Limite de Ciclo-Sequência....................................................................................................................................Sequence Boundary

Limite de cycle-séquence / Límite de ciclo secuencia / Sequence Begrenzung / 序边界 / Границы секвенций / Limite di sequenza /

Discordância de Tipo I ou II ou a paraconformidade correlativa em água profunda. As superfícies basais das progradações só são limites de um ciclo sequência, na parte distal da planície abissal, onde as progradações do grupo de cortejos de nível alto e, particularmente, do prisma de nível alto (PNA) repousam, directamente, sobre o limite inferior do ciclo-sequência.

Ver: « Ciclo Estratigráfico »
&
" Ciclo Sequência "
&
« Discordância »

No modelo matemático (software Marco Polo), ilustrado nesta figura, são assumidas as conjecturas seguintes : (1) A eustasia (variações do nível do mar absoluto ou eustático ou seja, do nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite) é o factor principal que controla a ciclicidade dos depósitos sedimentares ; (2) Os intervalos sedimentares têm uma grande completude (relação entre o tempo de deposição e o tempo total do intervalo) ; (3) A eustasia, subsidência, acomodação, acarreio sedimentar e o clima são os parâmetros geológicos principais que determinam a configuração dos estratos ; (4) As variações da subsidência e acarreio sedimentar são mais lentas que as variações eustáticas ; (5) O acarreio sedimentar é constante no tempo e espaço ; (6) A subsidência aumenta progressivamente, de maneira linear, em direcção das partes profundas da bacia ; (7) O intervalo de tempo entre cada linha cronostratigráfica é de 100 k anos, o que quer dizer, que à escala geológica, os processos de deposição são instantâneos e catastróficos (para o Fanerozóico, que durou, mais ou menos, 600 My, todo o intervalo de duração inferior 6 My, ou seja 1/100 de 600 My, é considerado instantâneo). Neste modelo três ciclos estratigráficos ditos ciclos sequência, induzidos por ciclos eustáticos de 3a ordem, ou seja, ciclos eustáticos com um tempo de duração que varia entre 0,5 e 3-5 My, reconhecem-se sem dificuldade pelas discordâncias que os limitam (os biséis de agradação costeiros e os biséis superiores por erosão que caracterizam as discordâncias são facilmente reconhecidos). Ao contrário da estratigrafia genética, na qual os limites entre os diferentes intervalos são as superfície da base das progradações que fossilizam as superfícies diacrónicas de ingressão marinha máxima, na estratigrafia sequencial, os limites entre os ciclos estratigráficos, qualquer que seja a sua hierarquia (ciclos de invasão continental, subciclos de invasão continental e ciclos sequência), são as discordâncias. Uma discordância é uma superfície de erosão criada por uma descida significativa do nível do mar relativo (nível do mar local, referenciado a um ponto qualquer da superfície terrestre e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global e referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica), que pôs o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia ou, por outras palavras, que exumou as rochas da plataforma e do talude continental superior. Os ciclos estratigráficos estão associados a ciclos eustáticos, uma vez que são as descidas significativas do nível do mar relativo que os limitam. A hierarquia de um ciclo estratigráfico é determinada pela a hierarquia do ciclo eustático que o induziu (função do tempo de duração do ciclo eustático). Os geocientistas, que trabalham na pesquisa petrolífera, utilizam mais a estratigrafia sequencial do que a estratigrafia genética, uma vez que todas as rochas-reservatório potenciais (água profunda ou não) terminam por biséis de agradação contra as discordâncias, o que facilita muito a sua identificação. A estratigrafia genética é utilizada para a determinar a posição, mais provável, das rochas-mãe marinhas, visto que elas se depositam, em geral, em associação com o topo da fase transgressiva dos ciclos de invasão continental nas partes distais da plataforma continental. No modelo ilustrado acima, o ciclo-sequência (1), que é o mais antigo está incompleto. Da base para o topo, reconhecer-se : (i) Discordância Inferior ; (ii) O subgrupo inferior, ou seja o Intervalo Transgressivo (IT) do grupo de cortejos sedimentares de nível alto (CNA) ; (iii) O subgrupo superior, ou seja, o Prisma de Nível Alto (PNA) do grupo de cortejos sedimentares de nível alto (CNA) Prisma de Nível Alto (PNA) ; (iv) Grupo de Cortejo de Bordadura da Plataforma (CBP) e (v) Discordância Superior. O segundo ciclo-sequência (2) está completo. Entre as duas discordâncias que o limitam, ele é composto pelo grupo de cortejos de nível baixo (CNB), no qual se reconhecem os três subgrupos : (a) Cones Submarinos de Bacia (CSB) ; (b) Cones Submarinos de Talude (CST) e (c) Prisma de Nível Baixo (PNB), o qual está fossilizado pelo Intervalo Transgressivo (IT) e este pelo Prisma de Nível Alto (PNA), os quais para lá da ruptura continental estão muito condensados. O terceiro ciclo-sequência (3) está representado, unicamente, pelo grupo de cortejos de nível baixo (CNB), onde se reconhecem os cones submarinos de bacia (CSB) de geometria subhorizontal e em agradação contra a paraconformidade correlativa, em água profunda, da discordância, e os cones submarinos de talude (CST) com a sua característica geometria em asas de gaivota. A geometria progradante do Prisma de Nível Baixo (PNB) está bem marcada.

Limite Estratigráfico.............................................................................................................................................Stratigraphic Boundary

Limite stratigraphique / Límite estratigráfico / Stratigraphische Grenze / 地层界线 / Стратиграфическая граница / Confine (limite) stratigrafica /

Superfície que separa diferentes litologias induzidas por diferentes ambientes de deposição. Há duas famílias de limites estratigráficos: (A) Superfícies estratigráficas físicas (estratificação, descontinuidade diacrónicas, etc.) e B) Superfícies de litofácies ou biozonas, que podem ser sincrónicas, quando paralelas aos planos de estratificação ou diacrónicas quando oblíquas.

Ver: « Biozona »
&
« Limite do Ciclo Sequência »
&
« Superfície de Estratificação »

Na estratigrafia sequencial os limites estratigráficos que mais nos interessam são os limites entre os ciclos estratigráficos, isto é, as discordâncias (superfícies de erosão) criadas pelas descidas significativas do nível do mar relativo, o que não tem nada a ver com os cinco tipos sugerido pelo Guia Estratigráfico Internacional (GEI, 1980), onde os prefixo holo-, para-, lecto-, neo- e hipo, são utilizados para designar certas características das unidades ou de um limite estratigráfico, mas que na realidade nenhum geocientista utiliza. Nós consideramos, unicamente, as discordâncias e as superfícies de base das progradações. Assim, nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do onshore da Argélia, de baixo para cima, diferentes intervalos sedimentares, limitados por discordâncias, podem ser reconhecidos: (i) O Soco, que corresponde a um substrato Pré-Câmbrico ; (ii) Um intervalo Câmbrico / Ordovícico, com uma configuração interna, mais ou menos, paralela, que repousa em discordância sobre o soco Pré-Câmbrico e que foi, profundamente, erodido durante as glaciações do Ordovícico Tardio (o preenchimento de vales glaciários é evidente) ; (iii) Um intervalo Glaciário (Glaciário 1), não muito discordante do conjunto Câmbrico / Ordovícico e, que, praticamente, não tem reflectores internos ; (iv) Os Preenchimento dos Vales Glaciários, criados durante a grande fase de erosão glaciar do Ordovícico Tardio (Glaciário 2), cujas configurações internas são sub-horizontais, provavelmente, associadas com as ingressões marinhas do Silúrico, e em associação com as quais se depositaram sedimentos ricos em matéria orgânica (rochas-mãe potenciais) ; (v) Um intervalo Silúrico (Silúrico Tardio), argiloso com uma configuração interna paralela, concordante com o preenchimento dos vales glaciários subjacentes e (vi) Os Sedimentos pós-Silúrico, que têm com uma configuração interna paralela. As superfícies erosivas de origem glaciária que delimitam os ciclos glaciários parecem, muitas vezes, discordâncias angulares (discordâncias crípticas reforçadas pela tectónica), enquanto os limites entre os diferentes intervalos marinhos correspondem a discordâncias eustáticas, mais ou menos crípticas*, induzidas por descidas significativas do nível do mar relativo (nível do mar local, referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre, quer ele seja o fundo do mar ou a base dos sedimentos e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, o qual é, global, e referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica). A configuração interna dos intervalos glaciários é praticamente sem reflexões, enquanto os intervalos marinhos têm, aproximadamente, uma configuração interna paralela. Os limites entre estes intervalos são estratigráficos. Eles sublinham um hiato, que quando é importante, corresponde a discordância. Ao longo de um limite estratigráfico o hiato varia de um lugar para outro. O conceito de superfície de estratificação é, totalmente, dependente da escala tempo e das rochas consideradas. As discordâncias, nas partes profundas das bacias, têm um hiato mínimo que dá a idade da discordância (idade da descida relativa do nível do mar, que criou a superfície de erosão que a caracteriza e que em água profunda passa a uma conformidade correlativa). Os limites de um ciclo-sequência correspondem a superfícies de erosão, na parte proximais da bacia (planície costeira, plataforma e talude continental superior) e a uma paraconformidade correlativa que correlaciona, costa acima, com a discordância, nas partes profundas da bacia (sopé continental e planície abissal). A idade de uma discordância só se pode determinar, correctamente, datando os horizontes pelágicos que capam as camadas turbidíticas dos cones submarinos de bacia. A história climática da Terra desde 2,5 Ma foi controlada pelas variações na órbita planetária de Milankovitch, compreendendo períodos alternados de glaciação e degelo com uma frequência dominante de 41000 anos. Concomitantemente, o nível do mar eustático flutuou de 70 a 130 m, causando ingressões marinhas e regressões sedimentares rápidas da linha de costa em todas as plataformas continentais do mundo.

(*) Discordância que não está, pelo menos localmente, exagerada pela tectónica e que é difícil de reconhecer. Este tipo de discordância é muito frequente nas bacias onde os regimes tectónicos extensivos são predominantes. Isto é particularmente verdadeiro a montante do rebordo da bacia e em água profunda. As discordâncias são crípticas, visto que a erosão, que as caracteriza é difícil de pôr em evidência. A montante do rebordo da bacia, unicamente, os preenchimentos dos vales cavados sublinham a superfície de erosão, que acompanha a descida relativa do mar. A jusante do rebordo da bacia, os canhões e vales submarinos são particularidades que permitem a identificação dos limites dos ciclos estratigráficos, isto é, das discordâncias e suas conformidades correlativas.

Limite Externo de Rebentação.................................................................................................................Outline of Breakers

Limite externe de déferlement / Límite externo de rompimiento de ola / Äußere Grenze der Brandung / 冲浪的外部界限 / Внешняя граница прибоя / Limite esterno del surf /

Limite que separa a zona de ondulação (do largo ou mar aberto) da zona de rebentação das ondas do mar. O limite externo da rebentação, em geral, corresponde à pré-praia, isto é, à zona entre a corrente de deriva litoral e as crista pré-litorais.

Ver : « Praia »
&
« Zona de Rebentação »
&
« Onshore (em terra) »

Como sugerido neste esquema, desde que a profundidade do mar é inferior ao comprimento de onda* das ondas de oscilação estas transformam-se em ondas de translação (quando as ondas se quebraram, a água anteriormente na crista escorre pela face frontal e continua a atravessar a zona de rebentação). Uma onda viaja, mas a água não vai a lugar algum. O movimento circular da água, quando a onda passa, é circular orbital, vai para a frente e para cima quando uma crista passa, e para baixo e trás na passagem de uma cava. Não esqueça que não são as partículas de água que deslocam, mas as cavas e as cristas induzidas pelos traço das orbitas descritas pelas partículas de água (as cavas seguem a base das órbitas enquanto que as cristas seguem os topos). Dito de outra maneira, na ondulação oceânica não é água que se desloca, mas a fase da superfície da água. Tudo se passa como nas “olas” (ondas em português) realizadas pelos espectadores de um desafio de futebol, que em um movimento colectivo e sincronizado, se põem de pé em filas, levantam os braços e sentam-se novamente, dando a impressão visual de uma grande onda percorrendo as bancadas do campo. Obviamente, os espectadores não se deslocam, o que se desloca são as cristas e as cavas que eles criam por um movimento orbital de se levantar e baixar. Nas ondas quebradas (depois da rebentação) a água desloca-se realmente. Efectivamente, nas ondas de translação a água do mar é transportada para a praia, ao passo que nas ondas de oscilação, não existe transporte da água de um lado para o outro da onda. A linha de demarcação entre as ondas de oscilação e a ondulação do alto mar (caracterizada por um período de 30-300 segundos, várias centenas de metros de comprimento, altura de poucos metros e velocidade de várias centenas de quilómetros por hora) é, para certos geocientistas, o limite externo terno de zona de rebentação, ou seja, onde as ondas do mar se quebram. As ondas quebram-se quando alcançam uma profundidade, medida a partir do mar parado, igual a 1/3 da sua altura (distância vertical entre o topo de uma onda e o fundo do cava da onda adjacente). Em águas profundas, as ondas quebram quando a razão entre a sua altura e o seu comprimento (distância horizontal entre um ponto de uma onda e o seu ponto correspondente na onda seguinte) ultrapassa 1/7. Depois de uma onda rebentar, a água desloca-se para a parte dianteira da praia formando a corrente de afluxo. A rebentação (quebra) de uma onda consiste num aumento de curvatura da onda, que implica um desequilíbrio e colapso da crista. A forma como uma onda rebenta depende da relação entre entre a altura e comprimento da onda, assim como da inclinação e rugosidade do fundo do mar. Moreira (1984), distingue três tipos de rebentação: (i) Encapelada, quando a crista da onda se levanta, arredondada, e enrola-se em voluta sob ela própria, caindo contra a sua base, o que acontece quando o substrato é inclinado e regular e a relação entre a altura e comprimento da onda é fraco ; (ii) Em Derrame, quando a crista da onda se torna angulosa e quebra na parte superior, junto ao vértice, com formação de novelos de espuma, que deslizam na frente da onda, o que acontece quando o substrato é pouco inclinado e sempre que a razão entre a altura e o comprimento da onda é grande (consequência de ventos fortes) e (iii) Enrolada, quando a crista da onda, arredondada, aumenta o raio de curvatura até se quebrar na parte superior ou média, com formação de rolos de espuma, o que acontece quando o substrato é muito inclinado e as ondas são muito altas (ondas de tempestade, que rebentam, paralelamente, à linha da costa numa grande extensão). Dentro da zona de rebentação, pode diferenciar-se a zona de espraiamento, que é caracterizada por uma camada turbulenta de água que lava a praia depois que uma onda se tenha quebrado, e a linha que marca o limite da corrente de refluxo (na praia, o momento das ondas transporta-as para a terra por uma corrente que se chama corrente de afluxo; as ondas lavam e transportam a areia e outras partículas mais finas para a praia. Todavia, esta corrente de afluxo ao perder energia, devido ao atrito do fundo do mar e ao declive, inverte de sentido, originando outra corrente, que se chama corrente de refluxo).

(*) Em física, o comprimento de onda (representado pela letra grega lambda (λ), é a distância entre valores repetidos sucessivos num padrão de onda. Numa onda sinusoidal ou onda seno é uma forma de onda cujo gráfico é idêntico ao da função seno generalizada : y = A s e n ( k x − ω t − φ ) + D, onde: A é a amplitude ; k é o número de onda ; ω é a frequência angular ; φ é a mudança de fase ; D é o deslocamento ou deslizamento vertical (“offset” termo utilizado para indicar a diferença em relação a um valor de referência). O comprimento de onda é a distância (paralela à direcção de propagação da onda) entre repetições da forma de onda. ”Pode, então, ser representada pela distância entre picos (máximos), vales (mínimos), ou duas vezes a distância entre nós.

Limite de Irrupção (espraiamento)...................................................................................................................................Limit of Uprush

Limite du jet de rive / Límite de irrupción (espraiamento) / Beschränken Vorfeld / 限制助跑 / Верхняя граница прибоя волны / Limite di uprush /

Fim do espraiamento, isto é, o ponto onde a corrente de afluxo se inverte e se transforma em corrente de refluxo, a qual se dirige para o mar segundo a linha de maior declive do fundo.

Ver: « Quebra (colapso) da Onda »
&
« Rebentação »
&
« Limite de Refluxo (espraiamento) »

As ondas do mar viajam como uma forma, o que quer dizer, que a água fica sempre, mais ou menos, no mesmo lugar. Para compreender isto basta observar um tronco de árvore ou outro qualquer objecto que flutue no mar. Ele desloca-se um pouco em direcção da costa, quando a crista da onda passa e, depois, volta para trás quando a cava entre duas ondas passa. O tronco de árvore fica sempre, mais ou menos, no mesmo lugar, como, aliás, a água à sua volta. Quando estas ondas de oscilação (como as ondas de mar alto) se aproximam da costa elas tornam-se cada vez mais altas e as cristas cada vez mais agudas (quebras-mar), até que elas se quebram, perto da costa e formam as correntes da ressaca (ondas de translação). Depois de se quebrarem, na zona de rebentação, as ondas, agora menos altas, continuam a deslocar-se, quebrando-se outra vez próximo da linha da costa. Desde que uma onda se quebra, a água desloca-se, perpendicularmente, à direcção das ondas sobre o substrato, em direcção do continente (corrente de afluxo), para depois, descer segundo o declive do substrato em direcção ao mar (corrente de refluxo). O limite de irrupção, como ilustrado neste esquema, corresponde à linha de máxima extensão da corrente de afluxo, sendo a zona de espraiamento, a zona limitada entre o limite da irrupção (corrente de afluxo) e a linha de máxima de extensão da corrente de refluxo. A corrente de afluxo pode transportar para montante areia e mesmo seixos e calhaus, quando as ondas são, suficientemente, altas. A corrente de refluxo, transporta as partículas sedimentares outra vez para jusante. A velocidade (v) à qual as ondas se aproximam da costa pode determinar-se dividindo o comprimento de onda (L) pelo período (T). Quando L é cera de 24 m e T 8 segundos, a velocidade é 3 m/s. O período da maior parte das ondas dentro da zona de rebentação varia entre 2 e 20 segundos, e L entre 6 e 600 m, o que dá velocidades entre 3 e 30 m/s. A uma profundidade de metade de L, o movimento orbital (movimento de um objecto numa órbita à volta de um ponto fixo) das partículas de água das ondas de oscilação desaparece, assim como a acção erosiva das vagas, a qual normalmente não ultrapassa 50 m profundidade.

Limite de Refluxo (espraiamento).......................................................................................................................................Limit of Backrush

Limite du courant de retrait / Límite de corriente de reflujo / Strombegrenzung für den Rückzug / 撤回的电流限制 / Мористая граница отката волны / Limite di corrente di ritiro /

Extensão máxima da corrente de refluxo a partir da qual uma corrente de deriva da praia pode estar presente. O limite da corrente de refluxo, que marca o espraiamento, é, mais ou menos, a linha de demarcação da presença de ondas na praia.

Ver: « Quebra (colapso) da Onda »
&
« Rebentação »
&
« Limite Externo de Rebentação »

Desde que uma onda do mar se quebra junto da costa, forma-se um corrente, que se dirige para montante, perpendicularmente, à direcção das ondas do mar (geralmente é oblíqua à linha de costa), que se chama a corrente de afluxo ou jacto de rebentação. A corrente de afluxo ao deslocar-se para montante perde energia, devido ao declive e atrito do substrato (em geral constituído, ou melhor coberto por uma camada, mais ou menos, espessa de areia), e inverte o sentido. Esta inversão cria uma nova corrente, chamada de refluxo, que se dirige para o mar escoando-se ao longo o declive do substrato. As correntes de afluxo e refluxo não só se deslocam em sentidos contrários, mas têm direcções de escoamento diferentes. A corrente de afluxo escoa-se perpendicularmente à direcção das ondas (que em geral é oblíqua à linha da costa), enquanto que a corrente de refluxo se escoa segundo o declive (linha da maior inclinação) do substrato. Unicamente, quando a direcção da ondas é paralela a linha da costa é que as correntes da ressaca (conjunto das corrente de afluxo e refluxo) têm escoamentos paralelos. Neste caso particular, não há formação da corrente de deriva da praia, a qual, em geral, limita a jusante a corrente de refluxo. Não confundir a corrente de deriva litoral, que limita a jusante a zona de rebentação (faixa onde as ondas se aproximam até que o aumento de altura e constrangimento as quebre na zona de ressaca), com corrente de deriva da praia que limita a jusante a zona da ressaca ou do espraiamento (certos geocientistas consideram a zona de espraiamento como sinónimo da zona intramareal, o que não é o nosso caso), que é o domínio da corrente de afluxo e refluxo. Pode dizer-se que a extensão máxima de uma corrente de refluxo é a onda seguinte, uma vez que uma corrente de refluxo dirige-se em direcção da cava da onda seguinte. É evidente que uma corrente de refluxo não tem nada a ver com uma corrente de retorno (admitindo que este tipo de corrente exista), que, para certos autores, é a corrente que se desloca junto ao fundo do mar e escoa para o largo a corrente de refluxo.

Limite Superior (cones submarinos de talude) ..........................................................................................................Top Slope Fan

Limite supérieur (cônes sous-mrins de talus ) / Límite superior (conos submarinos de talud) / Obere Grenze (Steigung Lüfter), Top Hang Fan Oberfläche / 顶斜坡扇面 / Верхний предел (подводных конусов склона) / Limite superiore (fan sottomarine della pendenza) /

Interface entre os dois subgrupos superiores do cortejo sedimentar de nível baixo (CNB), isto é, entre os cones submarinos de talude (CST) e o prisma de nível baixo (PNB). Como este limite corresponde a uma superfície da base das progradações (neste caso do prisma de nível baixo) ele representa uma superfície diacrónica (sem valor cronostratigráfico).

Ver: « Ciclo Estratigráfico »
&
« Cone Submarino do Talude »
&
« Superfície da Base das Progradações »

Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica regional do offshore da Namíbia, um ciclo estratigráfico dito ciclo sequência, induzido por um ciclo eustático de 3a ordem (tempo de duração entre 0,5 e 3-5 My), é bem visível entre as duas discordâncias (superfícies de erosão coloridas em azul). Estas duas superfícies de erosão, foram induzidas por duas descidas significativas do nível do mar relativo (nível do mar, local, referenciado à base dos sedimentos ou ao fundo do mar, que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático*, que puseram o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia, como o preenchimento de um vale cavado (limite inferior do ciclo sequência inferior) e de um canhão submarino (limite superior do ciclo sequência) o sugerem. As terminações dos reflectores (biséis de agradação costeiros e marinhos e biséis somitais ou superiores por truncatura) corroboram as duas discordâncias, que nos ambientes menos profundos do ciclo sequência sublinham um hiato importante (o hiato mínimo ocorre na parte profunda da bacia onde se depositam os cones submarinos). Como a diferença de idade entre as discordâncias é inferior a 3-5 My (datação por correlação com um poço de pesquisa petrolífera, localizado não muito longe da linha sísmica de este autotraço), o ciclo eustático, definido entre as duas descidas do nível do mar relativo consecutivas, é de 3a ordem e o ciclo estratigráfico associado é um ciclo-sequência. Todavia, este ciclo-sequência está incompleto. O grupo de cortejos de nível alto (CNA), não se depositou. Este grupo de cortejos é formado por dois subgrupos. Os cortejos sedimentares do subgrupo inferior constituem o intervalo transgressivo, IT (chamado cortejo transgressivo por certos geocientistas) e pelos cortejos do subgrupo superior que constituem o prisma de nível alto (PNA). Nenhum destes subgrupos se depositou ou foram erodidos durante a descida do nível do mar relativo que marca o fim do ciclo estratigráfico. A primeira hipótese é mais provável. Este ciclo sequência está representado, unicamente, pelo grupo de cortejos de nível baixo (CNB), no qual os três subgrupos de cortejos sedimentares que o compõem estão presentes: (i) Cones Submarinos de Bacia (CSB) ; (ii) Cones Submarinos de Talude (CST) e (iii) Prisma de Nível Baixo (PNB). Os cones submarinos de bacia fossilizam a discordância inferior por biséis de agradação marinhos. Estes cones submarinos têm uma configuração interna paralela e os seus limites (superior e inferior) são abruptos. Os cones submarinos de talude (CST) são caracterizados por estruturas muito particulares que têm a geometria das asas de uma gaivota em voo que P. Vail chamou “Asas de Gaivota” (“Gull Wings” em inglês). Estas estruturas, que correspondem ao conjunto dos depósitos de transbordo, ou seja, ao conjunto dos diques marginais naturais turbidíticos e dos preenchimentos dos canais ou depressões entre eles, fossilizam os cones submarinos de bacia (CSB) por uma superfície defina pelas terminações dos reflectores associados aos diques marginais naturais. Os cones submarinos de talude (CST), que cobrem os cones submarinos de bacia (CSB), repousam contra a discordância (ou contra a paraconformidade correlativa da discordância em água profunda) por biséis de agradação marinhos são, totalmente, fossilizados pela superfície da base das progradações do prisma de nível baixo (PNB), que é, perfeitamente, visível nesta tentativa de interpretação. É interessante notar, a presença de cones turbidíticos proximais na base das progradações do prisma de nível baixo (PNB), cuja disposição progradante se assemelha à das ripas de telhado. Estes depósitos turbidíticos proximais, uma vez que eles estão praticamente colados à base das progradações do prisma de nível baixo, depositam-se, muitas vezes, em associação com rupturas e deslizamentos do rebordo do prisma, têm uma resposta nas diagrafia eléctricas muito típica uma vez que os seus limites são abruptos (geometria cilíndrica repetitiva). Função da fácies do rebordo do prisma de nível baixo, eles podem ter uma litologia diferentes litologias. Quando ela é arenosos estes turbiditos podem ser excelentes rochas-reservatório e desenvolver, mesmo, armadilhas morfológicas.

(*) Nível do mar, global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite induzido quer pela : (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta).

Limite Transgressivo (tempo) ..........................................................................................Time Transgressive Boundary

Limite transgressive (temps) / Límite transgresivo (tiempo) / Zeit transgressive Grenze / 时间海侵界线 / Трансгрессивная временная граница / Limite Trasgressivo Tempo /

Superfície diacrónica que limita a parte superior de um intervalo transgressivo (IT) de um ciclo sequência. Este limite transgressivo, por vezes, corresponde a uma superfície da base das progradações.

Ver: « Ciclo Estratigráfico »
&
« Intervalo Transgressivo »
&
« Transgressão (ingressão marinha) »

Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica do offshore do Labrador, um ciclo sequência, associado a um ciclo eustático de 3a ordem (tempo de duração entre 0,5 e 3-5 My) e limitado entre duas descidas significativas do nível do mar relativo é reconhecido pelas terminações dos reflectores subjacentes e sobrejacentes. O nível do mar relativo é o nível do mar, local, referenciado à base dos sedimentos ou ao fundo do mar, e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, o qual é global e referenciado ao centro da Terra ou a um satélite induzido. O nível do mar absoluto ou eustático varia função da: (i) Glacioeustasia (variações do volume da água dos oceanos função das glaciações e dos períodos de degelo) ; (ii) Tectonicoeustasia (variações do volume das bacias oceânica função do alastramento oceânico, o que quer dizer, que para uma quantidade de água constante, desde a formação da Terra, o nível do mar eustático sobe ou desce se o volume das bacias oceânica diminui ou aumenta) ; (iii) Geoidaleustasia (variação da distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre) e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). Nesta tentativa de interpretação, como a diferença de idade entre as duas discordâncias é inferior a 3-5 My (limite superior 91,0 Ma e limite inferior 93,0 Ma), ela corrobora a interpretação deste intervalo como um ciclo-sequência. Todavia, neste sector, unicamente, o grupo de cortejos sedimentares de nível alto (CNA) é visível. Ele é formado por dois subgrupos de cortejos sedimentares que formam o intervalo transgressivo (IT), colorido em verde e prisma de nível alto (PNA), colorido em bege. É possível que a Este da linha sísmica, o grupo de cortejos de nível baixo, que é formado, pelos três subgrupos: a) Cones submarinos de bacia (CSB) ; b) Cones submarinos de Talude (CST) e c) Prisma de nível baixo (PNB), seja visível. O intervalo transgressivo (IT) é reconhecido pela sua geometria retrogradante, a qual é induzida pelo deslocamento global para o continente da ruptura de inclinação da superfície de deposição costeira, que corresponde, mais ou menos, à linha da costa. Este deslocamento global da linha da costa é provocado pelas subidas do nível do mar relativo em aceleração (ingressões marinhas cada vez mais importantes sem descidas significativas do nível do mar entre elas), que criam, na parte distal da plataforma continental, condições geológicas de bacia afamada (taxa de sedimentação muito pequena). A cada incremento da subida do nível do mar relativo, ou seja, a cada ingressão marinha (mais importante que a precedente, uma vez que o nível do mar relativo sobe em aceleração), que corresponde a um paraciclo eustático forma-se uma superfície de ravinamento à medida que a linha da costa se desloca para o continente. A sedimentação ocorre durante o período de estabilidade do nível do mar relativo que segue cada uma dos incrementos da ingressão marinha. Durante o período de estabilidade do nível do mar relativo, a linha da costa desloca-se, progressivamente, para o mar (progradação) à medida que a sedimentação ocorre formando uma regressão sedimentar. Todavia, a linha da costa não atinge a posição (extrema) que ela tinha anteriormente devido, basicamente, a uma deficiência do acarreio sedimentar. Um nova da ingressão marinha(mais importante que a precedente) ou seja um nova subida do nível do mar ocorre, e o mecanismo de deposição repete-se até que a subida do nível do mar relativo seja em desaceleração. A superfície que, globalmente, sublinha os deslocamentos da linha da costa para o continente é um limite transgressivo que, obviamente, é uma superfície diacrónica. Ao longo desta superfície, o hiato de sem deposição aumenta em direcção do mar, o que contrasta com o hiato associado com uma discordância, o qual, globalmente, diminui em direcção da bacia, para obter o seu valor mínimo na parte mais profunda quando os cones submarinos de bacia (CSB) do ciclo sequência seguinte se depositam. Num ciclo-sequência a principal superfície diacrónica é a interface entre o intervalo transgressivo, IT (geometria retrogradante) e o prisma de nível alto, PNA (geometria progradante). O intervalo transgressivo (IT) espessa-se em direcção do continente, antes de se biselar contra o limite inferior do ciclo sequência por biséis de agradação costeiros. O prima de nível alto (PNA) espessa-se em direcção do mar, antes de se biselar, nas partes profundas, por biséis de progradação.

Limnologia.............................................................................................................................................................................................................................................Limnology

Limnologie / Limnología / Limnologie / 湖沼學 / Лимноло́гия / Limnologia /

Parte da hidrologia que estuda os corpos de água continentais (estagnados ou de escoamento), doces ou salgadas, especialmente os lagos, lagoas e rios (naturais ou não) incluindo os seus aspectos biológicos, físicos, químicos, geológicos e hidrológicos.

Ver: « Rio »
&
« Lago »
&
« Hidrologia »

O termo limnologia foi utilizado pela primeira vez pelo austríaco François-Alphonso Forel (1841-1912), quando estudou o lago de Genebra, na Suíça, e que o considerou como a oceanografia dos lagos. Embora actualmente (posglaciação), uma grande maioria dos lagos seja de origem glaciar, como o lago de Genebra (Suíça) ilustrado nesta figura, durante a história geológica existiu uma grande quantidade de lagos de origem tectónica. Este lagos formaram-se em associação com o alargamento da crusta continental, que causou a ruptura dos supercontinentes, isto é, com as bacias de tipo rifte. Neste tipo de bacias sedimentares, todas as vezes, que o alargamento (subsidência diferencial) não é compensado por um acarreio sedimentar, obrigatoriamente, forma-se uma lâmina de água, isto é, um lago, que com o tempo é preenchido por sedimentos lacustres. Pode dizer-se que todas as vezes que a configuração interna de uma bacia de tipo-rifte é paralela ou subparalela, a subsidência não foi compensada pelo acarreio sedimentar e formou-se um lago. O termo compensada, significa que a taxa de alargamento (criação de espaço disponível para os sedimentos) é igual a taxa de preenchimento e que assim todo o espaço disponível é preenchido. Um dos aspectos muito importantes da limnologia é o estudo da eutroficação das águas, o qual contribui de maneira significativa à formação de sedimentos ricos em matéria orgânica, quer isto dizer, de rochas-mãe potenciais, como é, por exemplo, o caso nas bacias de tipo-rifte. Lembremos, que a eutroficação é a resposta a um excessivo enriquecimento da água em nutrientes, principalmente, fósforo e azoto. A eutroficação pode ser natural ou artificial. Uma eutroficação antropogénica, na ausência de medidas de controlo, faz-se a uma velocidade muito maior do que uma eutroficação natural. O aumento de fertilidade dos lagos provoca um desenvolvimento excessivo de algas e plantas aquáticas e uma desoxigenação, que permite a preservação da matéria orgânica morta no fundo do lago e assim, mais tarde, a formação de rochas-mães potenciais.

Limo (silte).................................................................................................................................................................................................................................................................................Silt

Limon, Silte / Limo / Schluff / 淤泥 / Ил, тина / Limo /

Material granular, derivado de um solo ou rocha, com uma granulometria entre a de uma argila e uma areia e que pode ocorrer, quer como um solo, quer como um sedimento suspenso na superfície de um corpo de água. Sinónimo de Silte.

Ver: « Argila Compactada »
&
« Argila »
&
« Limnologia »

Neste fotografia, a mancha amarelada que se vê na parte esquerda, junto à margem da corrente, é a água, carregada de limo, de um riacho que entra no rio. O limo (ou silte) pode ocorrer que como: (i) Um solo ; (ii) Sedimento suspenso na água ; (iii) Sedimento transportado pelo vento ; (iv) Poeira ou (v) Como uma rocha (siltito). Os grandes depósitos eólicos, que os geocientistas alemães chamaram "loess" e os geocientistas franceses "limon" são siltitos. Mineralogicamente, o limo é, principalmente, composto por quartzo e feldspato. Contudo, a sua principal característica é a dimensão dos seus grãos, i.e., o diâmetro dos grãos de quartzo e feldspato. Na escala de Atterberg, o diâmetro dos grãos de um limo varia entre 0,002 e 0,020 milímetros (embora outros geocientistas o façam variar entre 0,002 e 0,062 milímetros). Isto corresponde na escala de Wentworth a um Φ entre 8 e 5 (Φ = -log2 D/D0, onde D é o diâmetro da partícula e D0 um diâmetro de referência). Na escala de Wentworth, o limo pode ainda ser subdividido em: (a) Limo Muito Fino (Φ = 8) ; (b) Limo Fino (Φ = 7) ; (c) Limo Médio (Φ = 6) e (d) Limo Grosseiro (Φ =5). As outras partículas são a argila, de dimensões inferiores ao limo, e a areia e balastro de dimensões superiores. Na escala de Atterberg, o padrão granulométrico é: (1) Argila ; (2) Limo ; (3) Areia Fina ; (4) Areia Grossa ; (5) Cascalho ; (6) Calhau e (7) Bloco. O limo é produzido por uma grande variedade de processos de separação dos cristais das rochas. Entre eles pode citar-se a meteorização química das rochas e dos regolitos, assim como a meteorização física. Na meteorização física distinguem-se, particularmente, a crioclastia (migração da água ao longo das áreas não geladas dos poros das rochas para se acumular em lentilhas de gelo) e a haloclastia (meteorização causada pelo crescimento dos cristais de sal). O limo pode também forma-se por abrasão durante os processos de transporte fluvial, eólico ou glaciar, mas é nos ambiente semiáridos que uma grande parte do limo é produzida.

Limo (silte, vasa) ...............................................................................................................................................................................................................................................................Silt

Limon (vase)/ Limo / Schlamm / 淤泥 / Шлам, грязь / Limo /

Solo ou rocha formada a partir de um material granulado com uma granulometria entre a areia e argila. O limo (vasa) pode aparecer como um solo ou como um sedimento quer em suspensão à superfície de um corpo de água quer depositado no fundo.

Ver: « Deposição (clásticos) »
&
« Grés de Praia »
&
« Granulometria »

O limo (lama para certos geocientistas) é criado por uma variedade de processos físicos que podem dividir os cristais de quartzo do tamanho da areia de rochas primárias a partir das deficiências da sua estrutura. Estes processos envolvem a alteração química das rochas e dos regolitos, e uma série de processos físicos de meteorização tais como a ruptura pelo gelo de gelo e a haloclastia. O processo principal é a abrasão pelo transporte (incluindo a redução gradual, pela remoção sucessiva das pequenas partículas ou por desgaste) fluvial, eólico e glaciar. É nos ambientes semiáridos que grandes quantidades de limo são produzidas. Em alguns países, o limo ou lama é conhecido como "farinha de rocha " ou "pó de pedra", especialmente quando produzido pela acção dos glaciares. Sob o ponto de vista mineralógico, o limo é, principalmente, formado de quartzo e feldspato. A rocha sedimentar composta, principalmente, por limo é um siltito. Na escala de Wentworth, as partículas de limo variam entre 1/256 e 1/16 mm. Eles são maiores do que a argila. Como a olho nu, não é possível distinguir um limo de uma argila, eles podem ser separados, devido à sua plasticidade, que é muito baixo ou não existente no limo. Na verdade, o limo é, quimicamente, distinto da argila, e ao contrário do que acontece com a argila, os grãos de limo são, aproximadamente, do mesmo tamanho (em todas as dimensões). Argilas são compostas de partículas finas achatadas (em forma de lâmina), ligadas entre si por um conjunto de forças electrostáticas, que lhe dão muita coesão. O limo é, facilmente, transportado pela água ou qualquer outro líquido e é, suficientemente, fino para ser transportado a longas distâncias pelo vento sob a forma de pó. Os depósitos eólicos, muito espessos, de limo são, frequentemente, chamados "loess" (em alemão) ou limo (em francês). O limo e a argila contribuem muito para a turvação da água. O limo (silte para certos geocientistas) é transportado pelas correntes continentais e também pelas correntes oceânicas. Quando o limo funciona como um poluente da água (aumento da concentração e acumulação no fundo das correntes), este fenómeno é conhecido como o assoreamento ou siltação.

Linéus (sistema de classificação)..........................................................................................................................................................Linnaean System

Linné (système de classification) / Linéus (sistema de classificación )/ Taxonomy, Linnaean System / 分类学, 林奈系统 / Система Линнея / Tassonomia, Sistema di Linneo /

Sistema de classificação dos seres vivos numa hierarquia cujos "ranks" mais familiares são os géneros e espécies.

Ver: « Animal (reino) »
&
« Paleontologia »
&
« Vida »

Este sistema de classificação foi desenvolvida por Carolus Linnaeus (conhecido, normalmente, como Carl von Linné, ou em português como Carlos Lineu) no Século XVIII, durante a grande expansão da história natural. Como ilustrado nesta figura, a taxonomia de Lineu classifica as coisas vivas numa hierarquia, começando com os Reinos. Reinos são divididos em Filos. Filos são divididos em Classes, e depois em Ordens, Famílias, Géneros e Espécies e, dentro de cada uma desta divisões há subdivisões. Os grupos de organismos em qualquer uma destas classificações são chamados taxa (singular, táxon), ou phyla, ou grupos taxonómicos. Quando um cientista classifica um novo insecto, ele procura classificá-lo dentro de uma categoria já existente, baseado numa lógica estabelecida, e verifica a qual família ele pertence e no fim encontra o nome mais adequado àquela espécie. Uma qualidade da Taxonomia de Lineu é que ela pode ser usada para desenvolver um sistema simples e prático para organizar dos diferentes tipos de organismos vivos. O aspecto mais importante é o uso geral da nomenclatura binominal, a combinação de um nome genérico e de um nome específico (por exemplo, syriacus), para identificar a espécie. Assim, por exemplo, o hibisco da síria* (rosa da Síria, rosa-de-sarom ou mimo) é, unicamente identificado, pelo binome Hibiscus syriacus (Reino: Plantas ; Filo : Magnoliophyta ; Classe : Magnololiophyta ; Ordem : Malvales ; Família : Malvaceae ; Género : Hibiscus ; Espécie : Hibiscus syrianis). Nenhuma outra espécie de planta pode ter este binome. Deste modo, a todas as espécies pode se dar um único e estável nome. As regras de nomenclatura para todos os tipos de organismos vivos sob o sistema taxonómico de Lineu foram adoptadas pela grande maioria por biólogos profissionais. As regras que governam a nomenclatura e classificação das plantas e dos fungos estão contidas no Código Internacional de Nomenclatura Botânica, mantido pela Associação Internacional para a Taxonomia das Plantas. Códigos similares existem para animais e bactérias. Cientistas seguem estes códigos de modo que os nomes dos organismos possam ser os mais claros e estáveis possíveis. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia_de_Lineu).

(*) Arbusto lenhoso com muitas fibras, que pode chegar aos 3 metros de altura, originário da China caracterizado como pelo forte aroma exalado às noites quentes, que a  Coreia do Sul adoptou como flor nacional.

Linha de Baía............................................................................................................................................................................................................................................Bayline

Ligne de baie / Línea de bahía / Line - Bucht / 线湾 / Линия залива / Linea di baia /

Linha de demarcação entre entre as zonas de sedimentação caracterizadas por uma acomodação subaérea e marinha. Limite entre o ambiente fluvial e parálico / deltaico. A linha da baía não deve ser confundida com a linha da costa, a qual marca, a montante, o limite dos ambientes, verdadeiramente, marinhos. Em determinados casos (ausência de baías ou lagoas), a linha de baía pode ter a mesma posição que a linha da costa. Ela é usada como referência para os perfileis de equilíbrio dos rios.

Ver: « Linha da Costa »
&
« Ponto de Equilíbrio »
&
« Perfil de Equilíbrio (rio) »

Na estratigrafia sequencial, as posições sucessivas da linha da baía limitam, a montante, o prisma costeiro e não dos depósitos costeiros. Efectivamente, Posamentier e Vail (1988) que consideram que a deposição deltaica ocorre quando uma corrente encontra um corpo de água, quase imóvel, definiram a linha da baía, mais ou menos, da seguinte maneira: (i) A planície costeira forma-se por processos de progradação do fundo do mar, mais do que por exumação ; (ii) Os sedimentos que se acumulam na planície costeira durante a progradação da linha da costa fazem parte do que se chama "o prisma costeiro", o qual inclui depósitos fluviais e de água pouco profunda ; (iii) O prisma costeiro tem a forma de cunha e prolonga-se para o continente por biséis de agradação sobre a topografia pré-existente ; (iv) O limite a montante do prisma costeiro é a linha da baía, que pode deslocar-se rio acima quando a progradação da linha da costa é acompanhada de agradação ; (v) A linha de baía é o limite entre a planície costeira e a planície aluvial ; (vi) A montante da linha da baía, as variações relativas do nível do mar não têm, praticamente, nenhuma influência nos sistemas de deposição. Todavia, para certos geocientistas, o encontro com um corpo de água quase imóvel que controla o perfil de equilíbrio (provisório) dos rios, ocorre na embocadura de uma corrente, isto é na cabeça dos deltas, e não na linha de baía. Assim, quando se fala do perfil de equilíbrio provisório de um rio, o geocientistas deve dizer se o perfil é em relação à linha de baía (posição de Vail) ou à linha da costa (posição de Miall, por exemplo). Uma superfície de deposição (linha cronostratigráfica) tem várias rupturas de inclinação. Partindo da água profunda para o continente, as principais rupturas da superfície de deposição são: (i) Ruptura Inferior do Talude Continental, que separa a planície abissal da base do talude continental ; (ii) Ruptura do Rebordo Continental, que marca o limite entre o talude continental e a plataforma continental ou, quando a bacia não tem plataforma continental, marca o limite entre o talude continental com a planície costeira (condições geológicas de nível baixo), o quer dizer, que rebordo da bacia pode coincidir com a ruptura do rebordo continental ; (iii) Ruptura Costeira, que corresponde, mais ou menos, a linha da costa (ruptura costeira de inclinação da superfície de deposição) e que separa os depósitos marinhos dos parálicos (depósitos que se depositam a montante da linha da costa) e (iv) Ruptura Aluvial (linha da baía), corresponde ao limite entre a planície fluvial e costeira. É esta ruptura aluvial que marca, segundo os adeptos da estratigrafia sequencial, a linha de baía, isto é, a linha onde o perfil de equilíbrio dos rios se horizontaliza e onde os efeitos da subsidência e eustasia (variações do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite) se anulam, (como está ilustrado nesta figura). Posamentier e Vail (1988) pensam que a deposição deltaica ocorre quando uma corrente encontra um corpo de água, quase imóvel e a sua velocidade diminui quase instantaneamente. Foi, mais ou menos, com os seguintes conceitos que eles definiram a linha da baía: (i) A planície costeira forma-se por processos de progradação do fundo do mar (deslocamento para o par e para cima, o que quer dizer que há agradação, embora ele seja largamente inferior ao deslocamento para o mar), mais do que por exumação ; (ii) Os sedimentos que se acumulam na planície costeira durante a progradação da linha da costa fazem parte do que eles chamaram "prisma costeiro", o qual inclui depósitos fluviais e de água pouco profunda ; (iii) O prisma costeiro tem a forma de cunha e prolonga-se para o continente por biséis de agradação costeiros sobre a topografia pré-existente ; (iv) O limite a montante do prisma costeiro é a linha da baía, a qual se pode deslocar-se rio acima quando a progradação da linha da costa é acompanhada de agradação. Assim, a linha de baía é o limite entre a planície costeira e a planície aluvial e a montante da linha da baía, as variações do nível do mar relativo (nível do mar local referenciado à base dos sedimentos ou ao fundo do mar e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica) não têm, praticamente, nenhuma influência nos sistemas de deposição. Para certos geocientistas, o encontro, proposto por Posamentier e Vail, de um curso de água com um corpo de água quase imóvel, que controla o perfil de equilíbrio (provisório) da corrente, não ocorre na linha de baía, mas na desembocadura da corrente, isto é na cabeça dos deltas. Assim, quando um geocientista fala do perfil de equilíbrio provisório de um curso de água, ele deve dizer se o perfil é em relação à linha de baía (posição de Vail) ou à foz da corrente (linha da costa). Nesta tentativa de interpretação de um autotraço (Canvas) de um detalhe de uma linha sísmica do offshore do Labrador, a discordância superior separa dois ciclos sequência. Ao longo desta discordância, duas rupturas de inclinação são, facilmente reconhecidas. A primeira, mais a jusante, corresponde ao rebordo continental do prisma de nível alto do ciclo sequência inferior (nesse momento, a bacia não tem plataforma continental, isto é, a linha da costa coincide, mais ou menos, com o rebordo da bacia e com o rebordo continental). A segunda ruptura (a montante da primeira corresponde a linha de baía, que separa, no prisma de nível alto do ciclo sequência inferior, os depósitos fluviais, a montante da linha de baía, dos de depósitos costeiros (depósitos que sofrem a influência das variações do nível do mar relativo). Por cima da discordância superior, vários limites de sequência se reconhecem pelas superfícies sísmicas enfatizadas por biséis de agradação costeiros, assim como um intervalo transgressivo. Este intervalo transgressivo corresponde ao conjunto de cinco (5) incrementos, de uma ingressão marinha, cada vez mais importantes (paraciclos eustáticos) , que induziram cinco regressões sedimentares (paraciclos-sequência), cada vez menos importantes, dentro das quais, pelo menos, dois sistemas de deposição são, mais ou menos, evidentes.

Linha da Costa..........................................................................................................................................................................................Coastline, Shoreline

Ligne de côte / Línea de costa / Küstelinie / 海岸线 / Береговая линия / Costa, Litorale /

Linha que separa a terra do mar. A linha da costa varia em função das mudanças do nível do mar relativo. A linha da costa ou a simplesmente a costa, como dizem certos geocientistas, é a zona limite entre a terra e o mar que se encontra, permanentemente, submetida a transformações provocadas pela acção das vagas, correntes litorais, marés e das variações do nível do mar relativo. Os movimentos da crusta terrestre (subsidência ou levantamento) induzem a formação de (i) Costas de emersão ou de regressão (levantamento) e (ii) Costas de imersão ou de ingressão (subsidência).

Ver: « Praia Baixa »
&
« Planície Costeira »
&
« Planície Litoral »

Quando o nível do mar relativo (nível do mar referenciado à base dos sedimentos ou ao fundo do mar) sobe, pela acção combinada da eustasia (nível do mar, global, referenciado a um ponto fixo, o qual em geral é o centro da Terra) e da tectónica (subsidência ou levantamento), a linha da costa é desloca para o continente (ingressão marinha) e na superfície topografia pré-existente, sob a acção das ondas, forma-se um superfície de ravinamento. Uma subida do nível do mar (ingressão marinha) faz-se por etapas (incrementos), separados por períodos de estabilidade do nível do mar relativo durante os quais ocorre deposição. Cada etapa ou cada incremento da subida do nível do mar relativo corresponde a um paraciclo eustático e os sedimentos depositados durante os períodos de estabilidade de nível do mar relativo associados são os paraciclos sequência que enfatizam a regressões sedimentares. Quando o nível do mar relativo sobe em aceleração (ingressões marinhas cada vez mais importantes e regressões sedimentares cada vez mais pequenas), globalmente a linha da costa desloca-se para o continente. São as transgressões de Cesare Emiliani (1992). Todavia, nas áreas com grande acarreio sedimentar, como, em certas áreas deltaicas, mesmo quando o nível do mar relativo sobe, em aceleração, a linha da costa e os depósitos associados, podem ficar, mais ou menos, no mesmo sítio, ou mesmo deslocar-se para o mar. Dentro de um ciclo-sequência, quando o nível do mar relativo sobe (em várias etapas) em desaceleração, globalmente, a linha da costa e os depósitos costeiros deslocam-se para o mar (regressões sedimentares). Quando, globalmente a linha da costa se desloca para o continente, fala-se de transgressões sedimentares (ingressões marinhas cada vez mais importantes e regressões sedimentares cada vez mais pequenas). Quando, globalmente, a linha da costa se desloca para o mar fala-se de regressões sedimentares (ingressões marinhas cada vez menos importantes e regressões sedimentares cada vez mais importantes). Todavia, ao nível hierárquico dos ciclos-sequência, não esqueça duas coisas importantes: (i) Em ambos os casos, isto é, durante as transgressões sedimentares ou regressões sedimentares, o nível relativo do mar sobe (durante as transgressões sedimentares ele sobe em aceleração e, em desaceleração, durante a regressões sedimentares) ; (ii) Para haver deposição costa adentro do rebordo da bacia (quer a bacia tenha ou não uma plataforma continental), tem sempre que haver uma aumento da acomodação, isto é, um aumento de espaço disponível para os sedimentos ; (iii) O acarreio sedimentar, como o seu nome indica, vem sempre do continente, o que quer dizer, que, colectivamente as transgressões sedimentares são uma sucessão de regressões sedimentares cada vez mais pequenas, entre as quais o nível relativo do mar sobe (ingressão ou paraciclo eustático) em aceleração. Durante as transgressões sedimentares, a linha da costa não coincide com o rebordo da bacia, mesmo se antes (prisma de nível baixo), a linha da costa e o rebordo da bacia eram, mais ou menos, coincidentes. A cada incremento da subida relativa do nível do mar (paraciclo eustático), a extensão da plataforma continental (distância entre o rebordo da bacia, que é, mais ou menos, fixo, e a linha da costa) aumenta. No início de uma regressão sedimentar, a linha da costa está no máximo de afastamento do rebordo da bacia. Todavia, à medida que a regressão sedimentar avança, a linha da costa aproxima-se do rebordo da bacia, e a extensão da plataforma continental diminui. A partir de um certo momento, a bacia deixa de ter plataforma continental, e desde esse momento a linha da costa coincide com o rebordo da bacia, o qual corresponde ao rebordo continental. Embora a posição da linha da costa seja controlada pelas variações do nível do mar relativo, como ilustrado neste mapa (bacia do Kwanza, Angola) a tectónica joga um papel importante. Nesta área, a linha da costa, que, globalmente, tem a orientação NO-SE (em azul) é, várias vezes, deslocada para Este, pelo movimento ao longo das zonas de fractura (desligamentos em extensão), as quais dividem a bacia geográfica* do Kwanza e, principalmente, o onshore, em diferentes províncias tectónicas, que têm sistemas petrolíferos (relação genética entre uma rocha-mãe e um jazigo de petróleo, caracterizado por uma armadilha e uma rocha-reservatório) com característicos diferentes.

(*) A bacia geográfica do Kwanza corresponde a uma sobreposição de bacias sedimentares que na classificação de Bally e Snelson (1980) que, de baixo para cima são: (i) Cintura dobrada, mais ou menos aplanada do Paleozóico ; (ii) Bacias de tipo rifte de idade Jurássico Tardio / Cretácico Inferior e (iii) Uma margem divergente tipo Atlântico Mesozóico / Cenozóico.

Linha Cronostratigráfica....................................................................................................................Chronostratigraphic Line

Ligne chronostratigraphique / Línea cronostratigráfica / Chronostratigraphischen Linie / 年代地层线 / Хроностратиграфическая линия / Linea cronostratigrafica /

Superfície de deposição síncrona, que, em geral, nas linhas sísmicas corresponde, mas nem sempre, a um reflector que se pode seguir em continuidade. Sinónimo de Linha Tempo.

Ver: « Horizonte (geológico, sísmico) »
&
« Linha de Fácies »
&
« Linha Sísmica Tranversal »

Uma linha cronostratigráfica é por definição uma superfície de deposição ao longo da qual, os sedimentos se depositam de maneira síncrona e em função do ambiente sedimentar. Numa linha cronostratigráfica, várias rupturas de inclinação da superfície de deposição se podem pôr em evidência. Do continente para o mar profundo, a primeira ruptura importante da inclinação da superfície de deposição é a linha de baía que separa os ambientes fluviais, a montante, dos ambientes parálicos e que foi definida por Posamentier e P. Vail (1988) na base das hipóteses seguintes : (i) Planície costeira forma-se por processos de progradação do fundo do mar, mais do que por exumação ; (ii) Os sedimentos que se acumulam na planície costeira durante a progradação da linha da costa fazem parte do que eles chamaram "prisma costeiro", o qual inclui depósitos fluviais e de água pouco profunda ; (iii) O prisma costeiro tem a forma de cunha e prolonga-se para o continente por biséis de agradação costeiros sobre a topografia pré-existente ; (iv) O limite a montante do prisma costeiro é a linha da baía, a qual se pode deslocar-se rio acima quando a progradação da linha da costa é acompanhada de agradação e a montante da qual, as variações do nível do mar relativo (nível do mar, local, referenciado à base dos sedimentos ou ao fundo do mar e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica) não têm, praticamente, nenhuma influência nos sistemas de deposição. A segunda ruptura importante da superfície de deposição (linha cronostratigráfica), é a linha da costa (mais ou menos a ruptura costeira da superfície de deposição) que separa os ambientes marinhos dos ambientes não marinhos. A terceira ruptura corresponde é o rebordo continental, o qual pode marcar o rebordo da bacia ou a linha da costa (quando as condições geológicas são de nível baixo, quer isto dizer, quando o nível do mar está mais baixo do que o rebordo da bacia não tem plataforma continental, uma vez que o rebordo continental corresponde, praticamente, ao último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente) sobretudo nas linhas sísmicas, tendo em linha de conta a resolução sísmica. Quando as condições geológicas são de nível alto, por definição, o rebordo continental não corresponde à linha da costa, uma vez que a bacia tem uma plataforma continental. Neste caso, o rebordo da bacia coincide com o rebordo continental, o qual é marcado pela ruptura de inclinação da superfície de deposição, localizada entre e a parte superior do talude continental e a zona distal da plataforma continental, o quer quer dizer que ela está individualizada da ruptura costeira que corresponde, grosseiramente, à parte superior do prodelta. Neste caso particular deve considera-se também a ruptura da superfície de deposição que sublinha a base do prodelta, onde, por vezes, se depositam sistemas turbidíticos proximais em associação com rupturas e deslizamento da frente de delta. A ruptura de inclinação mais distal da superfície de deposição corresponde ao limite entre o sopé continental e a planície abissal. É a partir desta ruptura que se depositam os cones submarinos de bacia, a quando de uma descida significativa do nível do mar relativo, isto é, a quando do desenvolvimento de uma discordância (superfície de erosão). Nas linhas sísmicas, como ilustrado nesta figura, a grande maioria dos reflectores sísmicos corresponde a linhas cronostratigráficas e não, como, teoricamente, se poderia esperar, a linhas de fácies. Nas linhas sísmicas, as linhas cronostratigráficas (linhas tempo) cortam as linhas de fácies (litologia). Esta tentativa de interpretação foi feita sobre um autotraço automático, feito com o software Canvas, de uma linha sísmica do offshore da Indonésia, no qual várias bacias da classificação das bacias sedimentares de Bally e Snelson (1980), podem reconhecer-se acima de um soco que, a maior parte das vezes, corresponde a uma crusta continental do Paleozóico: (i) Uma bacia interna ao arco, na qual a fase de rifting ou de alongamento se reconhece facilmente, e que é coberta pela fase de abatimento, caracterizada por uma subsidência térmica e (ii) uma margem divergente de tipo não Atlântico, associada ao alastramento oceânico que criou o sul do Mar de China (mar marginal parte do oceano Pacífico, que compreende a área que vai desde Singapura até ao estreito de Taiwan (cerca de 3500000 km2). As minúsculas ilhas do mar de China formam um arquipélago de centenas de ilhotas.

Linha de Equilíbrio (glaciar).................................................................................................................................................Equilibrium Line

Ligne d'équiiíbre (glacier) / Línea de equilibrio (glaciar) / Equilibrium Linie (Gletscher) / 平衡线(冰川) / Граница питания ледника / Linea di equilibrio (ghiacciaio) /

Linha, que num glaciar, separa a zona da acumulação da zona de ablação.

Ver : « Glaciar »
&
« Zona de Acumulação (glaciar) »
&
« Campo de Neve »

Nesta maqueta, em gesso, de um glaciar (Instituto de Geologia de Neuchâtel, na Suíça), provavelmente, o glaciar de Tschierva, com o pico de Bernina (4049 m) à direita e o Roseg (3937 m) à esquerda, vê-se bem que um glaciar funciona como uma conta bancária, com depósitos e retiradas. Os depósitos são as camadas de neve, que tombam todos os invernos e as retiradas são as perdas de milhões de litros de água todos os verões, quer por escoamento, quer por evaporação. Um glaciar em boa saúde retém uma grande parte da neve que caiu, no inverno, na parte superior, sob a forma de gelo, enquanto que a neve na parte inferior é perdida por fusão e evaporação. Tudo isto quer dizer, que num glaciar há duas zonas fundamentais : (i) Zona de Acumulação, onde a neve é retida sob a forma de gelo e (ii) Zona de Ablação, onde funde mais gelo do que se acumula. É o limite entre estas duas zonas, que se chama a linha de equilíbrio, a qual é, normalmente, medida em altitude. Assim, os glaciologistas determinam a boa saúde de um glaciar, isto é, se ele está engrossando ou adelgaçando, calculando a relação entre a área de acumulação e área total do glaciar. Quanto maior for a relação das superfícies, maior é a acumulação e melhor se porta o glaciar (mais significativo é a relação entre os volumes, uma vez que em certos casos a relação aumenta e o glaciar pode retrogradar). A linha de equilíbrio é difícil de observar, directamente, mas relativamente fácil de calcular. A linha de equilíbrio não deve se confundida nem com a linha de neve (limite inferior da cobertura de neve do último inverno), nem com a linha do nevado, que é o limite da superfície de neve, que sobreviveu à ablação durante um ano. Na ausência de gelo de sobreposição (gelo sobre o glaciar, que se formou a partir da fusão da neve depois da deposição e que, normalmente, se encontra abaixo da linha de neve e acima da linha de equilíbrio), a linha do nevado é equivalente a linha de equilíbrio. Em certos glaciares, no verão, estas duas linhas são muito nítidas. A linha de equilíbrio de cor clara, e uns metros mais abaixo, de cor mais escura, a linha da neve do ano anterior (linha do nevado). Não esqueça que um glaciar é como uma corrente. Ele só existe enquanto houver escoamento. Se a ablação for maior que a acumulação, o glaciar continua a escoar-se, costa a baixo, adelgaçando.

Linha de Fácies.........................................................................................................................................................................................................................Facies line

Ligne de faciès / Línea facies / Facies Linie / 相线 / Линия фаций / Linea di facies /

Linha que limita litologias (fácies) diferentes. Dentro de cada um dos cortejos sedimentares que compõem um ciclo sequência, ao longo das linhas tempo (linhas cronostratigráficas), reconhecem-se várias fácies (litologias), de maneira que as linhas de fácies recortam as linhas tempo.

Ve : «Cortejo de Fácies»

Linha de Inflexão (da berma).............................................................................................................................................................Inflection Line

Ligne d'inflexion (berme) / Línea de inflexión (de berma) / Inflexionslinie / 拐点线 / Линия изгиба / Linea di inflessione /

Degrau que separa a praia média (espaço atingido pelas correntes da ressaca, entre os níveis da preiamar e de baixamar de águas mortas) da praia baixa.

Ver : « Praia Baixa »
&
« Berma de Praia »
&
« Acção das Vagas (mar agitado) »

A nomenclatura das formas morfológica que constituem o que normalmente se chama o litoral varia muito função do país e dos geocientistas. O litoral é faixa de terra que constitui a área entre um mar e por terra firme (continente ou interior). Segundo as escalas, o litoral pode estender-se entre algumas centenas de metros até vários quilómetros de parte e doutra do limite terra-água ou sentido estrito, corresponder ao estrão à costa. O litoral é, tipicamente, é formado por três zonas: (i) Zona subtidal ; (ii) Zona entre marés ou estrão e (iii) Zona supralitoral. Neste glossário utilizaremos uma das nomenclaturas mais seguida pelos geocientistas portugueses*. Como ilustrado neste esquema de uma praia, isto é, de uma zona costeira com um estrão (faixa entremarés, que associa uma parte da praia-alta com toda a praia baixa) constituído por materiais detríticos terrígenos, arenosos, arenito / siltosos e grosseiros, de uma maneira geral, do mar para o continente, podem distinguir-se diferentes áreas : (i) Pré-Praia, que é a parte da praia, que está sempre submersa e que se estende para o largo a partir do limite das marés mais baixas, que certos geocientistas consideram como equivalente à zona de rebentação das ondas do mar ; (ii) Praia-Baixa, que corresponde à parte inferior do espraiado e que compreende o espaço que se estende entre os limites atingido pela baixamar, em águas mortas (maré de pequena amplitude a quando das quadraturas da Lua, ou seja, durante as fases de quarto crescente e quarto minguante) e águas vivas (marés de grande amplitude durante as fases de lua cheia e lua nova) ; (iii) Praia-Média, que é a parte da praia, que se estende no espaço atingido pelas correntes da ressaca** (corrente de afluxo, que se dirige para a costa depois da rebentação das ondas e corrente de refluxo, que se dirige para o mar, seguindo o declive do fundo do mar, e que resulta da inversão da corrente de afluxo, devido à perda de energia causada pelo devido ao declive e o atrito do fundo do mar), entre os níveis da preiamar de de baixamar em águas mortas, e que é separada da praia alta pelo degrau mais baixo da praia alta (3 neste esquema morfológico) e, da praia baixa, por outro degrau, que certos geocientistas chamam linha de inflexão (9), sendo a escarpa da praia (10, neste esquema) o abrupto do último degrau ; (iv) Praia-Alta, que é a parte superior da praia, com declive acentuado e que é só atingida pelas ondas nas preiamares vivas*** e durante as tempestades ; quando a praia alta é muito extensa ela tem pequenas dunas de obstáculo em forma de domo, por outro lado, a superfície da praia alta atingida pela ondas é modelada em degraus, chamados degraus da praia, que são formados por um patamar (berma da praia) e um abrupto e (v) Antepraia, que é a forma de relevo que constitui o limite interior da praia e que pode ser uma arriba ou um cordão litoral que pode isolar, ou não, uma laguna interior. A linha de inflexão da praia média (9) não deve ser confundida com a linhas de inflexão entre as bermas (5) e os abruptos do degraus, isto é, as cristas da berma, das quais a mais alta é a crista da praia (4, neste esquema). Como a pré-praia corresponde, mais ou menos, à zona de rebentação das ondas do mar, é natural, que o fundo do mar seja, nesta área, modelado por cristas e sulcos pré-litorais, os quais podem atingir mais de 1 metro de altura (11 e 12). Obviamente, nas linhas sísmicas convencionais, devido a resolução sísmica, é muito difícil ou praticamente impossível, reconhecer uma praia e sobretudo as suas subdivisões morfológicas. A resolução sísmica, dentro da qual se há a resolução vertical e horizontal, é capacidade de distinguir entre objectos, isto é, ver um segundo objecto, na presença de um outro e a resolução sísmica vertical é a distância entre duas interfaces para que haja distintas reflexões delas ou a espessura que dever ter um intervalo para as reflexões do topo e da base possam ser distinguidas.

(*) Moreira, M. E. A., (1984)- Glossário de termos usados em geomorfologia litoral. Estudos de Geografia das Regiões Tropicais- 15, Centro de Estudos Geográficos, Lisboa.

(**) Não confunda correntes da ressaca com a ressaca, que designa o aumento da actividade marítima costeira provocada por um campo de vento em alto mar (sobre áreas que podem ter milhares de km2), como, por exemplo, um aumento das ondas, tanto em tamanho quanto força, que costumam avançar sobre a faixa de areia, atingindo por vezes as áreas urbanizadas causando prejuízos e a elevação da maré. O conjunto das característica de uma ressaca varia muito de acordo com a morfologia do litoral.

(***) Embora estejam apenas em jogo três astros, os seus movimentos são bastante irregulares. As órbitas da Terra e da Lua não são circulares mas elípticas, ou seja, as distâncias entre os astros não são fixas. O plano onde se encontra a órbita da Terra (chamado plano da eclíptica porque é aí que se dão os eclipses) não coincide com o plano do Equador. Além disso, o plano da órbita da Lua faz um ângulo fixo com o plano da eclíptica, mas roda lentamente, completando-se essa rotação em 18,6 anos que é a maior periodicidade associada com as marés – ciclo nodal lunar. Quando o astro que provoca a maré, seja ele o Sol ou a Lua, está sobre o Equador ou próximo dele, as marés tendem a ter uma maior amplitude. No caso do Sol esse fenómeno ocorre nos equinócios: o da Primavera é em geral a 21 de Março e o do Outono por volta de 23/24 de Setembro. As marés vivas que ocorrem próximo dos equinócios chamam-se marés vivas equinociais. De facto, as marés de maior amplitude de cada ano tendem a ocorrer próximo desse período, mais mês menos mês. (http://www.hidrografico.pt/glossario-cientifico-mares.php).

Linha Migrada (sísmica)..............................................................................................................................................................................Migrated Line

Ligne migrée (sismique) / Línea migrada (sísmica) / Migrierte Linie (seismische) / 迁移线(地震)/ Перенесенная сейсмическая линия / Linea migrati (sismica) /

Linha sísmica processada de tal maneira que as reflexões são posicionadas correctamente, isto é, na sua verdadeira posição vertical (em tempo). Para migrar uma secção sísmica de maneira exacta seria necessário definir completa e inteiramente o campo de velocidades do terreno, quer isto dizer, especificar o valor da velocidade das ondas sísmicas em todos os pontos. Na prática, para obter uma migração, faz-se uma evaluação do campo das velocidades a partir da versão não migrada utilizando todos os dados disponíveis. A migração melhora a resolução das linhas sísmicas, uma vez que ela focaliza a energia numa zona de Fresnel* e destrói uma grande parte das difracções.

Ver: « Linha Sísmica »
&
« Linha Não Migrada (sísmica) »
&
« Zona de Fresnel »

Nesta figura estão ilustradas duas versões do mesmo detalhe de uma linha sísmica regional do offshore da Noruega. A linha da esquerda é não-migrada e a da direita é migrada. Um ponto de reflexão pode localizar-se em qualquer parte do arco de circulo centrado na posição fonte-detecção. Numa linha não migrada, o ponto de reflexão é mapeado de maneira a que a sua posição esteja, imediatamente, debaixo da fonte/detecção. Numa linha migrada, o ponto de reflexão é posicionado debaixo da sua localização de superfície correcta e na reflexão vertical (tempo) corrigida. Um geocientista, com experiência em estratigrafia e tectónica, é capaz de propor uma tentativa de interpretação geológica, dificilmente refutável, da linha migrada (à direita), mas não da linha não migrada. É por isso, que nos anos 60-70, a interpretação geológica da linhas sísmicas (não migradas) era feita, unicamente, pelos geofísicos (mais físicos do que naturalistas), que conheciam os princípios básicos da sísmica, mas ignoravam, na maioria dos casos, a geologia. Assim, as tentativas de interpretação eram feitas de maneira indutiva ingénua, uma vez que os interpretadores não sabiam o que tinham que observar. Mesmo antes do advento da migração, os responsáveis da pesquiza petrolífera compreenderam que era mais fácil explicar aos geólogos os princípios básicos da sísmica do que explicar geologia aos físicos. A partir daí, as equipas de interpretação tornaram-se mistas e os geocientistas aprenderam que : (i) A escala vertical é em tempo ; (ii) As variações laterais de velocidade induzem artefactos sísmicos e (iii) Os reflectores com significado geológico são os que correspondem a linhas cronostratigráficas.

(*) Dimensão horizontal da resolução sísmica. As ondas sísmicas reflectidas interferem construtivamente, onde a sua trajectória difere de menos de meio comprimento de onda, e a porção da superfície reflectora envolvendo essas reflexões é a primeira zona de Fresnel.

Linha não-Migrada (sísmica)................................................................................................................................................Unmigrated Line

Ligne non-migrée (sismique) / Línea no migrada (sísmica) / Nicht migrierte Linie (seismische) / 未迁移线(地震) / Неперенесенная сейсмическая линия / Linea senza migrazione (sismica) /

Linha sísmica na qual alguma da energia reflectida está em posição incorrecta. Durante o cálculo inicial do “moveout” supõe-se que as camadas são, mais ou menos, horizontais. Se isto não for o caso, uma parte da energia reflectida é posicionada incorrectamente. No caso de um sinclinal pequeno, as reflexões dos diferentes pontos no sinclinal são traçadas, verticalmente, em relação ao receptor. O sinclinal aparece na linha sísmica como uma curva enlaçada ou mesmo como um ponto. A migração é um processo que corrige este efeito e põe a energia onde ele deve estar.

Ver: « Linha Sísmica »
&
« Linha Migrada (sísmica) »
&
« Sismica de Reflexão »

Um geocientista, que conheça bem os princípios da sísmica de reflexão e a diferença entre uma linha sísmica migrada* e não-migrada, reconhece, imediatamente, que esta linha é não-migrada (basta notar a quantidade de difracções associadas aos pontos de reflexão dos blocos falhados) e que ela representa uma margem continental divergente do tipo Atlântico. As falhas normais associadas a ruptura da litosfera, que criaram as bacias de tipo rifte (demigrabens) e a discordância, induzida pela ruptura da litosfera, que separa as bacias do tipo rifte da margem divergente sobrejacente, identificam-se e mapeiam-se facilmente. Entre uma linha migrada e não-migrada a diferença consiste, basicamente, na maneira como os pontos de reflexão são traçados, uma vez que na sísmica de reflexão, para um tempo dado, cada ponto de reflexão pode estar em qualquer lugar no arco de círculo centrado na posição “fonte/detecção”. Numa linha não-migrada, como a ilustrado nesta figura, os pontos de reflexão foram traçados à vertical da “fonte/detector”, enquanto que numa linha migrada, eles são posicionados debaixo das posição de superfície corrigidas e em posições verticais corrigidas. Ao contrário de uma secção migrada, que se parece muito com uma secção geológica, salvo que as escalas de uma secção geológica são métricas, o que não é o caso numa linha sísmica (a escala vertical é em tempo), uma linha não-migrada, raramente, se assemelha a uma secção geológica, particularmente, nas áreas, fortemente, deformadas, como numa cadeia de montanhas ou numa bacia salífera. Apenas as secções migradas mostram as reflexões na sua verdadeira posição. Tal precaução é tanto mais necessária quando mais inclinados forem os reflectores.

(*) Linha sísmica processada de tal maneira que as reflexões são posicionadas correctamente, isto é, na sua verdadeira posição vertical (em tempo).

Linha de Neve................................................................................................................................................................................................................................Snow Line

Ligne de neige / Línea de nieve / Schneefallgrenze / 雪线 / Снеговая линия / Linea di neve /

Limite inferior da cobertura de neve do último inverno. Para evitar confusões é melhor denomina-la linha de neve do glaciar. A expressão linha de neve é, muitas vezes, utilizada, também, para designar uma pequena elevação na bordadura inferior do campo de neve. Nas regiões montanhosas, a linha de neve não corresponde, verdadeiramente, a uma linha, mas a uma orla, mais ou menos, irregular, cuja posição é determinada pela quantidade da neve, que caiu no inverno anterior, e da ablação, que são factores que podem variar de maneira significativa de um ponto para outro.

Ver: « Glaciar »
&
« Zona de Acumulação (glaciar) »
&
« Campo de Neve »

Nesta fotografia, tirada, mais ou menos, do pico de Corvatsh, vê-se o glaciar de Tschierva, localizado no cantão dos Grisons (Suíça oriental), entre o pico de Roseg à direita (3937 metros de altura) e o pico de Bernina (4040 metros), à esquerda, decorado com uma grande crista de gelo ("Biancograt"). O refúgio de Tschierva é visível por cima da moreia lateral esquerda do glaciar. Em 2005, o glaciar tinha cerca de 4 km de comprimento, e a sua superfície era de cerca de 6 km2 (determinada em 1973). Contudo, é difícil de saber se estas medidas for feitas no verão ou inverno. Na realidade, embora estas duas fotografias fossem tiradas no mesmo ano (2006), elas sugerem dimensões e coisas muito diferentes. Uma foi tirada no verão (Julho) e outra no inverno (Março). A primeira, tirada no verão, é utilizada pelos "Alarmistas" (aqueles que acreditam, religiosamente, num "aquecimento global" antropogénico) e a segunda pelos "Sépticos" (aqueles que não acreditam, religiosamente, num "aquecimento global", quer ele seja antropogénico ou não, mas sim em mudanças climáticas naturais). Por outro lado, é interessante comparara estas dias fotografias com o bloco diagrama da mesma área construído pelo prof. Albert Heim em 1900, o qual sugere que a retrogradação do Glaciar de Tschierva em, mais ou menos 100 anos, é de poucas centenas de metros. de De qualquer maneira, e em particular na fotografia tirada no verão (a maior) reconhece-se todos os principais elementos, que se podem por em evidência num glaciar : (i) Os picos dos montanhas (Bernina e Roseg) ; (ii) Os circos ; (iii) Um antigo glaciar tributário (que actualmente não é mais, mas que o será durante o novo período de arrefecimento global, que parece ter já começado, ciclo solar 24) ; (iv) Duas linha de neves, que se reconhecem muito bem em ambos os glaciares pela diferença de cor ; (v) Dois vales glaciários suspensos (em forma de U ) ; (vi) O vale glaciar principal ; (vii) As fendas ou fissuras dos glaciares ; (viii) As moreias ; (viii) Os escombros de talude e a parte superior da planície fluvioglaciar.

Linha Sísmica.........................................................................................................................................................................................................................Seismic Line

Ligne sismique / Línea sísmica / Seismischen Linie / 地震测线 / Сейсмическая линия / Linea sismica /

Perfil dos sedimentos e, por vezes, do soco obtido pela reflexão de ondas sísmicas artificiais nas interfaces sedimentares.

Ver: « Linha Migrada (sísmica) »
&
« Sismica de Reflexão »

&
« Linha Não Migrada (sísmica) »

Como se pode constatar nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore da Tailândia, uma linha sísmica é uma secção tempo, quer isto dizer, que a escala vertical, ao contrário da de uma secção geológica, é em tempo (tempo duplo, t.w.t.) e não em profundidade (metros). Para conhecer a profundidade de uma determinada interface é necessário conhecer a velocidade dos intervalos atravessados pelas ondas sísmicas e fazer uma conversão. Numa linha sísmica, é possível, que um determinado intervalo seja isópaco (espessura constante), mas caso haja uma variação lateral da velocidade, na realidade, em profundidade, ele pode ser divergente. Da mesma maneira, nas linhas sísmica tiradas no offshore, a lâmina de água tem de ser tomada em linha de conta, em particular, quando ela mostra uma brusca variação da profundidade de água entre a plataforma e talude continental. Os sedimentos, debaixo de uma grande lâmina de água, são retardados (ficam mais mais profundo) em relação aos que se encontram sob uma lâmina mais pequena, uma vez que a velocidade das ondas sísmicas na água é mais pequena do que nos sedimentos. A interpretação das linhas sísmicas, em termos geológicos, requere, a priori, um bom conhecimento dos contexto geológicos global e regional das regiões onde elas foram tiradas. Nesta tentativa, por exemplo, o interpretador identificou e respeitou as características das bacias internas ao arco, nas quais uma fase de abatimento (subsidência termal), se deposita por cima de uma fase de rifte (subsidência diferencial). Por outro lado, como este tipo de bacia faz parte das bacias ligadas à formação das megassuturas, neste caso particular da megassutura Meso-Cenozóica, ela encontra-se dentro de uma área que, globalmente, é em compressão. Por conseguinte, é possível que algumas falhas normais da fase de rifting tenham sido reactivadas em falhas inversas com formação de inversões tectónicas. Igualmente, o interpretador conhecia, de avanço, a assinatura estratigráfica da área e datou os principais eventos geológicos, antes de tentar refutar as datações a partir dos resultados dos poços de pesquiza, quer isto dizer, que o método de interpretação não é de maneira nenhuma o método de Aristóteles : (i) Suppositio (hipótese) ; (ii) Compositio (demonstração) ; (iii) Resolutio (verificação).

Linha Sísmica Longitudinal.................................................................................Longitudinal or dip seismic line

Ligne sismique transverse / Línea sísmica transversal / Längs seismischen Linie / 纵向地震测线 / Продольный сейсмическая линия / Linea sismica longitudinale /

Linha sísmica cuja orientação é, mais ou menos, paralela à direcção do acarreio sedimentar (linha longitudinal).

Ver: «Bisel de Agradação Marinho»

Linha Sísmica Transversal...................................................................................Transverse or strike seismic line

Ligne sismique longitudinale / Línea sísmica transversal / Quer seismischen Linie/ 横向地震测线 / Крест золотой сейсмическая линия удар / Linea sismica trasversale /

Que é perpendicular ou oblíqua, de maneira significativa, ao acarreio terrígeno.

Ver: «Bisel de Agradação Marinho»

Lisoclina.............................................................................................................................................................................................................................................................Lysocline

Lysocline / Lisoclina / Lizoklin / 溶跃面 / Лизоклин / Lisoclina /

Profundidade do oceano debaixo da qual a taxa de dissolução da calcite aumenta de maneira significativa. Debaixo da lisoclina existe uma profundidade conhecida como a profundidade de compensação dos carbonatos (PCC), por debaixo da qual a taxa de aporte de calcite balança a taxa de dissolução, o que quer dizer que não há depósito de calcite.

Ver: « Calcite »
&
« Profundidade de Compensação (carbonatos) »
&
« Dissolução »

A lisoclina é a profundidade sob a qual a maior parte dos carbonatos dos sedimentos do solo oceânico se dissolvem. Neste nível apenas ficam sem dissolver os carbonatos mais resistentes, como os foraminíferos calcários, pelo qual nos sedimentos ainda há restos de carbonatos. Há um segundo nível, o chamado "nível de compensação da calcite" ou "profundidade de compensação da calcite" (NCC/PCC, ou CCD, quer isto dizer "Calcite Compensation Depth" em inglês), mais profundo, sob o qual a totalidade dos carbonatos se dissolve. A reacção química pode traduzir-se assim: CaCO3 + H2O + CO2 → Ca2+ + 2HCO3- . A lisoclina encontra-se, actualmente, entre 3000 e 5000 metros de profundidade, que corresponde, mais ou menos, à cifra média de profundidade dos oceanos. A lisoclina pode variar segundo múltiplos factores, entre os que se encontram a concentração de CO2, o nível de acidez das águas, ou a latitude, chegando a estar em lugares como a Antárctida apenas uns centos de metros sob a superfície. A necessidade de uma determinada profundidade para a dissolução de carbonatos é devido à solubilidade dos mesmos aumentar com a diminuição da temperatura e com o aumento da pressão. É precisamente esta dependência com a temperatura que causa que a lisoclina e a PCC não sejam paralelas no oceano, estando, geralmente, a PCC mais afastada da lisoclina no centro da bacia oceânica e próxima nas margens. Em outras épocas a lisoclina sofreu variações importantes, como por exemplo há 55 milhões de anos durante o Máximo Térmico do Paleocénico / Eocénico (MTPE), onde se elevou, drasticamente, por todo o planeta, devido ao aumento da temperatura e do CO2 (http://fr.wikipedia.org /wiki/Lysocline). Este um intervalo transitório de aquecimento global (± 55 Ma) é associado à transformação dos ecossistemas e alterações no ciclo do carbono e, provavelmente, causado pela entrada de grandes quantidades de CO2 e CH4 no o sistema oceano/atmosfera.

Lithothamnium (alga).................................................................................................................................................................................Lithothamnium

Lithothamnium (alga) / Lithothamnium (alga) / Lithothamnium (Algen) / Lithothamnium(藻类) / Обызвествлённая морская водоросль / Lithothamnium (alghe) /

Alga da família das algas vermelhas. Apresenta-se sob a forma de pequenos esqueletos semelhante ao dos corais. As suas ramificações são constituídas de calcário impregnado de elementos minerais e oligoelementos fixados a partir da água do mar. Estes elementos encontram-se sob uma forma assimilável uma vez que o lithothamnium tem uma excelente porosidade.

Ver: « Alga »
&
« Alga Castanha (Feofícea) »
&
« Calcário »

As algas vermelhas coralinas possuem depósito de carbonato de cálcio nas suas paredes celulares o que as torna muito resistentes e sem flexibilidade. Elas são muito abundantes e, ecologicamente, importantes, uma vez que podem formar grandes recifes de corais. Algumas algas têm uma importância económica, na alimentação ou na produção secundária de produtos utilizados, principalmente. nas indústria alimentar e farmacêutica (meio de cultura para microrganismos, cápsulas, supositórios, anticoagulantes, filme fotográfico, sabonete, creme para mãos, substitui a gelatina, cremes, geleias, maioneses, pudins, merengues, entre outros). Entre os pigmentos que as suas células possuem pode citar-se a clorofilas e ficoeritrina (pigmento que lhes confere a cor avermelhada). O Lithothamnium Angolense Romance 1916 é um lithamnium típico. Ele é um coralinacea com um talo fino (50/150 microns) e, provavelmente, não fixo. O talo é uma estrutura vegetativa não diferenciada em raiz, caule e folha, e sem formação de qualquer tecido. A grande maioria das macroalgas é composta por talos. O hipotalo (excrescência marginal de hifas no talo de algas incrustantes) é ausente ou reduzido a curtas linhas de células. O péritalo consiste de células (15 x 8/9 micra), dispostas em linhas mais do que em filas. O conceptáculos (250/300 x 115/125 microns), que são cavidades das algas marinhas e de água doce que contém os órgãos reprodutivos, são bastante comuns e podem conter a a 6 poros. Estes órgãos reprodutivos criam uma ligeira protuberância do talo, dada a sua fina espessura. Esta determinação corresponde em todos os pontos à descrita no Albiano de Angola. Esta é a primeira vez que este forma é conhecida fora de sua localidade tipo e é também a primeira vez que pode ser fotografada. Estratigraficamente é o primeiro Lithothamnium conhecido. Contudo uma ligeira reserva deve ser avançada: ela diz respeito aos desenhos da descrição original que não parecem ilustrar o texto correctamente.

Litificação..........................................................................................................................................................................................................................................Lithification

Lithification / Litificación / Lithification (Transformation eines Sediments im Festgestein) / Lithification (在综合岩石沉积物的转变) / Окаменение / Lithification (trasformazione di un sedimento in roccia consolidata) /

Conversão dos sedimentos (soltos) em massas rochosas sólidas. Processo pelo qual os sedimentos se compactam sob a acção da pressão, expelindo os líquidos que saturam a porosidade, e que, pouco a pouco, se transforma numa rocha sólida endógena (sedimentar), em que a porosidade é, parcialmente, destruída por compactação e cimentação.

Ver: « Sedimentação »
&
« Compactação »
&
« Diagénese »

Um sedimento, quer ele seja deutógeno (de origem secundária, quer isto dizer, clástico ou detrítico) ou protógeno (origem primária, isto é, formado por precipitação) não é uma rocha sedimentar (endógena por contraste exógena) antes que os grãos se aglutinem uns aos outros. O material que adere os grãos uns aos outros e que se chama cimento, é na maior parte das vezes um sedimento protógeno (mineral que se forma quando a água passa através dos espaços livres entre os sedimentos). Se a água (do mar ou subterrânea) contém os elementos químicos necessários, formam-se cristais entre os grãos que os adere uns contra os outros. A calcite, quartzo e, por vezes, a hematite formam, frequentemente, o cimento das rochas sedimentares. As fotografias, ilustradas nesta figura, sublinham a diferença entre uma pilha de sedimentos (fotografia da esquerda), e uma rocha sedimentar constituída, praticamente, pelos mesmo elementos (fotografia à direita). A passagem de uma à outra é a litificação. Uma pilha de sedimentos, como na fotografia da esquerda, transforma-se mais, rapidamente, numa rocha sedimentar, quando mais enterrada ela estiver, uma vez que a pressão geostática serra os grãos uns contra os outros. O processo de transformação, isto é, a litificação pode durar centenas de milhares de anos. Certos sedimentos protógenos litificam-se mais por recristalização dos minerais que os constituem, do que por cimentação. O exemplo típico é a formação de muitos calcários e argilitos, que requere uma recristalização, no sítio, dos grãos sedimentares. Neste processo, os minerais recristalizam em resposta a uma mudança do ambiente químico (um aumento de pH), porque certos minerais são mais estáveis do que outros em determinadas condições. Quando os grãos minerais recristalizam (grãos inteiros ou unicamente as bordas dos antigos), eles crescem em conjunto e criando novos limites entre os grãos, transformando o sedimento numa rocha compacta.

Litodema.....................................................................................................................................................................................................................................................Lithodeme

Lithodème / Litodema / Lithodeme (geographische Begriff mit einem beschreibenden Begriff lithischen) / Lithodeme(地理与岩屑描述长期长期) / Литодема / Lithodeme (termine geografico con un termine descrittivo litico) /

Termo utilizado para exprimir a litologia e condições de depósito de uma rocha independente da idade e do contexto geológico. Certos geocientistas usam o termo litodema para combinar uma localização geográfica com uma litologia. Ex : Calcários de La Luna. Por vezes, sinónimo de Formação.

Ver: « Fácies »
&
« Formação (geológica) »
&
« Unidade Litostratigráfica »

As rochas deste afloramento constituem o litodema de Zumaya (pequena vila da costa de Guipúzcoa, a cerca de 35 km de Donosti - Saint Sébastian e a 75 km de Bilbao, Espanha). A litologia corresponde a uma alternância de arenitos (granodecrescentes para cima) e argilitos depositados num ambiente de deposição profundo. O termo litodema, que é, mais ou menos, sinónimo de formação geológica que é unidade básica fundamental da litostratigrafia (conjunto de rochas ou minerais que tem características próprias, em relação à sua composição, idade, origem ou outras propriedades similares) é, muito vezes, substituído pelo termo litoambiente. Em termos modernos (estratigrafia sequencial), este litodema corresponde a uma sobreposição vertical de cones submarinos de bacia, que se depositaram em associação com uma descida significativa do nível do mar relativo, a qual colocou o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia. Uma tal descida do nível do mar relativo* mudou as condições geológicas da bacia de nível alto para nível baixo, com exumação da antiga plataforma continental, o que implica um deslocamento, em direcção da bacia e para baixo, da linha da costa e da ruptura da superfície de deposição costeira (que nos dados sísmicos são, mais ou menos, coincidentes, devido à resolução sísmica). Dentro de um ciclo sequência durante os episódios regressivos (prisma de nível baixo e prisma de nível alto) a linha da costa desloca-se para o mar e para cima, o que quer dizer que houve agradação (“upbuilding” dos geocientista americanos) e progradação (“outbuilding”), mas que a progradação é, largamente, superior. Todavia, inicialmente, os geocientistas da EPR (“Exploration Production Research” da Exxon**) consideram sempre que uma progradação da linha da linha da costa implicava necessariamente uma agradação, ou seja que a linha da costa era deslocada para o mar e para cima. Este deslocamento para o mar destruiu o perfil de equilíbrio provisório dos cursos de água da região, o que os obrigou a cavar os leitos para encontrarem um novo perfil de equilíbrio provisório. Um tal escavamento aumentou, fortemente, o aporte terrígeno e a carga dos rios. Como os rios desaguavam sobre o talude continental, os sedimentos que eles carregavam foram transportados, ao longo do talude continental, por correntes de turbidez, que entraram em desaceleração depois da ruptura inferior do talude. Desde que as correntes de turbidez entraram em desaceleração, em geral, na planície abissal, elas perderam competência e depositaram os sedimentos sob a forma de cones submarinos de bacia. O tempo de deposição de cada lóbulo submarino (em geral uma camada de arenito) foi instantâneo, em termos geológicos (dezenas de minutos), enquanto que a fina camada de argilito pelágico depositada depois da camada turbidítica, demorou, provavelmente, milhares de anos a depositar-se. São estas camadas pelágicas que permitem a datação das camadas turbidíticas, uma vez que toda a fauna e flora nelas encontrada é transportada, não só de ambientes diferentes mas, igualmente, de rochas com diferentes idades. Como os cones submarinos de bacia enfatizam o hiato mínimo com o ciclo sequência precedente, a idade dos argilitos pelágicos permite datar com uma precisão razoável a idade da discordância que limita os dois ciclos estratigráfico, isto é, ela permite de datar a descida do nível do mar relativo (nível do mar, local, referenciado a base dos sedimentos ou ao fundo do mar e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica) que induziu a discordância, assim como a sua paraconformidade correlativa em água profunda. Mais tarde, durante o Miocénico, os cones submarinos da bacia desta área (Zumaya) foram deformados a quando da formação das cadeias de montanhas, o que ocorreu nos últimos 10 Ma, e tomaram a inclinação que eles exibem nesta fotografia.

(*) Se o nível do mar relativo desce, mas não suficientemente para pôr o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia (ao nível de um ciclo sequência) a superfície de erosão associada é muito pequena para se falar de discordância. Foi neste sentido que os geocientistas da da Exxon, no início da estratigrafia sequencial, consideram as discordâncias de tipo I (exumação de toda a plataforma continental ou levantamento relativa da planície costeira) e discordâncias de tipo II (exumação parcial da plataforma continental ou pequeno levantamento relativo da planície costeira). Actualmente, mais nenhum geocientistas fala de discordância de tipo II, mais de cortejos sedimentares descendentes ou de regressões forçadas.

(**) Exxon era a marca da empresa de petróleo e recursos naturais Exxon Corporation, antes de 1972 conhecido como Standard Oil Company de New Jersey. Em 1999, a Exxon Corporation fundiu-se com a Mobil para formar a ExxonMobil. A marca Exxon ainda é usada pelas operações de “downstream” da ExxonMobil como uma marca para alguns de seus postos de gasolina, motores e produtos relacionados (a maior concentração dos quais estão localizados em Nova Jersey, Pensilvânia, Texas e nos estados do Meio Atlântico e do Sudeste). A Standard Oil Company de Nova Jersey foi uma das sete irmãs que dominou a indústria global de petróleo de meados da década de 1940 para 1970.

Litofagia.....................................................................................................................................................................................................................................................Lithophagy

Lithophagie / Litofagia / Lithophagie / Lithophagy (摄取的石头来帮助消化的做法) / Литофагия / Litofagia (la pratica di l'ingestione di pietre per aiutare la digestione)  /

Ingestão de pedras para ajudar a digestão. Exemplos de litofagia se encontram em muitas aves e crocodilos.

Ver: « Arenito »
&
« Erosão »
&
« Glossifungito »

A litofagia ou geofagia é a ingestão de substâncias minerais, não apenas do solo, mas também de areia, cascalho e rochas. O termo litofagia inclui tanto a ingestão intencional, mas também acidental. A geofagia ou litofagia é um comportamento surpreendente, generalizado e normal, que é documentado nos vertebrados, desde os roedores até as baleias, passando pelas tartarugas e aves. Como a presença humana se expande para áreas até então habitadas apenas por animais selvagens, a presença de produtos químicos no solo está se tornando frequente e generalizada, o que é, extremamente, perigoso para os animais litofagos. Certos produtos químicos orgânicos têm uma forte tendência para se distribuir aos solos, como por exemplo, os pesticidas e outros compostos orgânicos antropogénicos. A litofagia pode suplementar uma alimentação deficiente e promover tratamentos farmacológicos. Com efeito, a ingestão de pedras por lagartos e crocodilos podem ajudar na maceração das presas, uma função semelhante à do grão ingerido por aves. Como os lagartos e crocodilos são sem moela, este conceito de maceração assistida ainda pode ser revisto. A hipótese de que a litofagia nos crocodilos é de proporcionar um lastro não é corroborada. A litofagia também é, praticada, por pinguins de Adélia (Pygoscelis adeliae), vários pinípedeos, e alguns lagartos pré-históricos. Uma vez que eles regurgitam as rochas, em terra, essas rochas nos animais que respiram ar podem, na realidade, ser ingeridas como lastro. A ingestão de areia e cascalho pelas tartarugas poderia servir para facilitar a maceração da mesma maneira que a litofagia pelos lagartos e crocodilos, apesar da alimentação da tartaruga seja composta, principalmente, de vegetais. As tartarugas em cativeiro (Terrepene ornata) e outras (Tupinambis rufescens, Occipatlis Tiliqua, Gopherus agassizii, Heermani Testudo) ingerem, intencionalmente, solos escuros sem areia que passa, completamente, através do sistema digestivo. Qualquer microorganismo celulítico de um solo pode ajudar a digestão da celulose dos componentes vegetativos da alimentação e pode ser a principal razão para um tal comportamento (Hui, C. A.- 2004).

Litoral....................................................................................................................................................................................................................................................................................Shore

Littoral / Litoral / Küstengebiet / 滨海 / Прибрежный / Litorale /

Faixa do continente que está em contacto com o mar ou com fenómenos característicos dessa área.

Ver: « Praia Intramareal (entre marés) »
&
« Acção das Vagas (mar calmo) »
&
« Linha da Costa »

Como ilustrado neste esquema, alguns geocientistas restringem o litoral à faixa entremarés. Outros estendem-no para o interior, por um espaço cujos limites nem sempre são fácies de definir e, também, para o largo até linha de rebentação das ondas. Com base na distribuição das biocenoses litorais (relação equilibrada dos seres vivos com o meio natural), em função dos tempos de emersão, o litoral pode dividir-se em faixas ou andares, paralelos a linha da costa: (i) Andar Supralitoral, o qual compreende o espaço atingido directamente pela salsugem, acima do nível das preiamares vivas (sempre emerso), e que, por sua vez, se pode subdividir em: (a) Superior, que é a parte atingida apenas por pequena bolhas de ar com cristais salinos e (b) Inferior, que é a parte atingida pela salsugem e directamente pela espuma da rebentação na preiamar; (ii) Andar Mesolitoral, o qual corresponde à faixa entremarés (anfíbio), e que também se pode subdividir-se em: (a) Superior, que é a área entre o nível médio e o da praia mar viva e (b) Inferior que é a parte entre nível médio e o da baixamar viva; (iii) Andar Infralitoral, o qual está abaixo do nível das baixamares vivas (sempre imerso), e que pode subdividir-se em: (a) Superior, que é a parte entre o nível da baixamar viva e a faixa de rebentação e (b) Inferior, que é a parte que corresponde a faixa de rebentação (Moreira, 1984). Lembremos que as marés são ondas de oscilação de fraca amplitude (poucos metros), grande comprimento de onda (várias centenas de quilómetros) e um período muito grande (30-300 segundos), que se formam no alto mar devido à atracção da Lua e Sol sobre água do mar. Junto à costa essas ondas modificam-se e prolongam-se por ondas de translação que dão origem as correntes de maré: (1) Enchente, que se dirige para a costa e provoca uma acumulação de água cujo máximo é chamado preiamar ou maré alta e (2) Vazante, que se dirige para o largo, escoando, assim, a água acumulada junto à costa durante a preiamar, e cujo nível mais baixo é o da baixamar ou maré baixa. Quando o Sol e a Lua estão conjunção ou oposição as marés são vivas (com grande amplitude). Quando a Lua está em quarto minguante ou crescente (quadraturas), a maré é morta, isto é com amplitudes mínimas.

Litosfera..................................................................................................................................................................................................................................................Lithosphere

Lithosphère / Litosfera / Lithosphäre / 岩石圈 / Литосфера / Litosfera /

Conjunto da crusta (continental e oceânica) e parte superior do manto, que forma uma camada rígida da parte externa da Terra sobrejacente à astenosfera, a qual que é mais elástica (admite extensão sem se partir) do manto terrestre.

Ver: « Astenosfera »
&
« Crusta »
&
« Sial »

Como se pode observar neste esquema, a estrutura interna da Terra pode ser descrita sob o ponto de vista petrográfico e reológico (maneira como a matéria fluí ou se deforma). Sob o ponto de vista petrográfico, a Terra pode ser dividida em três envelopes, mais ou menos, concêntricos: (i) Crusta, que pode ser continental ou oceânica; a crusta continental é constituída por rochas exógenas (graníticas e metamórfica) cobertas por uma película de rochas endógenas (sedimentares), cuja espessura varia entre 30 e 70 km e que tem uma densidade entre 2,5 e 2, 7 g/cm3; a parte inferior crusta continental é composta, principalmente, por gabros e tem uma densidade de cerca de 2,8 g/cm3; a crusta oceânica é composta por rochas basálticas e gabros recobertos de sedimentos hemipelágicos e pelágicos; ela tem uma densidade é cerca de 2,9 g/cm3 e uma espessura que varia entre 4 e 10 km; (ii) Manto, que é composto de peridotitos anidros e eclogitos, tem uma densidade média de 3,3-3,4 g/cm3 e 3,3 -5,6 g/cm3 na parte inferior; o limite superior do manto é sublinhado pela descontinuidade de Mohorovičić (4-70 km); o limite inferior localiza-se a cerca de 2900 km de profundidade e corresponde a uma mudança de fase e (iii) Núcleo, que é composto principalmente por ferro e níquel e que se pode pode dividir-se numa parte interna sólida e uma externa líquida. Ao ponto de vista reológico, a Terra divide-se em quatro grandes zonas : (a) Litosfera, que é a camada externa rígida e que tem uma espessura entre 80 e 150 km; o seu limite inferior corresponde grosso modo a zona de baixa velocidade das ondas sísmica (vp e SVG) ; (b) Astenosfera, que é uma camada menos rígida que a litosfera e que pode deformar-se por escoamento; o limite inferior da astenosfera é mal marcado, mas parece não ultrapassar 350 km de profundidade ; (c) Mesosfera, esta camada corresponde ao conjunto do manto superior e inferior, cuja base está mais ou menos 2900 km de profundidade e (iv) Núcleo, que é limitado entre cerca de 2900 km de profundidade e o centro da Terra (± 6370 km de profundidade). A parte externa do núcleo é líquida e a interna sólida.

Litossoma...................................................................................................................................................................................................................................................Lithosome

Lithosome / Litosoma / Lithosome / Lithosome (通过与不同岩性围岩岩侵入) / Литосома / Litosoma /

Corpo litostratigráfico ou unidade litostratigráfica com um limite vertical e lateral, mais ou menos, isolado, mas que está interconectado com um ou vários corpos sedimentares de composição diferente. Um litossoma é uma massa rochosa de carácter, essencialmente, uniforme em relação as massas adjacentes de litologia diferente. Ex : Litossoma de xisto, Litossoma de calcário, etc.

Ver: « Fácies »
&
« Cortejo Sedimentar »
&
« Unidade Litostratigráfica »

Actualmente, um dos litossomas mais conhecidos no mundo é o litossoma dos argilitos da Catedral (Câmbrico Médio) da formação Stephen, na região de Burgess Pass, entre as montanhas de Wapta e Field (Montanhas Rochas). Estas rochas formaram-se à cerca 530 Ma e nelas encontra-se uma grande variedade de fósseis marinhos, largamente, superior à que se encontra nos mares actuais. No momento de deposição, parece que a região de Burgess Pass, que estava próxima do equador e constituía a margem continental divergente da América do Norte. Por outro lado, parece que os argilitos, mais ou menos, carbonatados se depositaram em condições anóxicas (fraco teor em oxigénio) e na base de uma importante escarpa induzida por um deslizamento submarino. A ausência de bioturbação (processo de construção de estruturas sedimentares de origem biológica características de ambientes específicos, perturbando a estrutura sedimentar ou pedogénica a que se sobrepõem) e a presença de uma grande quantidade de pirite não falsificam, antes pelo contrário, corroboram um ambiente de deposição profundo, o que implica que todos os organismos foram transportados para a base da falésia por pequenas correntes de detritos que se escoaram da bordadura da falésia. Esta hipótese explica de maneira satisfatória a orientação, muito diversa, dos fósseis e a sua extraordinária preservação. Até 1994, 125 géneros foram descritos nestes argilitos. Entre os principais fósseis que aí se encontram pode citar-se, entre outros: (i) Anomalocaris ou camarão anómalo, que é um protoartrópode extinto ; (ii) Marrella splendens, que é um pequeno artrópode semelhante a uma trilobite ; (iii) Olenoides serratus, que é uma trilobite ; (iv) Vauxia gracilenta, que é uma esponja (organismo o simples, séssil, que pode ser de água doce ou salgada, alimenta-se por filtração, bombeando a água através das paredes do corpo retendo as partículas de alimento nas suas células) ; (v) Tuzoia, que é um bivalve crustáceo semelhante a determinados camarões que vivem nas salmouras moderna ; (vi) Ottoia, que era um priapulídeo carnívoro, que vivia, provavelmente, em covas, como os priapulídeos modernos ; (vii) Leanchoila, que é um artrópode em forma de aranha, etc., etc. Nesta figura estão ilustrados vários artrópodes reconstituídos a partir de fósseis encontrados foram encontrados nos argilitos da Catedral: (a) Emeraldella, artrópode pequeno, predatório com uma cauda longa e antenas ; (b) Waptia, tinha uma concha bivalve e superficialmente parecido com um Perspicaris, mas deve ter ocupado um lugar diferente na cadeia alimentar, uma vez que a fraca composição de sua mandíbula sugere que ele passou, provavelmente, a maior parte do tempo no fundo do mar em busca de comida ; (c) Olenoides, seguiu a estrutura básica de todos os trilobites - um cefalão, um tórax com sete partes articuladas e um pigídio semicircular, com antenas longas e curvadas para trás ao longo de seus lados ; (d) Leanchoilla, tinha cerca de 5 centímetros de comprimento e longos apalpadores, tipo chicote, montados em apêndices de braço frontal ; (e) Sidneyia, com um comprimento entre 51 a 127 mm é um dos maiores artrópodes encontrados nos argilitos da Catedral. Pensa-se que tenha sido um carnívoro bentónico que caminhava ao longo do fundo do mar em busca de presas de casca dura ; (f) Canadaspis, tinha garras na extremidade de seus apêndices frontais que podiam ter sido usadas para agitar o sedimento, ou para raspar a camada superior que pode ter sido uma camada nutritiva de micróbios. ; (g) Opabinia, de tamanho modesto tinha um corpo mole, segmentado, com lóbulos ao longo dos lados e uma cauda em forma de leque. A cabeça tinha cinco olhos, uma boca debaixo da cabeça e virada para trás, e uma probóscide que provavelmente passava comida para a boca ; provavelmente viveu no fundo do mar, usando a probóscide para procurar alimentos pequenos e macios ; (h) Anomalocaris, tinha uma cabeça grande, um único par de olhos grandes e compostos em talos compreendendo aproximadamente 16.000 lentes e uma boca em forma de disco. Stephen Jay Gould no seu livro "Wondeerful Life", publicado em 1989, contribuiu à divulgação dos fósseis dos argilitos de Burgess. Gould sugeriu que a extraordinária diversidade dos fósseis indica que as formas de vida na época eram muito mais diferentes na forma corporal do que aqueles que sobrevivem até hoje, e que muitas das linhagens originais foram experiências evolutivas que se tornaram extintas. A interpretação de Gould da diversidade da fauna do Câmbrico foi, fortemente baseada na reinterpretação das publicações originais de Charles Walcott Simon e Conway Morris. No entanto, Conway Morris discordou, fortemente, com as conclusões de Gould, argumentando que quase todas as fauna do Câmbrico pode ser classificada em modernos filos.

Litostratigrafia.........................................................................................................................Lithostratigraphy, Rock stratigraphy

Lithostratigraphie / Litoestratigrafia / Lithostratigraphie / 岩石地层 / Литостратиграфия / Litostratigrafia /

Estudo da sucessão e idade das rochas estratificadas (endógenas) ou estudo científico das características físicas dos estratos.

Ver : « Estratigrafia »

« Ciclo Estratigráfico »
&
« Estratigrafia Sequencial »

Nesta figura estão ilustradas duas tentativas de interpretação de um autotraço de uma a linha sísmica do offshore da Mahakam (Indonésia, Oeste da ilha de Bornéu), o qual corresponde a uma bacia interna ao arco, praticamente sem alastramento oceânico, isto é, sem uma margem divergente tipo não Atlântica por cima. Uma das tentativa (à esquerda) foi feita em termos litostratigráficos, enquanto que a tentativa da direita foi feita em termos alostratigráficos (mapeamento das unidades rochosas na base do tempo de deposição). Na primeira, o geocientistas tentou mapear os diferentes fácies (litologia com uma fauna associada) sem entrar em linha de conta a biostratigrafia. Ele pôs em evidência, três áreas com fácies características: (i) Siltitos e Arenitos Siltosos, depositados numa sucessão vertical de planícies deltaicas ; (ii) Arenitos e Calcários, depositados numa sucessão de vertical de frentes de delta de um edifício deltaico (não confundir com um delta) e (iii) Argilitos, depositados numa sucessão progradante de prodeltas, que na maior parte das vezes constituíam a parte superior do talude continental (quando a bacia não tinha plataforma continental), o que quer dizer, que a frente do delta coincidia com o rebordo continental, o qual pode ou não coincidir com o rebordo da bacia (tenha em linha de conta a resolução sísmica que impede de intervalos sísmicos transgressivos de espessura igual ou inferior a resolução sísmica vertical que aqui é da ordem dos 20/40 metros). Na interpretação alostratigráfica, o geocientista mapeou não só as diferentes fácies, mas também as principais linhas cronostratigráficas. Esta linhas cronostratigráficas, que sublinham os reflectores sísmicos mais importantes, vão permitir ao interpretador de, numa segunda fase da interpretação, reconhecer as principais superfícies sísmicas (definidas pelas terminações dos reflectores: biséis de agradação, biséis de progradação e biséis superiores ou somitais) e assim reconhecer as descidas significativas do nível do mar relativo, que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático (nível do mar global, referenciado ao centros fada Terra ou a um satélite). Uma comparação entre esta duas interpretações permite, facilmente, de afirmar que os limites das fácies são diacrónicos e, assim, oblíquos às linhas cronostratigráficas (reflectores sísmicos), as quais, representam, grosso modo, superfícies de deposição. As variações bruscas das linhas de fácies indicam não só episódios de progradação (regressões sedimentares cada vez mais importantes induzido por ingressões marinhas cada vez menos importantes), mas também de retrogradação (transgressões, conjunto de ingressões marinhas cada vez mais importantes e de regressões sedimentares cada vez mais pequenas depositadas durante o período de estabilidade do nível do mar relativo que ocorre depois de cada ingressão marinha), assim como os episódios de agradação negativa, que sublinham descidas do nível do mar significativas, que marcam a localização das discordâncias. De facto um discordância que é induzida por uma descida significativo do nível do mar relativo (nível do mar, local, referenciado à base dos sedimentos ou ao fundo do mar e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica) pode ser reconhecida por um deslocamento da linha da costa para o mar (progradação) e para baixo (agradação negativa), o que não é o caso durante as regressões que se podem reconhecer por um deslocamento da linha da costa para o mar (progradação) e para cima (agradação positiva). No primeiro caso o nível do mar relativo desce de maneira significativa, enquanto que nos segundo ele sobe em desaceleração (ingressões marinhas de amplitude cada vez mais pequena). Numa tentativa de interpretação alostratigráfica, as discordâncias correspondem as superfícies sísmicas definidas pelos biséis de agradação, as quais limitam os diferentes ciclos estratigráficos. Na tentativa de interpretação alostratigráfica, os limites entre as unidades estratigráficas seguem linhas tempo (superfícies cronostratigráficas) e não linhas fácies (superfícies litológicas). Isto quer dizer, que as predições litológicas e, em particular, as predições das rochas-reservatório, mais prováveis, não podem ser feitas simplesmente olhando para uma linha sísmica, já que elas requerem uma abordagem metodológica precisa do âmbito do que se designa por Sismostratigrafia*.

(*) Interpretação em dados estratigráficos dos dados sísmicos, tendo em conta que as reflexões sísmicas primárias são gerados por interfaces físicas entre intervalos sedimentares (conjuntos de camadas de espessura superior ou igual a resolução vertical das linha sísmicas), caracterizadas por diferentes valores de velocidade sísmica e densidade (impedância acústica). Uma tal interpretação estratigráfica passa pela identificação de ciclos estratigráficos induzidos por ciclos eustáticos cuja duração determina a ordem de grandeza, assumindo que a taxa de variações do nível do mar absoluto ou eustático é mais rápida que a das variações tectónicas, o que quer dizer, assumindo que é a eustasia que determina a ciclicidade dos depósitos sedimentares).

Lixiviação.......................................................................................................................................................................................................................................................Leaching

Lixiviation / Lixiviación / Versickerung / 浸出 / Выщелачивание / Lisciviazione /

Processo pelo qual a água dissolve e transporta os componentes solúveis de uma rocha.

Ver: « Diagénese »
&
« Lixiviado »
&
« Ciclo das Rochas »

Numa determinada rocha, as condições necessárias para a lixiviação (dissolução e transporte) e precipitação (sequestração) de um mineral, como, por exemplo, a calcopirite (CuFeS2), são que ela esteja em contacto directo com a pirite (FeS2), a qual pode ser oxidada pela chuva, neve ou nevoeiro e formar ácido sulfúrico diluído. O ácido sulfúrio lexiviará, quer dizer, dissolvera e transportará o cobre (Cu) da calcopirite para o precipitar sob a forma de crisocola {(Cu,Al)_2 H2Si2O5 (OH)4 nH2O} ou de malaquite {Cu2 CO3(OH)2}. Esta precipitação ocorre enquanto o pH (acidez ou basicidade de uma solução) se tornar neutro, o que acontece quando a pirite é lexiviada pela chuva, neve ou nevoeiro, e transportada costa a baixo (à condição que a pirite não seja oxidada durante o transporte). A precipitação pode ser influenciada pela a presença de pequenos horizontes carbonatados das rochas ao longo das quais a solução se escoa. Se a solução passa por um horizonte carbonatado, o ácido sulfúrico será neutralizado e deposita-se malaquite. Como o ar atmosférico contém carbono sob a forma de dióxido de carbono (CO2), uma oxidação com oxigénio e dióxido de carbono (O2 + CO2) e também com monóxido de carbono (CO), o que pode produz um pequena capa de malaquite e, ou azurite. Na pedologia (estudo dos solos no seu ambiente natural), a lixiviação corresponde à perda de soluções minerais e orgânicas por percolação, quer isto dizer, por escoamento e filtragem das soluções através um material poroso, como, o escoamento do petróleo através as fracturas de uma rocha. Este mecanismo de produção dos solos é muito diferente do outro mecanismo de produção que é a eluviação (remoção de materiais dos solos e horizontes geológicos), o qual se caracteriza pela perda de colóides minerais e orgânicos (mistura química onde uma substância está, uniformemente, dispersa noutra). Os materiais lexiviados e eluviacionados na parte superior dos solos, onde existe uma forte concentração de matéria orgânica e de microorganismos e ocorre a maior parte da actividade biológica dos solos, depositam-se no subsolo, formando uma zona de iluviação (depósito do material transportado através dum solo) acima do substrato que pode ser uma rocha exógena ou endógena. Na geologia, o material removido é irrelevante, e o depósito (depósito eluvial) é o material restante.

Lixiviado...........................................................................................................................................................................................................................................................Leachate

Lixiviat / Lixiviado / Sickerwasser / 渗滤液 / Продукт выщелачивания / Percolato /

Solução produzida por lixiviação, isto é, por dissolução e transporte dos componentes solúveis das rochas ou de uma zona de descarga (local para a eliminação do lixo por enterramento, que é a forma mais antiga e poluente de tratamento dos resíduos).

Ver:« Diagénese »
&
« Lixiviação »
&
« Ciclo das Rochas »

Como ilustrado neste exemplo, a água das chuvas, neve e, mesmo, o nevoeiros, podem dissolver certos minerais das rochas, sobretudo aqueles que se dissolvem, facilmente,e nas soluções ácidas, e formar lixiviados, que se escoam costa abaixo. Durante o escoamento, certos minerais podem precipitar-se a partir do lexiviado, mas quando este se despeja nas correntes água, elas são poluídas e tornam-se impróprias para consumo. Os lixiviados mais poluentes são antropogénicos, em particular os criados pelos entulhos e descargas municipais. Uma vez que o lixo é deixado ao ar livre, ele entra em decomposição e a água da chuva ou da neve infiltra-se através dele e contamina-se fortemente (dissolução de várias substâncias). Desde que a água se escapa da descarga, ela forma um lixiviado. A decomposição de material carbonoso, que produz uma grande variedade de produtos como o metano, dióxido de carbono, ácidos orgânicos aldeídos (derivados de um álcool primário por perda de hidrogénio), álcoois, açucares, etc., enriquece muito a composição lixiviado. Quando a água se percola (a percolação é a acção ou processo de passar um líquido através de interstícios) através do lixo, ela promove, e ajuda, a decomposição produzida pela acção das bactérias e fungos. Estes tipos de decomposição libertam subprodutos e consomem muito, rapidamente, o oxigénio disponível, o que cria um ambiente anóxico, aumento da temperatura e diminuição do pH. Desta maneira, muitos iões metálicos que eram insolúveis com um pH neutro, dissolvem-se aumentando assim a concentração do lixiviado. Além disso, os processos de decomposição liberam também água, o que aumenta o volume do lixiviado. Por outro lado, o lixiviado também reage com materiais que têm pouca tendência para a decomposição, como as cinzas e materiais de construção à base de cimento, mudando-lhes a composição química. Por isso, quando o lixo contém materiais de construção à base de gesso, a reacção do lixiviado com o gesso produz grandes quantidades de ácido sulfídrico (H2S).

Lóbulo (cone submarino de bacia)...................................................................................................................................................Sheet Lobe Facies

Lobe (cône sous-marin de bassin) / Lóbulo (conos submarinos de cuenca) / Lobe (U-Boot-Fans des Beckens) / (盆地海底扇)/ Доля / Lobe (fan sottomarine del bacino /)

Leque submarino depositado na planície abissal em associação com uma descida do nível do mar relativo significativa, isto é, em condições geológicas de nível baixo (do mar), ou em associação com uma ruptura do rebordo da bacia ou com a cheia de um rio, em condições geológicas de nível alto.

Ver: « Cone Submarino da Bacia »
&
« Contornita »
&
« Cortejo do Nível Baixo (do mar) »

Segundos os geocientistas, os cones submarinos podem depositar-se em condições geológicas diferentes. Para Vail, dentro de um ciclo sequência, os cones submarinos (de bacia e de talude) depositam-se durante condições geológicas de nível baixo do mar, isto é, quando a bacia sedimentar não tem plataforma continental, uma vez que o nível do mar é mais baixo do que o rebordo da bacia. Isto implica que linha da costa (mais ou menos, equivalente à ruptura costeira de inclinação da superfície de deposição) seja, praticamente, coincidente com o rebordo continental, o qual marca a passagem ao talude continental. Isto quer dizer, que para P. Vail, os cones submarinos são induzidos por uma descida significativa do nível do mar relativo (nível do mar, local, referenciado à base dos sedimentos ou, mesmo, ao fundo do mar e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, que é global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica) que exuma a plataforma continental (se a bacia tinha uma) e a parte superior do talude continental levantando, ao mesmo tempo, de maneira relativa, a planície costeira, induzindo uma superfície de erosão, que caracteriza as discordâncias. Para Mutti, como ilustrado nesta figura, ao nível de um ciclo sequência, os cones submarinos de bacia (CSB) podem, também, depositar-se em condições geológicas de nível alto do mar, ou seja, com o nível do mar mais alto do que o rebordo da bacia (quando a bacia tem uma plataforma continental ou quando o rebordo da bacia coincide com a linha da costa, ou seja, durante a 2a fase do desenvolvimento do prisma de nível alto), em associação com correntes de turbidez, induzidas quer pela cheia dos rios, quer por instabilidades do rebordo continental e não em associação com a formação de discordâncias (descidas significativas do nível do mar relativo). Quando a quantidade de sedimentos transportada pelas correntes de turbidez é muito grande, depositam-se os turbiditos* de Tipo I de Mutti (mais ou menos, equivalentes dos cones submarinos de bacia). Quando as correntes de turbidez transportam menos sedimentos, os depósitos são menos lobulares (mais canalizados) e menos arenosos (turbiditos Tipo II e de tipo III de E. Mutti) e, mais ou menos, equivalentes dos cones submarinos de talude de P. Vail. Como a jusante do rebordo continental (bacia com ou sem plataforma continental), não há nenhum problema de espaço disponível para os sedimentos (acomodação), pode dizer-se, que a única coisa que é necessária para haver deposição de cones submarinos é a ocorrência de correntes de turbidez, as quais se podem formar de variadas maneiras, quer em associação com descidas significativas do nível do mar relativo (modelo de P. Vail), quer com rupturas do talude ou do rebordo continental, quer com enchentes dos rios, como sugerido por E. Mutti. Como se pode constatar nos esquemas geológicos ilustrados nesta figura, depósitos residuais grosseiros e preenchimentos de depressões de erosão podem desenvolver-se no talude continental. Igualmente, desde o rebordo continental para o mar profundo três zonas se podem individualizar: (i) Zona de alimentação ou zona de fonte (Zf), na parte superior do talude continental ; (ii) Zona de transferência (Zt), geralmente, localizada na parte média (inferior do talude continental) e (iii) Zona de deposição (Zd), localizada, em geral, no início da planície abissal (quando os lóbulos turbidíticos não estão desconectados da base do talude continental. A zona de alimentação ou zona de fonte corresponde a área de iniciação das correntes turbidíticas e rupturas do talude. A zona de transferência é a zona do talude continental onde as correntes turbidíticas aceleram e onde elas podem, localmente, erodir o fundo do mar e assim aumentar a sua carga. A zona de depósito é a área onde as correntes turbidíticas desaceleram e perdem a capacidade de transporte o que permite o depósito dos sedimentos em lóbulos granodecrescentes para cima, caracterizados por camadas arenosas, relativamente, espessas na parte proximal (em direcção da ruptura da base to talude continental) e que passam, lateralmente, para jusante, a camadas mais finas de fácies mais argilosas.

(*) Embora os turbiditos tivessem sido considerados depósitos sedimentares originados por correntes de turbidez submarinas, sobretudo, nas bacias de antepaís, isto é, em ambiente sedimentares das margem convergente, actualmente, sabe-se, que eles se encontram em todos os tipos de bacias sedimentares em associação com descidas significativas do nível do mar relativo e que para a maioria dos geocientistas, um turbidito é uma camada com gradação granodecrescente para cima depositados por corrente de turbidez que é, normalmente coberta por argilitos hemipelágicos contendo um conjunto de fósseis de água profunda.

Lóbulo em Montículo................................................................................................................................................................Sheet Lobe Mound

Lobe monticulaire/ Lóbulo en montículo / Buckelschicht Lappen / 丘状叶 / Впадина на холме / Lobo in monticelli /

Forma externa tridimensional de um intervalo sedimentar que lembra um pequeno monte ou outeiro. Algumas formas externas monticulares e preenchimentos podem ser subdivididas em subtipos, função da origem, configuração interna e modificação externa das formas. As mais comuns têm uma geometria em folha, cunha ou banco. Os seus nomes dependem se os sedimentos são protógenos (origem primária formados directamente a partir da água) ou deutógenos (origem secundária ou detríticos) e varia com os autores.

Ver: « Montículo »
&
« Configuração dos Reflectores »
&
« Montículo Complexo »

O offshore da Venezuela corresponde à sobreposição de várias bacias da classificação das bacias sedimentares de Bally e Snelson (1980). Efectivamente, dentro da crusta continental do pequeno supercontinente Gondwana, que funciona como uma infraestrutura, por alongamento, formaram-se bacias de tipo rifte antes da ruptura da litosfera. Localmente, estas bacias foram preenchidas por sedimentos ricos em matéria orgânica lacustre que podem ser considerados rochas-mãe potenciais, que quando, suficientemente, enterrados, para que a matéria orgânica possa atingir a janela do petróleo. Desde a ruptura da litosfera houve implementação de derrames vulcânicos subaéreos na base da margem divergente, antes que os centros de expansão ser tornassem submarinos (formação de crusta oceânica) e que a margem divergente tipo Atlântico iniciasse a sua deposição. Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica regional do offshore da Venezuela, está ilustrado um lóbulo monticular (ou em montículo) constituído por sedimentos deuterógenos (derivados de rochas por processos mecânicos, este termo aplica-se melhor a rochas do que a sedimentos). Como se pode constatar, nesta área (offshore do Orinoco), por cima das lavas subaéreas (intervalo colorido em violeta) que se depositaram, imediatamente, depois da ruptura da do supercontinente Pangeia, depositou-se o ciclo de invasão continental pós-Pangeia, quer isto dizer, uma margem divergente do tipo Atlântico, na qual se podem individualizar duas fase sedimentares: (i) Fase Transgressiva, associada à subida do nível do mar absoluto ou eustático* (nível do mar, global, referenciado ao centro da Terra ou a uma satélite), induzida pela separação dos continentes pós-Pangéia e caracterizada por uma geometria paralela retrogradante (esta geometria é consequência do conjunto de ingressões marinhas cada vez mais importantes e de regressões sedimentares cada vez mais pequenas) e (ii) Fase Regressiva, induzida pela descida do nível do mar eustático, instigada pela diminuição do volume das bacias oceânica provocada pela subducção da crusta ao longo das zonas de subducção de Tipo A e B (aglutinação dos continentes) e caracterizada por uma geometria progradante (esta geometria é o resultado do conjunto de ingressões marinhas cada vez mais pequenas e regressões sedimentares cada vez mais importantes). Durante estas duas fases tectónico-sedimentares, várias descidas significativas do nível do mar relativo (nível do mar, local, referenciado a um ponto qualquer da superfície terrestre, quer ele seja, o fundo do mar ou a base dos sedimentos, e que é o resultado da acção combinada entre o nível do mar absoluto ou eustático e a tectónica) ocorrem (que põem o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia), o que criou uma série de superfícies de erosão, isto é, de discordâncias, das quais, por diversas razões, unicamente, uma foi cartografada (enfatizada pela linha azul ondulada). Esta discordância, localizada na parte inferior da fase regressiva, deslocou para o mar (progradação) e para baixo (agradação negativa), a linha da costa. Este deslocamento exumou toda a planície costeira e a parte superior do talude continental (a bacia não tinha plataforma) e rompeu os perfis de equilíbrio provisório dos cursos de água, que, assim, foram obrigados a aprofundar os seus leitos para restabelecerem novos perfis provisórios. Um tal escavamento aumentou, fortemente, o aporte terrígeno e a carga dos rios, que descarregando sobre o talude continental criaram correntes de turbidez**, que se escoaram para a planície abissal, onde os sedimentos se depositaram sob a forma de cones submarinos de bacia. Todavia, como ilustrado nesta tentativa, ao longo do talude continental pequenos lóbulos monticulares podem depositar-se, preenchendo pequenas depressões criadas pela acção erosiva das correntes turbidíticas.

(*) Obviamente, ao nível dos ciclos sequência, as variações do nível do mar eustático ou absoluto vão ter uma consequência directa nas variações do espaço disponível para os sedimentos (acomodação) induzidas pelas variações do nível do mar relativo (referenciado à base dos sedimentos ou ao fundo do mar), uma vez que este é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto e da tectónica (subsidência ou levantamento).

(**) Correntes de alta densidade que se formam a partir de deslizamentos subaquáticos que ocorrem nas desembocaduras dos grandes cursos de água, onde uma grande quantidade de sedimentos se deposita, desde que o perfil de equilíbrio dos depósitos se torna instável e entra em movimento subitamente, colocando em suspensão uma grande quantidade de sedimentos.

Loess (limo)......................................................................................................................................................................................................................................................................Loess

Loess / Loess (limo) / Löss / 黃土 / Лёсс / Löss /

Sedimento eólico formado pela acumulação de silte transportado pelo vento e, em menor quantidade, por variáveis fracções de areia e argila.

Ver : « Argila »
&
« Areia »
&
« Siltito »

Loess (do alemão Löss , solto) é um solo fértil de coloração amarela, formado por sedimentos depositados pelo vento, ou seja, de origem eólica. O loess encontra-se em parte da Europa (França e Países Baixos) e, principalmente, na China, sobretudo junto ao Rio Amarelo, onde ele é muito utilizado para a cultura do arroz. A definição de loess é dupla: (i) Liitológica (silte calcário) e (ii) Genética (depósito eólico). O loess é formado, principalmente, de sílica (quartzo detrítico) e carbonato de cálcio (CaCO3), mas contém, em menor proporção, feldspato, biotite (dois minerais que, com o quartzo, entram na composição das areias) e de argilas, muitas vezes, caulinite (estas argilas podem ser aglomerados e formar grãos de limo fino). Ao ponto de vista da sua estrutura, o loess caracteriza-se por uma boa calibração granulométrica devido à sua origem eólica, com grãos entre 10 e 50 micrómetros (uma tamanho entre 2 e 50 mícrons que corresponde ao que certos geocientistas chamam limo). O loess é homogéneo, sem estratificação, mas tem uma porosidade muito elevada resultante dos vestígios de raízes e de uma cimentação carbonatada dos grãos. Durante o Pleistocénico, o loess é o resultado da acumulação no solo, sob clima frio e seco, de limos transportados pelo vento das zonas fontes, isto é aluviões, depósitos fluvioglaciares, sedimentos costeiros e de estuário, zonas áridas, etc.) submetidos a uma deflação eólica. Uma deriva granulométrica para as areias (loess arenoso) pode ser devido à proximidade da área de origem do loess e assim devido a uma triagem eólica menos avançada. Na Bélgica, uma área de "loess arenoso" separa as areias eólicas das areias Campine dos loess de Hesbaye. Uma granulometria mais grosseira pode, igualmente, ser devida a um enriquecimento de materiais locais disponíveis em abundância. Como ilustrado nesta figura, quando as formações de loess são abundantes, elas tendem a criar uma morfologia específica, quer devido ao seu depósito (topografia pouco marcada com criação de pequenas colinas, e rede hidrográfica desorganizada) quer devido à sua sensibilidade à erosão (planaltos loess chinês, terras baldias, etc.) (http://fr.wikipedia.org/wiki/Loess).

Longitude....................................................................................................................................................................................................................................................Longitude

Longitude / Longitud / Geographische Länge / 经度 / Долгота / Longitudine /

Distância angular, em graus, minutos e segundos, de um ponto a leste ou oeste do meridiano de Greenwich. As linhas de longitude são muitas vezes referida como meridianos.

Ver: « Latitude »
&
« Mapa de Contornos »
&
« Terra »

A longitude, que, algumas vezes, é representada pela letra grega λ (lambda), descreve a localização de um lugar na Terra medido em graus, de zero a 180 para Este ou para Oeste a partir do Meridiano de Greenwich (é o meridiano que passa sobre a localidade de Greenwich (no Observatório Real, nos arredores de Londres, Reino Unido) e que, por convenção, divide o globo terrestre em ocidente e oriente). Ao contrário da latitude, que tem a linha do Equador como um marco inicial natural, não há uma posição inicial natural para marcar a longitude. Um meridiano de referência tinha que ser escolhido. Enquanto os cartógrafos britânicos usavam o Meridiano de Greenwich há muito tempo, outras referências foram usadas como: El Hierro, Roma, Copenhaga, Jerusalém, São Petersburgo, Pisa, Paris, Filadélfia e Washington. Em 1884 na "International Meridian Conference" foi adoptado o Meridiano de Greenwich como primeiro meridiano mundial. Cada grau de longitude é subdividido em 60 minutos, e estes em 60 segundos. Uma longitude é especificada no formato graus° minutos' segundos''. Caso a localidade esteja no oeste põe-se um sinal negativo (-) na frente da longitude. Em vez de usar o sinal negativo, pode-se também usar as letras E e W para indicar "Este" e "Oeste", respectivamente. Uma longitude pode ser combinada com uma latitude para dar uma posição precisa de um lugar na Terra. Ao contrário de um grau de latitude, que sempre corresponde a uma distância de 111,12 km, um grau de longitude varia de 0 a 111,12 km se a distância for medida em um círculo de mesma latitude, a distância é de 111,12 km vezes o coseno da latitude. Se a distância for medida num círculo máximo, a distância é um pouco menor. A longitude de um ponto pode ser determinada calculando a diferença de horário entre a localidade e o Tempo Universal Coordenado (UTC). Como um dia tem 24 horas e uma circunferência tem 360 graus, o Sol move-se pelo céu a uma taxa de 15° por hora (360º dividido por 24 horas = 15° por hora). Para realizar esse cálculo, é necessário um relógio marcando o UTC, e determinar o horário local através de observações astronómicas (http://pt.wikipedia.org/wiki/Longitude).

Longitude do Nó Ascendente......................................................................................Longitude of Ascending Node

Longitude du noeud ascendante / Longitud de nodo ascendente / Argument des Knotens / 升交點黃經 / Долгота восходящего узла / Longitudine del nodo ascendente /

Ângulo entre uma direcção de referência, chamada origem da longitude, e a direcção do nó ascendente, medido num plano de referência.

Ver: « Órbita »
&
« Precessão »
&
« Eclíptica »

A longitude do nó ascendente (Ω) é um dos elementos orbitais da órbita de um corpo celeste. Além da longitude do nó ascendente ou outros elementos orbitais de um corpo celeste são um conjunto de seis valores numéricos que permitem definir a sua órbita em torno do Sol ou de qualquer outro corpo celeste de forma, totalmente, unívoca. Estas seis quantidades são : (i) Inclinação orbital (i) ; (ii) Argumento do periélio (ω) - se não for o Sol, argumento do periastro ; (iii) Semieixo maior da órbita (a) ; (iv) Excentricidade da órbita (ε) e (v) Anomalia média da época (M0). Os elementos orbitais de objectos reais tendem a alterar-se ao longo do tempo. A evolução dos elementos orbitais tem lugar devido, fundamentalmente, à força gravitacional dos outros corpos. No caso de satélites, devido à falta de esfericidade do primário, ou ao atrito com a atmosfera. Isto é fundamental nos satélites artificiais da Terra ou de outros planetas. No caso de cometas, a expulsão de gás e a pressão da radiação, ou as forças electromagnéticas introduzem pequenas forças não gravitacionais que devem ser consideradas para explicar o seu movimento. Para um objecto que orbita em torno do Sol, é o ângulo com vértice no Sol, que vai desde o Ponto Áries (ou ponto vernal) até o nó ascendente dessa órbita, medido sobre o plano de referência da eclíptica (plano da órbita da Terra ao redor do Sol, ou a órbita descrita neste plano; o nome provém do facto que os eclipses somente são possíveis quando a Lua está muito próxima deste plano), no sentido da translação do corpo. São as seguintes as longitudes do nó ascendente dos 8 planetas do Sistema Solar : (a) Mercúrio = 48,331° ; (b) Vénus = 76,67029° ; (c) Terra = 348, 73936° ; (d) Marte = 45,562° ; (e) Júpiter =100,492°; (f) Saturno = 113,64281° ; (g) Úrano = 73,98982° ; (h) Neptuno = 131,79431°. Não esqueça que a inclinação e a longitude do nó ascendente indicam o plano da órbita, que o argumento de periélio orienta a órbita dentro do seu plano, que o semieixo maior (ou o período, indistintamente) determina o tamanho da órbita, que a excentricidade determina a sua forma e que a época da passagem pelo periélio (ou a anomalia média) permitem situar o objecto na sua órbita.

Lótica (água).........................................................................................................................................................................................................................................................................Lotic

Lotique (eau) / Lótica (agua) / Fliessenden (Wasser) / 激流(水) / Проточная (вода) / Lotiche (acqua) /

Água que se escoa costa abaixo. Um ecossistema lótico contrasta com um lêntico, o qual envolve águas terrestres, mais ou menos, estagnadas como os lagos e lagoas.

Ver : « Lêntica (água) »
&
« Corrente »
&
« Rio »

A ecologia de uma sistema lótico é o estudo das interacções bióticas e abióticos nos escoamentos de correntes de água continentais. Com a ecologia dos sistemas lênticos, que implica as águas continentais menos dinâmicas, como, por exemplo, os lagos ou as lagoas, estes domínios formam as áreas de estudo mais gerais da água doce ou ecologia aquática. Os meios lóticos têm formas muito diversas formas, que vão desde os riachos até aos grandes rios vários quilómetros de largura, mas têm invariabilidades que justificam seu estudo conjunto. Observa-se certas características comuns que fazem da ecologia das correntes de água uma disciplina única em relação aos outros habitats aquáticos: (i) Os escoamentos são unidireccionais ; (ii) Os sistemas estão em um estado de constante mudança física ; (iii) Existe um alto grau de heterogeneidade espacial e temporal a todas as escalas (habitats) ; (iv) A variabilidade entre os sistemas lóticos é grande ; (v) A biota é especializado para viver em condições de escoamento, etc. Os escoamentos são o operador em sistemas abióticos chave dos sistemas lóticos que influenciam a sua ecologia. A força dos escoamentos de água pode variar segundo o sistema, em função de um continum de fluxos rápidos ou lentos, os turbilhões são quase vistos como sistemas lênticos. A velocidade de escoamento da água pode ser variável dentro dos sistemas e entre sistemas diferentes. Isto é tipicamente baseado na variabilidade do atrito com o fundo e as margens do canal, a sinuosidade, as obstruções e a inclinação. Além disso, a quantidade de água que entram no sistema a partir de um precipitação directa, degelo e / ou águas subterrâneas podem afectar a velocidade do escoamento. As águas podem alterar a forma do leito do rio através de processos de erosão e deposição, criando uma variedade de habitats, incluindo correntes, deslizamentos e marés. A luz é importante para os sistemas lóticos, porque produz a energia necessária para a produtividade primária através da fotossíntese, e também pode produzir um refúgio para as espécies presas nas sombras. A quantidade de luz que um sistema recebe pode ser ligada a uma combinação variável de escoamentos internos e externos.

Lua..................................................................................................................................................................................................................................................................................................Moon

Lune / Luna / Mond / / Луна / Luna /

Satélite natural da Terra e o quinto maior satélite natural do sistema solar. Um satélite é um objecto natural (o homem não é por nada na sua criação) em órbita à volta de um planeta, como, por exemplo, a Terra à volta do Sol.

Ver : « Terra »
&
« Apside »
&
« Afélio »

A distância média da Lua à Terra é de cerca de 384400 km. O diâmetro da Lua é de 3476 km, isto é 27,3 % do diâmetro da Terra. A superfície da Lua é 0,074 vezes a da Terra. O volume da Lua é 0,20 vezes o da Terra. A massa da Lua é 0,1123 vezes a da Terra e a força da gravidade no seu equador é 16,54% da gravidade da Terra no seu próprio equador. A Lua gira à volta da Terra em 27,3 dias. Ela encontra-se na mesma posição no céu todos os 29,5 dias. Não existe nenhuma atmosfera sobre a Lua. Mesmo durante o dia, o céu na Lua é sempre preto. Também não existem nem tremores de terra nem erupções vulcânicas, pelo menos, desde que a vida apareceu à superfície da Terra. Desta maneira, vista da Terra, a Lua, com as suas manchas, montanhas e crateras é, exactamente, a mesma desde que apareceram os primeiros organismos vivos na superfície da Terra. Da Terra, nós observamos sempre a mesma face da Lua (as primeiras fotos da face escondida da Terra foram feitas por uma sonda em 1959). O efeito mais flagrante da gravidade da Lua na Terra manifesta-se pelas marés. Os mares do nosso planeta quando estão enfrente a Lua são, fortemente, atirados por ela, em razão da sua proximidade, o que provoca uma subida do nível dos mares desse lado. Da mesma maneira, os mares, que estão do lado oposta à Lua, são menos atirados por ela, uma vez que eles estão mais afastados o que cria uma descida do nível do mar. Embora a força da gravidade do Sol seja mais forte do que a da Lua, o seu efeito sobre as marés é de cerca de 2/3, em virtude da grande distância que separa o Sol da Terra. Quando a Lua está, mais ou menos, alinhada com a Terra e com o Sol, as marés provocadas pela Lua e pelo Sol adicionam-se o que produz marés muito mais importantes (marés vivas, as quais naturalmente ocorrem duas vezes por mês). Da mesma maneira, quando a Lua está em quarto minguante ou crescente (quadraturas), as marés são mortas, isto é, com amplitudes mínimas. Note que a Lua é formada por uma crusta anortosítica, manto e núcleo, cuja parte externa é líquida (assumindo que 10% cristalizou).

Lumachela..............................................................................................................................................................................................................Coquina, Lumachel

Lumachelle / Lumachela, Coquina (roca) / Coquina (rock) / Coquina(岩) / Ракушечник / Lumachella /

Calcário detrítico, pouco ou moderadamente, cimentado e constituído por fragmentos de conchas. Calcário detrítico, principalmente, composto por fragmentos de fósseis, que sofreram uma importante abrasão e transporte antes alcançarem o sítio de deposição.

Ver: « Calcário »
&
« Detrito (geologia) »
&
« Rocha Reservatório (HC) »

Como ilustrado nesta fotografia, uma lumachela, por vezes chamada coquina (termo espanhol que significa concha) ou calcarenito, é uma rocha endógena constituída por sedimentos deutógenos, principalmente, fragmentos de conchas. Como as conchas são feita de carbonato de cálcio, as lumachelas podem ser consideradas como calcários endógenos (formados por detritos), mas não protógenos (formados por precipitação do carbonato de cálcio). As lumachelas formam-se próximo da linha da costa, onde a acção das ondas é forte e capaz de seleccionar os sedimentos, como o sugere as partículas partidas mas polidas (pela abrasão das ondas do mar) que as constituem. Muitos rochas calcárias têm fósseis, mas as lumachelas são, exclusivamente, constituídas por fósseis, como se pode constatar na lumachela ilustrada nesta figura. Uma lumachela muito cimentada é muitas vezes designada como coquinite, assim como um calcário constituído, principalmente, por fósseis de conchas, que viviam onde se depositaram (depósito "in situ" ou no local), se chama, por vezes, calcário coquinóide. Certos geocientistas vão mais longe e diferenciam as lumachelas e calcários coquinóides alóctones (formados por fragmentos que não foram transportados) das lumachelas e calcários coquinóides autóctones (formados por fragmentos que foram transportados de outros sítios). Muitas lumachelas formam-se a partir de material recifal e sub-recifal. Esta fácies é sobretudo representada próximos dos recifes e contém, muitas vezes, algas verdes dos géneros Gymnocodium, Macroporella e Mizzia. Igualmente fusilinas e gastrópodes podem ser muito frequentes. As lumachelas foram utilizados como material de pavimentação, uma vez que sendo pouco cimentadas partem-se, facilmente, nos seus componentes (fragmentos de cochas de coral) e assim podem substituir o cascalho obtido por fragmentação das rochas, cuja obtenção é muito mais cara. Por outro lado, como as lumachelas contém muitas vezes componente ricos em fósforo, elas são, em certos países, utilizadas como fertilizantes.

Lúnula Tectónica....................................................................................................................................................Crescentic Tectonic Gouges

Lunule tectonique / Lúnula tectónica / Lunula (groove) tektonischen / Lunula构造 / Тектоническая борозда / Lunula tettonica /

Estrutura de arrancamento (traços de deslizamento) com a forma de crescente, muitas vezes visíveis nos planos de estratificação dos flancos dos anticlinais e que resultam dos deslizamentos das camadas sobre camadas durante o encurtamento sedimentar.

Ver: « Tectónica »
&
« Anticlinal »
&
« Encurtamento (sedimentar) »

As lúnulas tectónicas e a importância dos deslizamentos camada sobre camada nas dobras jurássicas (da cadeia de montanhas do Jura) foram reconhecidas, desde há muitos anos, pelos geocientistas suíços (Wegmann, C. E., 1954). Durante um encurtamento sedimentar é fácil de constatar que a flexão por deslizamento camada sobre camada funcionam, mais ou menos, como o dobramento de um anuário telefónico onde as paginas (camadas sedimentares) deslizam uma sobre as outras. Como ilustrado neste esquema, é o movimento relativo das camadas em direcção ápice dos anticlinais ao longo dos planos de estratificação que as lúnulas tectónicas se formam. Estas estruturas são muito úteis na geologia de campo, uma vez que elas indicam, grosseiramente, a direcção axial e a localização do anticlinal. No início da pesquiza petrolífera, isto é, antes da sísmica de reflexão, as lúnulas tectónicas assim como as dobras de arrasto (pequenas dobras que se formam nos flancos dos anticlinais e cuja vergência indica a posição do ápice da estrutura) eram fundamentais para determinar onde o poço de pesquiza devia ser perfurado. Com efeito, nessa altura da história da pesquiza petrolíferas, quase todos os geocientistas, senão todos, utilizavam o método do anticlinal para pesquisar o petróleo (a pesquiza era limitada ao onshore). Eles procuravam localizar os ápices das estruturas anticlinais (não confundir com as estruturas antiformas que são estruturas de alargamento e não de encurtamento) para localizar o poço de pesquiza, uma vez que um poço ai perfurado atravessará todas as rochas reservatório potenciais em condições optimais de armazenamento (armadilhas estruturais). Quando um geocientista encontrava num afloramento (planos de estratificação), lúnulas tectónicas ele deduzia a axial direcção e em que sentido se encontra o eixo anticlinal, uma vez que a direcção da lúnulas é perpendicular a direcção axial e o sentido (inclinação da base da lúnulas, como nas lúnulas glaciares) dá o sentido do movimento. O mesmo se passa com as dobras de arrasto, nas quais a vergência é sempre em direcção do plano axial.

Lutito (pelito).............................................................................................................................................................................................................................................................Lutite

Lutite / Lutita / Lutit / 泥质 / Лютит, пелит / Pelito, Lutito /

Qualquer rocha sedimentar com grãos de argila e silte de diâmetro inferior a 1/16 mm. O termo lutito é, também, utilizado para as rochas calcárias quando a granulometria é equivalente à de um argilito ou de um siltito.

Ver : « Siltito »
&
« Granulometria »
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« Argila »

Os lutitos, também chamados pelitos, são uma classe de rochas sedimentares clásticas cujos elementos têm um diâmetro inferior a 1 / 16 mm (inferior a 63 microns). O termo mais usado para descrever sedimentos composto por este tipo de partículas é de silte ou argila para os mais pequenos (menos de 20 mícrons). Para sedimentos consolidado (cimentados) os termos siltito e argilito são por vezes usados. Originalmente (em inglês) o termo argilito implica um pequeno metamorfismo. Os lutitos apresentam-se por vezes sob uma forma argilosa (pedra de barro) o que lhes dá uma forte retenção à água, isto é uma pequena permeabilidade. Como ilustrado nesta figura, os lutitos estão, muitas vezes, associados a pedras preciosas, como, por exemplo as esmeraldas. Nas célebres minas da região de Muzo (Colômbia) as esmeraldas estão associadas a uma brecha de lutitos e calcite. O termo lutito é também utilizado na classificação dos calcários clásticos. Pettijohn dá os limites descritivos seguintes na base do tamanho dos grãos, evitando o uso de termos como "argila" ou "argilosos" que implicam uma certa composição química : (i) Cascalho, psefito (grego), rudito (latim) ; (ii) Areia, psamito (grego), arenito (latim) e (iii) Argila, pelito (grego), lutito (latim). Em inglês, função do tamanho dos grãos, os lutitos chamam-se "Claystones", "Siltstones" ou "Schists". Os lutitos quando submetidos a uma compactação (peso dos sedimentos ou esforço tectónico) desenvolvem uma fissilidade preferencial e chamam-se "schists". Estes termos ingleses foram traduzidos em português por certos autores, mais, a maior parte das vezes, a tradução proposta não traduz, correctamente, a definição do termo original. Os casos mais flagrantes são xisto, argilito e argila, uma vez que xisto pode não ser metamórfico, argilito é, em inglês ("argillite"), anquimetamórfico e argila não é uma rocha, mais sim uma granulometria. Assim, nós pensamos que é preferível utilizar os termos em inglês, para quando não tradução em português. O termo "shale", corresponde, mais ou menos ao que muitos geocientistas portugueses chamam argilito.


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Última actualização: Março, 2018