (intrusões ígneas concordante injectada entre dois estratos sedimentares, com uma forma de domo ou de cogumelo). Unicamente nos taludes continentais e deltaicos é que os estratos se depositam com um certo ângulo para jusante (inclinando para a parte profunda da bacia). Em condições ambientais semelhantes, a água e o vento têm tendência a espalhar os sedimentos do mesmo tipo, em níveis, relativamente, pouco espessos, mas sobre uma grande área. Se as condições ambientais mudam no sítio de deposição pode acontecer que: (i) Diferentes tipos de sedimentos possam depositar-se por cima do nível anterior ; (ii) Haja um período de tempo durante o qual os sedimentos não são depositam ou (iii) O nível original possa ser erodido. Quando o ambiente de deposição é o mesmo, o tipo de sedimentos depositados é semelhante em todas as superfície de deposição sucessivas. Os sedimentos têm tendência a ser mais semelhantes dentro de um estrato (superfície de deposição) do que em estratos diferentes. Por outro lado, a continuidade lateral têm limites. Mesmo dentro de um estrato pode haver mudanças litológicas. Isto quer o dizer, que todos os estratos se biselam, lateralmente, isto é, desaparecem, sem deixar nenhum registo particular do tempo de deposição na região do biselamento. Quando o tipo de sedimento, que caracteriza um estrato, muda lateralmente, dentro do mesmo nível, e de maneira gradual, isso significa que, provavelmente, o ambiente de deposição também mudou, lateralmente, de maneira gradual. Na fotografia dos Alpes Franceses (arenitos da formação de Annot) uma discordância é bem visível. Ela corresponde uma superfície de erosão ou é correlacionada, a montante, com uma superfície de erosão induzida por uma descida significativa do nível do mar relativo. Os estratos que lhe são sobrejacentes repousam contra ela por biséis de agradação (marinhos neste caso, uma vez que o ambiente de deposição é profundo). A discordância parece ter sido reforçada pela tectónica, uma vez que os estratos subjacente estão truncados. Os estratos sobrejacentes à discordância correspondem a cones submarinos de bacia, isto é, a lóbulos turbidíticos arenosos que se depositaram de maneira instantânea (em termos geológicos) nas partes mais profundas bacia. Por cima de cada lóbulo (estrato, “stratum” em inglês), não confundir com conjunto de lóbulos (estratos, “strata”, em inglês) depositaram-se finas camadas de argilitos pelágicos cuja idade permite datar não só os cones submarinos de bacia, mas também a discordância, uma vez que eles datam o hiato mínimo entre os sedimentos subjacentes (ciclo-sequência inferior) e os sedimentos sobrejacentes (ciclo-sequência superior) que corresponde, praticamente, à idade da descida do nível do mar relativo que induziu a discordância. O mesmo se observa, embora a uma escala mais pequena, nos depósitos turbidíticos dos Pirinéus espanhóis.
Estratos...........................................................................................................................................................................................................................................................................Strata
Strates / Estratos / Strata / 阶层 / Слои / Strata /
Conjunto de camadas, isto é, de intervalos sedimentares que se depositam um de cada vez com os mais antigos depositados na base.
Ver: « Estratificação (sedimentos) »
&
« Turbiditos »
&
« Lei de Steno »
As camadas das rochas sedimentares estão, na maior parte das vezes, organizadas em pacotes de estratos semelhantes sobrepostos entre eles. Estes maços ou pacotes distinguem-se, mais ou menos, nitidamente, pela litologia (calcário, areia, argila, etc.) e pela organização dos estratos (bancos, mais ou menos finos, alternados ou não com outros de diferente litologia) dos pacotes que os precedem (anteriores) ou dos pacotes seguintes (mais recentes). Um tal conjunto de camadas de espessura decamétrica chama-se conjunto de camadas (ou de estratos), os quais não são outra coisa, que porções de pacotes de maior espessura (hectométrica), que se chamam formações. As formações geológicas opõem-se elas mesmo (pela natureza da rocha e organização em estratos) às formações vizinhas da coluna sedimentar. O nome das formações, que se dá aos pacotes sucessivos de estratos, vem da mudança de aspecto das camadas, que as diferenciam a qual está ligada a uma modificação do processo de deposição sedimentar. Estas mudanças traduzem-se por modificações, quer da natureza da rocha depositada (“fácies*”), quer da disposição em estratos (estratonomia), quer dos dois (estes grupos de caracteres são os que servem também de base à definição das diferentes categorias de formações). A sobreposição das camadas sedimentares de uma região comporta em geral a sobreposição de várias formações, que se diferenciam umas das outras por estes dois tipos de características (“fácies” e “Estratonomia"). As formações são muitas vezes identificáveis na paisagem devido à diferente influência que elas têm sobre o relevo e vegetação. Cada formação tem um nome que em geral é tirado da localidade onde ela é bem representada. Nesta fotografia, cada banco (estrato) representa um depósito turbidítico, isto é, o depósito de uma corrente turbidítica. Os turbiditos são formados de areia. Os estratos argilosos entre cada um dos bancos representam o material fino (argilitos), que se depositou por decantação entre cada turbidito. Um turbidito deposita-se, instantaneamente, isto é, em alguma horas, enquanto que os depósitos argilosos representam tempos de deposição de centenas ou milhares de anos.
(*)Termo utilizado por Gressly, em 1838, para exprimir uma litologia e a fauna associada. Este termo perdeu muito de seu significado original. Frequentemente, certos geocientistas, particularmente os geocientistas americanos usam o termo fácies para exprimir a forma, aspecto e as condições de depósito, ou seja, mais ou menos como sinónimo de ambiente sedimentar. Eles dizem, por exemplo, “um intervalo de areia de fácies deltaico”, enquanto que um geocientista europeu diz “um intervalo de fácies arenoso de um ambiente deltaico”.
Estratosfera...............................................................................................................................................................................................................................Stratosphere
Stratosphère / Estratósfera / Stratosphäre / 平流层 / Стратосфера / Stratosfera /
A segunda maior camada da atmosfera da Terra, acima da troposfera e abaixo da mesosfera. A estratosfera sublinha a estratificação da atmosfera função da temperatura. As camadas acima da estratosfera são mais quentes e a camada subjacente (troposfera) é mais fria.
Ver: « Atmosfera »
&
« Troposfera »
&
« Célula de Hadley »
A atmosfera tem um gradiente vertical de pressão muito forte. Ela varia rapidamente por unidade de distância. A Esta diminuição da pressão atmosférica com a altitude é, mais ou menos regular e segue uma função logarítmica. Ao contrário, a variação da temperatura com a altitude é muito mais complexa. O gradiente de descida da temperatura nos primeiros quilómetros acima da superfície terrestre, inverte-se, várias vezes, (pausas), o que individualiza várias camadas. A estratosfera é a grande camada atmosférica acima da troposfera (camada principal mais baixa da atmosfera). Ela é limitada entre as altitudes de cerca de 12 a 42 quilómetros. A temperatura do ar aumenta, lentamente, com a altura na estratosfera, ao contrário do que sucede na troposfera, onde a temperatura diminui, rapidamente, com a altura. Esta rara estrutura na evolução da temperatura é causada pela absorção da luz solar pela camada de ozono* (camada baixa da estratosfera, que circunda a Terra e que tem grandes quantidades de ozono e assim protege a Terra inteira de grande parte da radiação ultravioleta que vem do Sol). Todo o tempo (estado da atmosfera) pára no topo da troposfera (chamado de tropopausa). A estratosfera é essencialmente livre de nuvens. Quando se uma alta tempestade com nuvens em forma de bigorna, é muito provável, que a nuvem bigorna esteja esbarrando na parte inferior da estratosfera. As tempestades frequentes na troposfera são caracterizadas por relâmpagos e trovões, são produzidas por uma ou mais nuvens cumulonimbus (também conhecidas como nuvens de tempestade). Uma nuvem de tempestade típica tem um diâmetro de 10-20 km, alcança altitudes de 10-20 km, dura em média 30-90 minutos e move-se com uma velocidade de 40-50 km/h. Elas podem ser identificadas por seu largo e brilhante topo esbranquiçado, que se projecta na direcção dos ventos formando uma saliência denominada anvil. Por isso certos geocientistas falam de nuvens anvil, que são na maior parte formadas de gelo e que se localizam na parte superior de trovoadas. A porção central das nuvens anvil contêm neve pesada, que derrete quando ela cai em ar quente de ar, transformando-se assim em chuva. Cerca de 50% da chuva produzida pelas tempestades forma-se desta maneira. Poucos aviões podem voar na estratosfera visto que o ar é tão fino que não há sustentação suficiente para o manter no ar. Contudo, alguns aviões espiões, como, por exemplo, o U-2 e o SR-71, podem voar na parte inferior da estratosfera.
(*) Alótropo triatómico (O3), ou seja, uma das formas do elemento químico oxigénio que é muito menos estável do que o oxigénio diatómico (O2) e que se forma quando as moléculas de oxigénio (O2) se rompem devido à radiação ultravioleta e os átomos separados combinam-se individualmente com outras moléculas de oxigénio.
Estratótipo.............................................................................................................................................................................................................................................Stratotype
Stratotype / Estratotipo / Stratotyp (Aufschluss geben) / 层型剖面(露头类型) / Стратотип / Stratotipo (affioramento-tipo) /
Designa um afloramento de uma unidade estratigráfica ou limite estratigráfico que serve de referência. Um estratotipo é um conjunto específico de estratos utilizados para a definição ou para caracterizar uma unidade ou limite estratigráfico.
Ver: « Camada de Referência »
&
"Estratigrafia »
&
« Clima »
Um estratotipo pode definir-se quer como uma unidade no seu conjunto (unidade estratotipo), quer como um limite entre duas unidades (estratotipo de limite). A Comissão Internacional de Estratigrafia sugere que uma secção estratotipo: (i) Seja definida em secções estratigráficas que tenham bons afloramentos, com uma espessura suficiente que garanta um intervalo tempo significativo ; (ii) Tenha uma sedimentação contínua, sem hiatos nem níveis condensados próximos dos limites ; (iii) Não tenha alterações tectónicas ou sinsedimentares ; (iv) Não tenha metamorfismo ou fortes alterações diagenéticas ; (v) Que nela se possam identificar sinais paleomagnéticos e geoquímicos ; (vi) Tenha abundância e diversidade de fósseis bem preservados ao longo de toda a secção ; (vii) Tenha ausência de mudanças de fácies nos limites ou suas proximidades ; (viii) Tenha ambientes favoráveis às correlações biostratigráficas sobre longas distâncias ; (viii) Seja localizada num local acessível, isto é, que não sejam necessárias expedições remotas ou dispendiosas. Certos autores consideram diferentes tipos de estratótipos (https://fr.wikipedia.org/wiki/Stratotype): (i) Holostratotipo - é o estratotipo original escolhido e descrito por ser o afloramento de referência no momento da definição da unidade estratigráfica ; (ii) Parastratotipo - é o aforamento descrito ao mesmo tempo que o holostratotipo e em geral à proximidade, para aumentar a sua definição ; (iii) Lectostratotipo - é um estratotipo, escolhido depois da definição da unidade estratigráfica, na ausência de um holostratotipo, para servir de referência ; ele pode ser escolhido fora da zona tipo ; (iv) Neostratotipo - é um novo estratótipo escolhido para substituir um estratotipo desaparecido ; (v) Hipostratotipo - é definido a posteriori para completar o conhecimento da unidade ou de um limite (domínio paleogeográfico diferente). Nesta figura está ilustrado o estratotipo do Valanginiano (2o andar do Cretácico Inicial), o qual é caracterizado por uma série de eventos, que sugerem variações ambientais e climáticas. Estes eventos não são catastróficos nem instantâneos, como o evento Maastrichiano, mas reflectem mudanças graduais do balanço biosférico global. As três regiões típicas do Valanginiano são o Jura (Suíça), Provence (França) e Friuli (Itália, perto de Trieste). Todas estas regiões estão situadas nas margens Norte (Suíça e Provence) e Sul (Friuli) do Mar de Tétis* (sector Oeste). Na Suíça (Landeron), o Valanginiano tem cerca de 8 metros e é constituído por três intervalos : (i) Margas de Arzier ; (ii) Calcário Ferruginoso e (iii) Limonite. Nessa época (± 135 Ma), a Pangeia ainda estava a fracturar-se. O vulcanismo era muito activo e o clima quente e húmido em quase todas áreas. O gradiente de temperatura entre os pólos e o equador era, relativamente, pequeno devido à eficiência do transporte de calor latitudinal. A ocorrência de glendonite (forma de calcite formada a baixa temperatura, que sugere a presença de glaciares) no Valanginiano Tardio sugere um arrefecimento global. O período entre o Valanginiano e Hauteriviano é caracterizado por um aumento do isótopo carbono δ13C de cerca de 1,5%, o qual foi encontrado nos sedimentos pelágicos dos oceanos. Sedimentos ricos em Fe são frequentes nos depósitos do Valanginiano, assim como jazigos de Mg e P (fósforo). O nível do mar subiu, embora menos do que no Cretácico médio. O Valanginiano representa o primeiro evento anóxico do Cretácico, o qual produziu menos rochas mãe do que o evento Apciano-Albiano. O afogamento das plataformas carbonatadas foi acompanhado de uma grande ruptura sedimentar e de uma grande crise da biota nos mares pouco profundos. Um outro estratotipo foi definido na comuna francesa de Berrias, no departamento da Ardèche em França, a qual é conhecida em todo o mundo, porque os geocientistas e em particular Henri Coquand, descobriu, em 1852, uma camada de calcário típica do início do Cretácico, idade a qual ele deu o nome de Berriasiano (http://www.berrias-et-casteljau.fr/article.php3?id_article=27). Foi no álveo da Graveyrou, perto das antigas pedreiras de Berrias, que Coquand descobriu essas rochas calcárias. Para saber o que é o Berriasiano temos que viajar 140 milhões de anos atrás, quando o Jurássico tinha acabado de terminar. Veríamos que a planície que hoje vai de vai de Privas até Alès estava coberta por um mar um cheio de belemenites e amonites e que o clima era quente, tropical, e ligeiramente ao norte desse mar, no continente, grandes dinossauros, ainda presentes, caminhavam entre palmeiras e fetos. Estas condições geológicas, isto é, o Berriasiano, duraram entre cinco e seis milhões de anos.
(*) Mar que existiu entre os dois pequenos supercontinentes o Laurasia (ao Norte) e o Gondwana (ao Sul) que constituíam o supercontinente Pangeia que existiu dentre 540 e 200 milhões de anos atrás.
Estrela.........................................................................................................................................................................................................................................................................................Star
Étoile / Estrella / Stern / 恒星 / Звезда / Stella /
Bola de plasma, isto é, gás ionizado, luminosa e maciça. A estrela mais próxima da Terra é o Sol. Quando não ofuscadas pelo a luz do Sol, muitas outras estrelas são visíveis no céu, particularmente, durante a noite. O brilho de uma estrela é a consequência da reacção nuclear (fusão) que existe no seu interior. Uma tal reacção, que liberta muita energia, a qual depois de atravessar a estrela irradia no espaço. Quase todos os elementos mais pesados do que o hidrogénio e do que o hélio foram criados no interior das estrelas pelas reacções nucleares.
Ver: « Terra »
&
« Efeito de Estufa Natural »
&
« Aquecimento Global »
Uma estrela é uma esfera de gás composto a 98% de hidrogénio e de hélio, et de 2% de elementos pesados, que se equilibra sob a acção de uma forças iguais e opostas: (i) A força da gravidade, que a comprime e (ii) A força da radiação produzida pelas reacções nucleares, na sua parte central, que tendem a faze-la explodir. O Sol tem uma massa de 2 x 1033 gramas e asmassas das estrelas podem varariar entre 0,1 e 100 vezes a massa do Sol. A fotografia ilustrada nest figura acompanhou o anuncio da surpresa dos astrónomos ao descobrirem (Washington, 15 de Agosto de 2007), que a estrela vermelha gigante, Mira, que se desloca através da Via Láctea com uma velocidade de cerca de 130 km/s, tem uma cauda turbulenta (como um cometa), a qual tem mais de triliões de km de comprimento (feita de carbono, oxigénio e outros elementos importantes para a formação de novas estrelas, planetas e da vida). Esta estrela era já conhecida dos astrónomos do século XVII (descoberta em 1596 por David Fabricius), que lhe chamaram Omicron Ceti (Baleia) ou Mira, pela sua característica de mudar de brilho todos os 11 meses. Actualmente, ela é a referência de toda uma classe de estrelas, uma vez que, como dito acima, os astrónomos modernos descobriram, que ela tem uma enorme cauda, como a dos cometas, cujo que comprimento é equivalente a 13 anos luz. Esta descoberta foi feita utilizando as imagens ultravioletas do satélite GALEX ("Galaxy Evolution Express"). Os astrónomos pensam que biliões de anos atrás a estrela Mira era semelhante ao Sol. Todavia, com o tempo, ela começou a inchar e transformou-se numa vermelha gigante variável, que, periodicamente, se torna, suficientemente, brilhante para ser vista a olho nu. O seu tamanho aumentou 600 vezes em relação ao Sol e ela está pulsando (perdendo uma grande quantidade do material superficial). A fluorescência* da luz ultravioleta, sugere que o material da cauda desta gigante estrela viaja a uma velocidade de cerca de 130 km por segundo. A quantidade de material que forma a cauda é estimada a cerca de 3000 vezes a massa da Terra. A cerca de 400 anos luz da constelação da Baleia, a estrela Mira é, actualmente, pouco brilhante para ser vista ao olho nu, mas ela será visível outra vez brevemente. Cerca de oitenta e cinco por cento das estrelas geram energia fundindo o hidrogénio nos seus núcleos. As estrelas com mais hidrogénio nos seus núcleos fundem-no mais rapidamente e brilham mais. Quando o tamanho ou a luminosidade dessas estrelas são traçadas em relação à sua temperatura ou classe espectral, eles alinham-se perfeitamente. Essas estrelas são chamadas Estrelas da Sequência Principal. Os geocientistas usam uma sequência de letras para organizar as estrelas em classes de temperatura ou espectral: O, B, A, F, G, K, M. As estrelas do tipo O são as mais quentes, as mais brilhantes e as mais curtas. As estrelas do tipo M são as mais frias, mais fracas e vivem mais tempo.
(*) Capacidade de uma substância de emitir luz quando exposta a radiações do tipo ultravioleta (UV), raios catódicos ou raios X. As radiações absorvidas (invisíveis ao olho humano) transformam-se em luz visível, ou seja, com um comprimento de onda maior que do que o da radiação incidente.
Estromatólito.....................................................................................................................................................................................................................Stromatolithe
Stromatolithe / Estromatólito / Stromatolith / 叠层 石 / Строматолит / Stromatoliti /
Estrutura de acreção, mais ou menos, estratificada, formada em água pouco profunda, pela captura, envelope ou cimentação de grãos sedimentares por biofilmes de micro-organismos, especialmente por cianobactérias (vulgarmente conhecidas como algas azuis).
Ver: « Cianobactéria »
&
« Alga »
&
« Fotossíntese »
Um estromatólito como estrutura não é viva, unicamente as bactérias que o constituem o são. Dependendo dos casos, o interior de um estromatólitos pode estar quase, totalmente, cheio ou ter uma quantidade significativa de vazios nos quais as bactérias ou outros organismos se escondem. A maior parte de uma coluna estromatolítica é sólida, com excepção de uma fina camada superficial que é a parte viva. Esta camada viva é formada por uma geleia de filamentos de cianobactérias, como nos tapetes bacterianos. A coluna estromatolítica é construída por processos de captura e cimentação de sedimentos. A geleia de filamentos: (i) Prende as partículas sedimentares entre os seus filamentos ; (ii) Induz a cimentação das partículas sedimentares, graças à sua actividade fotossintética, consumindo CO2, diminui a pressão parcial de CO2 neste microambiente, o que promove a precipitação do CaCO3 ; (iii) As partículas são presas e em seguida soldadas entre si, constituindo uma série de crosta sólidas que formam uma rocha sólida chamada laminite cianobacteriana. Os estromatólitos existem desde há 3,5 biliões de anos, como o sugerem o fósseis encontrados no oeste da Austrália, mas eles existem em todos os continentes. As primeiras publicações cientificas sugeriram que os estromatólitos atingiram um máximo de extensão e diversidade de formas e estruturas no Pré-Câmbrico (há cerca 1,5 biliões de anos), o qual se teria mantido até cerca de 700 milhões de anos. Contudo dados mais recentes mostram que o número e diversidade diminuiu muito antes ao benefício de outras espécies. Muitos geocientistas pensam, actualmente, que é muito provável, que os estromatólitos eram a única forma de vida, ou a forma de vida mais dominante até cerca de 550 Ma, o que quer dizer que o declínio da diversidade foi iniciado mais cedo do que primeiro se pensava. Ao contrário, a sua persistência é de mais de 1 bilião de anos. O pico de diversidade foi, provavelmente, entre 1/1,3 Ga e depois caiu para 75% desse nível (entre 1,0 e 0,7 Ga ) e, finalmente, caiu para menos de 20% dessa diversidade no início do Câmbrico.
Estrutura Sedimentar.............................................................................................................................................Sedimentary Structure
Estrutura sedimentar / Estructura sedimentaria / Sedimentary Struktur / 沉积构造 / Осадочная структура / Struttura sedimentaria /
Organização das partes ou dos elementos que formam um todo sedimentar. Qualquer estrutura de uma rocha sedimentar ou pouco metamorfizada que se formou no momento da deposição. Exemplos de estruturas sedimentares são, por exemplo: (i) Estratificação entrecruzada ; (ii) Estratificação oblíqua ; (iii) Marcas de ondulação, etc.
Ver: « Estratificação (sedimentos) »
&
« Fácies vs Ambiente Sedimentar »
&
« Estratigrafia Genética »
A grande maioria das rochas sedimentares são o resultado de processos de meteorização (processo geral pelo qual as rochas são fracturadas à superfície da Terra, que pode assumir dois aspectos, um químico e um físico), transporte, deposição e diagénese. A textura final (granulometria, forma, triagem, mineralogia, etc.) dos sedimentos ou de uma rocha sedimentar é dependente do processo que ocorreu durante cada fase de sedimentação. A natureza do acarreio sedimentar determina a forma original dos grãos e a composição mineralógica dos sedimentos originais. A força do vento ou das correntes de água, que transportam e depositam os sedimentos, determinam se os grãos são transportados e depositados ou não. Os processos de deposição controlam, igualmente, as estruturas que podem ser preservadas nos sedimentos e que dão indicações sobre o ambiente de deposição, a distância de transporte ou o tempo dos processos de transporte. Os grãos de maiores dimensões são aqueles que nos processos de transporte mudam de forma na base do tamanho e da mineralogia. A distância e o tempo de transporte controlam, também, as transformações em minerais mais estáveis. A actividade biológica antes da diagénese é um parâmetro importante. Os animais que vivem enterrados no solo podem redistribuir os sedimentos depois de eles terem sido depositados, fazendo desaparecer certas informações sobre o ambiente de deposição original. O ambiente químico no qual a diagénese ocorre é, igualmente, importante. Durante a diagénese os grãos são compactados, novos minerais precipitam no espaço entre os grãos, alguns continuam a reagir para produzir novos minerais e outros recristalizam. Além disso, pode dizer-se que muito do que acontece durante a diagénese dos sedimentos depende da composição dos fluídos, que se deslocam através da rocha, da composição dos grãos e das condições de pressão e temperatura. Entre os diferentes tipos de estruturas sedimentares, as lâminas são as mais pequenas, que se podem identificadas a olho nu. Elas são limitadas por superfícies de sem deposição, que marcam alterações abruptas nas condições de deposição, e superfícies erosivas. Nesta figura está ilustrada uma areia calcária oolítica, com estratificação entrecruzada. Neste tipo de estratificação, que sugere um ambiente de deposição de alta energia, as lâminas são bem visíveis. A estratificação cruzada é o tipo mais comum de estratificação. Ela é caracterizada por camadas com lâminas internas inclinadas em relação ao plano principal de sedimentação. Uma estratificação cruzada é tabular, quando os planos que definem as camadas (planos de estratificação) são paralelos ou quase paralelos entre si. Quando os planos de estratificação são curvos ou acanalados (com a geometria de um canal), certos geocientistas falam de estratificação entrecruzada acanalada. Os sedimentos clásticos exibem uma grande variedade de estruturas sedimentares que ajudam a determinar certos factores, como por exemplo o ambiente de deposição e podem ser utilizados como critério geopético (*). Assim como ilustrado nesta figura: (i) Uma estratificação planar tem pouco valor diagnóstico, mas a bioperfuração ou a forma das irregularidades camadas podem dar indicações sobre o ambiente de deposição e o topo original de um estrato : (ii) Uma estratificação cruzada é, obviamente, um critério geopético, uma vez que os estratos são truncadas pelo influxo de sedimentos do estrato sobrejacente, por outro lado, a orientação da estratificação cruzada sugere a direcção da corrente de água ou do vento ; (iii) Uma estratificação com marcas de ondulação ("ripple-marks" dos geocientistas anglo-saxões) indica a acção das ondas e o ápice das ondulações a direcção do movimento, igualmente, acção das ondas sugere, geralmente, condições marinhas pouco profundas, embora haja ondulações em sedimentos de água doce ; (iv) Uma estratificação com conchas imbricadas é uma sobreposição de conchas fósseis ou seixos achatados que pode ser utilizada como um indicador de direcção da corrente ; (v) Uma estratificação graduada, na qual cada unidade graduada pode representar depósito sazona ou um outro depósito cíclico é, normalmente, granocrescente para cima e, por isso, é um bom critério geopético ; (vi) Uma estratificação com escavações e enchimentos ("cut-and-fill" dos geocientistas anglo-saxões), que muito frequente nos depósitos fluviais, envolve erosão dos estratos por novas correntes seguida de deposição e, por isso, é, também, um bom critério geopético que sugere, igualmente, a direcção da corrente.
(*) Critério a partir do qual um geocientista, no campo, pode inferir o topo original de um estrato, isto é, determinar se as camadas estão na posição de deposição original ou se foram invertidas por um regime tectónico compressivo (caracterizado por um elipsóide dos esforços efectivos com o eixo principal, σ1, horizontal).
Estuário....................................................................................................................................................................................................................................................................Estuary
Estuaire / Estuario / Gezeitenmündung / 河口 / Эстуарий (устье реки) / Estuario /
Baía na desembocadura de um rio formada por subsidência ou por uma subida do nível do mar relativo*. É o sítio em que a água doce dos rios se mistura com a água salgada dos oceanos.
Ver: « Baía »
&
« Rio »
&
" Linha da Costa »
Como ilustrado neste esquema, um estuário, é uma desembocadura (ou foz) de um rio influenciada pelas marés. Ele forma uma indentação na linha da costa e pode variar em largura assim como em profundidade. É o sítio, onde a água doce entra em contacto com a água do mar. Um estuário é, por vezes, definido como uma porção do oceano, ou um braço de mar, que é contaminado por água doce. Localmente, um estuário pode se sinónimo de ria ou fiorde. Como, em geral, os estuários correspondem a desembocaduras dos rios influenciados pelas acção das marés, na maioria dos casos, eles são caracterizados pela sedimentação de siltitos transportados do continente pelos rios ou do offshore pelas correntes de maré. A água salobra (mais salgada do que a água dos rios, mas menos do que a água do mar) é predominante na maior parte dos estuários. Como ecosistemas, os estuários são ameaçados pela actividade humana e pela poluição, assim como, em certos casos, por uma pesca muita intensa. Os estuários são ambientes marinhos cujo pH, salinidade e nível de água depende do rio que o alimenta e do oceano do qual deriva a sua salinidade. O tempo necessário para que um estuário complete o seu ciclo é chamado tempo de nivelamento. Na sua forma mais simples, o tempo de nivelamento (tf) pode ser definido como o tempo necessário para drenar um volume V através uma entrada A com um velocidade de corrente v ou, em outros termos, o tempo necessário para substituir o volume de água Vf à taxa de escoamento através do estuário, a qual é dada pela taxa de descarga do rio R: tf = Vf /R. A circulação de água nos estuários é muito frequente e quase sempre típica. Ela ocorre quando água doce ou salobra se escoa para jusante próximo da superfície, enquanto a água salgada mais densa se escoa para montante ao longo do fundo. Existe também uma circulação "antiestuário", que se faz ao contrário. A água salgada mais densa escoa-se para jusante ao longo do fundo e a água doce ou salobra, menos densa, escoa-se para montante perto da superfície. Os estuários são, sobretudo, frequentes nas costas submersas onde o nível o mar subiu em relação à terra, o que provoca a inundação dos vale criando rias e fiordes.
(*) O nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (subsidência quando o sedimentos são alongados ou levantamento quando os sedimentos encurtados, embora em certos, quando há diapirismo, o sedimentos possam ser alongados. Ele é local e referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre que seja o fundo do mar ou a base dos sedimentos. O nível do mar absoluto ou eustático é o nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, que é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar).
Eucariota.....................................................................................................................................................................................................................................................Eukaryote
Eucaryote / Eucariota / Eukaryoten / 真核生物 / Эукариотный организм / Eukaryota /
Célula que tem o seu material hereditário (informação genética) dentro de uma membrana (dupla), chamada envelope nuclear, que delimita um núcleo celular. Sinónimo de Eucélula.
Ver: « Eucariótica »
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« Animal (reino) »
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« Fotossíntese »
Os eucariotas variam desde organismos unicelulares até gigantescos organismos multicelulares, nos quais as células se diferenciam e desempenham funções diversas, sem poder viver isoladamente. Os eucariotas compartilham a mesma origem, e por isso são agrupados numa hierarquia taxonómica superior ao Reino, quer isto dizer, um Domínio ou Império, dependendo de como os geocientistas encaram a origem dos eucariotas. Fazem parte desta categoria de seres vivos, isto é do "Império Eucariota", os seguintes Reinos: (i) Reino dos animais ; (ii) Reino das plantas ; (iii) Reino dos Fungos ; (iv) Reino das Algas Unicelulares e Protozoários (Protista) e (v) Reino Cromistas. Este último reino é, na realidade, actualmente, um dos seis reinos dos seres vivos, propostos por Cavalier Smith (1988). Ele engloba diversos grupos de algas com Clorofila* A e C. As formas vivas que não fazem parte do Domínio ou Império Eucariota são as bactérias e as Archaea (anteriormente denominadas arqueobactérias), ou seja, os seres vivos com células procarióticas. Os eucariotas parecem ser monofiléticas, e compor assim um dos dois domínios da vida. O outro domínios ou império, o das as bactérias e archaea, é constituído por procariotas. Os eucariotas compartilham alguns aspectos de sua bioquímica com archaea, e por isso, certos autores os agrupam com a archaea para formar o clado Neomura (antepassado hipotético dos domínios Archaea e Eukaryota), que é um grupo muito diversificado, contendo todas as espécies multicelulares e todas as espécies extremófilas. Todas estas espécies compartilham certas características moleculares. Todos os Neomorianos utilizam a molécula metionina** como iniciadora dos aminoácidos para a síntese das proteínas, enquanto que as bactérias utilizam a formilmetionina. De qualquer maneira, pode dizer-se que todos os neomurianos utilizam diferentes tipos de polimerases, enquanto que as bactérias utilizam apenas um. Cavalier-Smith mostrou que o clado Neomura evoluiu a partir das bactérias, uma vez que eles possuem mitocondria, que certamente evoluiu, por endossimbiose, a partir de uma alfa protobactéria. Se os eucariotas são tão velhos como as bactérias, eles ter-se-iam ramificado ao longo dos milhões de anos necessários para que as bactérias desenvolvessem a respiração aeróbica.
(*) As diferentes formas de clorofila (de a a f) são distribuídas de forma desigual na diversidade de fotossintetizadores oxigenados. A clorofila a encontra-se em todos os casos, ligada ao centro activo dos complexos moleculares, denominados fotossistemas, que absorvem a luz durante a fotossíntese. Ela difere da clorofila b, na medida em que o radical da posição 3 do grupo tetrapirrolico é -CH3 (metilo) em vez de -CHO (grupo funcional de aldeídos).A clorofila b caracteriza as plastos das algas verdes e suas plantas terrestres descendentes.
(**) Um dos aminoácidos ( composto de carbono (C), hidrogénio (H), oxigénio (O) e azoto (N)) codificados pelo código genético (relação entre a sequência de bases no DNA e a sequência correspondente de aminoácidos, na proteína) sendo portanto um dos componentes das proteínas dos seres vivos, com excepção das bactérias procariontes.
Eucarótica(célula)......................................................................................................................................................................................................................Eukaryotic
Eucariotique (cellule) / Eucariótica (célula) / Eukaryotische / 真核生物 / Эукариотический / Negli eucarioti /
Uma célula que tem uma membrana à volta do núcleo e que compõe todos os organismos dos reinos vivos, à excepção do reino monera.
Ver: « Eucariota »
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« Animal (reino) »
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« Protocariota »
Como ilustrado neste esquema , uma célula eucariótica possui um verdadeiro núcleo (definido e protegido pelo invólucro nuclear), que contém um ou vários nucléolos. Estas células têm um citoplasma muito compartimentado com os organelos celulares separados ou interligados e limitados por membranas biológicas que têm o mesmo carácter essencial da membrana do plasma. O núcleo é o mais notável e característico dos compartimentos nos quais se divide o protoplasma, isto é, a parte activa da célula. No protoplasma existem três componentes principais: (i) Membrana plasmática ; (ii) Núcleo e (iii) Citoplasma. As células eucarióticas têm no citoplasma um esqueleto quitinoso complexo, bem estruturado e dinâmico composto de microtubos e filamentos de proteínas diferentes. Ele pode também ter uma parede celular, que é típica das plantas, fungos e protistas multicelulares, ou outro tipo de revestimento externo de protoplasma. Em comparação com as células eucarióticas, as células procarióticas são relativamente simples. São estas células que se encontram nas bactérias e cianofíceas (algas azuis ou cianobactérias). Nas células eucarióticas, a divisão nuclear é, frequentemente, associada com a divisão celular. Esta, ocorre, geralmente, por mitose (processo que permite que cada núcleo filho de recebe uma cópia de cada cromossoma). Na maioria dos eucariotas, há, também, um processo de reprodução sexual envolvendo, geralmente, uma alternância entre gerações haplóides, nas quais apenas uma cópia de cada cromossoma é presente e as gerações diplóides, onde dois estão presentes, produz-se por fusão nuclear (singamia) e meiose (processo de divisão, no qual o número de cromossomas por célula é dividido em dois). Nos animais, a meiose resulta sempre na formação de gametas* ou células sexuais, enquanto que em outros organismos ela pode resultar em esporos). As células eucarióticas têm uma mais pequena superfície em relação ao volume dos procariontes e assim taxas metabólica mais pequenas e um maior tempo de geração. Em alguns organismos multicelulares, células especializadas para o metabolismo aumentam a superfície de certas áreas, como, por exemplo, nos intestinos.
(*) Células dos seres vivos que, na reprodução sexuada, se fundem no momento da fecundação.
Eucélula........................................................................................................................................................................................................................................................Eukaryotic
Eucariota / Eucélula / Eukaryoten / 真核生物 / Эукариот / Eukaryota /
Outro nome das células eucarióticas ou eucariontes. O termo eucariota, em grego, significa célula verdadeira. Sinónimo de Eucariota.
Ver : « Eucariota »
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« Fotossíntese »
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« Protocariota »
As eucélulas (ou células eucarióticas) englobam de todos os reinos da vida, excepto o reino Monera. Elas podem facilmente reconhecer-se pelo núcleo ligado à membrana. As eucélulas contém, também, muitas outras estruturas internas à membrana chamadas organelas. Estas organelas como a mitocôndria ou cloroplasto servem para exercer as funções metabólicas e conversões de energia. Outras organelas como os filamentos intracelulares fornecem de suporte estrutural e motilidade (faculdade de mover ou mover-se) celular: (i) Membrana celular - define a primeira célula e evolui para se tornar o repositório de receptores de superfície e dos antígenos de superfície (partícula ou molécula capaz de iniciar uma resposta imune, a qual começa pelo reconhecimento pelos linfáticos, leucócitos ou glóbulos brancos, que têm a função de combater microorganismos causadores de doenças por meio de sua captura e cumula com a produção de um anticorpo específico) ; (ii) Parede celular, formada por células vegetais que possuem uma camada rígida da parede celular em vez da membrana celular mais flexível (é esta parede rígida das células vegetais fornece uma estrutura firme) ; (iii) Citoplasma, onde milhares de sinais são enviados frente e para trás pelas organelas e onde a maior parte das organelas celulares estão localizadas: (a) Mitocôndria, que é composta por quatro elementos principais: a membrana externa, o espaço intermembranar, a membrana interna e matriz) ; (b) Cloroplastos (basicamente, é a organela responsável pela fotossíntese, estruturalmente é muito semelhante a mitocôndria) ; (c) Retículo endoplasmático (responsável pela produção de proteína e componentes lipídicos da maioria das organelas da célula) ; (d) Aparelho de Golgi (composto de numerosos conjuntos de cisternas lisas, que são revestidas com membranas lipídicas) ; (e) Lisossomos (bolsa membranosa que contém enzimas hidrolíticas que são utilizadas para digerir macromoléculas) ; (f) Citoesqueleto (rede de filamentos de proteínas do citoplasma), e os vacúolos (somente em células vegetais e responsáveis por manter a forma e a estrutura da célula) ; (iv) Núcleo, que é o centro de todas as actividades dentro da célula ; é no núcleo onde estão situada todas as informações genéticas.
Eurialino (organismo).......................................................................................................................................................................................................Euryhyaline
Euryhalin / Euryhalino / Euryhaline (Lebewesen) / 广盐性(众生) / Эвригалинный (организм) / Eurialine /
Organismo capaz de viver em ambientes marinhos com salinidades muito diferentes.
Ver: « Ambiente de Deposição »
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« Ambiente Sedimentar »
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« Saprotrófago (organismo) »
Um organismo eurialino é capaz de se adaptar a uma grande gama de salinidades. Um exemplo de um peixe eurialino é Mollienesia ou moli (LiveCycle EPS.), o qual pode viver em água doce, salobra ou água salgada. O caranguejo da costa europeia (Carcinus maenas) é um exemplo de invertebrados eurihalino que podem viver em água salgada e água salobra. Organismos eurialinos são, frequentemente, encontrados nos estuários e poças de maré, onde as alterações de salinidade mudam regularmente. Alguns organismos são eurialinos porque o seu ciclo de vida envolve a migração entre água doce e ambientes marinhos, como, por exemplo, é o caso do salmão e enguias. O contrário dos organismos eurialinos, ou seja, os organismos estenoalinos são aquelas que só podem sobreviver dentro de uma determinada de salinidade. A maioria dos organismos de água doce são estenoalinos, e, por isso, morrem no mar. Da mesma maneira, a grande maioria dos organismos marinhos não pode viver em água doce. Dois aspectos importantes dos mecanismos utilizados pelas células para controlar a água intracelular e, portanto, para sobreviver a um esforços osmótica (que permite entrada de água na célula) foram descobertos durante os últimos anos. Primeiro, há evidências de que as células de animais marinhos, tradicionalmente, não têm osmólitos (pequenas moléculas orgânicas que foram seleccionadas para contrabalançar esforços ambientais em organismos vivos). Em muitos casos os esforços ambientais ameaçam a estabilidade conformacional das proteínas e, portanto, vários osmólitos foram seleccionados de forma a estabilizar macromoléculas intracelulares. Orgânicos de peso molecular pequeno, tais como, por exemplo, aminoácidos livres, uma vez que têm componentes inorgânicos iónicos regulam o volume celular na sequência de um esforço osmótico. Em segundo lugar, as células de algumas espécies de invertebrados são, extremamente, tolerantes a salinidade Osmólitos orgânicos intracelulares, que são bastante diferentes dos aminoácidos livres são geralmente encontrados nas espécies menos eurialinas. Como exemplo de organismos eurialinos podemos citar: o arenque, lampreia, salmão, sável, esturjão, etc.
Eustasia.....................................................................................................................................................................................................................................................................Eustasy
Eustasie / Eustasia / Eustasy, Meeresspiegel / Eustasy, 海平面 / Эвстазия / Eustasy, Livello del mare, Eustatismo /
O abundante número de definições da Eustasia é significativo da dificuldade de encontrar um consenso. A Eustasia ou Eustatismo é, muitas vezes, definida como as “variações do nível do mar simultâneas e globais”, diferenciadas das variações locais do nível do mar relativo. Variações do nível do mar independentemente das suas causas ou as variações globais do nível de mar medidas em relação ao centro da Terra e induzidas pelas mudanças do volume das bacias oceânicas (1,2-1,5 cm/1 000 anos).
Ver: « Variação do Nível do Mar Relativo »
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« Eustasia Geodésica »
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« Subsidência »
A eustasia pode definir-se como as variações do nível do mar absoluto ou eustático referenciado ao centro da Terra ou a um satélite. Diversas variáveis podem induzir as mudanças do volume das bacias oceânicas. A mais importante parece ser a taxa da expansão ou alastramento oceânico. Uma taxa rápida produz enormes montanhas oceânicas com uma topografia importante. Ao contrário, uma taxa de expansão lenta produz montanhas oceânicas com fraco relevo. Durante os períodos de expansão oceânica rápida, a bacia oceânica não é demasiado profunda e o nível de mar inunda os continentes (assumindo um volume constante da água, sob todas as suas forma, desde a formação da Terra), visto que o volume das bacias oceânicas diminui. Durante períodos de expansão oceânica lenta, as bacias oceânicas são muito mais profundas e, por consequência, o nível de mar é obrigado a retirar-se dos continentes. Outros factores contribuem às variações de volume das bacias oceânicas, tais como: (i) Colisão entre continentes ; (ii) Zonas de subducção ; (iii) Vulcanismo submarino ; (iv) Preenchimento sedimentar, etc. A eustasia é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo (assumindo que a quantidade de água sob todas as suas formas é constante desde a formação da Terra, há cerca de 4,5 Ga) ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre (onde a gravidade é mais forte que o valor normal, o nível do mar é atirado para o centro da Terra) e (iv) Aumento estérico do nível do mar ou dilatação térmica dos oceanos, que é controlo pelo aumento da temperatura dos oceanos (se a temperatura aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). O globo ilustrado nesta figura foi construído com os dados obtidos do GOCE*, ou seja, do Explorador de Circulação Oceânica e do Campo de Gravidade, enfatiza os valores dos gradientes gravimétricos, que permitiram propor um modelo global para o campo gravitário e para o geóide. Eles indicam que o nível do mar não é plano. A amplitude das ondulações (anomalias da gravidade) está exagerada de um factor de 100000 em relação ao raio da Terra. Da mesma maneira, os perfis do nível do mar mostram irregularidades bem marcadas, isto quer dizer, que altos e baixos existem em associação com as anomalias de gravidade. Onde a força da gravidade é maior, o nível do mar é mais baixo e onde ela é menor o nível do mar é mais alto. Entre o nível alto do mar, próximo da Nova Guiné, e a zona onde ele é mais baixo, próximo das Seychelles, há uma diferencia de cerca de 180 metros. Uma barco navegando entre estas duas áreas, ao longo de uma superfície equipotencial da gravidade, não consumaria energia. A configuração actual do geóide é, evidentemente, não estável. Ela deve ter tido mudado com as variações da gravidade e factores que a controlam através do tempo geológico (as variações laterais das anomalias da gravidade estão relacionadas às anomalias da distribuição da densidade dentro da Terra). Na estratigrafia sequencial, quando um geocientista considera as variações do nível do mar relativo, isto é, do nível do mar, local, referenciado à base dos sedimentos (como ilustrado nesta figura) ou ao fundo do mar, ele devem tomar em linha de conta as variações locais induzidas pelas anomalias da gravidade, uma vez que ele é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático (nível do mar, global, referido ao centro da Terra ou a um satélite) e da tectónica (subsidência ou levantamento). Uma descida do nível do mar absoluto pode, numa certa área, mudar as condições geológicas de nível alto para nível baixo, com formação de uma discordância do tipo I (nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia) , enquanto que noutra área, ela pode, unicamente, induzir uma discordância do tipo II, quer isto dizer, o nível do mar ficou mais alto do rebordo da bacia. Na estratigrafia sequencial a eustasia ou eustatismo **, isto as variações do nível do mar absoluto ou eustático, é considerada como o parâmetro responsável da ciclicidade dos depósitos sedimentares. A tectónica e, particularmente, a subsidência é o parâmetro responsável da maior parte do espaço disponível para os sedimentos (acomodação). Se não houver uma variação eustática (variação da lâmina de água independente da subsidência ou de um levantamento), uma subsidência contínua do fundo do mar produz um aumento contínuo do espaço disponível para os sedimentos, o qual pode ser parcial ou totalmente preenchido por sedimentos. A lâmina de água aumenta, mas nunca se forma uma discordância. Uma discordância forma-se pela acção combinada da eustasia e da tectónica (subsidência ou levantamento), que produz uma descida significativa do nível do mar relativo. Como a ciclicidade da eustasia é muito mais rápida, que as mudanças tectónicas, é, quase sempre, a eustasia que faz variar o espaço disponível de maneira cíclica, criando superfícies de erosão (discordâncias), que limitam ciclos estratigráficos. Quando um geocientista fala de variações eustáticas ou de eustatismo, ele está a falar das variações nível do mar absoluto, que é medido em relação ao centro da Terra ou em relação a um satélite (sem influência de tectónica) e não das variações do nível do mar relativo que são, em geral referenciadas ao fundo do mar e, raramente, ao topo da crusta continental (base dos sedimentos). Em conclusão não confunda uma variação do nível do mar relativo com uma variação eustática ou do nível do mar absoluto.
(*) O Explorador de Circulação Oceânica e do Campo de Gravidade (GOCE) foi o primeiro dos satélites do Programa Planeta Vivo da ESA, planeado para mapear em detalhes sem precedentes o campo de gravidade da Terra. A instrumentação principal do satélite era um gradiómetro de gravidade altamente sensível, consistindo de três pares de acelerómetros que mediam gradientes gravitacionais ao longo de três eixos ortogonais. o GOCE mapeou a estrutura profunda do manto da Terra e sondou regiões vulcânicas perigosas. Ele trouxe novos conhecimentos sobre o comportamento dos oceanos. Combinando os dados da gravidade com a informação sobre a altura da superfície do mar recolhida por altímetros de outros satélite, os geocientistas foram capazes de rastrear a direcção e a velocidade das correntes oceânicas geostróficas. A órbita baixa e a alta precisão do sistema melhoraram, consideravelmente, a precisão conhecida e a resolução espacial do geóide (a superfície teórica de igual potencial gravitacional na Terra, (https://en.wikipedia.org/wiki/Gravity_Field_and_Steady-State_ Ocean_Circulation_Explorer).
(**) Certos geocientistas consideram que o eustatismo é a variação do nível médio do mar, o que nos parece um pouco abusivo, uma vez que nível médio do mar é considerado como sendo, mais ou menos, igual o geóide nos oceanos, , mas, nas áreas continentais, eles podem ser muito diferentes. Por outro lado, o nível do mar varia muito no tempo e no espaço. Ele é afectado pelas marés, vento, pressão atmosférica, diferenças locais da gravidade, temperatura, salinidade, subsidência, etc. Para determinar o “nível médio do mar”, a melhor coisa que se pode fazer é determinar um lugar e calcular o nível médio nesse ponto e utilizá-lo como ponto de referência. Geralmente, a partir de observações horárias, feitas durante um período de cerca de 20 anos, pode calcular-se ser média para esse ponto de medida.
Eustasia (metáfora)..................................................................................................................................................................................................................................Eustasy
Eustasie (métaphore) / Eustasia (metáfora) / Eustasy, Meeresspiegel / Eustasy (隐喻), 海平面 / Колебания уровня моря под влиянием вращения земли / Eustasy (Metafora), Livello del mare, Eustatismo /
A eustasia pode ser ilustrada pelas variações do nível do vinho num copo de borracha. O tamanho do copo simula o volume de uma bacia oceânica, o qual pode ser mudado quer comprimindo quer alargando o copo, o que causa uma subida, ou uma descida, do nível do vinho. A subida e a descida da superfície do vinho corresponde a uma simulação da tectónica e da eustasia. O volume pode ser mudado bebendo ou deitando mais vinho no copo (clima) o que provoca uma descida, ou uma subida, do nível do vinho (glacioeustasia). A dilatação do copo, devido à temperatura, não joga nenhum papel no eustatismo. Os movimentos da Terra e o clima determinam o nível da água do mar nos oceanos (nível eustático). No copo, a superfície do vinho não é plana nem horizontal, mas ondulada e rugosa (nível geodésico do mar). Qualquer mudança na gravidade provoca uma redistribuição das irregularidades da superfície da água dos oceanos.
Ver: « Variação do Nível do Mar Relativo »
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« Eustasia »
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« Subsidência »
Na estratigrafia sequencial a eustasia é considerada como o parâmetro responsável da ciclicidade dos depósitos sedimentares. A tectónica e, particularmente, a subsidência é o parâmetro responsável da maior parte do espaço disponível para os sedimentos (acomodação). Se não houver uma variação eustática (variação da lâmina de água independente da subsidência ou do levantamento), uma subsidência contínua do fundo do mar produz um aumento contínuo do espaço disponível (acomodação). Isto quer dizer, que a lâmina de água aumenta, mas nunca se forma uma discordância (superfície de erosão). Uma discordância do tipo I ou tipo II, forma-se pela acção combinada da eustasia e da tectónica (subsidência ou levantamento), que produz uma descida do nível do mar relativo, mais ou menos, importante. Como a ciclicidade da eustasia é muito mais rápida, que as mudanças da tectónica, é, quase sempre, a eustasia que faz variar o espaço disponível de maneira cíclica, criando superfícies de erosão (discordâncias), que limitam ciclos estratigráficos. Quando se fala de eustasia o nível do mar* é medido em relação ao centro da Terra (sem influência de tectónica). Quando se fala em variações do nível do mar relativo, nível do mar é medido em relação ao fundo do mar (com influência da tectónica).
(*) Há dois tipos de nível do mar: (i) Relativo e (ii) Absoluto ou eustático. O nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (subsidência quando o sedimentos são alongados ou levantamento quando os sedimentos encurtados, embora em certos, quando há diapirismo, o sedimentos possam ser alongados. Ele é local e referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre que seja o fundo do mar ou a base dos sedimentos. O nível do mar absoluto ou eustático é o nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, que é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar).
Eustasia Geodésica....................................................................................................................................................................................Geoidal Eustasy
Eustasie géodésique / Eustasia geodésica / Geodätische eustasy / 大地eustasy / Геодезическая эвстазия / Geodetic eustatismo /
Variações geodésicas do nível do mar, quer isto dizer, variações da distribuição da água dos oceanos, causada pelas variações do campo da gravidade terrestre. O nível do mar não é o mesmo em todos os pontos da Terra. Ele é, mais ou menos ondulado, devido às variações da força da gravidade. O nível do mar corresponde a uma superfície equipotencial semelhante ao geóide, a qual enfatiza o nível do mar geodésico. As mudanças do nível do mar podem ser causadas quer pelas mudanças do nível eustático, quer pelas mudanças geodésicas do nível do mar (eustasia geodésica ou geoidaleustasia). Uma acumulação importante de gelo na superfície da Terra, por exemplo, causa variações no campo gravitacional terrestre, as quais afectam a forma do geóide e assim o nível do mar. Uma grande massa, como a calota glaciária da Antárctica produz uma atracção gravitacional do nível do mar, o que causa uma subida do nível do mar local junto dela.
Ver: « Variação do Nível do Mar Relativo »
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« Eustasia »
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« Geóide »
Como ilustrado nestes perfis (Smithsonian Standard Earth III Geoid Map) e no mapa das anomalias da gravidade, o nível do mar mostra irregularidades importantes, com valores muito altos e baixos, o que quer dizer, que o nível do mar, contrariamente, a uma ideia muito aceite, não é plano. Nestes perfis, a amplitude das ondulações está exagerada de um factor 100000 em relação ao raio da Terra. Os valores altos (onde o nível do mar é alto) correspondem às zonas da Terra onde a força da gravidade é abaixo da normal. Da mesma maneira, quando os valores da força de atracção são altos, o nível do mar é baixo. Isto resulta do facto, que o material que constitui a Terra não está distribuído, nem uniformemente, nem em camadas, perfeitamente, concêntricas. Se isso fosse assim o geóide (superfície equipotencial que daria a superfície média dos oceanos, se estes estivesse em equilíbrio, sem movimento e continuassem debaixo dos continentes) coincidiria com a superfície da Terra. Entre as áreas em que o nível do mar é alto, como, por exemplo, perto da Nova Guiné e áreas em que o nível do mar está mais baixo do que a normal, como, nas Seychelles, há uma diferença de cerca de 180 metros. Uma barco navegando entre estas duas áreas, ao longo de uma superfície equipotencial da gravidade, não consumaria energia. Não só a configuração actual do geóide é, evidentemente, não estável, mas ela muda com as variações da gravidade e factores que a controlam através do tempo geológico (as variações laterais das anomalias da gravidade estão relacionadas às anomalias da distribuição da densidade dentro da Terra). Todavia, não esqueça que a Terra é mais larga no equador que entre o Pólo Norte e o Pólo Sul. Ela assemelha-se a um elipsóide ou um esferóide e que os geocientistas trabalham, em geral, com quatro superfícies: (i) O elipsóide terrestre é uma figura matemática aproximada da forma da Terra, que é utilizada como quadro de referência para computações geodésicas, astronómicas e nas geociências ; (ii) O geóide é a superfície que é difícil de descrever matematicamente, mas que pode ser, facilmente identificada medindo a gravidade ; (iii) Nível médio do mar é, mais ou menos, coincidente com geóide nos oceanos, mas não nas áreas continentais ; (iv) O terreno, que é a verdadeira forma da Terra e que é dado pela topografia e batimetria. Na estratigrafia sequencial, as mudanças eustáticas têm que tomar em linha de conta as variações locais induzidas pelas anomalias da gravidade. Assim, uma descida do nível do mar absoluto ou eustático de 50 m, por exemplo, pode num certo lugar criar condições geológicas de nível baixo, enquanto que noutra área o nível do mar ficará acima do rebordo da bacia, uma vez que como dito acima o nível do mar não é nivelado, grandes elevações e depressões existem em associação com as irregularidades da gravidade e outros factores. As causas principais das variações do nível do mar absoluto ou eustático, isto é, do nível do mar, global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, são: (i) A Glacioeustasia, a qual é controlada pelas variações do volume da água dos oceanos, en função das glaciações e deglaciações*; (ii) Tectonoeustasia, que é controlada pelas variações do volume das bacias oceânica, as quais são induzidas pelos ciclos de Wilson (ruptura e agregação dos supercontinentes) ; (iii) Geoidaleustasia ou Eustasia geóidal, que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). A glacioeustasia e a tectonoeustasia são variações eustáticas, que, por vezes, são consideradas, globalmente, uniformes. Contudo para muitos geocientistas, elas não podem ser nem globais nem uniformes, uma vez que qualquer causa do nível do mar afecta, igualmente, o geóide terrestre. Se isto é verdade, nenhuma curva eustática é válida globalmente. Durante o degelo das calotas glaciárias, em resposta à carga da água adicionada às bacias oceânica, o nível do mar será deprimido, e em resposta à carga removida (onde as calotas glaciárias derreteram), o continente será levantado. A redistribuição do material no interior da Terra é afectada pela sobrecarga e forcará, ainda mais, as variações da superfície do oceano (induzidas pelas anomalias da gravidade) e, assim, mais redistribuições da água serão necessárias para tentar igualizar o potencial gravítico. Este contínuo processo gravítico retroactivo entre as calotas glaciárias, oceanos e o continente é o processo que, por fim, determina a assinatura do nível do mar absoluto, que é observado em todo os lugares onde o continente e o oceano se encontram. Note que unicamente as mudanças glacioeustáticas são, ao mesmo tempo, importantes (> 10 m de amplitude) e rápidas (< 1 My).
(*) Assim como uma glaciação é, mais ou menos, uma idade de gelo (período glaciário ou era glaciária), durante a qual se formam glaciares, pode chamar-se deglaciação (como dizem os geocientistas brasileiros) à idade de degelo, durante a qual os glaciares são derretido e a água de fusão, que termina por ir para o mar, contribui às variações do nível do mar absoluto ou eustático.
Eustasia Tectónica....................................................................................................................................................................................Tectonic Eustasy
Eustasie tectonique / Eustasia tectónica / Тектоника eustasy / 构造eustasy / Тектоническая эвстазия / Tettonica eustastismo /
Eustatismo induzido, principalmente, por factores tectónicos. Resulta, principalmente, das variações de volume das bacias oceânicas produzidas por movimentos verticais (epirogenia) e horizontais (orogenia). Este tipo eustatismo é frequente no início das margens divergentes, nas bacias de antepaís e nas cadeias de montanhas dobradas.
Ver: « Variação do Nível do Mar Relativo »
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« Eustasia »
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« Bacia de Antepaís »
Antes do advento da estratigrafia sequencial, os geocientista estudaram as causas e a amplitude das mudanças variações do nível do mar, definidas como variações uniformes globais do nível médio do mar, o qual é considerado como sendo, mais ou menos, igual o geóide nos oceanos, mas diferente na maior parte das áreas continentais, eles podem ser muito diferentes. O nível médio do mar pode estimado num determinado lugar a partir de observações horárias, feitas durante um período suficientemente longo (mais ou menos, 20 anos), uma vez que o nível do mar é afectado pelas marés, vento, pressão atmosférica, diferenças locais da gravidade, temperatura, salinidade, subsidência, etc. Fairbridge (1961) utilizou os termos Eustasia Tectónica (tectonicoeustasia), Eustasia Sedimentar e Eustasia Glaciar (glacioeustasia), como componentes das variações do nível do mar. A variações do nível do mar associadas a eustasia tectónica resultam das variações de volumes das bacias oceânicas induzidas pelo volume das dorsais oceânicas, pela amplitude da subducção nas zonas de subducção de tipo A e tipo B. A tectonicoeustasia só tem sentido se a quantidade de água sob todas as suas formas (liquida, sólida e gasosa) for constante desde a formação da Terra há mais ou menos 4,5 Ga. Como esta conjectura, até hoje, ainda não foi refutada, como ilustrado abaixo, quando o volume das bacias oceânica aumenta (alastramento oceânica lento, por exemplo), os geocientistas assumem que o nível do mar absoluto desce,. No caso contrário, quando o volume das bacias oceânicas diminui, devido a subducção importante ou um alastramento oceânico rápido, eles assumem que o nível do mar absoluto ou eustático sobe. Na estratigrafia sequencial, há uma grande divergências entre os geocientistas no que diz respeito ao parâmetro responsável da ciclicidade dos depósitos. A grande maioria pensa, como P. Vail, que a eustasia (variações do nível do mar absoluto ou eustático) é o factor principal das descidas do nível do mar relativo (nível do mar local, referenciado ao topo da crusta continental ou ao fundo do mar), isto é, das superfícies de erosão (discordâncias), que limitam os ciclos estratigráficos. Todavia, eles pensam que a tectónica (subsidência ou levantamento) é o parâmetro, que cria a maior parte do espaço disponível para os sedimentos (acomodação), mas que quando a eustasia e a tectónica se combinam é a eustasia que cria a ciclicidade das variações do nível do mar relativo. Eles invocam também, que a taxa das variações eustáticas é muito maior do que a taxa das variações tectónicas. Nas bacias sedimentares associadas com a formação da crusta oceânica (bacias em extensão), os argumentos invocados pela escola de P. Vail são difíceis de refutar. Todavia, nas bacias sedimentares associadas com a formação das megassuturas* e, em particular, nas bacias de antepaís, como ilustrado nesta figura, é provável que a tectónica possa ser o factor principal da ciclicidade. Nas bacias de antepaís, a subsidência, que é induzida pela sobrecarga dos cavalgamentos, pode variar mais, rapidamente, do que a eustasia, mesmo quando a bacia é marinha, o que não é sempre o caso. Note que no esquema geológico ilustrado nesta figura vários tipos de bacias da classificação das bacias sedimentares de Bally e Snelson (1980) se podem reconhecer: (i) Um substrato, que quando de natureza sedimentar corresponde, em geral, a uma cadeia de montanhas aplanada (supercontinente) ; (ii) Bacias de tipo rifte, criadas durante um alongamento da litosfera do supercontinente subjacente, isto é induzidas por uma subsidência diferencial, em geral, num ambiente não marinho ; (iii) Margem continental divergente, criada por uma subsidência térmica durante a dispersão dos continentes individualizados pela ruptura de la litosfera do supercontinente, que precede a margem divergente e é posterior a formação das bacias de tipo rifte ; (iv) Bacia de antepaís criada pelo peso dos cavalgamentos, isto é, por uma subsidência flexural e (v) Bacia transportada criada pelo levantamento dos sedimentos induzido pelo encurtamento. É nos últimos dois tipos de bacia sedimentar que a tectónica pode ser preponderante sobre a eustasia na evolução dos ciclos estratigráficos. O nível do mar absoluto ou eustático é o nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, que é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar.
(*) Regiões móveis da Terra (cadeias de montanhas dobradas e falhadas) que testemunham a complexidade das fases de acreção e deformação sofridas pelos corpos geológicos nas regiões onde os regimens tectónicos compressivos são predominantes. O termo megassutura foi utilizado pela primeira vez, em 1975, por A. Bally. Embora os regimes tectónicos compressivos associados com as zonas de subducção sejam predominantes na formação de uma megassutura, os regimes em extensão e a formação de bacias sedimentares desempenham, também, um papel importante.
Eustatismo (eustasia)...............................................................................................................................................................................Eustatism, Eustasy
Eustatisme / Eustatismo, Eustasia / Eustasie, Eustatiche Bewegungen Theorie / 海平面升降 / Эвстатика (изменение уровня океана) / Eustatismo, Eustasia /
Variações do nível do mar absoluto ou eustático. Por vezes, sinónimo de eustasia, quando associado às variações globais do nível do mar. A Glacioeustasia e a Tectonicoeustasia são variações eustáticas, que, por vezes, são consideradas, globalmente, uniformes. Todavia, para muitos geocientistas, elas não podem ser nem globais nem uniformes, uma vez que qualquer causa do nível do mar afecta, igualmente, o geóide terrestre. Se isto é verdade, nenhuma curva eustática é válida globalmente. Durante o degelo das calotas glaciárias, em resposta à carga da água adicionada às bacias oceânica, o nível do mar é deprimido, e em resposta à carga removida (onde as calotas glaciárias derreteram), o continente será levantado. A redistribuição do material no interior da Terra é afectada pela sobrecarga e forçará, ainda mais, as variações da superfície do oceano (induzidas pelas anomalias da gravidade) e, assim, mais redistribuições da água serão necessárias para tentar igualizar o potencial gravítico. Este contínuo processo retroactivo gravítico entre as calotas glaciárias, oceanos e o continente é o processo que, por fim, determina a assinatura do nível do mar relativo, que é observado em todo os lugares onde o continente e o oceano se encontram. Unicamente as mudanças glacioeustáticas são, ao mesmo tempo, importantes (> 10 m) e rápidas (< 1 My).
Ver: « Variação do Nível do Mar Relativo »
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« Nível do Mar Absoluto »
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« Eustasia »
Na parte inferior desta figura estão ilustradas as variações do nível do mar absoluto ou eustático propostas por Vail e Hallam durante o Fanerozóico, o qual é o nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite e dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar). Embora, variações do nível do mar absoluto mostrem diferenças importantes, ambas sugerem dois ciclos eustáticos de 1a ordem induzidos pela formação e ruptura dos supercontinentes Protopangeia (Pré-Câmbrico) e Pangeia (Pérmico/Triásico). Quando os supercontinentes se formaram, o nível do mar absoluto ou eustático era baixo (assim como a actividade vulcânica). Ao contrário, durante a dispersão dos continentes individualizados pela ruptura dos supercontinentes, o nível do mar absoluto subiu, assim como a actividade vulcânica. Em ambos os ciclos eustáticos de 1a ordem, a altura máxima do nível do mar absoluto foi atingida no máximo de dispersão dos continentes, ou seja, no fim da fase transgressiva de cada ciclo de invasão continental (Ordovícico Médio e Cenomaniano / Turoniano). Dito de outra maneira, o máximo eustático do Paleozóico, com o nível do mar absoluto mais alto 200-250 metros do que actualmente, ocorreu à cerca de 500 Ma, quando a dispersão dos continentes paleozóicos era máxima, enquanto que o máximo eustático do Mesozóico / Cenozóico, com o nível do mar 150/200 metros do que hoje, ocorreu há cerca 91.5 Ma quando dispersão dos continentes pós-Pangeia era máxima. Em seguida, à medida que os continentes começaram a aproximar-se uns dos outras para, finalmente, formarem um novo supercontinente, o nível do mar eustático ou absoluto desceu para atingir uma altura mínima a quando da formação do novo supercontinente. Em outros termos, assumindo que a quantidade de água (sob todas as suas formas) é constante desde a formação da Terra (mais ou menos, há 4,5 Ga), é evidente, que quando o volume das bacias oceânicas é grande (poucas dorsais oceânicas), como, a quando da formação dos supercontinentes, o nível do mar absoluto é baixo. Ao contrário, quando o volume das bacias oceânicas é pequeno (abundância de dorsais oceânicas), isto é, quando os continentes criados pela ruptura dos supercontinentes estão muito afastados uns dos outros, o nível do mar absoluto é alto. Como se pode constatar nesta figura, a curva das variações do nível do mar absoluto (curva eustática) correlaciona*, grosso modo, com as sete (7) crises bióticas sugeridas por Cutbill e Neweel: (1) Câmbrico / Ordovícico ; (2) Ordovícico / Silúrico ; (3) Carbonífero ; (4) Pérmico / Triásico ; (5) Triásico / Jurássico ; (6) Cretácico / Cenozóico ; (7) Holocénico. É possível que as transgressões (conjunto de ingressões marinhas cada vez mais importantes e de regressões sedimentares cada vez menos importantes, que colectivamente têm uma geometria retrogradante e regressões (conjunto de ingressões marinhas cada vez menos importantes e regressões sedimentares cada vez mais importantes, que, colectivamente, têm uma geometria progradante) induzidas pela eustasia têm uma influência significativa na distribuição e abundância dos ecossistemas (comunidade de organismos constituída por produtores, compositores e decompositores, funcionalmente relacionados entre si e com o meio ambiente, e considerados como uma entidade única). Por outro lado, a curva eustática parece também correlacionar com a curva do clima. Com efeito, quando o nível eustático foi alto, o clima parece ter sido quente e quando ele foi baixo o clima parece ter sido frio. Efectivamente, com excepção da glaciação, que ocorreu durante o Ordovícico, não houve glaciações importantes durante a maior parte do Paleozóico. O mesmo parece ter sucedido entre o Jurássico e Oligocénico. Todavia, é evidente que quando duas curvas correlacionam, uma não é, necessariamente, a causa da outra, o que muito geocientistas têm tendência a esquecer. Admitir que uma "correlação prova causalidade” é uma falácia conhecida como “cum hoc ergo propter hoc” (com isso, portanto, por isso). Assim, pode, unicamente, dizer-se a época das glaciações parece correlacionar com: (i) Os períodos de nível do mar absoluto baixo ; (ii) A formação do supercontinentes (actividade orogénica) ; (iii) Uma fraca actividade vulcânica, etc., e é possível que as colisões continentais e a formação de supercontinentes facilite a formação de neve e gelo e contribua às mudanças climáticas.
(*) Atenção à argumentação “pastafarista” (F. Meynard, 2011), que sobre um plano formal consiste a alegar que se um evento A é correlacionado com um evento B, então o evento A é a causa do evento B, o que, evidentemente, pode ser falso porque uma correlação pode ser, simplesmente o produto de simples coincidências.
Eutrófico (lago).....................................................................................................................................................................................................................................Eutrophic
Eutrophique (lac) / Eutrófico (lago) / Eutrophen (See) / 富营养化水体(湖泊)/ Эвтрофное (озеро) / Eutrofico (lago) /
Quando um lago tem mais nutrientes do que, normalmente, devia ter. Um aumento de fertilizantes resulta, em geral, num aumento da produção biológica que ocorre dentro do lago. Embora o aumento de produção aumente a taxa de preenchimento do lago, é incorrecto dizer que a eutroficação é sinónimo de envelhecimento do lago. Um lago morre não quando ele atinge um grande estado de produtividade, mas quando ele não existe mais (quando não é preenchido). O preenchimento de um lago resulta da produção que ocorre dentro do lago, a qual pode aumentar com a eutroficação e com o material orgânico e inorgânico formado fora do lago, que não tem nada a ver com a eutroficação.
Ver : « Eutrofização »
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« Ambiente de Deposição »
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« Lago »
Uma vez que a eutrofização aumenta a quantidade de nutrientes, qualquer mudança na bacia de drenagem de um lago, que aumente a entrada de nutrientes, causa uma eutrofização. Qualquer mudança na utilização da terra agrícola muda, naturalmente, a quantidade de nutrientes dos lagos. Certos estudos mostraram, que o fósforo proveniente das terras agrícolas é cerca de 5 vezes mais abundante do que o proveniente das zonas florestais e, que nas área urbanizadas, a quantidade de fósforo pode ser 10 vezes mais elevada, o que destrói os ecossistemas (comunidade de organismos constituída por produtores, compositores e decompositores, funcionalmente relacionados entre si e com o meio ambiente, e considerados como uma entidade única). Entre os factores que contribuem para a eutrofização dos lagos podem citar-se : (i) Os fertilizantes dos gramados e jardins ; (ii) Os sistemas sépticos defeituosos ; (iii) Os lavadouros dentro ou próximos dos lagos ; (iv) Os produtos de erosão que entram dentro dos lagos ; (v) Os despejos ou lixo que é deitado nos lagos, etc. Como ilustrado neste esquema : (a) Alta temperatura e fraco teor em oxigénio favorecem o desenvolvimento de peixes tolerantes ; (b) Disponibilidade dos nutrientes, especialmente fósforo e nitrogénio favorecem um alta densidade fitoplâncton e plantas aquáticas vasculares ; (c) Biomassa* de invertebrados bênticos é preponderante e representada, principalmente, por espécies que toleram altas temperaturas e pouco oxigénio e o (d) Fundo raso de um lago reduz o volume total da água, o que aumenta a sua temperatura durante o verão.
(*) Quantidade de matéria total dos seres vivos que vivem num determinado lugar, exprima em peso por unidade de área ou de volume ou a quantidade matéria orgânica originada num processo biológico, espontâneo ou provocado e utilizável como fonte de energia.
Eutrofismo.........................................................................................................................................................................................................................................Eutrophism
Eutrophisme / Eutrofismo / Eutrophisme (Verjüng durch eine Erhöhung der Pflanzennährstoffe) / Eutrophisme (增加植物营养复兴)/ Эвтрофия / Eutrophisme (Ringiovanimento da un aumento di sostanze nutritive delle piante) /
O processo pelo qual um lago é rejuvenescido por um aumento de nutrientes para as plantas de modo que a proliferação de algas na superfície impede a penetração de luz e absorção de oxigénio.
Ver: « Eutrofização »
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« Matéria Orgânica (tipos) »
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« Ambiente Sedimentar »
Uma alta carga de nutrientes nos corpos de água doce provoca a eutrofização. Invariavelmente, isto implica um aumento da quantidade de algas. Em alguns casos, as algas algas azul-verdes, algumas das quais são tóxicas. Quando há um aumento de algas verde-azuladas, em mais de metade dos casos, as vacas que bebem essa água morrem por insuficiência hepática. O fitoplâncton* pode ser removido, mas deixa um gosto muito mau na água. O sulfato de cobre tem sido usado para tentar minimizar o crescimento de algas, mas um tal método não só é muito caro, mas indesejável. A "maré vermelha" é uma expressão que tem sido aplicada quando um organismo planctónico (muitas vezes, dinoflagelados) floresce de tal maneira que que a água fica vermelha. Na maioria dos casos, o organismo é altamente tóxico e rapidamente pode destruir a vida no lago. O veneno é uma toxina do fígado, mas não está, ainda, muito claro porque os dinoflagelados a produzem. As marés vermelhas ocorrem em lagos, mas não são tão comuns como o florescimento anormal de algas verde-azuladas. Elas estão associados mais com a água salobra e por isso não influenciam reservatórios de água potável da mesma maneira. Ambos os tipos são cada vez mais frequentes, o que é uma tendência preocupante. Mesmo se a água não potável, as toxinas podem entrar na cadeia alimentar, uma vez que ela é consumida por crustáceos e outras espécies que os seres humanos comem. A poluição atmosférica tem produzido uma intensificação do efeito estufa nos últimos anos, isto é um aumento, mais ou menos contínuo, da temperatura da terra causado pela absorção da radiação infravermelha, que é irradiado pela Terra. As consequências deste aumento são as mudanças climáticas do planeta, variações do nível do nível do mar, extremas condições meteorológicas, etc. O uso extensivo e sistemático de fertilizantes e de detergentes industriais e domésticos têm contribuído para um aumento progressivo do eutrofismo, que corresponde a um enriquecimento das águas com sais, principalmente contendo fósforo e azoto e um desenvolvimento excessivo de algas nessas águas. As consequências mais importantes do eutrofismo são a degradação da qualidade da água, alterações na flora e fauna de água, etc.
(*) Conjunto dos organismos aquáticos autotróficos do plâncton, que têm a capacidade fotossintética e que vivem dispersos na água.
Eutrofização.....................................................................................................................................................................................................................Eutrophisation
Eutrophisation / Eutroficación / Eutrophierung / 富营养化 / Эвтрофикация / Eutrofizzazione /
Aumento de nutrientes (alimentos que um organismo necessita para viver e crescer ou de substâncias utilizadas pelo metabolismo do organismo, que são retiradas do ambiente), em geral azoto e fósforo, que ocorrem, quer em terra, quer no mar. O termo de eutroficação é muitas vezes utilizado para designar um aumento da produtividade de um ecossistema.
Ver: « Eutrófico (lago) »
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« Ambiente de Deposição »
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« Euxínico (ambiente) »
A eutroficação, isto é, o aumento excessivo em nutrientes (fósforo, azoto, etc.) de um certo ambiente ou ecossistema é, frequentemente, o resultado de uma poluição de nutrientes dos rios, quer pela água dos esgotos, quer pela água que vem regiões agrícolas. Todavia, a poluição* também pode ocorrer, naturalmente, quando os nutrientes se acumulam em ambientes deposição ou quando eles são transportados por sistemas efémeros (como, por exemplo, por correntes ascendentes intermitentes, que são muito frequentes nos sistemas costeiros). A eutroficação promove um crescimento e decomposição das plantas, o que favorece a preponderância de certas plantas parasitas e que, indirectamente, causa uma severa redução da qualidade da água. Nos ambientes aquáticos, o crescimento exagerado de certas plantas ou do fitoplâncton (parte vegetal do plâncton, formada por algas microscópicas e filamentosas) interrompe o funcionamento normal dos ecossistemas, causando entre outros problemas, uma deficiência de oxigénio na água, o qual é necessário para a sobrevivência, como, por exemplos, dos peixes e marisco. Com a eutroficação, a água torna-se turva, muitas vezes verde ou mesmo vermelha. Todas as populações sofrem, naturalmente, de um excesso de eutroficação. A diminuição da qualidade dos rios, lagos e estuários tem implicações directas não só na pesca, mas também na saúde das populações humanas. Desde que a eutroficação interfere na qualidade da água que as populações bebem, é evidente que graves problemas de saúde podem acontecer. Em certas áreas, um excessivo crescimento de algas provocado pelos nutrientes derivados da agricultura e das zonas com forte urbanização, começa a ter consequência graves para a saúde das populações, embora certos ecossistemas, como os pântanos de mangueiras, ajudem a diminuir a eutrofização e os problemas que ela cria.
(*) Introdução pelo homem, direta ou indirectamente, de substâncias ou energia no ambiente no provocando um efeito negativo no seu equilíbrio, causando assim danos aos seres vivos e aos ecossistemas. (https://pt.wikipedia.org/ wiki/Poluição)
Euxínico (ambiente)................................................................................................................................................................................................................................Euxinic
Euxinique (ambient) / Euxínico (ambiente) / Euxinischen / Euxinic(环境) / Эвксинный / Euxinico (ambiente) /
Ambiente caracterizado por uma circulação de água muito restrita ou estagnada e com condições anaeróbicas (sem ou com muito pouco oxigénio), como, por exemplo, as lagoas, fiordes, bacias mais ou menos isoladas, etc.
Voir: « Eutrofização »
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« Eutrofismo »
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« Ambiente de Deposição »
Um ambiente sedimentar diz-se euxínico quando a circulação da água é restrita ou estagnada e quando as condições são anaeróbicas (fraco teor em oxigénio), isto é, quando a respiração se faz sem utilização de oxigénio atmosférico. Os fiordes e bacias, mais ou menos, isoladas, como, por exemplo, as bacias de tipo-rifte são ambientes euxínicos. O termo euxínico, também se aplica aos materiais (sedimentos orgânicos negros e lamas ricas em sulfureto de hidrogénio), que se depositam em ambientes euxínicos, como, por exemplo, no Mar Negro, o qual está ilustrado nesta figura. A palavra euxínico vem velho latim (provavelmente de origem grega), uma vez que os romanos chamavam Mar Euxínico ou Pontus Euxínico, ao que, actualmente, nós chamamos Mar Negro, isto é, o corpo de água que é limitado pela Turquia, Bulgária, Roménia, Russia e algumas das antigas republicas soviéticas. No Mar Negro, quer isto dizer, no mar das águas escuras, a visibilidade não ultrapassa 5-6 mm de profundidade (zona fótica pouco profunda), o que contrasta, fortemente com o mar Mediterrâneo no qual a visibilidade ultrapassa 30 m de profundidade. Numa fotografia área, como a ilustrada nesta figura, é fácil de constatar que o Mar Negro, tem cerca de 1200 km de largura (largura máxima) e uma cor muito escura devido a grande quantidade de matéria orgânica dissolvida na água. A água escoa-se através do Bósforo, próximo a cidade de Istambul, para o Mar de Marmara e depois mar Mediterrâneo através do mar Egeu. É importante não esquecer, que a matéria orgânica depositada num ambiente euxínico não se decompõem. É por isso, que os sedimentos ricos em matéria orgânica, como os rochas argilosas negras que são, muitas vezes, rochas-mãe potenciais, se depositam, frequentemente, nos ambientes lacustres e, em particular nas bacias do tipo-rifte, que se formaram antes da rupturas dos supercontinentes. Mais tarde, quando matéria orgânica atinge a maturação, elas geram grandes quantidades de hidrocarbonetos que podem ser exploradas economicamente, como é o caso nos offshores de Angola e Brasil.
Euxinismo.....................................................................................................................................................................................................................................................Euxinism
Euxinisme / Euxinismo / Euxinisme (Prozess) / Euxinisme(过程) / Эвксинный / Euxinismo (processo) /
Conjunto de condições que caracterizam um ambiente de circulação de água restrita e estagnada ou anaeróbia.
Ver: « Euxínico (ambiente) »
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« Eutrofismo »
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« Matéria Orgânica (tipos) »
Literalmente, euxínico significa "que pertencem ao Mar Negro". A palavra euxínico vem da época romana antiga (e, inicialmente, do grego), nome para o Mar Negro, que os romanos chamavam Mar Euxino ou Pontus Euxinus. A água do Mar Negro é altamente estratificada, com uma camada superior oxidada e uma camada inferior anóxica (sem oxigénio). Água doce escoa-se para o mar a partir de rios como o Danúbio, Dniester, Dnieper e Don. A água do mar escoa-se para o Mar Negro do Mediterrâneo através do estreito do de Bósforo. Devido às diferentes salinidades e densidades, a água doce e água do mar misturam-se unicamente nos primeiros 100 - 150 de profundidade. A mistura entre as águas superficiais e da água de fundo é fortemente limitada. São necessários mais de 1000 anos para renovar a água profunda. Como o oxigénio é necessário para a decomposição de matéria orgânica, sob condições anóxicas matéria orgânica não apodrecer. Como resultado, sedimentos negros ricos em matéria orgânica acumulam no fundo. O nome de Mar Negro vem da cor dos sedimentos responsáveis da cor negra água. Ao contrário do Mediterrâneo, onde a visibilidade atinge uma uma profundidade de cerca de 30 metros, a visibilidade no Mar Negro é apenas apenas cerca de 5 metros de profundidade. A decomposição da matéria orgânica pela acção das bactérias e fungos é um processo, que ocorre em condições aeróbicas, isto é na presença de oxigénio. Também existe uma actividade bacteriana em condições anaeróbicas, isto é, que ocorre na ausência de oxigénio. Em condições anaeróbicas no fundo do Mar Negro, as bactérias redutoras de sulfato tiram o oxigénio do sulfato e rejeitam sulfeto de hidrogénio (H2S)). Alguns dos sulfeto de hidrogénio podem reagir com o ferro para formar pirite (FeS). Um aumento de pirite nos sedimentos é uma indicação da actividade de sulfato/redutoras. O termo euxinismo traduz os processos que ocorrem num um ambiente de circulação restrita e estagnada, em condições anaeróbicas. Condições euxínicas são, ao mesmo tempo tanto anóxicas, anaeróbicas e sulfídrico, onde o H2S dissolvido na água inibe a vida e nas quais se depositam sedimentos euxínicos como o sapropel.
Evaporito......................................................................................................................................................................................................................................................Evaporite
Évaporite / Evaporita / Evaporite / 蒸发 / Евапорит (отложение вследствие испарения морской воды) / Evaporite /
Mineral ou rochas (para alguns geocientistas) que se dissolve na água e se forma pela evaporação de corpos de água superficial. Embora todos os corpos da água superficiais, assim como os aquíferos, mais ou menos profundos, contenham sais dissolvidos, a água deve evaporar-se para que os minerais precipitem. Para que isto aconteça, o corpo da água deve estar um ambiente restrito e no qual a entrada da água é menor do que água evaporada, o que é a regra nos ambientes áridos. À medida que a evaporação ocorre, a água restante enriquece-se em sais minerais que precipitam desde que ela se torne saturada.
Ver: « Subsidência Compensatória »
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« Halocinese »
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« Sabkha »
O termo evaporito designa os depósitos que resultam da evaporação de águas carregadas de sais dissolvidos. A quando da evaporação, os minerais depositam-se com uma certa ordem. Quando se trata da água do mar a ordem de deposição é a seguinte. (i) Gesso (CaSO4,2H2O) ; Anidrite (CaSO4) ; Halite ou sal gema (ClNa) ; Carnalite (KMgCl3, 6H2O) ; Silvite (KCl), etc. Todavia, esta ordem só é respeitada quando a evaporação é completa, senão, unicamente os primeiros elementos da lista se depositam. Em geral, os depósitos evaporíticos ocorrem com frequência: (i) Nas bacias de tipo rifte (grabens ou hemigrabens) formadas em ambientes não-marinhos e que são alimentadas por rios com uma bacia de drenagem, relativamente, pequena, como, por exemplo, na depressão de Denakil (Etiópia) ou no Vale da Morte (Califórnia) ; (ii) Nos grabens associados às bacias oceânicas quando elas são, mais ou menos, isoladas, pouco alimentadas e com grande evaporação, como, por exemplo, o Mar Vermelho e Mar Morto (Jordânia) ; (iii) Nas bacias de drenagem interna em ambientes áridos os semiáridos, alimentadas por uma rede de drenagem efémera, como, por exemplo, no deserto de Simpson (Oeste da Austrália) e no grande lago salgado do Utah (EUA) ; (iv) Nas áreas alimentadas, unicamente, por águas subterrâneas, como, no deserto Vitória na Austrália ; (v) Nas planícies costeiras dos ambientes marinhos regressivos, como, por exemplo, os depósitos sabkha do Irão e (vi) Nas bacias de drenagem que alimentam ambientes extremamente áridos como, em certas partes do Sahara e do deserto da Namíbia. Os evaporitos ilustrados nesta fotografia têm uma origem muito particular. Eles resultam da evaporação de salmouras enriquecidas, sobretudo em potássio e magnésio, devido à espilitização das lavas subaéreas que se depositaram em associação com a ruptura dos supercontinentes, como, da Pangéia. Estes evaporitos, que têm características próprias (muito ricos em magnésio e minerais nobres, como ouro e prata) são frequentes nas margens continentais divergentes Atlânticas (Norte e Sul) assim como no Golfo do México.
Evaporito (em sebkha salina)..........................................................................................................................Evaporite on Sebkha Saline
Évaporite en sabkha saline / Evaporita en sabkha salino / Evaporite auf sebkha Kochsalzlösung / 蒸发盐水上盐沼 / Эвапорит в солончаковой пустыне / Evaporite su sebkha saline /
Mineral evaporítico depositado nas sabkhas. Estes evaporitos formam-se dentro dos sedimentos por evaporação das salmouras capilares ou como crustas superficiais efémeras. Unicamente os evaporitos que precipitam entre os sedimentos podem ser preservados e, por isso, são eles que caracterizam as antigas sabkhas.
Ver: « Ambiente de Deposição »
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« Halocinese »
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« Sabkha »
Muitas das características das sabkhas costeiras são idênticas às das planícies de vasa ou de lama ou das planícies arenosas das marés dos sistemas de “playa”. As sabkhas podem distinguir-se, unicamente, pela sua posição paleogeográfica, relações com as fácies adjacentes e, em certos casos, pela sua mineralogia e geoquímica. A partir do momento em que os geocientistas realizaram, que para depositar uma espessura significativa de evaporitos (continentais ou marinhos) é necessário uma salmoura estável durante pelo menos 100 a 1000 ky, é evidente, que as sabkhas recentes são pouco significativas. A amplitude elevada dos ciclos eustáticos de 4a ordem do nosso clima actual, não permite a formação de salmouras estáveis atrás do bancos de areia das actuais plataformas carbonatadas. É por isso que as plataformas carbonatadas neogénicas com evaporitos são raras. Actualmente, a grande maioria dos geocientistas pensa que as grandes acumulações de evaporitos estão associadas com a ruptura dos supercontinentes (Protopangéia e Pangéia) e, provavelmente, sem grande influência do clima. Desde que os supercontinentes se fracturam, depositam-se enormes quantidades de lavas subaéreas. Desde que essas lavas são cobertas pelo mar, e que se forma a crusta oceânica (imersão dos vulcões associados aos centros de expansão), a água do mar reage com as lavas e cria uma salmoura que, pouco a pouco, se enriquece-se em potássio e minerais raros devido a espilitização dos basaltos. É por isso que a composição química dos evaporitos das margens divergentes Atlânticas (Angola, Congo, Brasil, Canhão de Baltimore, Bacia Lusitânica, etc.) é muito diferente dos evaporitos, formados durante o Messiniano, no Mar Mediterrâneo ou dos evaporitos das salinas. Um modelo actual da formação de evaporitos ricos em potássio e do enriquecimento das salmouras por espilitização dos basaltos num ambiente não marinho, é o ponto triplo da Etiópia.
Evolução Estelar............................................................................................................................................................................................Stellar Evolution
Évolution stellaire / Evolución estelar / Stellar Evolution / 恆星演化 / Звёздная эволюция / Evoluzione stellare /
Processo pelo qual uma estrela sofre uma série de mudanças radicais durante toda sua vida. Função da massa, o tempo de vida de uma estrela varia entre alguns milhões de anos e milhares de milhões de milhões de anos (109 anos).
Ver: « Estrela »
&
« Sol »
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« Fusão Nuclear »
Todas as estrelas se formam a partir de nuvens de gás e da condensação de poeira do espaço profundo. A composição química dessa nuvem e a quantidade de material que se condensa determina o que vai acontecer com a estrela durante toda a sua vida. Quando uma nuvem de gás interestelar começa a condensar-se sob a sua própria gravitação, qualquer pequena rotação será ampliada, da mesma maneira que a velocidade de rotação de um patinador aumenta à medida que ele cerra os braços. Pequenos redemoinhos se formarão nesta nuvem que gira cada vez mais rapidamente. São estes redemoinhos, que, eventualmente, formarão sistemas estelares. Todo o material gasoso que entra num dado redemoinho liberta uma quantidade enorme de calor. Quanto mais o redemoinho se contrata, mais quente e opaco ele fica, até que a temperatura seja suficiente para que ela comece a brilhar. Um tal objecto é uma protoestrela*. Quando a protoestrela está próximo do colapso total sob a acção do seu próprio peso, ela vai atingir sua temperatura máxima. Na superfície, ela é mais quente do que quando ela se torna uma estrela da sequência principal. Mas é a temperatura do seu interior que determina o destino da protoestrela. Na maioria dos casos, a massa total da protoestrela será inferior de cerca de 8% da massa do Sol, e a temperatura e pressão do núcleo não serão suficientes para que as reacções termonucleares comecem, ou se eles são, o impulso inicial da actividade nuclear empurrará as camadas externas da protoestrela para fora, extinguindo de maneira abrupta as reacções de fusão. Uma tal estrela abortada é uma anã castanha (objecto de pouca luminosidade que não consegue iniciar a fusão de hidrogénio) que é um dos objectos mais difíceis de detectar numa galáxia. Em certos casos, a massa da protoestrela (e, portanto, sua temperatura) será suficiente para inflamar reacções termonucleares estáveis. Imediatamente, a energia liberada a partir do novo núcleo estelar atinge a sua superfície e a estrela recém-nascida entra numa sequência principal, onde irá passar a maior parte da sua vida produtiva. Se a massa de uma estrela é 6o vezes a massa do Sol ela gastará as suas reservas de hidrogénio ao fim de alguns milhões de anos, Uma estrela mais ou menos com a massa do Sol gastará as suas reservas de hidrogénio , mais ou menos, ao fim de 9 x 109 anos. Uma estrela com cerca de 10% da massa do Sol gastará as suas reservas de hidrogénio o fim de 20 x 109 anos. De qualquer maneira desde que uma estrela queimou todo os eu hidrogénio, a sua luminosidade diminui e ela não pode oferecer mais resistência à gravidade. Ela contrai-se, a sua densidade aumenta assim como a temperatura que pode atingir uma centena de milhões de graus. Com uma tal temperatura os átomos de hélio produzidos pela combustão do hidrogénio vão agrupar-se três a três formando um novo átomo de carbono 12 provocando uma grande libertação de energia, uma vez que a massa de um átomo de carbono é menos que a massa de três átomos de hélio. Um tal aumento de radiação equilibra de novo a gravidade, não só a estrela pára de se contrair, mas aumenta várias vezes o seu tamanho inicial. A radiação que se escapa da superfície é centenas de vezes mais importante, mas muito mais diluída. A superfície da estrela arrefece e a sua cor vira ao vermelho formando uma gigante vermelha, que como ilustrado nesta figura vai continuar a evoluir até se transformar numa anã branca.
(*) Objecto que se tornará uma estrela caso a sua massa seja suficiente grande.
Evorsão...................................................................................................................................................................................................................................................................Evorsion
Évorsão / Evorción / Evorsion (Geologie) / Evorsion(地质) / Эворзия / Evorsion (geologia) /
Processo de formação de marmitas no leito dos rios, o que tem um papel muito importante na desnudação. A evorsão corresponde a uma erosão mecânica induzida pelos redemoinhos de água que transporta areia, cascalho ou mesmo pedregulhos em suspensão ou como carga basal.
Ver: « Erosão »
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« Marmita (ninho de galinha) »
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« Descida do Nível do Mar Relativo »
Os gigantes caldeirões ou buracos no leito dos rios, como os ilustrados nesta figura, são cavidades ou buracos perfurados nas em rochas circundantes por correntes de água turbilhonantes que contém pedras, cascalho e outros materiais detríticos. É este tipo de erosão mecânica pela água turbilhonante que transportar areia ou cascalho que certos autores chamam evorsão. O tamanho varia de alguns centímetros a vários metros de profundidade e diâmetro. A ocorrência mais comum é nos cratões, onde existem antigas rochas (granito, gneiss, etc) com diferentes resistências à erosão e em particular à erosão das pedras que rodam numa pequena cavidade e que pouco a pouco aumentam a sua profundidade e diâmetro. Nas áreas onde há diamantes e rochas com quartzo, a dureza destas rochas escava profundos buracos e, por vezes, os diamantes ou os cristais de quartzo continuam presos no fundo de tais cavidades. A dureza dos calhaus deve ser igual ou superior a à dureza do fundo do rio, onde a a marmita se está formando. É por isso que essas marmitas são um bom lugar para encontrar diamantes (como é o caso em certos rios de Angola). Marmitas gigantes podem, também, forma-se quando o terreno é coberto por um glaciar. A água, produzida pelo descongelamento do gelo e neve, forma correntes na superfície do glaciar, que contém uma certa quantidade de detritos, e que quando reunidas numa corrente mais importante que cai numa fissura ou fenda forma uma cascata turbilhão com um grande poder de evorsão. Os lados da fenda são desgastados, e um eixo vertical é formado no gelo. A erosão pode continuar no leito do glaciar formando marmitas gigantes quer vazias, cheias de cascalho, areia ou pedras. Essas cavidades podem constituir uma prova importante da extensão dos glaciares. Uma localidade muito famosa pelas suas marmitas gigantes é o Gletschergarten em Luzerna (Suíça), onde há 32 marmitas gigantes, sendo a maior com cerca de 8 m de largura e 9 m de profundidade. Existem marmitas importantes também na Alemanha, Noruega, Suécia , Finlândia, etc.
Excentricidade ( da órbita terrestre)..............................Eccentricity, Eccentricity of the Earth’s Orbit
Excentricité (de l'orbite terrestre) / Excentricidad (de la órbita terrestre) / Exzentrizität (Astronomie) / 軌道離心率 / Эксцентриситет (отклонение от центра) / Eccentricità orbitale /
Distância da elipse da órbita terrestre a um dos focos. A Terra gira devagar ao redor do Sol, mas a sua órbita muda. A excentricidade da órbita terrestre aumenta e diminui periodicamente. Os períodos de mudança são de 60 e 120 ky. Um período de excentricidade de 400 ky é conhecido igualmente. A rotação da órbita da Terra tem as mesmas consequências que a precessão. Com efeito, os seus efeitos podem adicionar-se.
Ver: « Ciclo de Milankovitch »
&
« Precessão »
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« Glacioeustasia »
Para evitar mal entendidos é bom recapitular alguns dados de base : (i) O Sol “nasce” a Este, “levanta-se” e “põe-se” a Oeste (na realidade, desde há cerca de 500 anos que sabemos que o Sol não nasce, porque é a Terra que orbita à volta do Sol, à velocidade de cerca de 30 km/s, mas enfim…) : (ii) Podia dizer-se que movimento da Terra é de Oeste para Este, uma vez que as estrelas, o Sol “saem” todos de Este e põem-se à Oeste ; (iii) Se olharmos para o Norte, a estrela polar e as outras estrelas deslocam-se no sentido contrário ao das às agulhas de um relógio ; (iv) Se olharmos para o Sul, o movimento é na mesma direcção das agulhas de um relógio ; (v) O movimento é um movimento aparente, porque não são as estrelas que se deslocam, mas nós ; (vi) Para que as estrelas se desloquem de Este para Oeste, a Terra tem que girar ao contrário, isto é, de Oeste para Este ; (vii) Se pudéssemos ver a Terra à vertical do Pólo Norte, fora da atmosfera, veríamos a Terra girar de tal modo que o Ásia estaria à nossa direita e que 6 horas mais tarde estaria à nossa frente e que seis horas mais tarde estaria à nossa esquerda, o que quer dizer que, veríamos que a Terra gira para a esquerda para a direita ; (vii) A Terra gira sobre si mesma, no sentido contrário o movimento das agulhas de um relógio (para Este) em torno de um eixo que intersectando a superfície terrestre, determina os pólos geográficos Norte e Sul. Além destes pontos básicos, todos os geocientistas sabem que a Terra orbita o Sol uma vez por cada 366,26 rotações sobre o seu próprio eixo, o que equivale a 365,26 dias solares ou um ano sideral, o que quer dizer que a Terra realiza um movimento de translação em torno do Sol de Oeste para Este descrevendo uma elipse alongada em 365 dias e seis horas. A excentricidade da órbita da Terra ou excentricidade orbital* varia, periodicamente, de um mínimo de 0,01 a um máximo de 0,07. A periodicidade média da excentricidade é de 100 mil anos, podendo variar entre 90 mil anos e 120 mil anos. Como a excentricidade da órbita da Terra é muito pequena, por ela só, ela afecta pouco a quantidade de energia solar total (desvios da ordem de 0,2 %) recebida por ano, pela Terra. Todavia, a sua influência pode ser a adicionada às criadas por outras variações dos parâmetros orbitais. De qualquer modo, o aumento da excentricidade da órbita terrestre provoca o incremento do contraste Verão / Inverno num hemisfério e a redução desse contraste no outro, dependendo em cada caso das estações do ano em que ocorrem o afélio e o periélio. Se num hemisfério o Verão coincide com o periélio e o Inverno com o afélio então a excentricidade é pronunciada pelo que a radiação solar durante o Verão será muito intensa e a radiação solar no Inverno será muito débil. Pelo contrário, no outro hemisfério os contrastes sazonais estão muito atenuados já que o Verão coincidirá com o afélio e o Inverno com o periélio (http://mitos-climaticos.blogspot.ch/2005/05/excentricidade-da-rbita.html). Como sugerido nesta figura, a excentricidade da órbita da Terra tem uma grande influência sobre a energia recebida do Sol e por conseguinte no clima. A rotação da órbita da Terra à volta do Sol tem as mesmas consequências que a precessão (fenómeno físico que consiste na mudança do eixo de rotação de um objecto). Durante os períodos de grande elongação, a Terra, nos extremos da órbita, é particularmente longe do Sol e ambos os hemisférios recebem quantidades de energia solar anormalmente baixas. Ao contrário, quando a excentricidade é pequena, e sobretudo, quando ela é combinada com uma inclinação oposta do eixo de rotação da Terra, ela cria, no hemisfério Norte, condições climáticas muito agradáveis. A mecânica das órbitas exige, que a duração das estações seja proporcional área da órbita da Terra varrida entre os solstícios (momentos em que a luz do Sol incide com maior intensidade sobre o hemisfério Norte e hemisfério Sul, assim fala-se de solstício de verão em Junho e solstício de inverno em Dezembro) e os equinócios (quando a luz do Sol incide com maior intensidade no equador, são estágios intermediário entre o solstício de verão e o de inverno e fala-se de equinócio de primavera e de outono). Quando a excentricidade orbital for muito grande, as estações que ocorrem no lado mais distante da órbita (afélio) podem ser muito mais longas. Actualmente, a excentricidade está próxima do mínimo (diferença de 0,014 %), assim no hemisfério Norte, o outono e inverno ocorrem na parte mais próxima (periélio), isto é, quando a Terra se desloca com uma velocidade máxima.
(*) Afastamento de uma órbita da forma circular, que é, normalmente, representada por valores entre 0 e 1, embora valores superiores a 1 possam ser observados em algumas órbitas de cometas ou sondas espaciais. Uma órbita circular tem uma excentricidade 0 (e = 0). Uma órbita elíptica tem uma excentricidade entre 0 e 1 (0 < e <1). Uma órbita parabólica tem uma excentricidade 1 (e = 1). Uma órbita hiperbólica tem uma excentricidade maior que 1 (e > 1).
Exógena (planta)............................................................................................................................................................................................................................................Exogen
Exogène / Exógeno / Exogen (Geologie) / Exogen(地质)/ Экзогенный / Esogene (geologia) /
Planta lenhosa cujo caule é formado por acréscimos sucessivos e para o exterior da madeira sob a casca.
Ver: « Estromatólito »
&
« Endógena (planta) »
&
« Endofauna »
A dendrocronologia ou datação das árvores pelos seus anéis é o método científico de datação das plantas exógenas. A dendrocronologia, como ilustrado nesta figura, permite calcular a idade de uma árvore exógena utilizando os anéis da madeira. Esta metodologia tem três principais áreas de aplicação: (i) Paleoecologia, onde é usado para determinados aspectos da ecologia do passado (a mais importante é o clima) ; (ii) Arqueologia, onde é utilizada para datar edifícios antigos, etc., e (iii) Datação por radiocarbono, onde ela é usado para calibrar as idades determinadas pelo radiocarbono. Os anéis de crescimento, também conhecido como anéis anuais, podem ser visto em uma secção transversal horizontal de um tronco de uma árvore cortado, como ilustrado acima. Os anéis de crescimento são o resultado de um novo crescimento no tecido celular da planta - meristema lateral (é o tecido em todas as plantas que se encontrada nas zonas da planta onde o crescimento pode ocorrer), e é sinónimo de crescimento secundário. Os anéis visíveis resultam da mudança da velocidade de crescimento durante as estações do ano. Um anel sublinha um ano da vida da árvore. Os anéis são mais visíveis nas zonas temperadas, onde as estações diferem de forma mais acentuada. A parte interna de um anel de crescimento é formada no início da estação de crescimento, quando o crescimento é relativamente rápido (por isso a madeira é menos densa) e é conhecido como "madeira precoce" ou " madeira de primavera" ou "madeira de primavera tardia". A parte exterior é a "madeira tardia" e por vezes chamada de "madeira de verão", sendo muitas vezes produzida no verão, embora, por vezes, também no outono e é mais densa. O termo "madeira precoce" é utilizado de preferência à "madeira de primavera", uma vez que este último termo pode não corresponder à essa época do ano em climas onde a madeira é formada no início do verão (como, por exemplo, no Canadá) ou no Outono, como para algumas espécies do Mediterrâneo. Muitas árvores em zonas temperadas fazem um anel de crescimento cada ano, com o mais recentes junto à casca. Durante todo o período da vida de uma árvore, forma-se uma anel padrão, que reflecte as condições climáticas em que a árvore cresceu.
Exorréica (hidrografia)...................................................................................................................................................................................................................Exorreic
Exoréique (hydrographie) / Exorréica (hidrografia) / Exorheic (Hydrographie) / 外流 (水文) / Экзореический / Exorheic (Idrografia) /
Quando a drenagem se faz, directamente, para o mar. A drenagem é arréica quando se não se verifica nenhum escoamento superficial ; ela é criptorréica se a água se infiltra no solo por sumidouros.
Ver: « Bacia de Drenagem »
&
« Rio »
&
« Endorreica (hidrografia) »
Este tipo de drenagem, na qual a desembocadura dos rios se faz, directamente, no mar é mais importante na estratigrafia sequencial, uma vez que as variações do mar relativo (combinação da eustasia e tectónica, quer esta se manifeste por subsidência ou levantamento), que são as responsáveis das discordâncias (superfícies de erosão) podem deduzir-se, pelo menos parcialmente, pela rede hidrográfica exorréica. A quando de uma descida significativa do nível do mar relativo*, a desembocadura dos rios exorreicos, desloca-se para quando o mar, o que quer dizer que os biséis de agradação costeiros deslocam-se para o largo e para baixo. Um tal deslocamento, rompe o perfil provisório dos rios (o perfil definitivo nunca é atingido), o que vai obrigar os rios a cavar os leitos para que um novo perfil de equilíbrio provisório seja alcançado. Este deslocamento para o mar da linha da costa cria condições de nível baixo do mar, o que cria uma superfície de erosão, isto é uma discordância, a qual por vezes, e sobretudo quando ela não reforçada pela tectónica, é difícil de reconhecer. É o reconhecimento, no campo ou nos dados sísmicos, dos preenchimentos dos vales cavados (ou vales incisos), durante a fase terminal dos prismas de nível baixo, que permite, muitas vezes, aos geocientistas de localizar as discordâncias (limites dos ciclos estratigráficos), sobretudo à montante da ruptura continental (que pode ou não coincidir com o rebordo da bacia). Na maioria dos casos, durante uma descida do nível do mar relativo, mesmo significativa, a erosão efectua-se, principalmente, junto do rebordo continental (canhões submarinos) e nas regiões adjacentes às correntes de água (erosão ribeirinha ou ripária). Quando o nível relativo do mar sobe (parte final da deposição do prisma de nível baixo e, sobretudo durante, ao cortejo transgressivo), as embocaduras das correntes de água exorreicas são deslocadas para montante, uma vez que há uma retrogradação da linha da costa (os biséis de agradação costeiros, assim com os depósitos costeiros deslocam-se para montante e para cima), o que muitas vezes pode induzir depósitos de transbordo e, principalmente, diques marginais naturais).
(*) Há dois tipos de nível do mar: (i) Relativo e (ii) Absoluto ou eustático. O nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (subsidência quando o sedimentos são alongados ou levantamento quando os sedimentos encurtados, embora em certos, quando há diapirismo, o sedimentos possam ser alongados. Ele é local e referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre que seja o fundo do mar ou a base dos sedimentos. O nível do mar absoluto ou eustático é o nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, que é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas em associação com alastramento oceânico no seguimento da ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar).
Expansão Inflacionária (teoria)...........................................................................................................Inflationary Expansion
Expansion inflationnaire (théorie) / Expansión inflacionaria (teoria) / Inflation (Kosmologie) / 宇宙暴漲 / Инфляцио́нная моде́ль Вселе́нной / Inflazione (cosmologia) /
Estado de expansão, extremamente, rápida que o Universo primitivo parece ter sofrido. Se esta teoria é correcta, o nosso Universo é, praticamente, plano e a densidade média é muito próximo da densidade crítica.
Ver: « Universo Primitivo »
&
« Densidade Crítica (Universo) »
&
« Big Bang (teoria) »
No início de sua vida, o Universo sofreu uma expansão, particularmente, rápida*. Os astrónomos sabem desde à alguns anos que o Universo se está expandindo de acordo com a lei de Hubble, o que implica que o Universo começou num ponto definido no passado. Assim os astrofísicos, pensaram que fazendo o caminho contrário da expansão de Hubble, aplicando as leis da natureza adequadas tudo seria, finalmente, compreendido. Vários problemas escapavam às soluções, cada uma lidando com uma questão fundamental e não sobre o início do Universo. As questões eram: (i) O problema da antimatéria (as leis da física tratam de matéria e antimatéria em pé de igualdade, mas o Universo é feito quase totalmente de matéria) ; (ii) O problema do horizonte (a julgar pela radiação cósmica de fundo que podemos detectar, o Universo é quase todo à mesma temperatura, mas diferentes áreas que ainda que não estiveram em contacto umas com as outras, não estão em equilíbrio térmico) ; (iii) O problema da planitude (o Universo parece ter quase, exactamente, a quantidade de massa e energia necessária para abrandar e parar a expansão de Hubble). Com a inflação, no entanto, o Universo era muito mais compacto antes de 10-35 segundos do que se poderia pensar admitindo o desenrolamento contrário da expansão de Hubble. Durante este período, altamente, comprimido, foi estabelecido o equilíbrio térmico, o qual sobreviveu o longo do período de inflação. A inflação não resolve o problema antimatéria mas sim outros eventos que ocorreram ao mesmo tempo. Quando partículas estão sendo forjados no início do Universo, cerca de 100000000 antipartículas são criados para cada 100000001 partículas ordinárias. Ao longo das próximas fracções de segundo, um par de partículas e antipartículas se aniquilam, mutuamente, e numa explosão de energia, o que, essencialmente, corresponde a uma conversão de massa de radiação. Quando esse processo selectivo terminou, o que resultou é um pouco de matéria ordinária. Todo o Universo conhecido foi feito a partir destes bocado de "lixo".
(*) Universo começou expandir-se à velocidade da luz. Se a expansão tivesse sido sempre a essa velocidade, o raio actual do Universo visível seria o raio real do Universo, o que parece não ser verdade. Por isso, os cientistas propuseram um esquema chamado « Modelo de Inflação » segundo o qual entre 10-33 e 10-32 segundos depois do Big Bang, o Universo se teria expandido a uma velocidade muito maior que a velocidade da luz. O seu raio teria crescido de 10-33 segundos luz, o que igual 3 x 10-25 metros, até 0,1 metros. O intervalo de tempo entre entre 10-33 e 10-32 segundos corresponde a 0,9 x 10-32 s. Como a distância coberta pela luz durante esse tempo é de 2,7 x 10-24 metros, a taxa da expansão foi de 0,1/27 x 10-24 = 3,7 x 1022 vezes mais rápida que à velocidade da luz. Depois o Universo teria continuado a expandir-se à velocidade da luz (C. Emiliani, 1995). Se o modelo de inflação for correcto, o raio actual do Universo seria 3,7 x 1022 vezes maior do que o raio do Universo visível. Se esférico, o Universo inteiro conteria cerca de 5 x 1067 universos tão largos como o Universo visível.
Expansão Oceânica......................................................................................................................................................................Seafloor Spreading
Expansion océanique / Expansión oceánica / Ozeanbodenspreizung, Meeresgrund Verbreitung / 海底扩张 / Спрединг океанического дна / Espansione della crosta oceanica /
Processo no qual o fundo oceânico se estende quando duas placas litosféricas se afastam uma da outra. À medida que as placas litosféricas se afastam a dorsal média oceânica (cadeia de montanhas submersas) se desenvolve na medida em que novo o material do manto chega à superfície (fundo do mar) ao longo do rifte oceânico*.
Ver: « Subducção do Tipo-B (Benioff) »
&
« Estratigrafia Paleomagnética »
&
« Magnetostratigrafia »
A maior parte dos geocientistas pensa que o campo magnético da Terra é induzido pelo movimento do ferro líquido no núcleo exterior enquanto a Terra gira. O campo magnético comporta-se como se um íman permanente estivesse fixado perto do centro da Terra, inclinado cerca 11° em relação ao eixo de rotação da Terra. O campo magnético norte, medido com uma bússola, difere do norte geográfico, o qual corresponde ao eixo de rotação da Terra. Colocando um magnete (íman) debaixo de uma folha de papel na qual se espalhou limalha de ferro, forma-se um padrão típico criado pelo campo magnético criado pelo magnete. Com o campo magnético terrestre sucede a mesma coisa. A orientação actual do campo magnético terrestre caracteriza uma polaridade normal. Nos anos 60, os geofísicos descobriram que o campo magnético se inverteu, periodicamente, isto é, que o pólo Norte, ao longo da história geológica, se transformou em pólo Sul e vice versa. Como ilustrado nesta figura, a Terra teve períodos de polaridade inversa que alternaram com períodos de polaridade normal, os quais foram, mais ou menos, fossilizados durante o alastramento oceânico. Lembramos que a expansão ou alastramento do fundo oceânico é um movimento contínuo, de velocidade entre 1 a 15 cm/ano (*), que permite a formação de nova crusta oceânica ao nível da dorsal médio oceânica (injecção de diques vulcânicos com toldo) e que desloca consigo os continentes (como um tapete rolante transporta as pessoa ou objectos). Embora o campo magnético se tenha invertido várias vezes, a Terra continuou a mover-se sem mudar o sentido de rotação (a Terra gira sobre si mesma, no sentido contrário o movimento das agulhas de um relógio) e de translação (Terra realiza um movimento de translação em torno do Sol, de Oeste para Este, descrevendo uma elipse alongada em 365 dias e seis horas). As lavas basálticas que contém minerais ricos em ferro, como a magnetite, actuam como bússolas, quer isto dizer, que os minerais ricos em ferro arrefecendo abaixo do ponto de Curie (temperatura a qual determinados materiais sofrem a uma mudança total das suas propriedades magnéticas) e tornam-se magnéticos na direcção do campo magnético terrestre. O estudo do magnetismo antigo registrado nas rochas (paleomagnetismo) permitiu aos geocientistas mostrar, como ilustrado acima, que durante os últimos 5 milhões de anos, houve quatro inversões de polaridade magnética: (i) Brunhes, polaridade normal, entre hoje e 0,7 milhões de anos atrás ; (ii) Matuyama, polaridade inversa, entre 0,7 e 2,5 milhões de anos atrás ; Gauss, polaridade normal, entre 2,5 e 3,3 milhões de anos atrás e Gilbert, polaridade inversa, entre 3,3 e 5,0 milhões de anos atrás, o que fornece um excelente método de datação das rochas (estratigrafia paleomagnética). Para explicar as inversões magnéticas e o padrão associado, os geocientistas avançaram a teoria do alastramento oceânico (“sea-foor spreading” dos geocientistas de língua inglesa, expressão que não deve ser traduzida expansão oceânica). Na realidade, a teoria da tectónica das placas que não é outra coisa que uma geometrização da teoria do alastramento oceânico, ocultou e eliminou quase completamente a teoria da deriva dos continentes de Wegener (**). Por outro lado, quase cinquenta anos depois do reconhecimento que as anomalias positivas, ou seja, para as quais o campo magnético medido é superior ao campo magnético médio actual, e as negativas desenham um verdadeiro padrão zebrado (pintando de branco e preto as anomalias positivas e negativas) de uma parte e de outra das dorsais médio oceânicas, nenhuma teoria física explicativa satisfatória foi ainda avançada para explicar a este fenómeno geológico. Os geocientistas falam de convecção mantélica, mas são incapazes de associar de maneira apropriada a dissipação de energia, cuja fonte é o manto terrestre, e a mecânica das placas. Como disse Claude Allègre (“l’Ecume de la Terre, Fayard, 1999), “Sabemos como, mas ignoramos o porquê”
(*) A morfologia do rifte oceânico corresponde bem à exprimida na definição original de J.W. Gregory (1984) que utilizou pela primeira vez na geologia o termo vale de rifte (“Rift-vallley” dos geocientistas anglo-saxões) para caracterizar a morfologia dos vales da África Oriental : “vale linear com lados paralelos e quase verticais distantes entre 30 e 100 km separados dos planaltos circundantes por grandes escarpas cuja altura pode atingir alguns milhares de metros e cuja base, provavelmente caiu ao longo de falhas normais”. A morfologia das bacias sedimentares criadas durante o alongamento dos supercontinentes, não quadra com a morfologia de um vale de rifte. Na maior parte das vezes, não existe anomalia topográfica negativa significativa associada (excepto quando a taxa de alongamento ou de extensão é muito maior que a taxa de preenchimento), visto que à medida que o espaço disponível para os sedimentos é criado (pelo alongamento da litosfera do supercontinente) ele é, imediatamente, preenchido por sedimentos e, assim a topografia é sempre, praticamente, plana.
(**) A unidade das velocidades do alastramento oceânico é o centímetro por ano, as variações são, mais ou menos, de 1 a 20 centímetros/ano. Para apreciar as ordens de grandeza: 1 centímetro (ano equivale a 10 quilómetros por milhão de anos ou seja 1000 quilómetros por 100 milhões de anos. Para abrir o Oceano Atlântico, à razão de 2 cm por ano de cada lado da dorsal média Atlântica, foram necessário cerca de 150 milhões de anos.
(***) Em 1929, A. Holmes, que trabalhava sobre o papel da radioactividade na temperatura no globo terrestre, descobriu que o calor produzido pelo decaimento radioactivo devia, necessariamente, ser evacuado. Procurando como este calor podia ser descarregado, ele propôs movimentos de convecção no manto. Se houver correntes de convecção no manto, então as correntes de convecção podem ser o motor da deriva dos continentes de Wegener. Holmes relançou o debate da deriva continental em 1930. Os críticos da deriva continental, e sobretudo Harold Jeffreys, mostram que o fluxo convectivo não têm a energia para dividir um continente. Em 1945, Holmes mudou sua hipótese e sugeriu que cristas oceânicas são as marcas do fluxo ascendente convectivo do manto. Sua hipótese foi refutada porque geólogos garantiram que movimentos sólidos são impossíveis. A ideia de convecção do manto é marginal até 1960. Em 1962, H. H., Hess, retomou a teoria da A. Holmes e a corroborou graças às descobertas sobre a composição dos fundos oceânicos. A teoria Hess foi outra bomba no mundo da geologia, uma vez que ela relançou o debate sobre a deriva continental. Mas uma ajuda inesperada veio dos estudos estudos geomagnéticos.(http://svt4vr.e-monsite.com/pages/premiere/la-tectonique-des-plaques/de-la-derive-des-continents-a-la-tectonique-des-plaques.html)
Exsudação......................................................................................................................................................................................................................................................................Seep
Exsudation / Exhudación / Exsudation / 渗出 / Экссудация (выпотевание) / Essudazione /
Emergência, em geral, à superfície da Terra, de água ou outros fluídos, como óleo ou gás, geralmente associação com falhas ou afloramentos de rochas reservatório.
Ver : « Asfalto »
&
« Petróleo »
&
« Gás »
Esta fotografia ilustra as exsudações de petróleo de Water Creek (Montanhas de Santa Cruz, Estados Unidos), as quais degradam gravemente, de maneira natural, a qualidade da água dos lençóis freáticos e põem em perigo a vida de muitos animais selvagens. As exsudações de petróleo são boas indicações da presença de um sistema petrolífero não muito longe. Como costumavam dizer os antigos geocientistas franceses, elas podem ser interpretadas de duas maneiras totalmente opostas: (i) Elas podem representar a vanguarda de um batalhão escondido em profundidade, ou (ii) A retaguarda de um batalhão destruído. A bacia Lusitânica, em Portugal é, tipicamente, um exemplo do primeiro tipo. Pelo menos desde a época em que o geólogo francês Paul Choffaz fez a carta geológica de Portugal (salvo erro em 1898), a maioria das exsudações de hidrocarbonetos foram reportadas. Contudo, até hoje, e não obstante o enorme esforço financeiro gasto na pesquiza petrolífera em Portugal, os resultados são mais do que medíocres (nenhuma acumulação economicamente rentável foi encontrada). Não obstante, alguns geocientistas optimistas, dos quais nós fazemos parte, continuam a pensar que a bacia Lusitânica, não está completamente explorada, uma vez que todos os poços de pesquiza testaram armadilhas estruturais, o que é uma má estratégia de pesquiza quando, como toda a gente sabe, que a bacia foi invertida e que a idade da inversão é posterior a idade da migração dos hidrocarbonetos. Ao contrário da bacia Lusitânica, a bacia de Guárico, na Venezuela, corresponde ao segundo caso, isto é, a grande maioria dos campos petrolíferos da Venezuela foram descobertos perfurando as exsudações de petróleo, quer isto dizer, os “ menes” como dizem os autóctones da região. A grande maioria dos campos petrolíferos do offshore da Venezuela foram descobertos sem dados sísmicos, unicamente, a partir das exsudações e dos dados geológicos de campo. Além disso, sabe-se hoje, que mais de 80% das reservas recuperáveis mundiais foram descobertas sem dados sísmicos e que cerca de 20% dos campos petrolíferos contém 80 % das reservas o que confirma que a lei de Pareto* marcha, perfeitamente, nas ciências da Terra.
(*) O princípio de Pareto (também conhecido como regra do 80/20, afirma que, para muitos eventos, aproximadamente 80% dos efeitos vêm de 20% das causas. Foi economista italiano Vilfredo Pareto que no "Cours d'économie politique". mostrou que aproximadamente 80% da terra da Itália na pertencia a 20% da população.
Extinção em Massa (organismos)........................................................................................................................................Mass Extinction
Extinction en masse (organismes) / Extinción en masa (organismos) / Massenaussterben / 生物集群 / Массовое вымирание / Estinzione di massa /
Desaparecimento de uma parte da biota do mundo em associação com vários tipos de tipos de catástrofes. Teoricamente, uma extinção é associada a um evento rápido, durante o qual uma parte significativa da vida na Terra é extinta e as formas de vida, que se extinguiram, pertenciam a filos diferentes, vivam em ambientes diferentes e estavam espalhados por todo o mundo.
Ver: « Fóssil »
&
« Teoria da Evolução »
&
« Paleogeografia »
A definição de extinção em massa é um pouco difícil, porque a palavra "catástrofe" é quase sempre utilizado em relação à vida humana ou perda de propriedade, ao passo que, até recentemente, as extinções em massa foram os eventos fora da experiência humana e influência. A definição de "extinção em massa " deve incluir: (I) Um evento rápido ; (ii) Durante o qual uma parte significativa de toda a vida na Terra foi extinta e (iii) As formas de vida que se extinguiram deve ter pertencido a filos diferentes, vivido em ambientes diferentes e espalhados por todo mundo. A última parte desta definição, sugere, fortemente, que as causas da extinção em massa são, predominantemente, externas à biota. Causas internas podem incluir a evolução de um germe mortal, particularmente, virulento, isto é, um vírus ou bactéria, mas é difícil de imaginar que um desses germes possa afectar diferentes filos na terra e no mar. As cinco maiores extinções em massa na história da Terra ocorreram : (i) No fim do período Ordovícico (cerca de 438 milhões anos atrás), onde cerca de 100 famílias extinguiram-se e mais de metade das espécies de braquiópodes e briozoários se extinguiram ; (ii) No fim do Devónico, há cerca de 360 Ma, na qual cerca de 30% das famílias de animais se extinguiram ; (iii) No final do período Pérmico, há cerca de 245 Ma ; as Trilobites extinguiram-se assim como cerca de 50% de todas as famílias de animais e 95% de todas as espécies marinhas e muitas árvores morrem ; (iv) No fim do Triásico, isto é, há 208 Ma, quando 35% de todas as famílias de animais morrem e a maioria das famílias dos primeiros dinossauros foram extintas assim como a maioria dos sinapsídeos (excepto os mamíferos) ; (v) No limite entre o Cretácico e Terciário (cerca de 65 Ma),durante a qual, mais ou menos, metade de todas as formas de vida morreram. Provavelmente houve extinções em massa antes do Fanerozóico, mas como não havia animais com partes duras do corpo, o registo fóssil é pouco significativo.