Planície Litoral...............................................................................................................................................................................................................Coastal Plain
Plaine côtière (Plaine littorale) / Planicie litoral (costera) / Litoralebene, Küstenebene / 沿海平原 / Прибрежная равнина / Pianura costiera /
Superfície continental plana ou muito pouco inclinada, baixa (altitude inferior a 200 metros, para certos geocientistas), de origem sedimentar, com posição litoral.
Ver: «Planície Costeira»
Plano de Água (corrente subterrânea)...............................................................................................................................................Water Table
Plan d'eau (niveau de la nappe phréatique) / Plano de agua, Tabla de agua corriente subterránea / Grundwasserspiegel, Körper von Wasser (Grundwasser) / 水体(地下水位) / Водяная поверхность (уровень грунтовых вод) / Corpo di acqua (livello delle acque sotterranee) /
Vasto depósito de água subterrânea alimentado pela água das chuvas filtrada através das rochas que ela atravessa, no qual a pressão do nível da água é igual à pressão atmosférica. A água subterrânea alimenta as nascentes e pode ser explorada por poços.
Ver: « Ressurgência (da corrente) »
&
« Caverna »
&
« Corrente »
Uma água subterrânea é uma água que se encontra debaixo da superfície terrestre. Contudo, nem toda a água de subsuperfície é uma água subterrânea. O conhecimento dos diferentes tipos de água de subsuperfície e da geologia explica, muita vezes, porque que é que certos planos de água variam de dezenas de metros, outros dezenas de centímetros e outros quase nada. A superfície superior da água subterrânea é o plano de água. Debaixo dela, a porosidade e fracturas das rochas estão, completamente, preenchidas de água, o que quer dizer, que elas estão saturadas de água. Os horizontes saturados de água, conhecidos como, zona saturada ou zona freática, existem onde há água subterrânea. Unicamente a água encontrada na zona saturada é considerada uma água subterrânea. O plano de água é o nível ao qual a pressão da água subterrânea é igual a pressão atmosférica, o qual, em geral, coincide com a superfície freática, mas que pode, também, estar vários metros acima. A água infiltra-se através dos espaços porosos do solo e começa por atingir a zona de aeração, isto é, a área onde o terreno não está saturado de água. A uma profundidade maior, a água preenchem mais poros até que a zona de saturação seja alcançada. Como dito antes e como ilustrado neste esquema, é o plano, mais ou menos, horizontal que passa pelo topo desta zona que se denomina plano de água. Uma quantidade de água sustentável (que se pode manter) dentro de uma unidade ou intervalo sedimentar, localizada debaixo do plano de água, isto é, na zona freática, chama-se um aquífero. A capacidade de um aquífero de armazenar água subterrânea depende, principalmente, da porosidade e permeabilidade das rochas onde ele se forma. Uma água fóssil é uma água subterrânea que permaneceu num aquífero durante um tempo geológico significativo. As águas fósseis são muito frequentes nos desertos. As águas fósseis são águas subterrâneas profundas não renováveis (pela água das chuvas). Quando uma água fóssil é sujeita a um qualquer tipo de mineração (extracção de um recurso não renovável) o plano de água sofre mudanças permanentes muito importantes e pode mesmo desaparecer.
Plataforma (continental).......................................................................................................................................................Shelf, Continental shelf
Plate-forme / Plataforma / Schelf / 大陆架 / Шельф (платформа) / Piattaforma continentale /
Parcela da margem continental que se estende, como uma superfície pouco inclinada para a bacia, desde a linha de costa até uma ruptura, geralmente, bem marcada, da inclinação do fundo do mar, a qual marca o limite superior do talude continental. A profundidade média da plataforma é de 130 metros e a profundidade máxima de 200 metros. Sinónimo de Plataforma Continental.
Ver: « Planície Costeira »
&
« Talude Continental »
&
« Rebordo da Bacia »
Do continente para o mar profundo, ao longo de uma superfície de deposição, como ao longo de uma linha cronostratigráfica (completa), existem cinco rupturas de inclinação: (i) Linha da Baía, entre a planície aluvial e a planície costeira (planície deltaica incluída) ; (ii) Linha da Costa, entre o onshore e o offshore ; (iii) Base do Prodelta, entre o prodelta e plataforma continental (quando a bacia tem uma plataforma) ; (iv) Rebordo da Plataforma (quando a bacia tem uma plataforma continental, isto é, quando a linha da costa está localizada a montante do rebordo continental), entre a plataforma e talude continental ; (v) Base do Talude Continental, entre o sopé continental e planície abissal. O que, normalmente, se chama plataforma continental corresponde, em condições geológicas de nível alto (quando o nível do mar está mais alto do que o rebordo da bacia) à superfície entre o rebordo da bacia e a base do prodelta. Todavia, o termo plataforma é utilizado, por certos geocientistas, para designar superfícies planas desenvolvidas em determinados sistemas de deposição de carbonatos. Num ciclo-sequência, que é induzido por um ciclo eustático* de duração entre 0,5 e 3-5 My (ciclo eustático de 3a ordem), a bacia sedimentar tem períodos durante os quais ela não tem plataforma continental. Esses períodos estão associados ao grupo de cortejos de nível baixo (CNB) e à 2a fase do um prisma de nível alto (PNA), que é o subgrupo superior do grupo de cortejos de nível alto (CNA). Em estratigrafia sequencial e, particularmente, em sismostratigrafia (quando a estratigrafia sequencial é feita a partir dos dados sísmicos, o que implica que certos detalhes não são visíveis devido à resolução da linhas sísmicas), unicamente, durante o grupo de cortejos de nível alto (CNA) é que a bacia tem uma plataforma continental: durante o intervalo transgressivo (IT) e durante a 1a fase do prisma de nível alto (PNA). É por esta razão que nós consideramos duas fases no prisma de nível alto. Durante a 1a fase, a bacia tem uma plataforma continental, mas não durante a 2a (a linha da costa coincide com o rebordo da bacia, o qual coincide com o rebordo continental). Quando uma descida significativa do nível do mar relativo ocorre, o nível relativo do mar fica mais baixo do que o rebordo da bacia e um novo ciclo estratigráfico começa, com o depósito de cones submarinos, na parte profunda da bacia. Durante o depósito dos cones submarinos (CSB e CST) e do prisma de nível baixo (PNB), a bacia não tem plataforma e o rebordo bacia é o último rebordo da bacia do ciclo estratigráfico anterior. Quando o nível do mar relativo inunda, pela primeira vez, a planície costeira do prisma de baixo nível, a linha da costa desloca-se para o continente, criando uma plataforma continental e uma superfície de ravinamento na planície costeira do prisma de nível baixo. A profundidade agua e a extensão da plataforma aumentam à medida que o nível relativo da mar sobe em aceleração (acréscimos cada vez mais importantes ou ingressões marinhas cada vez mais importantes. Desde que o nível do mar relativo começa a subir em desaceleração (acréscimos cada vez mais pequenos), o prisma de nível alto (PNA) começa a depositar-se, o que reduz, pouco a pouco, a extensão e a lâmina de água da plataforma continental. A partir de um determinado momento, a bacia deixa de ter plataforma (2a fase do prisma de nível alto) uma vez que o rebordo da bacia toma uma nova posição, que coincide com o rebordo continental, até que um descida significativa do mar relativo ocorra, o que produz uma superfície de erosão (discordância) que enfatiza o fim do ciclo estratigráfico e o início de um novo ciclo. Note que entre os acréscimos da subida do nível do mar relativo, os quais são induzidas por pequenas ingressões marinhas, que fazem parte de uma ingressão marinha de ordem superior, que eles sejam em aceleração ou em desaceleração, há períodos de estabilidade do nível do mar relativo, durante os quais se depositam os sedimentos (paraciclos sequência), à medida que a linha da costa se desloca para o mar, antes se se deslocar outra vez para o continente durante a ingressão marinha seguinte.
(*) O termo eustático é, en geral, utilizado em associação com o nível do mar absoluto (ou eustático) que é o nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite. Assim, quando se fala de um ciclo eustático de 1a ordem, cujo tempo de duração é superior a 50 My, não há nenhum problema coma terminologia, uma vez que o ciclo eustático corresponde a um ciclo da curva das variações do nível do mar global ou eustático. Todavia, isto não é verdade para um ciclo eustático de 3a ordem, uma vez que ele se refere a um ciclo da curva das variações do nível do mar relativo, que é o nível do mar, local, referenciado à base dos sedimentos (topo da crusta continental) ou a qualquer outro ponto da superfície terrestre, como, por exemplo, o fundo do mar ,que é o resultado da combinação do nível do mar absoluto e da tectónica (subsidência ou levantamento.
Plataforma de Abrasão..............................................................................Abrasion Platform, Wave cut Platform
Plate-forme d'abrasion marine / Plataforma de abrasión / Abrasionplatte / 海蚀台地 / Абразионная платформа / Piattaforma di abrasione /
Superfície rochosa pouco inclinada que se estende da base da arriba para o largo, entre os níveis das marés mais altas e mais baixas. É uma superfície de abrasão talhada pela acção das ondas e, como tal, tende a ser lisa, com fracas ondulações ou com degraus correspondentes ao nível da maré alta ou ao nível do mar atingido durante as tempestades.
Ver: « Plataforma Carbonatada Aureolada »
&
« Plataforma Carbonatada Morta »
&
« Plataforma de Areia (carbonatada aureolada) »
As plataformas de abrasão são plataformas litorais onde a abrasão da acção das ondas é o processo geológico predominante. Quando uma plataforma de abrasão é em desenvolvimento, ela é exposta, unicamente, durante a maré baixa, como ilustrado nesta figura, mas há sempre a possibilidade que uma tal plataforma esteja escondida debaixo de uma cobertura de seixos de praia (que são agente importantes da abrasão). Se a plataforma continental está, permanentemente, exposta, acima da linha da maré alta, ela corresponde, provavelmente, a uma plataforma de praia levantada, a qual não é considerada como um produto da abrasão, uma vez que ela é o resultado de numa raspagem mecânica de uma superfície rochosa, por atrito, entre as rochas e as partículas em movimento, durante o seu transporte pelo vento, glaciares, ondas de mar, gravidade, água corrente ou erosão. Após o atrito, as partículas em movimento desalojam as partes menos consolidadas e mais fracas das rochas, que podem, igualmente, ser dissolvidas na água. Assim, naturalmente, a intensidade da abrasão depende da dureza, concentração, velocidade e massa das partículas em movimento. Desta maneira, é importante não esquecer que a erosão é a destruição do solo e rochas e do seu transporte, em geral, feito pela água da chuva, vento ou, ainda, pela acção do gelo, quando este actua expandindo o material no qual a água infiltrada congelada. A erosão destrói as estruturas que compõem o solo, liberando areia, argila, óxidos, húmus, etc. Estas partículas e os restos de rocha são transportados para as partes mais baixas dos relevos e, em geral, vão assorear* os cursos de água. A abrasão pode ser considerada como um dos processos mecânicos da erosão. Em solos cobertos por floresta, a erosão é muito pequena e quase inexistente, mas é um processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos. Desde que o homem destrói as florestas, para utilizar o terreno na agricultura, a erosão torna-se muito severa no solo exposto o que pode levar a desertificação (fenómeno que corresponde à transformação de uma área num deserto). Quando a costa marítima é rochosa, alta e a pique, isto é, quando penhascos ou arribas enfatizam a linha da costa, a erosão induz o recuo da costa, o qual se passa, mais ou menos, da maneira seguinte : (i) As vagas escavam a base da arriba, que se torna instável devido à perda da sua base de sustentação ; (ii) Uma tal instabilidade provoca a fragmentação da arriba e queda de blocos ; (iii) Quando a arriba tem fissuras, o ar situado nessas fissuras é comprimido, a quando do choque das ondas, por descompressão, quando as ondas recuam ; (iv) Os interstícios das rochas são alargados e as rochas fragmentam-se pouco a pouco ; (v) Este desgaste provoca um escavamento côncavo no sopé das arribas, que os geocientistas chamam sapa ou solapo, as quais, sem apoio, se desmoronam ; (vi) Desta maneira a arriba vai recuando, desenvolvendo-se uma plataforma de abrasão (faixa entre o mar e a arriba), que fica descoberto na maré baixa. No esquema geológico ilustrado nesta figura distingue-se: (i) Falésia de baixamar ; (ii) Plataforma de abrasão ; (iii) Solapa actual ; (iv) Falésia actual ; (v) Antiga plataforma de abrasão ; (vi) Antiga solapa ; (vii) Paleofalésia ; (viii) Depósitos de terraço ; (ix) Leque aluvial ; (x) Antiga plataforma de abrasão , (xi) Antigo nível do mar I ; (xii) Antigo nível do mar II. Obviamente, neste esquema podem reconhecer-se três plataforma de abrasão (2) (5) e (10) que foram induzida pelas variações do nível do mar absoluto ou eustático, quer isto dizer pela eustasia. Todavia, a eustasia é o resultado da acção conjunta da (i) Tectonicoeustasia, que é controlada pelas variações do volume das bacias oceânicas induzidas pela formação e ruptura dos supercontinentes ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pelas variações de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo (glaciações e derretimento das massas de gelo) ; (iii) Geoidaleustasia, que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar, o que quer dizer, que quando a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume dos oceanos aumenta. Tendo em linha de conta, que unicamente as mudanças glacioeustáticas são, ao mesmo tempo, importantes (> 10 m) e rápidas (< 1 My), as plataforma de abrasão recentes foram certamente criadas pela glacioeustasia.
(*) O assoreamento é a acumulação de detritos, como areias, calhaus, seixos, etc., nas zonas de fraca inclinação dos leitos dos rios, particularmente, na parte final da sua trajectória.
Plataforma de Areia (carbonatada aureolada)..................................................................Shoal-Rimmed Platform
Plate-forme de sable (carbonatée auréolée) / Plataforma de arena (bordeada de) / Shoal umrandeten Plattform / 浅滩环绕的台地 / Обрамленная отмелью платформа / Piattaforma di sabbia (carbonato di halo) /
Plataforma carbonatada com o rebordo sublinhado por recifes ou areias de baixio. Basicamente, as plataformas carbonatadas ou têm o rebordo sob uma lâmina água de dezenas metros ou são orladas, o que quer dizer, que elas têm uma barreira, mais ou menos, contínua (recife, recife de baixio ou areias carbonatadas de baixio) ao longo do rebordo.
Ver: « Plataforma Carbonatada Aureolada »
&
« Plataforma Carbonatada Morta »
&
« Intervalo Transgressivo »
Uma plataforma continental é uma província fisiográfica, que faz parte da estrutura morfológica da margem continental, a qual é a extensão submarina do bloco continental. Uma plataforma carbonatada ou carbonática é um corpo sedimentar que tem um relevo topográfico e que é composto por depósitos calcários que se formaram “in situ”, isto é, depósitos calcários autóctones. Uma plataforma carbonatada pode coincidir com uma plataforma continental mas, em geral, isso parece não ser o caso. A maior parte dos geocientistas, considera cinco categorias de plataformas carbonatadas: (i) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio (banco de areia carbonatada coberto por água do mar pouco profunda) no rebordo da plataforma (como ilustrado neste esquema e na fotografia) e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta ; este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km. (ii) Plataformas de tipo Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda ; neste tipo de plataforma os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km. (iii) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas ; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10000 km. (iv) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes ; estas plataformas têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento (voltada para o lado de onde o vento sopra), mas na margem sotavento (na direcção para onde sopra o vento), os sedimentos são mais lamacentos ; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura. (v) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica (onde não há luz suficiente para a fotossíntese, quer isto dizer, utilização do dióxido de carbono, CO2, e água para obter glicose através da energia da luz do sol). Actualmente, as plataforma carbonatadas não orladas ocorrem, em geral, na margem sotavento dos bancos tropicais e ambientes de água fria. A geometria das plataforma carbonatadas mais conhecida é associada aos processos de fabricação tropicais, onde as plataformas carbonatadas podem ser subdivididas em três ambientes sedimentares principais: A) Recife, que é a parte da plataforma carbonatada criada, in situ, por organismos sésseis ; B) Laguna interna (parte da plataforma atrás do recife, a qual é caracterizada por águas rasas e calmas com sedimentos compostos de fragmentos de recifes e partes duras de organismos ou sedimentos terrígenos quando o recife é epicontinental) e C) Talude ou Encosta (parte externa da plataforma, que liga o recife à bacia e que actua como sumidouro do excesso de sedimento carbonato, embora a maior parte do sedimento produzido na lagoa e no recife seja transportado por vários processos e acumulada no talude, isto é, na encosta). As plataformas ligadas ao continente são dividas em duas grandes famílias: (1) Plataformas Tipo Rampa e (2) Plataforma com Ruptura. Nas plataformas tipo rampa dois subtipos podem ser considerados: (1.1) Tipo Rampa Monoclinal e (1.2) Tipo Rampa com Pequena Ruptura Distal. Nas plataformas com ruptura também existem dois subtipos: (2.1) Não-aureolada e (2.2) Aureolada. É no subtipo, plataforma com ruptura aureolada que a designação de plataforma carbonatada abrupta é mais frequente. A ausência de uma barreira, como a que existe nas plataforma aureoladas, é o resultado de uma alta energia que cria litologias litorais complexas com uma grande taxa de transporte sedimentar. Embora os recifes barreira estejam ausentes, recifes pináculos e montículos recifais podem encontrar-se nas plataformas não orladas. As plataformas aureoladas modernas encontram-se sobretudo na Costa tropical do Golfo Arábico, Baía dos Tubarões (Oeste da Austrália) e Yucatão (parte Este). A geometria das plataforma carbonatadas mais conhecida é associada aos processos de fabricação tropicais, onde as plataformas carbonatadas podem ser subdivididas em três ambientes sedimentares principais: A) Recife, que é a parte da plataforma carbonatada criada, in situ, por organismos sésseis ; B) Laguna interna (parte da plataforma atrás do recife, a qual é caracterizada por águas rasas e calmas com sedimentos compostos de fragmentos de recifes e partes duras de organismos ou sedimentos terrígenos quando o recife é epicontinental) e C) Talude ou Encosta (parte externa da plataforma, que liga o recife à bacia e que actua como sumidouro do excesso de sedimento carbonato, embora a maior parte do sedimento produzido na lagoa e no recife seja transportado por vários processos e acumulada no talude, isto é, na encosta).
Plataforma de Acumulação Marinha................................................................................Continental terrasse
Plate-forme d’accumulation marine (Terrasse continentale) / Terraza continental / Kontinentaltafel, Kontinental Terrasse / 大陆台地 / Континентальная терраса / Continental terrasse /
Sector externo da plataforma continental, caracterizado pela acumulação dos materiais provenientes do litoral ou da plataforma de abrasão, que se desenvolve junto ao rebordo exterior da plataforma de abrasão.
Ver: «Plataforma de Abrasão»
Plataforma de Baixamar..................................................................................................................................Slikke, Lower Mud-flat
Plate-forme de basse-marée (vasière molle) / Slikke, Plataforma de bajamar / Schlick, Slikke / 潮泥滩台地(软泥滩) / Илистая низменная прибрежная полоса морского дна / Piattaforma di bassa-marea (mudflat soft), Piattaforma di bassa marea /
A parte mais baixa de um espraiado pelítico, inundado em todas as preiamares mortas e ao ar livre durante as baixamares. É uma plataforma muito pouco inclinada, construída por vasa mole, onde se inserem os canais de maré que, por vezes, têm material arenoso no fundo.
Ver: « Praia »
&
« Plataforma de Abrasão »
&
« Plataforma de Preiamar »
Na morfologia do salgadiço (plataforma de preiamar, “schorre”) e da plataforma de baixamar (atoleiros de maré, “slikke”) de um estuários, a jusante das dunas, ilustrada neste esquema, de baixo para cima se reconhece: (i) A vasa mole, na plataforma de baixa mar ; (ii) A vasa compacta, na plataforma de preiamar e (iii) A areia das dunas. Por outro lado, na plataforma de baixamar, que é limitada a montante pelo degrau da plataforma de preiamar e a jusante por um canal, reconhecem-se : (a) Canais de maré e (b) Ilhas, enquanto que na plataforma de preiamar, entre as ilhas, se reconhecem poças de maré. A plataforma da baixamar (vasa mole, “slikke”, atoleiros de maré ou lodos da baixamar, como certos geocientistas também lhe chamam) é, com a plataforma da preiamar (ou salgadiço), uma das áreas características dos lodaçais do espraiado (zona litoral entre os níveis de maré alta e maré baixa). Estas duas áreas de pântanos e turfeiras são caracterizadas por ambientes biológicos muitos diferentes a jusante dos pântanos litorais. A plataforma de baixamar é a parte inferior do espraiado, isto é, a parte que é mais, frequentemente, inundada em cada preiamar. Os sedimentos são de origem marinha (erosão marinha) e terrestre (principalmente do material transportado pelos rios). Eles são relativamente finos: vasas, areias argilosas, etc. A estrutura e espessura da plataforma de baixamar (vasa mole) variam com as estações do ano. Elas dependem, principalmente, do contexto abiótico, nomeadamente, das características reológicas, acarreio terrígeno trazido pelas inundações e da importância das marés. A plataforma de baixamar, igualmente expostas às condições externas (correntes, salinidade, exposição à radiação ultravioleta solar durante a maré baixa, etc.), depende do contexto biótico (actividade de bioturbação dos organismos, especialmente, dos organismos perfuradores). A plataforma de baixamar é pobre em vegetação, mas contém uma grande quantidade de biomassa bacteriana, que desempenha um papel chave nos processos de autodepuração e reciclagem da matéria morta. Ela abriga, também, uma grande variedade de espécies de moluscos (mexilhões, berbigões, etc.), moluscos herbívoros, caranguejos verdes, herbívoros ou caçadores de peixe (tainha, bares, etc.), muitos vermes e moluscos, que vivem na lama salgada, e são um alimento muito apreciado dos pássaros que vêm alimentar-se durante a maré baixa. Na plataforma de baixamar, a biomassa é abundante (até vários milhares de organismos por metro quadrado durante a maré baixa em zonas temperadas, pelo menos 60 espécies de peixes e crustáceos que aí se alimentam toda ou parte de sua vida). Durante a maré baixa, há milhares de aves que aí vêm procuram moluscos ou macrozoobentos. De maneira geral todos os geocientistas admitem (http://www.ecosociosystemes.fr/schorre.html) que as vasas litorais (lodaçais) da Europa são caracterizados por uma dicotomia muito marcada: a jusante do salgadiço e a montante dos atoleiros de maré. Por outro lados, eles estão quase todos de acordo que: 1) Os atoleiros de maré ou plataforma de maré baixa é caracterizada por uma vegetação halófita (adaptada ao sal) que se distribui por andares ; 2) A parte baixa dos atoleiros de maré é recoberta a cada maré, excepto durante as águas mortas e que ela é colonizado por plantas, tais como a soda (Suaeda marítima) e áster do mar (áster tripolium) ; 3) A parte média dos atoleiros de maré tem uma vegetação espessa devido à obione (portulacoides Obione) ; 4) A parte alta dos atoleiros de maré é composta de funcho (Salicornia sp.), Spartina (Spartina) e (Atropis), lavanda do mar (Limonium) ou artemísia (Artemísia vulgaris) ; 5) O salgadiço é a parte do lodaçal que é coberta unicamente a quando das grandes marés ; 6) o salgadiço é composto, principalmente, de vasas moles de aparência lisa e sem vegetação e que contém uma grande quantidade de bactérias que lhe permitem desempenhar um papel essencial nos processos de assimilação e reciclagem de matéria orgânica morta ; 7) O salgadiço abriga uma variedade de espécies bivalves (amêijoas, berbigão, etc.), pequenos gastrópodes, caranguejos verdes e (salmonete, praças, bares) ; 8) O salgadiço é frequentado por espécies de aves limícolas, ou seja, que vivem no lodo (maçaricos, cavaleiros, snipe, alfaiate), garças e outros gaivotas de cabeça negra e gaivotas, castanhas ou marinheiras, mas também por muitos invertebrados terrestres e marinhos, como aranhas (ColdFusion / PageMaker Publishing?), que desde a maré se instala correm sobre a superfície da água, para caçar presa, mas também para encontrar parceiros.
Plataforma Carbonatada.........................................................................................................................................Carbonate Platform
Plate-forme carbonatée / Plataforma carbonática / Karbonatplattform / 碳酸盐台地 / Карбонатная платформа / Piattaforma carbonatica /
Corpo sedimentar com uma determinada a topografia, composto por depósitos calcários autóctones. Como o crescimento de uma plataforma carbonatada é induzido por organismos sésseis, cujos esqueletos constroem os recifes ou por organismos (em geral, micróbios), que provocam a precipitação de carbonato através do seu metabolismo, elas desenvolvem-se, unicamente, nas regiões onde existem condições favoráveis à vida de organismos construtores.
Ver: « Plataforma Carbonatada Aureolada »
&
« Plataforma Carbonatada Morta »
&
« Intervalo Transgressivo »
A composição mineralógica das plataformas carbonatadas pode ser calcítica ou aragonítica. A água do mar está saturada em carbonato, por isso, em determinadas condições a precipitação de CaCO3 é possível. Como a precipitação de carbonato é favorecida por uma alta temperatura e baixa pressão, três tipos de precipitação de carbonato são possíveis: (i) Bioticamente controlada ; (ii) Bioticamente induzida e (iii) Abiótica. A precipitação de carbonato é, bióticamente, controlada quando os organismos (como os corais) são presentes e utilizam o carbonato dissolvido na água do mar para construir seus esqueletos de calcite ou aragonite e desenvolver estruturas de recifais rígidas. Foi, certamente, o que se passou na construção dos recifes ilustrados nesta figura (ilha de Maiorca). A precipitação, bioticamente induzida ocorre fora das células dos organismos e, assim, o carbonato não é, directamente, produzido pelos organismos, mas precipita por causa do seu metabolismo. A precipitação abiótica do carbonato envolve pouca ou nenhuma influência biológica. Certos geocientistas consideram diferentes tipos de acumulações calcárias: (i) Plataformas calcárias ou carbonáticas, que correspondem a grandes corpos sedimentares formados pela acumulação de sedimentos carbonatados, em geral, numa região, relativamente, subsidente, com um topo, mais ou menos, plano e lados íngremes e com uma espessura que pode atingir vários quilómetros e uma extensão que, por vezes, ultrapassa centenas de quilómetros quadrados; (ii) Plataforma calcárias, stricto sensu, que estão ligadas às áreas continentais, as quais são fontes de acarreio terrígeno, matéria orgânica e nutrientes ; (iii) Plataformas calcárias epicratónicas, quer isto dizer, grandes cratões cobertos por água pouco profunda com deposição carbonática (não existem análogos modernos) ; (iv) Bancos calcários que são plataformas isoladas e cercadas por água profundas sem fonte de terrígenos. A maior parte dos geocientistas, considera cinco categorias de plataformas carbonatadas: A) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio (banco de areia carbonatada coberto por água do mar pouco profunda) no rebordo da plataforma e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta ; este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km. B) Plataformas de tipo Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda ; neste tipo de plataforma os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km. C) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas ; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10000 km. D) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes ; estas plataformas têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento (voltada para o lado de onde o vento sopra), mas na margem sotavento (na direcção para onde sopra o vento), os sedimentos são mais lamacentos ; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura. E) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica (onde não há luz suficiente para a fotossíntese, quer isto dizer, utilização do dióxido de carbono, CO2, e água para obter glicose através da energia da luz do sol). As plataformas ligadas ao continente são dividas em duas grandes famílias: (1) Plataformas Tipo Rampa e (2) Plataforma com Ruptura. Nas plataformas tipo rampa dois subtipos podem ser considerados: (1.1) Tipo Rampa Monoclinal e (1.2) Tipo Rampa com Pequena Ruptura Distal. Nas plataformas com ruptura também existem dois subtipos: (2.1) Não-aureolada e (2.2) Aureolada. É no subtipo, plataforma com ruptura aureolada que a designação de plataforma carbonatada abrupta é mais frequente. A ausência de uma barreira, como a que existe nas plataforma aureoladas, é o resultado de uma alta energia que cria litologias litorais complexas com uma grande taxa de transporte sedimentar. Embora os recifes barreira estejam ausentes, recifes pináculos e montículos recifais podem encontrar-se nas plataformas não orladas. As plataformas aureoladas modernas encontram-se sobretudo na Costa tropical do Golfo Arábico, Baía dos Tubarões (Oeste da Austrália) e Yucatão (parte Este).
Plataforma Carbonatada Abrupta ................................................................Abrupt Carbonate Platform
Plate-forme carbonatée abrupte / Plataforma carbonática abrupta / Abrupte Karbonatplattform / 突变碳酸盐台地 / Карбонатная платформа с обрывистыми окраинами / Piattaforma carbonatica scoscesa /
Quando o rebordo da plataforma que, geralmente, coincide com o rebordo da bacia, é bem marcado, o que quer dizer, que o limite entre a plataforma e o talude continental é nítido, como é o caso nas plataformas aureoladas e, por vezes, também nas plataforma não aureoladas.
Ver: « Plataforma Carbonatada »
&
« Plataforma Carbonatada Morta »
&
« Intervalo Transgressivo »
Uma plataforma continental, cuja profundidade varia entre 0 e 200 metros, é uma província fisiográfica, que faz parte da estrutura morfológica da margem continental, a qual é a extensão submarina do bloco continental. Uma plataforma carbonatada ou carbonática é um corpo sedimentar que tem um relevo topográfico e que é composto por depósitos calcários que se formaram “in situ”, isto é, depósitos calcários autóctones. Uma plataforma carbonatada pode coincidir com uma plataforma continental mas, em geral, isso parece não ser o caso. De facto, a maior parte das plataformas continentais tem uma profundidade de água superior à zona fótica, onde a fotossíntese e a formação de carbonato é impossível. Vários factores influenciam a geometria de uma plataforma carbonatada, incluindo a topografia herdada, tectónica sinsedimentar, exposição às correntes e ventos alísios (deslocamento do ar frio das zonas de alta para as zonas de baixa pressão, que devido ao efeito de Coriolis, nas faixas intertropicais sopram para Este no hemisfério Norte, e ao contrário no hemisfério Sul). O factor mais importante parece ser o tipo de fabricação do carbonato. Quando os processos de fabricação do carbonatos são de água fria as rampas carbonatadas são preponderantes. Quando eles são associados a climas tropicais, normalmente, as plataformas carbonatadas aureoladas e montículos de lama sem zona de ruptura bem marcada são preponderantes. A geometria das plataformas mais conhecida é associada aos processos de fabricação tropicais, onde as plataformas carbonatadas podem ser subdivididas em três ambientes sedimentares principais: (i) Recife, que é a parte da plataforma carbonatada criada, in situ, por organismos sésseis ; (ii) Laguna interna (parte da plataforma atrás do recife, a qual é caracterizada por águas rasas e calmas com sedimentos compostos de fragmentos de recifes e partes duras de organismos ou sedimentos terrígenos quando o recife é epicontinental) e (iii) Talude ou Encosta (parte externa da plataforma, que liga o recife à bacia e que actua como sumidouro do excesso de sedimento carbonato, embora a maior parte do sedimento produzido na lagoa e no recife seja transportado por vários processos e acumulada no talude, isto é, na encosta). A maior parte dos geocientistas, considera cinco categorias de plataformas carbonatadas: A) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio (banco de areia carbonatada coberto por água do mar pouco profunda) no rebordo da plataforma e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta ; este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km. B) Plataformas de tipo Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda ; neste tipo de plataforma os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km. C) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas ; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10000 km. D) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes ; estas plataformas têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento (voltada para o lado de onde o vento sopra), mas na margem sotavento (na direcção para onde sopra o vento), os sedimentos são mais lamacentos ; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura. E) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica (onde não há luz suficiente para a fotossíntese, quer isto dizer, utilização do dióxido de carbono, CO2, e água para obter glicose através da energia da luz do sol). No esquema geológico ilustrado nesta figura, as plataformas ligadas ao continente são dividas em duas grandes famílias: (A) Plataformas Tipo Rampa e (B) Plataforma com Ruptura. Nas plataformas tipo rampa dois subtipos podem ser considerados: (A.1) Plataforma de Tipo Rampa Monoclinal e (A.2) Plataformas de Tipo Rampa com Pequena Ruptura Distal. Nas plataformas com ruptura existem, igualmente, dois subtipos: (B.1) Plataformas não-Aureolada e (B.2) Plataformas Aureolada. É no subtipo, plataforma com ruptura aureolada que a designação de plataforma carbonatada abrupta é mais frequente. A geometria das plataforma carbonatadas mais conhecida é associada aos processos de fabricação tropicais, onde as plataformas carbonatadas podem ser subdivididas em três ambientes sedimentares principais: A) Recife, que é a parte da plataforma carbonatada criada, in situ, por organismos sésseis ; B) Laguna interna (parte da plataforma atrás do recife, a qual é caracterizada por águas rasas e calmas com sedimentos compostos de fragmentos de recifes e partes duras de organismos ou sedimentos terrígenos quando o recife é epicontinental) e C) Talude ou Encosta (parte externa da plataforma, que liga o recife à bacia e que actua como sumidouro do excesso de sedimento carbonato, embora a maior parte do sedimento produzido na lagoa e no recife seja transportado por vários processos e acumulada no talude, isto é, na encosta).
Plataforma Carbonatada Aureolada (isolada).................................Rimmed Carbonate Platform
Plate-forme carbonatée auréolée / Plataforma carbonatada aureolada (aislada) / Rimmed Karbonatplattform / 边礁碳酸台地 / Окруженная карбонатная платформа / Piattaforma carbonatica aureolata /
Plataforma com a ruptura costeira ou rebordos orlados ou aureolados por recifes ou baixios formados, principalmente, por areia carbonatada.
Ver: « Deposição (carbonatos) »
&
« Intervalo Transgressivo »
&
« Recife »
O esquema geológico ilustrado nesta figura representa uma plataforma aureolada isolada, isto é, uma plataforma que não está ligada ao continente. Em relação a uma plataforma aureolada convencional, ela não só tem uma geometria diferente mas, também, as fácies (litologias) e as condições oceanográficas variam à volta das margens. Numa plataforma orlada convencional, a linha de fácies, criada pelas sucessivas posições da bordadura da plataforma, a qual pode ser, ou não, a plataforma continental, corta as linhas cronostratigráficas e é formada por recifes ou areias carbonatadas. Neste esquema, os subgrupos do grupo de cortejos sedimentares de nível baixo (CNB), isto é: (i) Cones submarinos de bacia (CSB) ; (ii) Cones submarinos de talude (CST) e (iii) Prisma de nível baixo (PNB), localizam-se nas partes mais baixas e são fossilizados pelos subgrupos de cortejos sedimentares de nível alto (CNA), ou seja, pelo intervalo transgressivo (IT) e pelo prisma de nível alto (PNA). Quando as variações do nível do mar relativo (resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, quer dizer, do nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica) são fracas ou moderadas, a produtividade de carbonato é, relativamente, pequena. A geometria da plataforma é, principalmente, retrogradante e com relevo, relativamente, pouco importante. Isto quer dizer, que o intervalo transgressivo (IT) é retrogradacional e que, por conseguinte, poucos sedimentos se depositam na parte distal plana da plataforma. Quando as variações do nível do mar relativo são moderadas a fortes, a produtividade de carbonato é importante. Nestas condições, a plataforma orlada tem uma geometria agradante e progradante com um relevo importante e com sedimentos do intervalo transgressivo depositados, também, na parte superior do talude da plataforma. Quando a produtividade de carbonato é importante, é difícil, nas linhas sísmicas e no campo, de separar o intervalo transgressivo (IT) do prisma de nível alto (PNA). Devido a complexidade dos parâmetros que controlam a formação de uma plataforma aureolada, cada plataforma tem as suas próprias características. Assumindo uma produtividade constante, pode dizer-se que as plataformas retrogradantes estão associadas a taxas de subsidência importantes, as agradantes a taxas intermediárias e as progradantes a taxas pequenas. A maior parte dos geocientistas, considera cinco categorias de plataformas carbonatadas: A) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio (banco de areia carbonatada coberto por água do mar pouco profunda) no rebordo da plataforma e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta ; este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km. B) Plataformas de tipo Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda ; neste tipo de plataforma os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km. C) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas ; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10000 km. D) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes ; estas plataformas têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento (voltada para o lado de onde o vento sopra), mas na margem sotavento (na direcção para onde sopra o vento), os sedimentos são mais lamacentos ; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura. E) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica (onde não há luz suficiente para a fotossíntese, quer isto dizer, utilização do dióxido de carbono, CO2, e água para obter glicose através da energia da luz do sol). As plataformas ligadas ao continente são dividas em duas grandes famílias: (A) Plataformas Tipo Rampa e (B) Plataforma com Ruptura. Nas plataformas tipo rampa dois subtipos podem ser considerados: (A.1) Plataforma de Tipo Rampa Monoclinal e (A.2) Plataformas de Tipo Rampa com Pequena Ruptura Distal. Nas plataformas com ruptura existem, igualmente, dois subtipos: (B.1) Plataformas Não-aureolada e (B.2) Plataformas Aureolada. É no subtipo, plataforma com ruptura aureolada que a designação de plataforma carbonatada abrupta é mais frequente. A geometria das plataforma carbonatadas mais conhecida é associada aos processos de fabricação tropicais, onde as plataformas carbonatadas podem ser subdivididas em três ambientes sedimentares principais: A) Recife, que é a parte da plataforma carbonatada criada, in situ, por organismos sésseis ; B) Laguna interna (parte da plataforma atrás do recife, a qual é caracterizada por águas rasas e calmas com sedimentos compostos de fragmentos de recifes e partes duras de organismos ou sedimentos terrígenos quando o recife é epicontinental) e C) Talude ou Encosta (parte externa da plataforma, que liga o recife à bacia e que actua como sumidouro do excesso de sedimento carbonato, embora a maior parte do sedimento produzido na lagoa e no recife seja transportado por vários processos e acumulada no talude, isto é, na encosta).
Plataforma Carbonatada Monoclinal...................................................Homocline Carbonate Platform
Plate-forme carbonatée monoclinale / Plataforma carbonática monoclinal / Homocline Karbonatplattform / Homocline 单斜碳酸盐台地 / Карбонатная платформа с моноклиналью / Piattaforma carbonatica homoclinal /
Plataforma carbonatada tipo rampa na qual é difícil determinar o limite entre a plataforma e o talude continental, uma vez que a passagem de um ou outro é gradual e progressiva, isto é, sem nenhuma ruptura da superfície de deposição.
Ver: « Deposição (carbonatos) »
&
« Plataforma Carbonatada Abrupta »
&
« Recife »
Como ilustrado no esquema geológico desta figura, as plataformas ligadas ao continente são, muitas vezes, dividas em duas grandes famílias : (A) Plataformas Tipo Rampa e (B) Plataforma com Ruptura. Nas plataformas tipo rampa dois subtipos podem ser considerados: (A.1) Tipo Rampa Monoclinal e (A.2) Tipo Rampa com Pequena Ruptura Distal. Nas plataformas com ruptura também existem dois subtipos: (B.1) Não aureolada e (B.2) Aureolada. A plataforma carbonatada ilustrada na fotografia desta figura é, provavelmente, uma plataforma tipo rampa do subtipo monoclinal. Segundo alguns geocientistas, este tipo de plataforma parece ser mais frequente quando os processos de fabricação do carbonatos são de água fria. Quando os processos de fabricação de carbonato são associados a climas tropicais, normalmente, as plataformas carbonatadas são com ruptura aureoladas ou não ou elas correspondem a montículos de lama sem zonas marcadas. A maior parte dos geocientistas considera cinco tipos principais de plataformas carbonatadas: A) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio (banco de areia carbonatada coberto por água do mar pouco profunda) no rebordo da plataforma e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta ; este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km. B) Plataformas de tipo Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda ; neste tipo de plataforma os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km. C) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas ; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10000 km. D) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes ; estas plataformas têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento (voltada para o lado de onde o vento sopra), mas na margem sotavento (na direcção para onde sopra o vento), os sedimentos são mais lamacentos ; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura. E) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica (onde não há luz suficiente para a fotossíntese, quer isto dizer, utilização do dióxido de carbono, CO2, e água para obter glicose através da energia da luz do sol). Não esqueça que uma plataforma continental, cuja profundidade varia entre 0 e 200 metros, é uma província fisiográfica, que faz parte da estrutura morfológica da margem continental (extensão submarina do bloco continental) e que uma plataforma carbonatada ou carbonática é um corpo sedimentar que tem um relevo topográfico e que é composto por depósitos calcários que se formaram “in situ”, isto é, depósitos calcários autóctones. Em condições normais, a profundidade de água de uma plataforma calcária não pode ultrapassar a profundidade da zona fótica, isto quer dizer, que uma plataforma carbonatada pode coincidir com uma plataforma continental mas, em geral, isso parece não ser o caso. As plataformas isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes. Estas plataformas têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento (voltada para o lado de onde o vento sopra), mas na margem sotavento (na direcção para onde sopra o vento), os sedimentos são mais lamacentos ; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura. A geometria das plataforma carbonatadas mais conhecida é associada aos processos de fabricação tropicais, onde as plataformas carbonatadas podem ser subdivididas em três ambientes sedimentares principais: A) Recife, que é a parte da plataforma carbonatada criada, in situ, por organismos sésseis ; B) Laguna interna (parte da plataforma atrás do recife, a qual é caracterizada por águas rasas e calmas com sedimentos compostos de fragmentos de recifes e partes duras de organismos ou sedimentos terrígenos quando o recife é epicontinental) e C) Talude ou Encosta (parte externa da plataforma, que liga o recife à bacia e que actua como sumidouro do excesso de sedimento carbonato, embora a maior parte do sedimento produzido na lagoa e no recife seja transportado por vários processos e acumulada no talude, isto é, na encosta).
Plataforma Carbonatada Morta (afogada).....................................................................................................Drowned Shelf
Plate-forme carbonatée noyée / Plataforma carbonática ahogada / Drowned Karbonatplattform / 淹没的碳酸盐台地 / Затопленная карбонатная платформа / Piattaforma carbonatica annegata /
Quando uma subida do nível do mar relativo coloca uma plataforma carbonatada sobre uma lâmina de água superior à profundidade da zona fótica. Em tais condições, a produção de material carbonatado cessa e a plataforma morre (afoga-se como dizem certos geocientistas). Em tais condições, unicamente, um vasa pelágica se deposita sobre a plataforma.
Ver: « Plataforma »
&
« Intervalo Transgressivo »
&
« Zona Fótica »
Uma plataforma continental, cuja profundidade varia entre 0 e 200 metros, é uma província fisiográfica, que faz parte da estrutura morfológica da margem continental (extensão submarina do bloco continental) enquanto que uma plataforma carbonatada ou carbonática é um corpo sedimentar que tem um relevo topográfico e que é composto por depósitos calcários que se formaram “in situ”, isto é, depósitos calcários autóctones. Assim, em condições geológicas normais, a profundidade de água de uma plataforma calcária não pode ultrapassar a profundidade da zona fótica, caso contrário não pode haver formação de carbonato (fotossíntese). Isto quer dizer, que uma plataforma carbonatada pode coincidir com uma plataforma continental mas, em geral, isso parece ser uma excepção. Os intervalos carbonatados de água pouco profunda constituem, o que a maior parte dos autores chamam, as plataformas carbonatadas, as quais são muito sensíveis e afectadas pelas variações relativas do nível do mar. A maior parte dos geocientistas, considera cinco categorias de plataformas carbonatadas: A) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio (banco de areia carbonatada coberto por água do mar pouco profunda) no rebordo da plataforma e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta ; este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km. B) Plataformas de tipo Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda ; neste tipo de plataforma os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km. C) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas ; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10000 km. D) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes ; estas plataformas têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento (voltada para o lado de onde o vento sopra), mas na margem sotavento (na direcção para onde sopra o vento), os sedimentos são mais lamacentos ; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura. E) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica (onde não há luz suficiente para a fotossíntese, quer isto dizer, utilização do dióxido de carbono, CO2, e água para obter glicose através da energia da luz do sol). A geometria das plataforma carbonatadas mais conhecida é associada aos processos de fabricação tropicais, onde as plataformas carbonatadas podem ser subdivididas em três ambientes sedimentares principais: A) Recife, que é a parte da plataforma carbonatada criada, in situ, por organismos sésseis ; B) Laguna interna (parte da plataforma atrás do recife, a qual é caracterizada por águas rasas e calmas com sedimentos compostos de fragmentos de recifes e partes duras de organismos ou sedimentos terrígenos quando o recife é epicontinental) e C) Talude ou Encosta (parte externa da plataforma, que liga o recife à bacia e que actua como sumidouro do excesso de sedimento carbonato, embora a maior parte do sedimento produzido na lagoa e no recife seja transportado por vários processos e acumulada no talude, isto é, na encosta). Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica do offshore de Marrocos, uma plataforma carbonatada morta é interpretada por Schlager, como o resultado de uma subida importante do mar relativo (nível do mar local resultante da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica) que pôs a plataforma debaixo da zona fótica, e assim ela não corresponde a uma discordância (superfície de erosão). Ao contrário, para P. Vail, uma plataforma carbonatada morta é o resultado de uma descida significativa do mar relativo que a exuma. Schlager diz que se a plataforma carbonatada é exumada não há formação de carbonatos e não pode haver turbiditos carbonatados associados. Vail responde que pode haver turbiditos carbonatados uma vez que o material que os constitui resulta da erosão da plataforma.
Plataforma de Circulação Restricta e Planície de Maré......................Restricted Circulation Shelf & Tidal
Plate-forme à circulation restrictive et plaine de marée / Plataforma de circulación restringida y planicie de marea / Plattform Bewegung und restriktive Gezeiten-Ebene / 受限水流的大陆架和潮汐滩地 / Платформа с ограниченной циркуляцией и приливно-отливной отмелью / Piattaforma à movimento restrittivo e pianura di marea /
Ambiente sedimentar distal de uma plataforma carbonatada aureolada entre a laguna de plataforma com circulação aberta e os evaporitos em sabkhas salinas.
Ver: « Plataforma Carbonatada Aureolada »
&
« Plataforma Carbonatada Morta »
&
« Plataforma Carbonatada Monoclinal »
Em condições geológicas normais, a profundidade de água de uma plataforma calcária não pode ultrapassar a profundidade da zona fótica, caso contrário não pode haver formação de carbonato (fotossíntese). Isto quer dizer, que uma plataforma carbonatada pode coincidir com uma plataforma continental mas, em geral, isso parece ser uma excepção. De facto, uma plataforma continental, cuja profundidade varia entre 0 e 200 metros, é uma província fisiográfica, que faz parte da estrutura morfológica da margem continental (extensão submarina do bloco continental) enquanto que uma plataforma carbonatada ou carbonática é um corpo sedimentar que tem um relevo topográfico e que é composto por depósitos calcários que se formaram “in situ”, isto é, depósitos calcários autóctones. Vários geocientistas constataram nas plataformas carbonatadas e, particularmente, nas plataformas carbonatadas aureolados ou orladas, a ocorrência de uma sucessão típica de ambientes sedimentares e, mais ou menos, constantes, entre a bacia e o continente (quando a plataforma está ligada ao continente). Esta sucessão de ambientes sedimentares carbonatados está ilustrada nesta figura e pode ser considerada como um modelo de plataforma, embora ele não diga nada sobre a diferenciação, muitas vezes constatada, entre margem sotavento e catavento (plataforma não ligadas ao continente), isto é, sobre a assimetria da plataforma. Neste modelo distinguem-se nove ambientes sedimentares: (i) Bacia ; (ii) Plataforma de Mar Aberto ; (iii) Bordo da Plataforma Profunda ; (iv) Talude Externo; (v) Recifes do Bordo da Plataforma ; (vi) Zona de Deflação das Areias ; (vii) Laguna de Plataforma com Circulação Aberta ; (viii) Plataforma de Circulação Restrita e Planícies de Maré e (ix) Evaporitos em Sabkhas Salinas. A plataforma de circulação restrita e planície maré está localizada a montante da laguna de plataforma com circulação aberta e a jusantes evaporitos em sabkhas salinas. Ela está localizada debaixo da acção das ondas, em mar calmo, mas é atingida pela acção das ondas durante as tempestades. O contexto geológico é o de uma plataforma, mais ou menos, plana dentro da zona fótica e, normalmente, acima da acção das ondas em mar calmo, mas menos conectada com o mar do que a laguna de plataforma com circulação aberta. As variações de temperatura e salinidade são frequentes e os sedimentos são, principalmente, lama calcária, areia argilosa e, por vezes, areia limpa. Uma cimentação diagenética é muito comum, assim como um acarreio sedimentar significativo. A biota é de água pouco profunda com pouca diversidade mas, em geral, com um grande número de espécies. Os foraminíferos miliolideos são típicos deste ambiente sedimentar. A maior parte dos geocientistas, considera cinco categorias de plataformas carbonatadas: A) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio (banco de areia carbonatada coberto por água do mar pouco profunda) no rebordo da plataforma e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta ; este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km. B) Plataformas de tipo Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda ; neste tipo de plataforma os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km. C) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas ; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10000 km. D) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes ; estas plataformas têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento (voltada para o lado de onde o vento sopra), mas na margem sotavento (na direcção para onde sopra o vento), os sedimentos são mais lamacentos ; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura. E) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica (onde não há luz suficiente para a fotossíntese, quer isto dizer, utilização do dióxido de carbono, CO2, e água para obter glicose através da energia da luz do sol). A geometria das plataforma carbonatadas mais conhecida é associada aos processos de fabricação tropicais, onde as plataformas carbonatadas podem ser subdivididas em três ambientes sedimentares principais: A) Recife, que é a parte da plataforma carbonatada criada, in situ, por organismos sésseis ; B) Laguna interna (parte da plataforma atrás do recife, a qual é caracterizada por águas rasas e calmas com sedimentos compostos de fragmentos de recifes e partes duras de organismos ou sedimentos terrígenos quando o recife é epicontinental) e C) Talude ou Encosta (parte externa da plataforma, que liga o recife à bacia e que actua como sumidouro do excesso de sedimento carbonato, embora a maior parte do sedimento produzido na lagoa e no recife seja transportado por vários processos e acumulada no talude, isto é, na encosta).
Plataforma Continental....................................................................................................................................Continental Shelf, Shelf
Plate-forme continentale / Plataforma continental / kontinental Schelf / 陆架 / Континентальный шельф / Piattaforma continentale /
Parcela da margem continental que se estende, como uma superfície pouco inclinada para o mar, desde a linha de costa (ou da base do prodelta) até ao rebordo da bacia, que marca o início do talude continental. A profundidade média da plataforma continental é, aproximadamente, 130 metros. Sinónimo de Plataforma.
Ver: « Rebordo da Bacia »
&
« Linha da Costa »
&
« Planície Aluvial »
Quando se diz plataforma, este termo refere-se, em geral, à plataforma continental, a qual, para a maior parte dos geocientistas, é a superfície pouco inclinada do fundo do mar, limitada entre uma lâmina de água de 0 a 200 m. Plataforma continental é um termo oceanográfico. Na geologia, as coisas são um pouco mais complicadas. Para evitar mal entendidos, é importante sempre saber se o termo plataforma está a ser aplicado a um contexto sedimentar onde os clásticos são predominantes ou a um contexto carbonatado. Em condições geológicas normais, a profundidade de água de uma plataforma calcária não pode ultrapassar a profundidade da zona fótica, caso contrário não pode haver formação de carbonato, ou seja, fotossíntese, que é processo físico-químico, a nível celular, realizado pelos seres vivos com clorofila*, que utilizam o dióxido de carbono e a água, para obter glicose através da energia do Sol, de acordo com a seguinte equação: Luz solar + 12H2O (água) + 6CO2 (dióxido de carbono) → 6O2 (oxigénio) + 6H2O (água) + C6H12O6 (glicose). Assim, uma plataforma carbonatada pode coincidir com uma plataforma continental mas, em geral, isso parece ser uma excepção. De facto, uma plataforma continental, cuja profundidade varia entre 0 e 200 metros, é uma província fisiográfica, que faz parte da estrutura morfológica da margem continental (extensão submarina do bloco continental) enquanto que que uma plataforma carbonatada ou carbonática é um corpo sedimentar que tem um relevo topográfico e que é composto por depósitos calcários que se formaram “in situ”, isto é, depósitos calcários autóctones. A maior parte dos geocientistas, considera cinco categorias de plataformas carbonatadas: A) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio (banco de areia carbonatada coberto por água do mar pouco profunda) no rebordo da plataforma e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta ; este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km. B) Plataformas de tipo Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda ; neste tipo de plataforma os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km. C) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas ; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10000 km. D) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes ; estas plataformas têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento (voltada para o lado de onde o vento sopra), mas na margem sotavento (na direcção para onde sopra o vento), os sedimentos são mais lamacentos ; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura. E) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica (onde não há luz suficiente para a fotossíntese, quer isto dizer, utilização do dióxido de carbono, CO2, e água para obter glicose através da energia da luz do sol). Como ilustrado nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica regional do offshore de Nova Jersey, num contexto geológico em que os clásticos predominam, dentro de um ciclo sequência, induzido por um ciclo eustático de duração entre 0,5 e 3-5 My, a bacia só tem plataforma continental durante os subgrupos que constituem o grupo de cortejos sedimentares de nível alto, isto é, durante intervalo transgressivo (IT) e durante a 1a fase de desenvolvimento do prisma de nível alto (PNA), uma vez que partir da 2a fase de desenvolvimento do prisma de nível alto, a linha da costa coincide com o rebordo continental. Neste exemplo, sismicamente e tendo em linha de conta a resolução sísmica, pode dizer-se que, durante todo Terciário a bacia não tinha plataforma, uma vez que a linha da costa coincidia com o rebordo continental, o qual marca, também, o rebordo da bacia. Todavia, recentemente, a subida do nível do mar absoluto ou eustático (nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite) induzido pela glacioeustasia (degelo parcial das calotas e mantos glaciários e dos glaciares, que foi mais ou menos de 120 metros, criou as actuais condições geológicas de nível alto do mar.
(*) As clorofilas (do grego χλωρος chloros, "verde" e φύλλον, fýlon, "folha") são uma família de pigmentos verdes encontrados nas cianobactérias e em todos os organismos contendo plastídios nas suas células, o que inclui as plantas e várias algas eucarióticas. A clorofila é uma biomolécula extremamente importante, fundamental na fotossíntese, processo que permite que as plantas e algas absorvem a energia da luz solar. (https://es.wikipedia.org/wiki/Clorofila).
Plataforma Epírica.................................................................................................................................................................................Epeiric platform
Plate-forme épéirique (épirique) / Plataforma epéirica (epírica) / Epeiric Plattform / 伸入内地的台地 / Внутренняя платформа / Piattaforma Epeirica /
Plataforma de tipo rampa caracterizada por uma taxa de deposição fraca, largas cinturas de fácies e transições graduais de litologia. Este tipo de plataforma é dominado por ambientes de fraca energia e sedimentos infra ou intramareais.
Ver: « Rebordo da Bacia »
&
« Plataforma Continental »
&
« Delta de Maré »
Nesta figura, no esquema da esquerda estão ilustrados os diferentes tipos de plataformas carbonatadas: (i) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio (banco de areia carbonatada coberto por água do mar pouco profunda) no rebordo da plataforma e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta (este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km) ; (ii) Plataformas de tipo Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda (neste tipo de plataforma nas quais os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km) ; (iii) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas (a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10000 km) (iv) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes ; estas plataformas têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento (voltada para o lado de onde o vento sopra), mas na margem sotavento (na direcção para onde sopra o vento), os sedimentos são mais lamacentos (uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura) ; (v) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica (onde não há luz suficiente para a fotossíntese, quer isto dizer, utilização do dióxido de carbono, CO2, e água para obter glicose através da energia da luz do sol). No modelo de sedimentação de uma plataforma epírica (ou epéirica) ilustrado nesta figura, quatro ambientes sedimentares se podem reconhecer. Do mar para o continente e à medida que as ingressões marinhas (subidas do nível do mar relativo, que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluta de da tectónica) aumentam, em distância e tempo, podem reconhecer-se: (i) Ambiente I ou ambiente marinho aberto, caracterizado por uma energia baixa ; (ii) Ambiente II ou baixio de energia alta, o qual se localiza acima do nível de base ; (iii) Ambiente III ou marinho restrito, que é caracterizado por uma energia baixa e (iv) Ambiente IV ou transaccional, que é caracterizado pela presença de clastos terrígenos não marinhos. As plataformas carbonatadas do tipo rampa, que se podem subdividir em: (A.1) Tipo Rampa Monoclinal e (A.2) Tipo Rampa com Pequena Ruptura Distal, formam-se quando os processos de formação de carbonato são associados a climas frios. Ao contrário, nos outros tipos, que muitos geocientistas consideram como plataformas carbonatadas com rupturas (aureoladas ou não aureoladas), os processos de formação de carbonato estão associados a climas tropicais. Tome em linha de conta, que em condições geológicas normais, a profundidade de água de uma plataforma calcária não pode ultrapassar a profundidade da zona fótica, caso contrário não pode haver formação de carbonato (fotossíntese). Assim, uma plataforma carbonatada pode coincidir com uma plataforma continental mas, em geral, isso parece ser uma excepção. Em geral, uma plataforma continental, tem uma lâmina de água que varia entre 0 e 200 metros, o que quer dizer que a maior parta da plataforma continental tem uma profundidade de água superior à da zona fótica. A geometria das plataforma carbonatadas mais conhecida é associada aos processos de fabricação tropicais, onde as plataformas carbonatadas podem ser subdivididas em três ambientes sedimentares principais: A) Recife, que é a parte da plataforma carbonatada criada, in situ, por organismos sésseis ; B) Laguna interna (parte da plataforma atrás do recife, a qual é caracterizada por águas rasas e calmas com sedimentos compostos de fragmentos de recifes e partes duras de organismos ou sedimentos terrígenos quando o recife é epicontinental) e C) Talude ou Encosta (parte externa da plataforma, que liga o recife à bacia e que actua como sumidouro do excesso de sedimento carbonato, embora a maior parte do sedimento produzido na lagoa e no recife seja transportado por vários processos e acumulada no talude, isto é, na encosta). As plataformas ligadas ao continente são dividas em duas grandes famílias: (A) Plataformas Tipo Rampa e (B) Plataforma com Ruptura. Nas plataformas tipo rampa dois subtipos podem ser considerados: (A.1) Plataforma de Tipo Rampa Monoclinal e (A.2) Plataformas de Tipo Rampa com Pequena Ruptura Distal. Nas plataformas com ruptura existem, igualmente, dois subtipos: (B.1) Plataformas Não-aureolada e (B.2) Plataformas Aureolada. É no subtipo, plataforma com ruptura aureolada que a designação de plataforma carbonatada abrupta é mais frequente.
Plataforma de Erosão.................................................................................................................................................................Coastal rise, Rasa
Banquette d’érosion (Rasa) / Plataforma de erosión / Sitz (Plattform) Erosion (Rasa) / 沿海崛起 / Прибрежный подъем / Piattaforma di abrasione
Superfície litoral situada acima do nível do mar ao longo de certos litorais, que começa na base de uma arriba viva e que resulta do recuo da arriba provocado pela erosão.
Ver: « Erosão »
Plataforma Exumada..............................................................................................................................................................................Exhumed Shelf
Plate-forme exhumée / Plataforma exhumada / Exhumiert Plattform / 掘出台地 / Выкапывать из породы платформа / Piattaforma riesumata /
Quando uma descida do nível do mar relativo é, suficientemente, grande para pôr o nível do mar debaixo do rebordo da bacia. Uma tal descida do nível do mar cria uma discordância de tipo I e condições geológicas de nível baixo.
Ver: « Descida do Nível do Mar Relativo »
&
« Plataforma Carbonatada Morta »
&
« Nível Baixo (do mar) »
Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica do offshore Norte de Angola, de baixo para cima, é fácil de reconhecer várias bacias da classificação das bacias sedimentares de Bally e Snelson (1980): (i) O soco que, na maior parte dos casos, corresponde a uma cadeia de montanhas do Paleozóico aplanada ou a um granito-ganisse de idade Pré-Câmbrico ; (ii) As bacias de tipo rifte, formadas antes da ruptura da litosfera (coloridas em castanho escuro e claro), e nas quais se depositaram, sobretudo no offshore Norte de Angola, rochas lacustres ricas em matéria orgânica (rochas-mãe potenciais) e rochas-reservatório de fácies arenosa ; (iii) A margem continental divergente do tipo Atlântico (desenvolvida num contexto tectónico, globalmente, em extensão), a qual pode ser subdividida de duas maneiras: a) Fase transgressiva do ciclo de invasão continental, que tem uma geometria retrogradante bem visível, embora os sedimento estejam deformados por halocinese e fase regressiva do ciclo de invasão continental de geometria progradante e b) Sedimentos infrassalíferos e suprassalíferos (o nível de salífero, que é, actualmente, mais ou menos, descontínuo está colorido em violeta). Antes da ruptura da litosfera, durante a fase de alongamento do pequeno supercontinente Gondwana, a formação das bacias de tipo rifte foi associada a subsidência diferencial (formação de estrutura em demigraben). Depois da ruptura da litosfera, quer isto dizer, durante o alastramento oceânico, um resfriamento da litosfera induziu uma subsidência térmica que foi sempre predominante. Esta tentativa de interpretação de interpretação, que foi feita em subciclos de invasão continental (induzidos por ciclos eustáticos de duração entre 3-5 My e 50 My), sugere, fortemente, uma importante descida do nível do mar absoluto* ou eustático (nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite) durante o Oligocénico, a qual induziu a discordância SB. 30 Ma (entre o Rupeliano e Chatiano). Esta descida do nível do mar absoluto foi, suficientemente, importante para exumar a plataforma do Eocénico, assim como a parte superior do talude continental (próximo do rebordo da bacia). Esta descida do nível do mar absoluto, que parece ter sido provocada por uma glaciação (formação de glaciares e do manto glaciário da Antárctica), criou condições geológicas de nível baixo do mar, que provocaram um deslocamento para baixo e para o mar dos biséis de agradação costeiros e, durante as quais, sistemas de deposição turbidíticos se depositaram nas partes profundas da bacia. Por outro lado, como sugerido pelas terminações dos reflectores contra o fundo do mar (biséis de truncatura), é evidente, que a parte proximal da margem divergente, durante o Terciário Tardio, foi levantada, o que, necessariamente, levantou, igualmente, as antigas plataformas do Paleocénico e Eocénico, que entretanto tinham sido fossilizadas pelos biséis de agradação costeiros das progradações dos depósitos do Terciário Tardio (talude continental). Desde que o levantamento, durante o Terciário Tardio, ocorreu, os sedimentos exumados fora erodidos. Esta erosão foi, certamente, amplificada pela descida (mais ou menos 120 metros) do nível do mar relativo (nível do mar local e referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre, como o fundo do mar ou a base dos sedimentos, e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica, isto é, do levantamento ou subsidência do fundo do mar) induzida, principalmente, pelas glaciações do Quaternário, período durante o qual a maior parte dos ciclos sequência não tinham cortejos sedimentares de nível alto (bacia sem plataforma continental). Todavia, desde que o degelo começou, há cerca de, mais ou menos, 19 000 anos, o nível do mar do mar absoluto subiu e inundou a planície costeira recém formada que se transformou numa plataforma continental, como se pode constatar nesta tentativa de interpretação.
(*) O nível do mar absoluto ou eustático é dependente da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). O nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível domar absoluto (eustático) e da tectónica.
Plataforma de Gelo........................................................................................................................................................................Grounded Ice Shelf
Plate-forme de glace / Plataforma de hielo / Schelfeis / 冰架 / Шельфовый ледник / Piattaforma di ghiaccio /
Uma plataforma de gelo é uma massa de gelo espessa e flutuante, que se forma onde um glaciar ou um manto de gelo fluem até a uma linha de costa descarregando na superfície do oceano. As plataformas de gelo encontram-se apenas nas costa da Antárctica, Gronelândia e Canadá.
Voir: «Inlandsis»
Plataforma Interna.....................................................................................................................................................................................................Inner Shelf
Plate-forme interne / Plataforma interna / Interne Plattform / 内部陆架 / Внутренняя платформа / Piattaforma interna /
Subambiente de uma plataforma continental caracterizado por uma lâmina de água entre 0 e 30 metros, ou por outras palavras, a parte da plataforma adjacente à linha da costa.
Voir: « Nível do Mar Eustático »
&
« Plataforma Continental »
&
« Nível Alto (do mar) »
Quando uma bacia tem uma plataforma continental, o que não é sempre o caso, certos geocientistas distinguem a plataforma adjacente à linha da costa, que eles chamam plataforma interna e que se caracteriza, não só por uma lâmina de água entre 0 e 30 metros, mas também por uma biota muito típica. Efectivamente, dentro de uma plataforma continental podem pôr-se em evidencia três zonas: (i) Plataforma interna, entre 0 e 30 metros de lâmina água ; (ii) Plataforma média, entre 30 e 70 metros de lâmina água e (iii) Plataforma externa, entre 70 e 200 metros de profundidade de água. Por outro lado, tendo em linha de conta o deslocamento das larvas dos peixes, certos geocientistas consideram, de preferência, três zonas de profundidade, numa plataforma continental: (a) Entre 0 e 20 metros ; (b) Entre 20 e 40 metros e (c) Entre 40 e 70 metros. Dentro de um ciclo estratigráfico dito, ciclo sequência, o qual é induzido por um ciclo eustático de 3a ordem, o que quer dizer que a sua duração varia entre 0,5 My e 3-5 My, uma bacia sedimentar não tem plataforma durante a deposição do grupo de cortejos sedimentares de nível baixo (CNB), dentro do qual, quando completo, se podem reconhecer três subgrupos, que de baixo par cima são: a) Cones submarinos de bacia (CSB) ; (ii) Cones submarinos de talude (CST) e (iii) Prisma de nível baixo (PNB). A bacia começa a ter uma plataforma continental desde que ocorre a primeira superfície de inundação, que marca o início da deposição do grupo de cortejos de nível alto (CNA) e, particularmente, dos cortejos sedimentares do intervalo transgressivo (IT), que é o subgrupo inferior, uma vez que o nível do mar inunda a planície costeira do prisma de nível baixo subjacente, deslocando a linha da costa para o continente (ingressão marinha). À medida que o nível do mar relativo (nível do mar local, referenciado quer a base dos sedimentos, quer a qualquer outro ponto da superfície terrestre, como por exemplo, o fundo do mar e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica) sobe, em aceleração*, durante o intervalo transgressivo, as dimensões da plataforma continental aumentam assim como a altura da lâmina de água. Como depois de cada acréscimo da ingressão marina total ocorrem períodos de estabilidade do nível do mar relativo, mais ou menos, importantes durante os quais se depositam regressões sedimentares cada vez menos importantes que, colectivamente, desenvolve um intervalo transgressivo (IT) com uma geometria retrogradante. Isto quer dizer, que o intervalo transgressivo (IT), de um ciclo sequência não é outra coisa que uma sobreposição de regressões sedimentares cada vez mais pequenas, as quais, globalmente, deslocam a linha da costa para o continente. Desde que o nível do mar relativo começa a subir em desaceleração, isto é, desde o início de deposição do prisma de nível alto (PNA), as dimensões da plataforma continental começam a diminuir, uma vez que a linha da costa, começa a desloca-se para o mar de maneira, mais ou menos, contínua. Assim, durante a 1a fase de desenvolvimento do prisma de nível alto, a bacia tem uma plataforma continental. Todavia, a partir de um determinado momento, a plataforma continental é fossilizada pelas progradações do prisma de nível alto e desaparece. Nesse momento, a linha da costa torna-se (sobretudo nas linhas e tendo em linha de consta a resolução sísmica) o novo rebordo continental (que é também o rebordo da bacia). É a partir desse momento que começa a depositar-se a 2a fase de desenvolvimento do prisma de nível alto, uma vez que a bacia não tem mais plataforma continental. Como a partir desse momento, a linha da costa é o novo rebordo da bacia, o limite externo da planície costeira, que corresponde à linha da costa, enfatiza, igualmente, o rebordo continental. Na plataforma interna, que corresponde à parte da plataforma continental adjacente à linha da costa, as diferentes larvas de peixes, que aí ocorrem, formam conjuntos que, como dito acima, podem ser utilizados para determinar como é que as larvas se deslocam para as áreas onde elas vão crescer en função da altura da lâmina de água.
(*) Uma subida do nível do mar relativo em aceleração significa que os acréscimos da ingressão marinha são cada vez mais importantes. Da mesma maneira desde que os acréscimos da ingressão marinha são cada vez menos importantes, o nível do mar relativo sobe em desaceleração. È muito importante considerar os acréscimos de uma ingressão marinha, uma vez que uma subida do nível do mar relativo ou absoluto não se faz em continuidade, mas por etapas. O nível do mar mar relativo sobe, estabiliza-se, vota a subir, estabiliza-se, etc.. até que ocorra uma descida significativa do nível do mar relativo que desloque a linha da costa para o mar e para baixo, criando uma superfície de erosão que limita o ciclo sequência. Note que é durante os períodos de estabilidade do nível do mar relativo que a deposição ocorre.
Plataforma Isolada..............................................................................................................................................................................Isolated Platform
Plate-forme isolée / Plataforma aislada / Isolierte Plattform / 隔离台地 / Изолированная платформа / Piattaforma isolata /
Plataforma carbonatada, geralmente, subcircular, desconectada do continente por um corpo de água, mais ou menos, profundo.
Ver: « Plataforma Carbonatada »
&
« Plataforma Continental »
&
« Plataforma Carbonatada Morta »
Quando um geocientista fala de plataforma, em geral, ele está a referir-se à plataforma continental, que é a superfície pouco inclinada do fundo do mar, limitada entre uma lâmina de água de 0 a 200 m, o que por vezes não é o caso de uma plataforma carbonática. Assim, para evitar mal entendidos, é importante saber se o termo plataforma está a ser aplicado a um contexto sedimentar onde os clásticos são predominantes ou a um contexto carbonatado. Teoricamente, em condições geológicas normais, a profundidade de água de uma plataforma calcária não pode ultrapassar a profundidade da zona fótica, uma vez sem a energia da luz do sol não pode haver formação “in situ”, de carbonato {fotossíntese que é processo físico-químico, a nível celular, realizado pelos seres vivos com clorofila, que utilizam o dióxido de carbono e a água, para obter glicose através da energia do Sol, de acordo com a seguinte equação: Luz solar + 12H2O (água) + 6CO2 (dióxido de carbono) → 6O2 (oxigénio) + 6H2O (água + C6H12O6 (glicose)}. Certos geocientistas consideram cinco grandes famílias de plataformas carbonatadas: (i) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio (banco de areia carbonatada coberto por água do mar pouco profunda) no rebordo da plataforma e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta ; este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km. (ii) Plataformas de tipo Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda ; neste tipo de plataforma os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km. (iii) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas ; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10 000 km. (iv) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes ; estas plataformas têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento (voltada para o lado de onde o vento sopra), mas na margem sotavento (na direcção para onde sopra o vento), os sedimentos são mais lamacentos ; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura. (v) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica (onde não há luz suficiente para a fotossíntese, quer isto dizer, utilização do dióxido de carbono, CO2, e água para obter glicose através da energia da luz do sol). A geometria das plataforma carbonatadas mais conhecida é associada aos processos de fabricação tropicais, onde as plataformas carbonatadas podem ser subdivididas em três ambientes sedimentares principais: A) Recife, que é a parte da plataforma carbonatada criada, in situ, por organismos sésseis ; B) Laguna interna (parte da plataforma atrás do recife, a qual é caracterizada por águas rasas e calmas com sedimentos compostos de fragmentos de recifes e partes duras de organismos ou sedimentos terrígenos quando o recife é epicontinental) e C) Talude ou Encosta (parte externa da plataforma, que liga o recife à bacia e que actua como sumidouro do excesso de sedimento carbonato, embora a maior parte do sedimento produzido na lagoa e no recife seja transportado por vários processos e acumulada no talude, isto é, na encosta). O exemplo ilustrado nesta corresponde a uma plataforma isolada. Na tentativa de interpretação geológica de um autotraço de um detalhe de uma linha sísmica, os recifes são mais bem desenvolvidos na margem barlavento, que neste caso corresponde à margem virada para o mar. Os recifes na margem proximal (do lado do continente), não só são menos desenvolvido mas também mais lamacentos. A parte superior da plataforma isolada corresponde a uma plataforma morta, na sequência de uma importante subida relativa do nível do mar que a colocou debaixo da zona fótica onde os processos de formação de carbonato são, praticamente, impossíveis. Certos geocientistas subdividem as plataformas carbonatadas ligadas ao continente em plataformas de tipo rampa e plataformas com rupturas de inclinação. Dentro das primeiras, que são frequentes nos climas frios, eles consideram as monoclinais e as que exibem uma pequena ruptura distal. Dentro das plataforma com ruptura que formam de preferência em climas tropicais, dois subtipos sano quase sempre avançados: plataformas aureoladas e não-aureoladas.
Plataforma Litoral..........................................................................................................................................................................................Shoreplatform
Plate-forme littorale / Plataforma litoral / Litoralplatte / 沿海台地 / Волноприбойная терраса / Piattaforma costiera /
Superfície de erosão que inclina, ligeiramente, para o mar e que se estende entre a base da escarpa de praia e o limite da praia baixa (para certos geocientistas). A plataforma litoral corresponde, mais ou menos, à pré-praia mais a praia baixa.
Ver: « Plataforma »
&
« Plataforma Isolada »
&
« Plataforma de Preiamar »
Esta fotografia ilustra uma plataforma litoral. A superfície, mais ou menos, plana e pouco inclinada que trunca a terra firme na zona intermareal (entre marés), é uma antiga plataforma de abrasão que foi, em parte, erodida pela acção conjunta do gelo e das ondas do mar. Em certas plataforma litorais do Canadá, a ardósia, finamente, fracturada é, facilmente, desintegrada pelas condições climáticas frias desta região, que prevalecem quase todo o ano, o que resulta num conjunto de finos detritos que são, facilmente, transportados pelas ondas do mar e correntes marinhas. As camadas menos fracturadas estão, ligeiramente, mais elevadas e assim são menos susceptíveis à acção do gelo. Muitas das plataformas litorais modernas correspondem a antigas plataformas de abrasão e encontram-se, actualmente, submersas ou emersa, em função das variações do nível do mar relativo (subida do nível do mar relativo, no primeiro caso, e descida no segundo). Em geral, as plataformas litorais são antigas superfícies rochosas, pouco inclinadas, que se estendiam da base da arriba até ao largo, entre os níveis das marés mais altas e mais baixas (plataformas de abrasão). Elas são antigas superfícies de abrasão talhadas pela acção das ondas do mar e, por conseguinte, têm tendência a ser, mais ou menos, lisas ou com ondulações fracas e alguns degraus, os quais correspondem ao nível da maré alta ou do nível atingido durante as tempestades. As rugosidades de uma plataforma de abrasão ou de uma plataforma litoral são também muito dependes da litologia das rochas em que ela foi (ou ainda é) escavada e também da tectónica, quer isto dizer, que a abrasão não é a mesma se as rochas são sub-horizontais ou dobradas. É natural, que se encontrem sinuosidades onde as rochas são mais duras, quer em bancos rochosos, escolhos (rochedos à tona da água), leixões (pedras altas e isoladas na costa) ou farilhões (pequenas ilhas). Quando a litologia da plataforma é carbonatada, naturalmente, ela é, em geral, modelada em marmitas, vasques, pináculos ou alvéolos ou outras forma cársicas. Daveau (1977), descreve a plataforma litoral portuguesa, da seguinte maneira: (i) O litoral português é circundado em toda a sua extensão por uma plataforma muito regular, coberta de depósitos marinhos onde os cursos de água entalham, por vezes, verdadeiras gargantas ; (ii) A sua altitude, que se situa, em geral entre 100 e 200 metros, pode baixar até ao nível do mar ou elevar-se até cerca de 400 metros ; (iii) A plataforma litoral é, frequentemente, limitada para o interior por um rebordo escarpado ; (iv) Trata-se de um antiga arriba, contemporânea do seu modelado, ou de uma escarpa de falha posterior. A plataforma litoral na região do Porto, por exemplo, corresponde a um conjunto de patamares escalonados, que descem para o mar a partir de uma linha de relevos marginais que corresponde ao rebordo interior da plataforma. No esquema geológico ilustrado nesta figura, em associação com a plataforma litoral, reconhece-se. (i) Uma baía, que é uma porção de mar rodeada por terra, ou seja, o contrário de um cabo ; (ii) Dois farilhões, que são ilhotas escarpadas ; (iii) Um arco natural, que é uma formação geológica formado por um arco rochoso cavado, naturalmente, pela erosão; (iv) Uma gruta, que é cavidade natural rochosa com dimensões que permitam o acesso a seres humanos ; (v) Uma praia com dunas, a formação geológica composta por partículas soltas de minerais ou rochas sob a forma de areia, cascalho, seixos, etc., ao longo da margem de um corpo de água com montículos de areia desenvolvido por processos eólicos ; (vi) Um estuário intramareal, que é um estuário criado pela acção das marés ; (vii) Uma barra, é uma geológica resultante da acumulação de material de aluvião, paralelo ou perpendicular à costa; (viii) Um pântano salgado, formado por águas paradas e pouco profundas, situadas sobre um manto impermeável, com uma vegetação bastante densa e um solo com grandes quantidades de vegetação em decomposição ; (ix) Uma duna costeira, que um montículo de areia desenvolvido por processos eólicos junto à linha da costa ; (x) Uma praia sem dunas, que é uma formação geológica composta por partículas soltas de minerais ou rochas sob a forma de areia, cascalho, seixos, etc., ao longo da margem de um corpo de água ; (xi) Cornijas, que são escarpas de rochas duras, íngreme, que superam um declive suave ou que formam saliências ; (xiii) Falésias, que são vertentes costeiras, abruptas ou com um forte declive ; (xiv) Um talude, que é um terreno inclinado que limita um aterro e tem como função garantir a estabilidade do aterro.
Plataforma de Mar Aberto (cintura carbonatada)...............................................................................Open Sea Shelf
Plate-forme de mer ouverte / Plataforma de mar abierto (cinzura carbonatada) / Platform offenen Meeres (Carbonat Gürtel) / 开放大陆架(碳酸盐岩带)/ Шельф открытого моря / Piattaforma marine aperta (cintura di carbonato) /
Ambiente sedimentar distal de uma plataforma carbonatada aureolada entre a bacia profunda e o bordo da plataforma profunda, a qual se localiza a jusante do talude externo.
Ver: « Plataforma »
&
« Ambiente (de cintura carbonatada) »
&
« Plataforma Epéirica (epírica) »
Vários geocientistas constataram nas plataformas carbonatadas e, particularmente, nas plataformas carbonatadas aureolados ou orladas (caracterizadas pela presença, mais ou menos, contínua, de recifes ou areias calcárias de baixio ao longo do rebordo da plataforma), a ocorrência de uma sucessão típica de ambientes sedimentares e, mais ou menos, constantes, entre a bacia e o continente (quando a plataforma está ligada ao continente). Esta sucessão de ambientes sedimentares carbonatados está ilustrada nesta figura e pode ser considerada como um modelo de plataforma, embora ele não diga nada sobre a diferenciação, muitas vezes constatada, entre margem sotavento e catavento (plataforma não ligadas ao continente), quer isto dizer, sobre a assimetria das plataforma. Neste modelo distinguem-se nove ambientes sedimentares: (i) Bacia, muito profundo para a produção e deposição de carbonatos, dependendo do afluxo de sedimentos finos argilosos e de material silicioso ; (ii) Plataforma de Mar Aberto, profundidade entre dezenas e centenas de metros, geralmente, oxigenado e com uma salinidade marinha normal, no qual as correntes têm uma boa circulação e, suficientemente, profundas para não sofreram o efeito da ondulação; os sedimentos do fundo do mar são, apenas, afectados durante as tempestades intermitentes; (iii) Bordo da Plataforma Profunda, localizado no limite ou junto da plataforma carbonatada e constituído por material conquífero derivado da plataforma, com condições de ondulação e de o nível de oxigénio são muito semelhantes a (i) ; (iv) Talude Externo, localiza-se acima do limite mais baixo da água oxigenada, acima do nível de ondulação ; os detritos carbonatados depositam-se com uma inclinação de cerca de 30° com deslizamentos, montículos, frentes em forma de cunha e blocos grandes ; (v) Recifes do Bordo da Plataforma, desenvolvimento depende da energia da água, inclinação da rampa, produtividade orgânica, quantidade des estruturas construída, ligações, obstáculos e frequência de exposições subaéreas e cimentação ; (vi) Zona de Deflação Areias, caracterizada por bancos, praias, barras de maré de mar aberto em leques, cinturas ou ilhas de dunas e uma a profundidade de deposição entre de 5 a 10 m ; ambiente oxigenado, mas não adequado à vida marinha devido a uma constante mudança de substrato ; (vii) Laguna de Plataforma com Circulação Aberta, com estreitos, lagunas e baías abertas por detrás do bordo da plataforma externa ; profundidade de água é pequena, por vezes, de apenas de alguns metros ; a salinidade é normal ; com circulação moderada ; (viii) Plataforma de Circulação Restrita e Planícies de Maré, inclui a maior parte dos sedimentos finos em lagunas superficiais e os sedimentos grosseiros em canais de maré e praias locais ; todo o complexo corresponde ao ambiente de planície de maré; podem ter águas doces, salinas e hipersalinas, com exposições aéreas frequentes ; abundante vegetação tanto marinha como de pântano ; componentes terrígenos de origem eólica podem ter proporções importantes ; (ix) Evaporitos em Sabkhas Salinas, ambiente de supramaré e de lagos na plataforma marinha ; o clima é árido e com calor intenso ; ingressões marinhas esporádicas ; gesso e anidrite são muito comuns. Como ilustrado, a plataforma de mar aberto está localizada abaixo da acção das ondas, em mar calmo, mas ela é atingida pela acção das ondas durante as tempestades. Ela está dentro ou, ligeiramente, debaixo da zona fótica. Normalmente, ela corresponde às superfícies, mais ou menos, horizontais, entre a plataforma activa, e a parte profunda da bacia. Este ambiente encontra-se, muitas vezes, em associação com as plataformas mortas (ou afogadas), criadas a quando de uma subida do nível do mar relativo*. Os sedimentos mais frequentes deste ambiente são carbonatos, principalmente, vaquelitos bioclásticos (rocha carbonatada que contém, mais de 10% de aloquímicos numa matriz de argila carbonatada), "grainstones", margas e alguma sílica, que, normalmente, estão bem estratificados e com muita bioturbação. A biota é sobretudo representada por uma fauna conquífera, que indica condições marinhas normais e plâncton (conjunto de plantas e animais microscópicos que vivem em suspensão na água e que são a base de muitas cadeias alimentares).
(*) Nível do mar local e referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre que seja o fundo do mar ou a base dos sedimentos (topo da crusta continental) que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, que é o nível do mar global, referenciado ao centro da Terra ou a um satélite, e da tectónica (subsidência do fundo do mar quando o regime tectónico predominante é em extensão ou levantamento do fundo do mar, quando o regime tectónico predominante é em compressão.
Plataforma de Preiamar (alta)........................................................................................................................................................................Schorre
Plate-forma de haute-marée (vasière dure) preiamar (alta) / Plataforma de pleamar (alta), Saladar / Plattform hoch - Flut (Watt reicht) / 平台高-潮(泥滩持续) / Болото, периодически заливаемое приливами / Piattaforma alta-marea (mudflat dura) /
Parte do espraiado pelítico que fica a descoberto nas preiamares mortas e coberta durante as praias mares vivas e tempestades. O termo plataforma é aqui utilizado de maneira abusiva. Sinónimo de Salgadiço.
Ver: « Praia »
&
« Praia Intramareal (entre marés) »
&
« Litoral »
As plataforma de preiamar alta são ambientes naturais com vegetação rasteira situadas na bordadura alta das vasas costeiras. Elas correspondem a uma parte do espraiado que é não coberta que durante as grandes marés e que se estende da parte superior do andar mediolitoral à parte inferior do andar supralitoral. As plataforma de preiamar alta formam-se a montante da região das vasas (lodaçal), a qual é sem vegetação nas regiões temperadas ou que é ocupada por manguezais nas regiões tropicais. O plataforma de preiamar alta é submerso, unicamente, durante as marés equinociais e forma-se à custa da plataforma de preiamar baixa por uma elevação de terra lamacenta e um aumento gradual da vegetação. Função do grau de inundação, a vegetação se distribui-se em 3 níveis: (i) Baixo ; (ii) Médio e (iii) Alto. A vegetação é adequada a imersões intermitentes e um ambiente salgado. A plataforma de preiamar alta contém uma variedade de comunidades vegetais, compostas principalmente de espécies halófilas, isto é, tolerantes à salinidade. As plataformas de preiamar alta encontram-se, na maioria das vezes e de maneira maciça nas regiões temperadas. Elas cobrem, geralmente, áreas protegidas da força do vento e da força das ondas, a baixa altitude e com forte sedimentação, tais como: estuários, deltas, costas protegidas por barreiras ou dunas ou nas baías. Este tipo de ambiente encontra-se em Camargue, no delta do Ebro, Mississípi, na Nova Zelândia, numa grande parte da costa este dos Estados Unidos, etc. Nos regiões tropicais e subtropicais, eles são, geralmente, substituídos por manguezais numa grande parte do litoral, mas as plataformas de preiamar alta são, frequentemente, presentes atrás dos manguezais. Estas plataformas são utilizadas como pastagens. A transformação destas áreas em terras de cultivo é comum através da construção de diques. Essas mudanças induzem transformações do ambiente, com variações de salinidade, sedimentação, acesso à água e sobretudo da biodiversidade. O exemplo marcante é a Camargue (França), onde o debate sobre a manutenção dos diques é à ordem do dia.
Plataforma de Preiamar(schorre)......................................................................................................................................................Tidal Flat
Plate-forme de haute-marée, Schorre / Plataforma de marea alta, Marjal de marea, Schorre / Plattform hoch-Flut, Schorre / 潮汐滩地 / Приливно-отливная отмель, Шоры / Piattaforma alta-marea, Piatta marea, Schorre /
Parte do espraiado pelítico que fica a descoberto nas preiamares mortas e coberto de água durante as preiamares vivas e tempestades. O termo plataforma é aqui utilizado de maneira abusiva. Sinónimo de Salgadiço.
Ver: « Praia »
&
« Plataforma Litoral »
&
« Plataforma Interna »
Em português, a plataforma de preiamar é também se chamada salgadiço (Moreira, 1984). A plataforma de preiamar é uma superfície vasosa, consolidada, revestida por um solo halo-hidromorfo (saturado temporário ou permanentemente por um excesso de água salgada), recortada em ilhotas convexas por canais de maré, com poças e, completamente, colonizadas por vegetação halo-helófita (enraizado no lodo salgado), herbácea nas regiões extratropicais (sapal) e arbustiva e ou arbórea nas regiões intertropicais (mangal). A plataforma de preiamar está separada da parte baixa do espraiado por um degrau que pode atingir alguns metros e que corresponde ao degrau da maré alta. Sob o ponto de vista ecológico, a principal função de uma plataforma de preiamar ou de um salgadiço é a conversão da biomassa vegetal (normalmente sob a forma de detritos) em biomassa animal que pode ser utilizada pelos organismos com um nível trófico mais alto, que isto dizer, por organismos do ecossistema com uma alimentação mais refinada. A presença na plataforma de preiamar de todo um conjunto de ambientes costeiros é muito importante, não só para as aves que habitam a costa, mas também para as aves de passagem. A plataforma de preiamar da Laguna Mãe (Texas, EUA), representa um habitat apropriado entre os habitats de cultivo quente do norte e os distantes habitats da América do Sul, para as aves de migração e hibernação. A maior parte da mortalidade das aves é devido a falta de recursos durante o inverno e áreas de migração. Os invertebrados das plataformas de preiamar fornecem, sem dúvida nenhuma, uma abundante fonte alimentar para as aves. Quando as planícies de preiamar estão, totalmente, inundadas, as praias adjacentes podem ser uma segunda ou alternativa fonte de alimentos. O continente e habitats adjacentes podem ser utilizados como residências de passagem e alimentação. As planícies de preiamar são fontes de azoto para o ecossistema, uma vez que as algas azuis da plataforma de preiamar convertem o azoto atmosférico em azoto que pode ser utilizado por outras plantas. Na morfologia plataforma de preiamar (salgadiço ou “schorre”) e a jusante das dunas e acima da vasa mole reconhece os canais e as poças de maré. Ao conjunto da plataforma de preiamar e de baixamar, muitos geocientistas, chamam sapal, que eles consideram como um ecossistema de grande importância uma vez que ele desempenha um papel preponderante no equilíbrio do ciclo da matéria orgânica numa perspectiva de produtores primários. Existem dois tipos de sapal, um fluvial e outro marinho, que formado por uma diversidade de canais de maré anastomosados, que alternam com pequenas elevações de substrato. Esta região tem uma certa regularidade nas condições ambientais e nas populações animais e vegetais é sobre influência de diversos factores ambientais naturais. Na plataforma de baixamar, a biomassa é abundante (até vários milhares de organismos por metro quadrado durante a maré baixa em zonas temperadas, pelo menos 60 espécies de peixes e crustáceos que aí se alimentam toda ou parte de sua vida). Durante a maré baixa, há milhares de aves que aí vêm procuram moluscos ou macrozoobentos. De maneira geral todos os geocientistas admitem (http://www.ecosociosystemes.fr/ schorre.html) que as vasas litorais (lodaçais) da Europa são caracterizados por uma dicotomia muito marcada: a jusante do salgadiço e a montante dos atoleiros de maré. Por outro lados, quase todos os geocientistas estão de acordo que: 1) Os atoleiros de maré ou plataforma de maré baixa é caracterizada por uma vegetação halófila (adaptada ao sal) que se distribui por andares ; 2) A parte baixa dos atoleiros de maré é recoberta a cada maré, excepto durante as águas mortas e que ela é colonizado por plantas, tais como a soda (Suaeda maritima) e áster do mar (áster tripolium) ; 3) A parte média dos atoleiros de maré tem uma vegetação espessa devido à obione (portulacoides Obione) ; 4) A parte alta dos atoleiros de maré é composta de funcho (Salicornia sp.), Spartina (Spartina) e (Atropis), lavanda do mar (Limonium) ou artemísia (Artemísia vulgaris) ; 5) O salgadiço é a parte do lodaçal que é coberta unicamente a quando das grandes marés ; 6) o salgadiço é composto, principalmente, de vasas moles de aparência lisa e sem vegetação e que contém uma grande quantidade de bactérias que lhe permitem desempenhar um papel essencial nos processos de assimilação e reciclagem de matéria orgânica morta ; 7) O salgadiço abriga uma variedade de espécies bivalves (amêijoas, berbigão, etc.), pequenos gastrópodes, caranguejos verdes e (salmonete, praças, bares) ; 8) O salgadiço é frequentado por espécies de aves limícolas, ou seja, que vivem no lodo (maçaricos, cavaleiros, snipe, alfaiate), garças e outros gaivotas de cabeça negra e gaivotas, castanhas ou marinheiras, mas também por muitos invertebrados terrestres e marinhos, como aranhas (Lycosidae / Pardosa purbeckensis?), que desde a maré se instala correm sobre a superfície da água, para caçar presa, mas também para encontrar parceiros.
Plataforma de Recife.......................................................................................................................................................................................................Reef-flat
Platier / Plataforma del arrefice / Riff-Flach / 礁 / риф / Piattaforma Reef /
Plataforma cavada pelas ondas na margem externa abrupta de um recife.
Ver: «Recife»
Plataforma Recifal Aureolada.......................................................................................................Reef-Rimmed Platform
Plate-forme récifal auréolée / Plataforma de arrecifes aureolada / Reef-umrandeten Plattform / 边礁环绕的台地 / Обрамленная рифом платформа / Piattaforma scogliera aureolata /
Plataforma carbonatada com o rebordo sublinhado por recifes. Em geral, as plataformas carbonatadas têm o rebordo sob uma lâmina água de várias dezenas metros e, naturalmente, não têm recifes, e são, por vezes, orladas (quando têm uma barreira, mais ou menos, contínua formada de recifes que se desenvolvem ao longo do rebordo da plataforma, sob uma lâmina de água muito pequena, que podem aflorar durante a maré baixa).
Ver : « Plataforma Carbonatada Aureolada »
&
«Recife»
&
« Plataforma Carbonatada Morta »
Quando um geocientista fala de plataforma, em geral, ele está a referir-se à plataforma continental, que é a superfície pouco inclinada do fundo do mar, limitada entre uma lâmina de água de 0 a 200 m, o que não é o caso de uma plataforma carbonática. Teoricamente, em condições geológicas normais, a profundidade de água de uma plataforma calcária não pode ultrapassar a profundidade da zona fótica, uma vez sem a energia da luz do sol não pode haver formação “in situ”, de carbonato. Assim, para evitar mal entendidos, é importante saber se o termo plataforma está a ser aplicado a um contexto sedimentar onde os clásticos são predominantes ou a um contexto carbonatado. A maior parte dos geocientistas considera cinco tipos principais de plataformas carbonatadas: A) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio (banco de areia carbonatada coberto por água do mar pouco profunda) no rebordo da plataforma e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta ; este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km. B) Plataformas de tipo Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda ; neste tipo de plataforma os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km. C) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas ; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10000 km. D) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes ; estas plataformas têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento (voltada para o lado de onde o vento sopra), mas na margem sotavento (na direcção para onde sopra o vento), os sedimentos são mais lamacentos ; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura. E) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica (onde não há luz suficiente para a fotossíntese, quer isto dizer, utilização do dióxido de carbono, CO2, e água para obter glicose através da energia da luz do sol). Uma plataforma recifal aureolada tem características de mar agitada, próximo do rebordo e de mar calmo, na lagoa. Onde a energia é grande, formam-se de recife, mas não exclusivamente. A produtividade orgânica é, particularmente, importante perto das correntes marinhas ascendentes. A lagoa é, geralmente, um ambiente de baixa energia e a sua extensão depende da maneira como os recifes da bordadura dissipam a energia das ondas. Se na lagoa, a energia das ondas é insignificante, o ambiente é de fraca circulação e formação de evaporitos em salinas não pode ser excluída. Neste esquema, é fácil de constatar que um paraciclo sequência de uma plataforma recifal aureolada é a associação lateral de (1) argilitos de laguna, (2) areias de baixio, (3) recifes de barreira e (4) depósitos de talude da plataforma carbonática, isto é, de sistemas de deposição síncronos e geneticamente associados. Uma associação vertical destes paraciclo sequência, obviamente, sem descidas relativas do nível do mar entre eles, forma uma plataforma recifal aureolada. A geometria das plataforma carbonatadas mais conhecida é associada aos processos de fabricação tropicais, onde as plataformas carbonatadas podem ser subdivididas em três ambientes sedimentares principais: A) Recife, que é a parte da plataforma carbonatada criada, in situ, por organismos sésseis ; B) Laguna interna (parte da plataforma atrás do recife, a qual é caracterizada por águas rasas e calmas com sedimentos compostos de fragmentos de recifes e partes duras de organismos ou sedimentos terrígenos quando o recife é epicontinental) e C) Talude ou Encosta (parte externa da plataforma, que liga o recife à bacia e que actua como sumidouro do excesso de sedimento carbonato, embora a maior parte do sedimento produzido na lagoa e no recife seja transportado por vários processos e acumulada no talude, isto é, na encosta). O exemplo ilustrado nesta corresponde a uma plataforma isolada. As plataformas ligadas ao continente são dividas em duas grandes famílias: (A) Plataformas Tipo Rampa e (B) Plataforma com Ruptura. Nas plataformas tipo rampa dois subtipos podem ser considerados: (A.1) Plataforma de Tipo Rampa Monoclinal e (A.2) Plataformas de Tipo Rampa com Pequena Ruptura Distal. Nas plataformas com ruptura existem, igualmente, dois subtipos: (B.1) Plataformas Não-aureolada e (B.2) Plataformas Aureolada. É no subtipo, plataforma com ruptura aureolada que a designação de plataforma carbonatada abrupta é mais frequente.
Playa...........................................................................................................................................................................................................................................................................................Playa
Playa / Playa / Playa / 普拉亚 / Плайя (небольшой песчаный участок суши в устье реки или вдоль берега залива) / Playa /
Bacia desértica sub-horizontal, que pode conter lagos efémeros com bacias de drenagem fechadas (lagos endorreicos). As playas são formadas por sedimentos finos misturados a sais alcalinos. Elas são também conhecidas como planícies alcalinas, planícies de lama, salgadiços, sabkhas e mesmo lagos secos. Quando a superfície é salgada, ela é conhecida pelo nome de salar como, é o caso da maior parte das playas da América do Sul e em particular dos Andes.
Ver : « Deserto »
&
« Lago Temporário »
&
« Aluvial »
Durante o verão, a superfície de uma playa é, geralmente, seca, dura e lisa. Durante os meses de inverno ela é húmida, por vezes, inundada e macia. As playas correspondem a depressões da superfície do terreno. Uma playa-lago forma-se quando a água da chuva preenche a depressão. Uma playa-lago pode formar-se quando o plano de água intersecta a superfície e a água corre para a depressão. Em geral, as playas formam-se nas regiões semiáridas e áridas. A maior concentração de playas-lago no mundo (mais ou menos, 22000) é nas altas planícies do sul do Texas e na parte oriental do Novo México. Enquanto que a maior parte das playas lagos são, relativamente, pequenas, outras têm dimensões importantes como, o lago Alablab no Suguta (Quénia) e o lago do Cavalo Selvagem no Oklahoma (EUA). O salar ou playa de Uyuni, ilustrado nesta fotografia, que está localizado próxima da cidade de Potosí na Bolívia, é o maior playa-lago salgado do mundo. Ele tem uma superfície cerca de 10582 km2, isto é, mais ou menos, 25 vezes, por exemplo, a superfície da playa lago salgado de Bonneville (Noroeste do Utah, EUA). Muitas playas têm lagos pouco profundos durante o inverno, em particular durante os anos de forte humidade. Quando a lâmina de água dos lagos é pequena, a água pode deslocar-se dentro da playa sob a acção do vento e criar uma superfície endurecia e lisa em toda a sua extensão. Uma lâmina de água mais espessa cria, geralmente, uma superfície com fissuras de lama e estrutura de dissecação com a geometria semelhante a da tenda de índio. Enquanto que as playas são, geralmente, desprovidas de vegetação, elas são quase sempre rodeada por terrenos com pequenos arbusto que toleram o sal e que fornecem a forragem necessária para os rebanhos animais e outros herbívoros, sobretudo durante o inverno.
Plenilúnio.......................................................................................................................................................................................................................................................Plenilune
Plenilunium/ Plenilúnio / Plenilune / 满月 / Полнолуние / Plenilunio /
Uma das fases da Lua, quando a sua totalidade é refletida na Terra ou Lua cheia. Quando ocorrem duas luas cheias num mesmo mês, o evento é conhecido pelo nome de Lua Azul. Sinónimo de Lua cheia.
Ver: « Lua »
&
« Quadratura (astros) »
&
« Conjunção (astronomia) »
As fases da lua como são denominados os quatro aspectos básicos que o satélite natural da Terra, a Lua, apresenta conforme o ângulo pelo qual é vista a face iluminada pelo Sol. Quando a Lua encontra-se em conjunção com o Sol, a face visível está, totalmente, às escuras e a face oculta está iluminada. É a Lua nova, uma vez que nesta fase a Lua nasce e põe-se com o Sol, ela só é visível quando ocorre um eclipse solar. A lua nova no seu sentido original marca o início do mês em calendários lunares, tais como o calendário muçulmano, e nos calendários lunissolares, tais como o calendário judaico, o calendário hindu e o calendário budista. Cerca de 7,5 dias depois, a Lua encontra-se num ângulo de 90° em relação ao Sol. Nesta fase a porção iluminada equivale a metade da face visível, portanto um quarto da superfície lunar, é o quarto crescente. Nesta fase a Lua nasce, aproximadamente, ao meio-dia e se põe à meia-noite (no hemisfério norte, a metade direita do disco está iluminada, enquanto no hemisfério sul, a metade esquerda do disco ilumina-se durante esta fase). Quando a Lua se encontra em oposição ao Sol, em torno de 15 dias após a Lua nova, sua face visível fica, totalmente, iluminada, é a Lua cheia ou plenilúnio. Nesta fase a Lua nasce quando o Sol se põe e seu ocaso ocorre ao nascer do Sol. É nessa fase também que acontecem os eclipses lunares. Mais uma semana até que se forme um ângulo de 270° e a Lua estará em quarto minguante. Nesta fase a Lua nasce à meia-noite e se põe ao meio-dia (no hemisfério norte, a metade esquerda do disco está iluminada, enquanto no hemisfério sul, a metade direita do disco ilumina-se durante esta fase). O ciclo de lunação (ciclo lunar completo, que corresponde ao espaço de tempo entre duas luas novas consecutivas; o intervalo de tempo entre duas luas novas consecutivas é em média de 29 dias, 12 h, 44 m e 2,9 s contudo este intervalo de tempo não é constante, variando entre 29 dias e 4 h e 29 dias e 22 h aproximadamente) se completa em pouco mais de 29,5 dias e é, portanto, quase dois dias mais longo que a translação. Isto ocorre em função do movimento de translação da Terra.
Pluma de Cinza........................................................................................................................................................................................................................Ash Plume
Panache de Cendres / Pluma de ceniza / Esche Plume / 火山灰羽 / Поток пепла / Pennacche di cenere /
Nuvem de piroclastos, que, muitas vezes, se encontra à vertical de um vulcão em erupção e que é, fundamentalmente, composta por cinzas vulcânicas e vapor de água. As partículas mais finas de uma pluma de cinzas podem ser transportadas até várias centenas, ou mesmo, milhares de quilómetros.
Ver: « Tefra »
&
« Vulcanismo »
&
« SDRs (reflectores que inclinam para o mar) »
Esta figura ilustra uma importante pluma de cinzas sobre o Monte de Cleveland, que forma a parte ocidental da ilha de Chuginadak na parte central das ilhas Aleutianas do Alasca. Este monte corresponde a um vulcão estratiforme, isto é, um alto vulcão, cónico, composto por uma sucessão de camadas de lavas, tefra e cinza vulcânica. Este tipo de vulcão, também chamado vulcão compósito, tem vertentes muito inclinadas e erupções explosivas periódicas. A lava que forma este tipo de vulcão é, geralmente, viscosa e solidifica-se rapidamente. O magma que forma a lava é de natureza félsica, quer isto dizer, que ele tem uma grande quantidade de sílica (como os riolitos, dacitos e andesitos). O magma máfico está presente, mas em quantidades muito pequenas. As cinzas vulcânicas que formam as pluma de cinzas são constituídas por tefra (pedaços de rocha e vidro pulverizado criado durante as erupções) de pequeno tamanho. As partículas têm, em geral, menos de 2 milímetros de diâmetro. A natureza violenta das erupções vulcânicas, que envolvem vapor de água, transforma o magma e as rochas sólidas, à volta das fendas, em partículas do tamanho da argila e areia. As cinzas vulcânicas criam problemas de respiração nas populações que vivem perto do vulcão e quando elas são muito abundantes podem criar um arrefecimento da temperatura global, como parece ter sido o caso depois da grande erupção do Krakatoa, em 26/27 de Agosto de 1898, a qual que libertou, segundo certos geocientistas, cerca de 13000 vezes a energia libertada pela bomba atómica (13/16 kT) que destruiu Hiroxima durante a segunda guerra mundial. As cinzas depois de caírem no chão, quando cimentadas, formam um rocha sólida que se chama tufo vulcânico. A ejecção, mais ou menos, periódica de grandes quantidades de cinzas produz cones de cinzas que podem destruir muitos dos ecossistemas locais e produzir o colapso das habitações. Como elas criam solos muitos férteis, as populações, naturalmente, localizam-se à volta das regiões vulcânicas o que amplifica, de maneira significativa, os catástrofes naturais.
Pluma Mantélica (manto)...........................................................................................................................................................................Mantle Plume
Panache (manteau) / Pluma del manto / Mantel-Plume / 地幔熱柱 / Плюмаж / Mantle plume /
Ascenção anormal de material rochoso quente dentro do manto terrestre que podem atingir os níveis superiores da litosfera. Como a parte superior das plumas do manto pode ser, parcialmente, fundida, muitos geocientistas pensam que elas são uma das causas dos pontos quentes (centros de vulcanismo), os quais podem formar grandes províncias de basaltos.
Ver: « Ponto Quente »
&
« Sima »
&
« Teoria da Tectónica das Placas »
Como ilustrado nesta figura, uma pluma mantélica é um fenómeno geológico que consiste na ascensão de um grande volume de magma desde as regiões mantélicas profundas até às regiões infracrustais da Terra. Este fenómeno é explicado por certos geocientistas como a influência da temperatura sobre a densidade do magma. O interior da Terra é muito quente devido ao constante decaimento radioactivo dos minerais aí existentes. O gradiente geotérmico, portanto, aponta no sentido do aumento da temperatura à medida que caminhamos para as profundezas do globo. Matematicamente, a densidade de um corpo é representada por uma relação entre sua massa e o volume ocupado: d = m/v, (onde d é densidade, m a massa e v o volume), o que explica a tendência de um corpo para se afundar ou flutuar relativamente a um meio de densidade constante, uma vez que a temperatura dilatando os corpos, aumenta-lhes o volume, o que implica uma diminuição da densidade, obrigando-o a flutuar. O contrário também é válido. À medida que a pluma mantélica se aproxima das regiões terrestres mais superficiais, a temperatura diminui, e a densidade do magma aumenta, visto que para a mesma quantidade de material, a massa é sempre a mesma. O magma desce de novo em direcção das profundezas do planeta. É este fenómeno que cria cria células de convecção do magma no manto, o que é utilizado para explicar o movimento relativa das placas litosféricas (Tectónica das Placas). De acordo com a teoria da Tectónica das Placas, a hipótese de uma diminuição do movimento das placas litoféricas, a qual pode estar associada com a formação de um supercontinente, parte do princípio de que sem células de convexão na astenosfera, o manto superior pode localmente, superaquecer-se. Estas áreas de superaquecimento do manto, próximo do limite manto-núcleo, começam a ascender, relativamente, às regiões vizinhas começando assim uma espécie de diapirismo que criar mais tarde as plumas mantélicas.
Polaridade (sensu lato)..................................................................................................................................................................................................................Polarity
Polarité (lato sensu) / Polaridad (sensu lato) / Polarität / 极性 / Полярность / Polarità /
Qualidade do que possui sentidos opostos, como, as falhas, progradações, etc. Sinónimo de Vergência.
Ver: « Vergência »
&
« Falha »
&
« Progradação »
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do onshore da ilha de Sumatra (Indonésia), as falhas têm uma polaridade oposta, quer isto dizer, que elas inclinam em sentidos contrários. Originalmente, estas falhas eram normais e desenvolveram-se durante a fase de rifting (alongamento) da bacia interna ao arco do sul da ilha de Sumatra. Mais tarde, durante a fase de subsidência térmica, algumas delas foram reactivadas como falhas inversas, o que criou inversões tectónicas bem marcadas nesta linha. Esta tentativa de interpretação sugere a seguinte história geológica: (i) Em associação com a zona de subducção do tipo-B localizada a oeste da ilha de Sumatra, a crusta continental da placa litosférica cavalgante foi alongada por falhas normais com vergência ou polaridade oposta ; (ii) As falhas normais criaram bacias de tipo rifte, isto é demigrabens, que foram preenchidos, em grande parte, por rochas lacustres ricas em matéria orgânica (rochas mãe potenciais) ; (iii) A subsidência diferencial, que está na origem da formação das bacias de tipo-rifte, produziu (causa ou efeito) uma subida das isotérmicas (anomalia térmica) ; (iv) Mais tarde, as isotérmica aprofundaram-se e restabeleceram um equilíbrio térmico, o que quer dizer, que a subsidência diferencial foi substituída por uma subsidência térmica ; (v) A subsidência térmica em associação com a eustasia (variações globais do nível do mar) criam, por cima da crusta continental e das bacias de tipo-rifte, uma bacia tipo cratónico (fase de subsidência térmica da bacia interna ao arco) ; (vi) Esta bacia é preenchida por sedimentos marinhos, durante o episódio basal transgressivo, e por sedimentos, sobretudo, não marinhos, durante o episódio regressivo superior ; (vii) Os intervalos sedimentares com características petrofísicas de rochas reservatório (recifes e arenitos) e as rochas de cobertura (argilitos) depositaram-se, sobretudo, durante a fase de subsidência térmica ; (viii) Como esta bacia está localizada dentro da megassutura Meso-Cenozóica (contexto tectónico globalmente compressivo), a partir de certa altura, os sedimentos foram encurtados e as antigas falhas normais jogaram como falhas inversas, o que produziu magnificas inversões tectónicas, nas quais os pontos estruturais baixos tornam-se pontos altos e os altos, baixos, como ilustrado acima.
Polaridade (sísmica)...........................................................................................................................................................................................Seismic Polarity
Polarité (sismique) / Polaridad (sísmica) / Polarität (seismische) / 极性(地震) / Полярность (сейсмическая) / Polarità (sismica) /
Representação gráfica da amplitude, para a esquerda ou direita, em relação ao eixo do traço de uma reflexão sísmica. Na representação dos dados sísmicos, a escolha dos parâmetros que controlam a reprodução do traço de interpolação é critica para o aspecto final das linhas e sua interpretação. O método mais simples é o de ilustrar os dados num traço ondulante, onde a distância em relação ao eixo do traço, representa a amplitude da reflexão. A polaridade é dada pelo sentido da representação da amplitude em relação ao eixo (vertical) do traço, para a direita ou esquerda.
Ver: « Reflexão Sísmica »
&
« Impedância (acústica) »
&
« Amplitude (reflexão sísmica) »
A maneira mais simples de representar os dados sísmicos num perfil é de os ilustrar por traços ondulantes para a direita ou para a esquerda de uma linha central de base. Cada traço representa a amplitude da reflexão, que, evidentemente, varia em profundidade. Os deslocamentos da amplitude para a direita ou esquerda a partir da linha de base representam a polaridade. Segunda a convenção da SEG (Sociedade Europeia de Geofísica), uma reflexão com uma polaridade positiva (fraca impedância acústica acima duma forte impedância) é representada por uma deflexão para a direita da linha de base, a qual é colorida em preto. Uma reflexão com uma polaridade negativa (forte impedância acústica acima de uma fraca impedância) é representada por uma deflexão para a esquerda e colorida em branco. Existem várias alternativas à representação do traço ondulante, mas elas são pouco utilizadas, embora algumas apresentem certas vantagens. Numa representação com área variável, não há continuidade nos traços, mas a amplitude dos valores é mostrada e é, geralmente, colorida em preto (convecção SEG). Numa representação com densidade variável, as variações da amplitude das reflexões são sublinhadas por tonalidades ou colorações diferentes. A área variável pode combinar-se com o traço ondulante. Também a densidade variável pode combinar-se com o traço ondulante. Cada representação tem as suas vantagens e os seus inconvenientes. Uma combinação das diferentes representações é, por vezes, utilizada em estudos de detalhe e, sobretudo, quando o interpretador está interessado nos atributos das reflexões, os quais podem dar indicações sobre as características petrofísicas das rochas reservatório, isto é, sobre a porosidade, permeabilidade, mas também sobre a extensão e presença de hidrocarbonetos.
Polaridade Inversa (magnetismo).....................................................................................................................................Reverse Polarity
Polarité inverse (magnétisme) / Polaridad inversa (magnetismo) / Verpolung (magnetisch) / 极性反向(磁) / Полярности (магнитный) / Polarità inversa (magnetismo) /
Intervalo de tempo geológico durante o qual, no passado, um agulha magnética apontava para o pólo sul, isto é, um intervalo de tempo com uma polaridade do campo magnético terrestre diferente e oposta ao da de hoje.
Ver: « Magnetismo »
&
« Migração Polar »
&
« Datação Radiométrica »
A posição do campo magnético terrestre muda com o tempo. Actualmente, o pólo magnético norte está próximo do Pólo Norte da Terra, uma condição geológica, que é chamada de polaridade normal. Os períodos de tempo durante os quais o pólo norte magnético estava localizado perto do Pólo Sul da Terra chamam-se períodos de polaridade inversa. A determinação das diferentes polaridades é possível uma vez que quando as lavas se solidificam, nas dorsais oceânica médias, os minerais que contém ferro orientam-se segundo o campo magnético terrestre, quer isto dizer, que eles registam, por assim dizer, a orientação do campo magnético terrestre no momento em que se solidificam. De maneira errática, mais ou menos, todos os 500 ky, o campo magnético terrestre muda de polaridade, gastando talvez alguns milhares de anos para desaparece e reaparecer num direcção oposta. Em associação com a expansão oceânica, a partir das dorsais médias, formaram-se bandas de crusta com magnetização diferente, como indicado no esquema ilustrado nesta figura. Este facto, permitiu aos geocientistas de estabelecer uma estratigrafia magnética baseada nas épocas de polaridade normal e inversa. Em sobreposição às grandes épocas magnéticas existem pequenos períodos de polaridade inversa, conhecidos como, eventos magnéticos, que podem durar entre alguns milhares de anos e 200 ky. As rochas que, actualmente, se formam na crista das dorsais oceânicas médias são, normalmente, magnetizadas, uma vez que elas se solidificam durante a presente polaridade magnética, que é considerada normal. Contudo, não esqueça, que as rochas magnetizadas, correspondentes à época magnética que ocorreu à cerca de um milhão de anos, foram deslocadas de uma certa distância da dorsal. Se a expansão oceânica foi de 2 centímetros por ano, essas rochas estarão hoje cerca de 20 km de cada lado da dorsal, ou a 40 km se a expansão oceânica for de 4 centímetros por ano. Utilizando este princípio, os geocientistas determinaram que a taxa de expansão oceânica mais forte é na parte Este do Oceano Pacífico, onde ela é cerca de 10/12 cm por ano, enquanto que no Atlântico ela é apenas de 2 cm por ano.
Polaridade Magnética...............................................................................................................................................................Polarity magnetic
Polarité magnétique / Polaridad magnética / Magnetische Polarität / 磁极 / Магнитная полярность / Polarità magnetica/
Orientação do campo magnético terrestre. A polaridade de uma certa época é o período de tempo durante o qual o campo magnético terrestre é orientado quer na direcção normal (direcção actual do campo magnético terrestre) ou na direcção inversa. A polaridade do campo magnético terrestre de um certa época é contrária a polaridade da época anterior.
Ver: « Magnetismo »
&
« Migração Polar »
&
« Datação Radiométrica »
A polaridade magnética é função da posição do pólo magnético terrestre em relação ao Pólo Norte da Terra. Quando o Pólo Norte do campo magnético terrestre está próximo do Pólo Norte da Terra, como acontece actualmente, diz-se que a polaridade magnética é normal. Ao longo da história geológica, isto não foi sempre o caso. Muitas vezes, é o Pólo Sul do campo magnético terrestre que se encontra perto do Pólo Norte da Terra. Neste caso, diz-se que a polaridade magnética é inversa. Pode dizer-se que uma polaridade magnética inversa é uma mudança do campo magnético terrestre para uma polaridade oposta. Esta mudanças ocorrem ao longo da história geológica em períodos de tempo, mais ou menos, irregulares. O que para os geocientistas é mais interessante é que as polaridades magnéticas inversas podem ser preservadas em sucessões de rochas magnetizadas e assim podem ser comparadas com escalas de mudança dos padrões de polaridade, o que permite de determinar as idades geológicas, mais prováveis, das rochas. Como ilustrado no esquema representado acima, as rochas formadas nas dorsais oceânicas médias conservam a polaridade do campo magnético terrestre do momento em que elas se solidificam. Certas bandas têm uma polaridade normal e outras inversas, o que permite não só de determinar as diferentes idades das cristas oceânicas, mas também de determinar a taxa de expansão oceânica. Foi assim que os geocientistas constataram que a maior taxa de expansão oceânica ocorre no este do Oceano Pacífico (cerca de 12 cm por ano) e que no Oceano Atlântico, ela é, unicamente, de 2 cm por ano. Isto quer dizer, que a taxa de expansão no Atlântico é, mais ou menos, a taxa de crescimento das unhas da mão. Uma expansão oceânica de 2 cm por ano, implica que as rochas da crusta oceânica que se formaram à 1 milhão de anos atrás se encontram actualmente a cerca de 20 km de cada lado da dorsal, onde elas se formaram.
Polímero................................................................................................................................................................................................................................................................Polymer
Polymère / Polímero / Polymer / 聚合物 / Полимер / Polimero /
Macromolécula composta por uma repetição de unidades estruturais, normalmente, conectadas por ligações químicas covalentes.
Ver: « Matéria Orgânica (tipos) »
&
« Átomo »
&
« Vírus »
Um polímero é uma molécula grande, isto é, uma macromolécula, composta por uma repetição de unidades estruturais. Estas subunidades são, normalmente, ligadas por ligações químicas covalentes. Embora o termo polímero, às vezes, seja utilizado para designar os plásticos, na realidade, ele abrange uma ampla classe de materiais naturais e sintéticos com uma grande variedade de propriedades. Polímeros naturais poliméricos, tais como goma-laca, âmbar e da borracha natural têm sido utilizados desde há séculos. Uma variedade de outros polímeros naturais existente, como a celulose, que é o principal constituinte da madeira e do papel. A lista dos polímeros sintéticos inclui borracha sintética, a baquelita, neoprene, nylon, poliestireno, polietileno, polipropileno, silicone etc. As propriedades dos polímeros são, grosseiramente, divididas em várias categorias com base na escala à qual a propriedade é definida, bem como sobre a sua base física. A propriedade mais básica de um polímero é a identidade de seus monómeros constituintes (pequena molécula que pode ligar-se a outros monómeros formando moléculas maiores denominadas polímeros ; exemplos de monómeros são os hidrocarbonetos, derivados do petróleo, do tipo alcanos e alcenos). Um segundo conjunto de propriedades, conhecida como microestrutura, essencialmente, descreve o arranjo destes monómeros dentro do polímero na escala de uma única cadeia. Estas propriedades estruturais básicas desempenham um papel importante na determinação do conjunto das propriedades físicas do polímero, as quais descrevem como o polímero se comporta como um material macroscópico contínuo. Propriedades químicas, à escala nanométrica, descrevem como as cadeias de interactuam através várias forças físicas. À macroescala, essas propriedades descrevem como é que o polímero interage com outros produtos químicos e solventes. Existem três principais classes de biopolímeros: (i) Polissacarídos ; (ii) Polipeptídeos e (iii) Polinucleotídos. Nas células vivas, eles podem ser sintetizados por processos mediados por enzimas, como a formação de DNA catalisada pela DNA polimerizada.
Polipeiro...........................................................................................................................................................................................................................................................................Polyp
Polypier/ Polipero / Polypen / 息肉 / Колония полипов / Polipo /
Construção biogénica feita por coalescência dos esqueletos externos dos corais que vivem em colónias. Animal ou colónia animal formada pela reunião de pólipos.
Ver: « Bentos »
&
« Animal (reino) »
&
« Coral »
Um pólipo é uma das duas forma encontrados no filo cnidária, a outra é a medusa. Os polipeiros são, praticamente, cilíndricos, alongados ao longo do corpo. Nos polipeiros isolados, a extremidade inferior está ligada ao substrato, enquanto que nas colónias, ela esta ligada a outros polipeiros quer directa quer indirectamente. A extremidade superior que contém a boca está cerca de tentáculos. Os pólipos são corais coloniais, e a maioria deles é, extremamente, resistente, tornando-os candidatos ideais para o aquarista iniciante. Todos os pólipos contêm algas simbióticas e requerem uma iluminação de moderada a forte. Alguns pólipos, como os pólipos botão, beneficiam, também de alimentos como o camarão de água salgada ou plâncton. A maioria dos corais consiste de muitos pequenos pólipos que vivem juntos num grande grupo ou numa colónia. Um pólipo simples tem um corpo em forma de tubo com uma boca rodeada por tentáculos. Os pólipos de corais duros produzem um esqueleto rochoso de carbonato de cálcio debaixo e à volta da sua base. Muitas vezes o esqueleto forma uma estrutura em forma de taça, na qual vive o pólipo. Quando alimentados, especialmente, durante a noite, os pólipos estendem os seus tentáculos para recolher alimentos. Durante o dia, ou quando se sentem ameaçados, os pólipos encolhem os tentáculos nos tubos de protecção. Os tentáculos possuem pequenas células urticantes chamadas nematocistos, que podem disparar lanças de veneno em animais de pequeno porte à deriva. Estes animais (zooplâncton, isto é, pequenos animais, ou as larvas de animais de maior porte, que derivam no mar) são utilizados como alimento e são introduzidos na boca pelos tentáculos. Unicamente alguns corais, como os corais de fogo (na verdade hidróides, isto é, cnidários pertencentes às subclasses Anthoathecata e Leptothecata, duas das oito subclasses da classe Hydrozoa), têm células urticantes, que são, suficientemente, poderosas para afectar o homem. Além de capturar os alimento à deriva nas correntes de água, os pólipos obtém alimentos das partir das células de plantas pequenas (chamadas zooxantelas) que vivem dentro de seus tecidos. As células das plantas usam a luz solar e nutrientes da água do mar para produzir alimentos, que são compartilhado com o coral.
Polje ...............................................................................................................................................................................................................................................................................................Polje
Polje / Polje / Polje / 科索沃波列(喀斯特) / Полье / Polje (Carso) /
Grande depressão cársica fechada, caracterizada por ter o fundo plano, unindo-se, de maneira angular, com as vertentes, as quais são, geralmente, abruptas. A sua drenagem é subterrânea. Pode permanecer seco, ser atravessado por um curso de água, ou ser inundado permanente ou temporariamente (Fink, 1973).
Ver: « Carso »
&
« Carsificação »
&
« Dolina »
Como ilustrado nesta figura, um polje é uma depressão fechada ou aberta no carso, com dimensões consideráveis e vertentes com um declive acentuado e abruptas, com o fundo, geralmente, plano e coberto de terra rossa e aluviões. A bacia de recepção tem uma drenagem endorreica e centrípeta. Os polja (plural de poljes) podem permanecer secos, ser atravessados por um curso de água ou serem inundados permanente ou temporariamente. Com a subida do nível freático, eles podem ser alimentados por exsurgências ou por pornors (aberturas naturais em áreas cársicas que comunicam com uma rede de galerias que podem servir de sumidouro ou exsurgência consoante o nível freático), que podem funcionar como sumidouros quando este volta a baixar. Por vezes têm hums (relevo residual de calcário que se ergue numa superfície de corrosão cársica, que pode apresentar formas variadas, em geral piramidais, com cume agudo ou plano, forma maciça ou arredondada), que são uma forma de relevo rochoso abrupto, isolado e disperso no interior dos poljes. Um polje, em geral, é uma depressão fechada podendo ter cerca de 3 km de largura e 10 km de comprimento. Trata-se de planícies de calcário, que começaram a deteriorar-se no Terciário, quando o clima era quente e húmido e havia muita água com uma vegetação abundante e uma grande quantidade de CO2 devido à decomposição. Assim, certamente, houve uma carbonatação, uma vez que a água estava acidificada pelo CO2 da atmosfera. Estas condições, que provocaram uma actividade, mais ou menos importante, função da região do globo considerada, produziram uma dissolução total do calcário por combinação de carbono da água e do cálcio das rochas, formando uma solução da água carregada de cálcio e gás carbónico. Os poja estão ligados aos aquíferos por condutas naturais. Estas ressurgências (lugares onde as correntes de água subterrânea reaparecem à superfície do terreno depois de ter desaparecido a montante do lençol freático) originam cursos de água ou inundações das depressões associadas.
Ponto de Abundância Máxima de Fauna (diagrafias)...........................................Maximum Faunal Abundance
Pic d'abondance maximale de la faune / Pico de abundancia máxima de fauna (Logging) / Maximaler Spitzenstrom reiche Tierwelt (Logging) / 最大动物区系的丰度峰值(记录)/ Максимальный пик обилия диких животных / Picco di massima abbondanza di fauna selvatica (logging) /
Nos registos eléctricos, o ponto de abundância máxima da fauna corresponde ao ponto, onde a diagrafia de resistividade é mais baixa e onde o raio gamma é mais forte. Este ponto sublinha, em geral, a superfície basal de progradação que fossiliza um intervalo transgressivo de um ciclo-sequência. Como este ponto corresponde à abundância máxima da fauna, é evidente que a idade do pico de transgressões sedimentares (conjunto de ingressões marinhas e regressões cada vez mais pequenas) é mais fácil de determinar do que a discordância de base de um ciclo-sequência (mais ou menos a idade dos cones submarinos da bacia associados).
Ver: « Ciclo Sequência »
&
« Intervalo Transgressivo »
&
« Superfície de Inundação Máxima »
Estas diagrafias (Raio Gama e Resistividade) ilustram a base de um ciclo estratigráfico dito ciclo sequência, induzido por um ciclo eustático de duração entre 0,5 My e 3-5 My (ciclo eustático de 3a ordem), que foi atravessado por um poço de pesquisa, localizado, ligeiramente, a montante do rebordo da bacia do ciclo sequência precedente. Isto quer dizer, que o poço de pesquisa reconheceu, no ciclo sequência considerado, apenas os cortejos sedimentares do grupo de cortejos sedimentares de nível alto (CNA). Isto quer dizer que o poço de pesquisa, reconheceu, unicamente, no ciclo-sequência considerado, o subgrupo inferior ou seja, o intervalo transgressivo (IT), que certos autores chamam, de maneira pouco correcta cortejo transgressivo, e subgrupo superior, quer isto dizer, o prisma de nível alto (PNA). O limite inferior do intervalo transgressivo (IT) é, uma superfície de ravinamento (1a superfície transgressiva), mas em certas condições, como neste caso particular, a superfície de inundação pode fossilizar e, assim coincidir, com a discordância inferior do ciclo sequência (quando o ciclo-sequência é incompleto e o grupo de cortejos de nível baixo não se depositou, ou num corte a montante do rebordo da bacia). O limite superior do intervalo transgressivo (IT) é a superfície de inundação máxima*, a qual é fossilizada pelas progradações do prisma de nível alto (PNA) sobrejacente. Ela marca um hiato de deposição, quase nulo a montante, no início do prisma de nível alto (PNA), mas que aumenta, consideravelmente, em direcção do mar, ou seja, na parte distal da plataforma continental, onde se desenvolve uma secção estratigráfica condensada. Nas diagrafias eléctricas e, em particular, na diagrafia do raio gama, o limite superior do intervalo transgressivo corresponde ao horizonte mais radioactivo. De facto, a interface entre o intervalo transgressivo (IT) e o prisma de nível alto (PNA), sendo caracterizada por um largo hiato de sem deposição, ela é, em geral, muito rica em matéria orgânica. É com este tipo de interface que as rochas-mãe marinhas estão, muitas vezes associadas. Na diagrafia de resistividade, este horizonte é sublinhado por uma fraca resistividade, com ilustrado nesta figura. Tendo em linha de conta, o contexto estratigráfico, o importante hiato de sem deposição e a quantidade de matéria orgânica que existe entre o intervalo transgressivo e o prisma de nível alto, é evidente que este limite corresponde a um pico de fauna. Este limite, entre a episódio transgressivo (intervalo transgressivo, IT) e o episódio regressivo sobrejacente (prisma de nível alto, PNA) é, relativamente, fácil de datar, o que não é o caso das discordâncias (superfícies de erosão) que limitam, inferior e superiormente, um ciclo-sequência. Antes do advento da estratigrafia sequencial, a grande maioria das discordância eram datadas, aproximadamente, a partir do estudo dos fósseis depositados ao longo da superfície de base das progradações, isto é, da idade da superfície máxima de transgressão. A idade de uma discordância é dada pela idade dos cones submarinos de bacia (CSB) induzidos pela descida significativa do nível do mar relativo (nível do mar, local, referenciado a qualquer ponto da superfície terrestre que pode ser a base dos sedimentos, ou seja o topo da crusta continental ou o fundo mar, e que é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático, que é referenciado ao centro da Terra ou a um satélite e da tectónica) que causou a discordância, a qual enfatiza o hiato mínimo entre os dois ciclos-sequência, que a descida do nível do mar relativo ou as suas paraconformidades correlativas separam e não pela idade da superfície de máxima ingressão marinha como ela era, e é ainda, muitas vezes, incorrectamente determinada. Geometricamente, na diagrafia do raio gama, o intervalo transgressivo (IT), colorido em verde (cor da glauconite que é muito frequente nos intervalos transgressivos) é sublinhado por um morfologia estrato e decrescente para cima (sequência diagráfica negativa), enquanto que o prisma de nível alto (PNA), colorido em laranja, é caracterizado por uma morfologia estrato crescente para cima (sequência diagráfica positiva).
(*) Limite entre as ingressões marinhas em aceleração, isto é, cada vez mais importantes, e as ingressões marinhas em desaceleração, ou seja, cada vez menos importantes ou dito de outra maneira limite entre o intervalo sísmico retrogradante (intervalo transgressivo, IT) e o intervalo sísmico progradante (prisma de nível alto, PNA).
Ponto Antinodal (onda)..........................................................................................................................................................................Antinodal Point
Point antinodal (onde) / Punto antinodal (onda) / Schwingungsbauchzone Punkt (Welle) / Antinodal 点(波) / Пучность (волна) / Punto antinodal (onda) /
Ponto onde as ondas interferem de maneira construtiva, isto é, o ponto numa onda estacionária onde o movimento vertical é o maior e a velocidade horizontal é a mais pequena.
Ver: « Onda »
&
« Crista (de onda) »
&
« Cava (de onda) »
Na em física, como ilustrado nesta figura, um ponto antinodal é o ponto no qual a amplitude de um dos dois deslocamentos numa onda estacionária tem o valor máximo. Geralmente, o outro tipo de deslocamento tem o seu valor mínimo neste momento. Uma onda é uma perturbação que se propaga através do espaço e do tempo, transferindo energia. Uma onda estacionária é uma combinação de duas ondas que se movem em direcções opostas, cada uma com a mesma amplitude e frequência, o que implica uma interferência, isto é, quando as ondas se sobrepõem, as suas energias são adicionados ou canceladas (a vibração de uma corda amarrada numa das extremidade produz uma onda estacionária, ou seja, um padrão caracterizado por sítios, os nodos, onde não há movimento). No caso das ondas que se deslocam na mesma direcção, a interferência produz uma de onda de deslocamento (quando a onda parece viajar através de um meio, isto é quando uma crista é seguida por uma cava que por sua vez é seguido por outra crista e assim de seguida). Ao contrário, quando as ondas que se deslocam em sentido oposto, a interferência produz uma onda de oscilação fixa no espaço. Esta figura ilustra o padrão resultante da propagação de ondas de água através da superfície de um corpo de água. As ondas propagam-se a partir das fontes de vibração, formando uma série de círculos concêntricos em torno de cada fonte. As linhas mais espessas representam as cristas das ondas e as linhas finas representam as cavas das ondas. As cristas e as cavas das duas fontes interferem umas com as outras a um ritmo, mais ou menos, regular produzindo nós e antinós ao longo da superfície da água. As posições nodais são localizadas onde a água não é perturbada, enquanto que as posições antinodal são locais onde a água sofre uma máximo de distúrbios acima e abaixo do nível da água nas regiões vizinhas. Uma das características do padrão de interferência dois pontos fonte é que as posições antinodais e nodais se dispõem em linhas distintas. Cada linha pode ser descrita como uma hipérbole e a separação espacial entre as linhas antinodais e nodais está relacionado ao comprimento de onda das ondas.
Ponto de Compensação (profundidade)...............................................................Compensation Point, Compensation Depth
Point de compensation (phytoplancton) / Punto de compensación (fitoplancton) / Kompensation Punkt / 补偿点 / Компенсированная точка / Punto di compensazione /
Ponto na coluna de água do oceano (profundidade) onde o consumo e produção de oxigénio se compensam, isto é, a profundidade máxima à qual o fitoplâncton (que produz oxigénio) pode existir. O ponto de compensação corresponde, normalmente, à base da zona eufótica.
Ver: « Fitoplâncton »
&
« Zona Eufótica »
&
« Fotossíntese »
Como ilustrado nesta figura, o ponto de compensação, que depende de vários factores, é o valor da intensidade luminosa, no perfil da luz, no qual a taxa de fotossíntese coincide, exactamente, com a taxa de respiração do fitoplâncton. Neste ponto, a absorção de CO2 via os processos fotossintéticos é, exactamente, igual à libertação de dióxido de carbono pela respiração e a absorção de O2 pela respiração é, exactamente, igual à libertação fotossintética de oxigénio. No processo de fotossíntese, é evidente que o dióxido de carbono, água e luz são os reagentes, enquanto glucose e oxigénio são os produtos. Isto é igual para a respiração, mas em sentido inverso. A diferença entre a respiração e a fotossíntese é que para a fotossíntese a luz do sol é importante, enquanto que para a respiração ela não é necessária Na escuridão, as folhas das árvores, em vez de fotossintetizarem respiram utilizando o oxigénio ao mesmo tempo que elas liberam dióxido de carbono. Ao amanhecer e ao entardecer, quando a luz está presente, mas com fraca intensidade, o oxigénio da fotossíntese é libertado em pequena quantidade, ao mesmo tempo, a respiração também ocorre nas folhas e outras células metabolizantes das plantas. Os principais factores que afectam a produtividade fotossintética são: (i) A disponibilidade de nutrientes, tais como nitratos, fosfatos, ferro, etc., e (ii) A quantidade de luz solar, a qual varia, diariamente, e com as estações (no oceano, em geral, abaixo de 100 metros de profundidade a luz do sol é insuficiente para a fotossíntese). A síntese de material orgânico proveniente de substâncias inorgânicas é a produtividade primária. Esta produtividade é medida em gramas de carbono da matéria orgânica por metro quadrado de superfície do oceano por ano, ou, mais simplesmente: gC/m2/ano. Estudos recentes sugerem que a produtividade total do oceano é entre 75 gC/m2/yr e 150 gC/m2/yr. A profundidade de ponto de compensação não é fixa. Ela varia de um lugar para outro e, no mesmo lugar, ela varia com as horas do dia.
Ponto de Condensação (orvalho).........................................................................................................................................................Dew Point
Point de (point de rosée) / Punto de condensación / Taupunkt / 露点 / Точка росы (температура конденсации) / Punto di rugiada /
Temperatura à qual uma determinada quantidade de ar deve ser arrefecida, a pressão barométrica constante, para que o vapor de água se condense em água. O ponto de condensação, que corresponde à temperatura de formação do orvalho, é um ponto de saturação.
Ver: « Atmosfera »
&
« Condensação (sedimentar) »
&
« Nuvem »
A uma determinada pressão barométrica, o ponto de condensação (formação do orvalho) indica a fracção molar de vapor de água no ar, isto é, ele determina a humidade específica do ar (relação do vapor de água no ar, incluindo vapor de água e ar seco, numa massa particular). A fracção molar pode ser expressa de duas maneiras: (i) Fracção molar do soluto, isto é, relação entre o número de moles do soluto e o número de moles da solução e (ii) Fracção molar do solvente, isto é, a relação entre o número de moles do solvente e o número de moles da solução. Se a temperatura subir sem alterar a fracção molar, o ponto condensação permanecerá inalterado, mas a humidade relativa desce em conformidade e a água continua a condensar-se à mesma temperatura. Um aumento da fracção molar, isto é, quando o ar se torna mais húmido, aumenta a humidade relativa (quantidade de vapor de água que existe em uma mistura gasosa de ar e de vapor de água) do ar para para o seu valor inicial. Diminuindo a fracção molar (ar menos húmido) depois da temperatura descer traz a humidade relativa para o seu nível inicial. A mesma humidade relativa num dia em que a temperatura é de 27° C e num dia em que ela é de 38° C implica que o ar no dia mais quente tem mais de vapor de água do que no dia frio, isto é, que o ponto de condensação é mais alto. A uma determinada temperatura e, independentemente, da pressão, o ponto de condensação indica a humidade absoluta do ar (quantidade de água num determinado volume de ar). Se a temperatura subir sem alterar a humidade absoluta, o ponto de compensação vai subir em conformidade e a água condensa a uma pressão mais elevada. Reduzindo a humidade absoluta o ponto de condensação volta ao valor inicial. Aumentando a humidade absoluta depois da descida de temperatura, o ponto de condensação volta para seu nível inicial. Se o ponto de condensação e temperatura em Lisboa e Vila Real, for o mesmo, isso significa que a massa de vapor de água por metro cúbico de ar também será o mesmo em ambas as cidades.
Ponto de Curie (temperatura de Curie)..........................................................................................................................................Curie's Point
Point de Curie (temperatura de Curie) / Punto de Curie / Curie-Temperatur / 居里点 / Точка Кюри (температура фазового перехода второго рода) / Punto di Curie /
Temperatura acima da qual um material ferromagnético (material atraído por um íman) ou piezoeléctrico (que pode criar um campo eléctrico) torna-se paramagnético. Sinónimo de Temperatura de Curie.
Ver: « Magnetismo »
&
« Magnetostratigrafia »
&
« Polaridade Magnética »
Um íman, quando aquecido, perde as suas propriedades magnéticas, uma vez que o calor provoca um desarranjo na disposição das suas partículas. Acima de uma determinada temperatura os condutores perdem suas propriedades magnéticas. Esta temperatura, que é constante para cada substância, é denominada temperatura de Curie ou Ponto de Curie. Nesta temperatura os materiais perdem suas propriedades ferromagnéticas. Esta transição é reversível através do resfriamento do material. Como exemplos de temperatura de Curie podemos citar 770° C para o ferro, 1075° C para o cobalto, 365° C para o níquel, etc. Ao contrario de um material ferromagnético, um paramagnético, que é atraído por um campo magnético, não conserva a magnetização na ausência de um campo magnético exterior. Abaixo da temperatura Curie, os momentos magnéticos estão alinhados em paralelo dentro de domínios magnéticos em materiais ferromagnéticos e de maneira antiparalela em materiais ferromagnéticos (momentos magnéticos dos átomos têm uma direcção oposta). Acima do ponto de Curie, um material ferromagnético torna-se paramagnético e assim os momentos magnéticos estão numa desordem total. Nesta figura está ilustrado um corte geológico típico de uma dorsal médio-oceânica. A temperatura da dorsal aumenta, geralmente, com a profundidade. Contudo, as paredes das fissuras numa dorsal médio-oceânica são, normalmente, refrigerados pela água fria que circula para baixo e para fora delas por convecção natural. Depois de vários milhares de anos de resfriamento, uma linha de temperatura correspondente ao ponto de Curie forma-se, perpendicularmente, a dorsal, como ilustrado neste esquema (linha tracejada). Quando um partícula da rocha arrefece, por exemplo, de 579° C para 577° C, ela toma o magnetismo do campo magnético da Terra nesse ponto, o que implica que o material mais magnetizado deve está perto das fracturas, enquanto que o material acima da temperatura de Curie não é magnetizada. Eles formam anomalias magnéticas, perpendicularmente, à dorsal ao longo da zonas de fractura, à medida da expansão dos fundos oceânicos.
Ponto de Desvio................................................................................................................................................................................Point of overbanking
Point de déviation / Punto de desvío / Ablenkpunkt / 偏转点 / Точка отклонения / Punto di deflessione /
Ponto onde a parte mais diluída de uma corrente turbidítica escapa por cima de um confinamento topográfico para depositar uma parte do material argiloso que ela transportava nas áreas mais baixas entre depósitos de transbordo (entre as "asas de gaivota") dos cones submarinos de talude. Quanto mais correntes turbidíticas de escape se formam, mais a corrente principal se torna rica em areia e mais arenosos serão os lóbulos terminais.
Ver: «Corrente de Escape
Ponto de Equilíbrio.........................................................................,.................................................................................................Equilibrium Point
Point d'équilibre / Punto de equilibrio / Gleichgewichtspunkt / 平衡点 / Точка равновесия / Punto di equilibrio /
Ponto de uma superfície de deposição onde a taxa da variação eustática e da subsidência são iguais e compensam os seus efeitos. O ponto de equilíbrio separa uma área sujeitada a uma descida do nível de mar relativo de outra, a jusante, sujeita a uma subida do nível do mar relativo.
Ver: « Variação do Nível do Mar Relativo »
&
« Eustasia »
&
« Subsidência »
Posamentier e Vail (1988) definiram o ponto de equilíbrio como o ponto de uma margem divergente no qual a variação do espaço disponível para os sedimentos (acomodação), induzido pela tectónica (subsidência quando os sedimentos são alargados por um regime tectónico extensivo predominante) e pela subida do nível do mar absoluto ou eustático se compensam, o que quer dizer, que nesse ponto o nível do mar relativo é estável. Afim de evita confusões, lembramos que o nível do mar pode ser absoluto ou eustático e relativo. O nível do mar eustático ou absoluto é global e referenciado ao centro da Terra ou a um satélite. O nível do mar relativo é local e referenciado à base dos sedimentos (topo da crusta continental) ou a qualquer outro ponto da superfície terrestre, como por exemplo o fundo do mar. O nível do mar absoluto ou eustático é função da: (i) Tectonicoeustasia que é controlada pela variação do volume das bacias oceânicas ; (ii) Glacioeustasia, que é controlada pela variação de volume de água dos oceanos função da quantidade de gelo ; (iii) Geoidaleustasia que é controlada pela distribuição da água dos oceanos causada pelas variações do campo da gravidade terrestre e (iv) Dilatação térmica dos oceanos ou aumento estérico do nível do mar (se a temperatura dos oceanos aumenta, a densidade da água diminui e, para uma massa constante, o volume aumenta). O nível do mar relativo é o resultado da acção combinada do nível do mar absoluto ou eustático e da tectónica (levantamento do fundo do mar quando o regime tectónico predominante é em compressão ou subsidência quando o regime tectónico predominante é em extensão. À medida que o nível do mar relativo sobe ou desce, o ponto de equilíbrio desloca-se, respectivamente, para o continente ou para o mar. A montante do ponto de equilíbrio, o espaço disponível para os sedimentos diminui e há erosão, enquanto que a jusante do ponto de equilíbrio, o espaço disponível aumenta e, por conseguinte, há deposição. Os blocos diagramas ilustrados nesta figura, enfatizam a resposta da linha de baía e ambientes costeiros ao deslocamento do ponto de equilíbrio quando o nível do mar relativo varia. Se o nível do mar relativo desce mas não, suficientemente, para que as condições geológicas mudem para condições de nível baixo, o ponto de equilíbrio desloca-se para jusante. Pode acontecer, que a certa altura, o ponto de equilíbrio se aproxime da linha de baía e coincida mesmo com ela. Em tais condições, o ponto de equilíbrio estabelecerá o limite entre os depósitos fluviais e a planície costeira, onde as variações do nível do mar relativo controlam o espaço disponível para os sedimentos. Neste modelo, com o qual nem todos os geocientistas estão de acordo, a linha de baía marca sempre o limite entre a planície aluvial e costeira, quer isto dizer, que é a partir da linha de baía, que o perfil de equilíbrio provisório dos rios se torna, mais ou menos, horizontal, ou, por outras palavras, é a partir da linha de baía que a capacidade de carga dos rios diminui e que eles começam a depositar. É com este conceito, que certos geocientistas não estão de acordo, uma vez que para eles a perda de carga dos rios faz-se, principalmente, na desembocadura dos rios e não na linha de baía. Posamentier e Vail (1988) pensam que a deposição deltaica ocorre quando uma corrente encontra um corpo de água, quase imóvel, e a sua velocidade diminui quase instantaneamente: (i) A planície costeira forma-se por processos de progradação do fundo do mar, mais do que por exumação ; (ii) Os sedimentos que se acumulam na planície costeira durante a progradação da linha da costa constroem o que eles chamaram "prisma costeiro", o qual inclui depósitos fluviais e de água pouco profunda ; (iii) O prisma costeiro, que tem a forma de cunha, prolonga-se para o continente por biséis de agradação costeiros sobre a topografia pré-existente ; (iv) O limite a montante do prisma costeiro é a linha da baía, que pode deslocar-se rio acima quando a progradação da linha da costa é acompanhada de agradação ; (v) A linha de baía é o limite entre a planície costeira e aluvial ; (vi) A montante da linha da baía, as variações relativas do nível do mar não têm nenhuma influência nos sistemas de deposição. Embora, a linha da baía possa, em casos muito particulares, possa coincidir com a linha que passa pelo ponto de equilíbrio, estes dois conceitos geológicos são muito diferentes.
Ponto de Inflexão (abrupto de praia)...........................................................................................Inflexion point (beach scarp)
Point d’inflexion (abrupt de la plage) / Punto de inflexión (escarpa de playa) / Wendepunkt (Strand Böschung) / 拐点 (海滩崖) / Точка перегиба (Откос пляжа, береговой уступ) / Punto di flesso (brusco dalla spiaggia) /
Abrupto de praia (escarpa de praia) entre a praia baixa e a praia média. É o limite, a jusante, da praia média.
Ver: «Abrupto de Praia»
Ponto de Inflexão (nível do mar)................................................................................................................................................Inflection Point
Point d'inflexion / Punto de inflexión / Wendepunkt / 拐点 / Точка перегиба / Punto di flesso /
Ponto no qual, uma curva ou arco, muda de côncavo para convexo ou vice versa. O ponto de inflexão de uma curva do nível do mar sinusóide é o lugar onde a taxa de descida, ou de subida, do nível do mar é ao seu valor máximo, isto é, onde a primeira derivada da curva é máxima. O limite de um ciclo-sequência é antes do ponto de inflexão de uma descida do nível relativo ou na pior das condições, no ponto de inflexão. Uma secção estratigráfica condensada forma-se antes ou no ponto de inflexão da curva de uma subida do nível do mar relativo.
Ver: « Variação do Nível do Mar Relativo »
&
« Eustasia »
&
« Taxa de Mudança do Nível do Mar Relativo »
Em matemática, e em particular, no cálculo diferencial, um ponto de inflexão ou simplesmente inflexão, é um ponto sobre uma curva na qual a curvatura (a segunda derivada*) troca o sinal. A curva muda de ter curvatura côncava para cima (positiva) para concavidade para baixo (curvatura negativa), ou vice-versa. De maneira metafórica que dizer-se que quando um geocientista, o campo, conduz o seu LandRover ao longo de um caminho sinuoso, o ponto de inflexão é aquele em que o volante é, momentaneamente, endireitado quando a curva muda da esquerda para a direita ou vice-versa. Nesta figura ilustrada está uma curva das variações do nível do mar relativo, que é o resultado da acção conjunta do nível do mar absoluto ou eustático (nível do mar global referenciado ao centro da Terra ou a um satélite e da tectónica (subsidência, quando os sedimentos são alargados ou levantamento, quando os sedimentos são encurtados). A subsidência é considerada linear, isto, ela aumenta, progressivamente, em direcção do mar. A curva das variações do nível do mar relativo pode ser considerada, sob o ponto de vista matemático, como uma onda sinusoidal que representa graficamente a função seno** e igualmente função em si, Assim, pode dizer-se que a função é crescente e côncava, em cada ponto, onde a 1a derivada e a 2a derivada são positivas. Quando a função é crescente e convexa, a 1a derivada é positiva, mas a segunda é negativa, isto quer dizer que a função cresce, mas menos rapidamente, a derivada da derivada muda de sinal). Quando a função é decrescente e côncava a 1a derivada é negativa, mas a segunda é positiva. Finalmente, quando a função é decrescente e convexa, a 1a e 2a derivadas são negativas. Os limites dos ciclos eustáticos e estratigráficos são limitados pelos pontos onde a taxa descida do nível do mar relativo é máxima (pontos onde a 1a derivada da curva é máxima (inclinação é máxima). Um ciclo estratigráfico dito ciclo sequência é limitado, mais ou menos, entre dois pontos de inflexão descendentes consecutivos da curva das variações relativas do mar. Estes pontos correspondem a duas descidas significativas do nível do mar relativo, que puseram o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia do ciclo sequência subjacente. Durante uma descida do nível do mar relativo, não só se forma uma superfície de erosão (discordância), mas depositam-se, igualmente, na parte profunda bacia, os cones submarinos de bacia (CSB) e os cones submarinos de talude (CST). Desde que a velocidade de descida do nível do mar relativo entra em desaceleração (sector debaixo do ponto de inflexão que é o ponto que tem uma derivada máxima da curva, ou seja, a tangente mais inclinada), começa a depositar-se o prisma de nível baixo (PNB). A deposição deste prisma (PNB) continua até que o nível relativo do mar comece a subir em aceleração (depois do ponto mais baixo da curva que é caracterizado por uma derivada nula, uma vez que a tangente à curva, nesse ponto, é horizontal). Quando o nível do mar começa a subir em aceleração, em geral, ocorre a primeira superfície de inundação da planície costeira do PNB), o que marca o início da deposição dos cortejos de nível alto (depósito do intervalo transgressivo - IT). O máximo da ingressão corresponde, mais ou menos, ao ponto de inflexão ascendente, o que sublinha o limite entre o intervalo transgressivo (IT) e o prisma de nível alto (PNA). Isto quer dizer, que o prisma de nível alto (PNA) deposita-se desde que a subida relativa do nível do mar entra, francamente, em desaceleração. Quando a descida do nível do mar relativo não é suficiente para que o nível relativo do mar desça mais baixo do que o rebordo da bacia, que agora é dado pelo rebordo da planície costeira do prisma de nível alto (PNA), deposita-se o prisma de bordadura da bacia (PBB), até que a taxa de descida do nível da mar relativo seja máxima (limite superior do ciclo). Actualmente, a grande maioria dos geocientistas que utilizam a estratigrafia sequencial não consideram mais o prisma de bordadura de bacia. Eles preferem utilizar o conceito de regressão forçada que é induzida pelo deslocamento para o mar da linha da costa em resposta à uma descida do nível do mar relativo, que ocorre durante as fases de descida do nível de base, quando o litoral é forçado a regredir pelo descida do nível base, independentemente, do acarreio sedimentar, o que desencadeia processos de erosão, nos ambientes sedimentares adjacentes a linha da costa tanto nos não marinhos e como nos marinhos de água pouco profunda.
(*) A derivada de segunda ordem de uma função, ou segunda derivada, representa a derivada da derivada desta função. Em símbolos, a derivada de segunda ordem pode ser representada por y’’ ou d2y /d2x , sendo y função de x. De forma grosseira, pode-se dizer que a derivada de segunda ordem de uma função mede a taxa de variação da própria variação desta função. Por exemplo, a derivada de segunda ordem da posição de um objecto em relação ao tempo é a aceleração instantânea deste objecto, que seria a taxa de variação da velocidade do mesmo.
(**) Na função f(x)=sen x, cada ponto do gráfico é da forma (x, sen x), pois a ordenada é sempre igual ao seno da abcissa, que é um número real que representa o comprimento do arco em unidade de medida de comprimento ou a medida do arco em radianos (medida de um arco cujo comprimento é igual ao raio da circunferência que contém o referido arco).
Ponto Libra (astronomia)............................................................................................................................................................................................Libra Point
Point Libra / Punto libra (astronomía) / Libra Punkt (Astronomie) / 天秤座点(天文) / Точка Весов (астрономия) / Punto Libra (astronomia) /
Ponto de intersecção da eclíptica e do equador celeste, quando o Sol se desloca do hemisfério norte para o hemisfério sul. O ponto libra ocorre no início do Outono (21 de Setembro), no hemisfério norte, quando a ascensão recta e a declinação astronómica são zero. Oposto ao Ponto Vernal ou Ponto Áries.
Ver: « Eclíptica »
&
« Equinócio »
&
« Precessão »
O ponto de Libra, também chamado ponto do equinócio de Outono que marca o início do Outono no hemisfério norte (este equinócio ocorre à volta de 22/24 de Setembro, variando um pouco cada ano de acordo com o ciclo de 400 anos de anos bissextos no calendário gregoriano (calendário que correntemente utilizado no mundo ocidental). O ponto Libra é um dos dois pontos na esfera celeste, onde o equador celeste intercepta a eclíptica. Como ilustrado neste esquema, o ponto Libra é definido como a posição do Sol na esfera celeste, no momento do equinócio de Outono. O nome vem da constelação Libra, na qual ele ocorreu nos tempos antigos. Naturalmente, devido à precessão (mudança do eixo de rotação de um objecto), o ponto Libra desloca-se, gradualmente, em torno da eclíptica. Actualmente, o ponto Libra está na direcção da constelação Virgo. O ponto oposto, no equinócio vernal ou da primavera, é o ponto de Áries. Quando a Terra está cima no equador celeste, no hemisfério norte a duração do dia é maior do que a noite, uma vez que a Terra está inclinada sobre seu eixo em relação ao Sol. Como a Terra não gira, unicamente, à volta do seu próprio eixo, mas também orbita o Sol, nos equinócios, isto é, no ponto Libra e no ponto Áries, a Terra e o Sol estão posicionados de tal maneira que a linha na Terra que separa noite do dia passa por ambos os pólos da Terra, o que quer dizer que a noite tem a mesmo duração que o dia. No sistema de coordenadas equatoriais, onde a declinação indica o afastamento angular de um astro em relação ao equador celeste e a ascensão recta indica o afastamento angular do semicírculo horário de um astro em relação ao semicírculo horário do ponto vernal, o ponto Libra é definido para ter uma ascensão recta de 12 horas e uma uma declinação é zero, devido à posição sobre o equador celeste. Note que neste sistema de coordenadas, também chamado Sistema Equatorial Universal ou Sistema Uranográfico a distância polar e complementar da declinação, isto é a soma das duas é 90°.
Ponto de Máxima Radioactividade (diagrafias).........................................Maximum Clay-Shale Point
Point de radioactivité maximale / Punto de máxima radioactividad / Punkt der maximalen Radioaktivität / 最高放射点 / Точка максимальной радиоактивности / Punto di radioattività massima /
Nos registos eléctricos, o ponto ou zona de radioactividade máxima corresponde ao ponto onde a diagrafia de resistividade, geralmente, é mais baixa e onde o raio gama é mais forte. Num ciclo sequência, este ponto sublinha a superfície basal de progradação que fossiliza o intervalo transgressivo (IT). Este ponto, que também marca uma abundância de fauna, permite fazer boas correlações entre os poços de pesquisa e sugere, muitas vezes, a presença de rochas ricas em matéria orgânica, quer isto dizer, de rochas-mãe potenciais.
Ver: « Ciclo Sequência »
&
« Intervalo Transgressivo »
&
« Superfície da Base das Progradações »
Embora o urânio natural está disseminado na crosta terrestre em concentrações de 1 a 3 ppm, podem encontradas-se concentrações mais altas, em certas rochas sedimentares incluindo dentro de sedimentos ricos em matéria orgânica. De facto, certas rochas sedimentares, como argilitos negros, brechas, argilitos, calcários, fosforitos e arenitos, podem conter uma média de 4 ppm de urânio. Como exemplos de concentrações elevadas mais elevadas são citados as brechas da formação Olympic Dam (Austrália), nas quais o urânio está presente num teor de, mais ou menos, 300 ppm. As concentrações baixas de urânio (2/4 ppm) encontram-se em argilitos pretos, mas concentrações muito mais altas até 700 ppm foram reconhecidas em depósitos de argilitos negros fosforíticos. Além das rochas sedimentares, urânio U foi encontrado em sedimentos ricos em matéria orgânica, quer recentes quer antigos: turfas, lignites, carvões, petróleo e argilitos negros. (http://www.sciencedirect.com/science/article/pii /S001282 521630099X). Nesta figura estão ilustradas várias diagrafias eléctricas de um poço de pesquisa de petróleo típico do onshore de Cabinda (Bacia do Congo, Angola), nas quais vários pontos, ou melhor, várias zonas de forte radioactividade são, facilmente, reconhecidas na diagrafia do raio gama. Duas destas zonas são visíveis debaixo do intervalo salífero (sal Loeme), dentro de uma bacia de tipo rifte (bacia formada por alongamento do pequeno supercontinente Gondwana, antes da ruptura da litosfera). A zona superior está localizada dentro da formação Bucomazi e sublinha um intervalo de rochas-mãe (argilitos lacustres ricos em matéria orgânica). A segunda zona radioactiva, menos espessa, está localizada dentro da formação Lucula, que, normalmente, é constituída por areias com boas características de rocha reservatório, mas que aqui estão separadas por um intervalo argiloso lacustre rico em matéria orgânica que é uma rocha-mãe alternativa às rochas mãe da formação Bucomazi. Como estes intervalos têm uma forte resistividade e uma fraca velocidade no sónico (diagrafia de velocidade não ilustrada nesta figura), isto significa, que a matéria orgânica destes intervalos atingiu a zona de maturação (um argilito lacustre rico em matéria orgânica, mas imaturo tem uma baixa resistividade e um alto valor no sónico). Estes intervalos radioactivos, ricos em matéria orgânica, depositaram-se num ambiente sedimentar lacustre. Uma outra zona de alta radioactividade, não visível nesta figura, está localizada acima do intervalo salífero, isto é, na margem continental divergente, que fossilizou as bacias de tipo rifte. Esta zona corresponde à superfície da base das progradações principais, a qual separa a fase transgressiva do ciclo de invasão continental pós-Pangeia da fase regressiva do mesmo ciclo. A subida do mar absoluto ou eustático (nível do mar global e referenciado ao centro da Terra ou a um satélite) durante o ciclo eustático de 1a ordem pós-Pangeia (tempo de duração superior a 50 My) com o qual estão associadas as margens divergentes do tipo Atlântico, criou uma fase transgressiva que atingiu o seu máximo de ingressão marinha há cerca de 91,5 Ma, durante o Cenomaniano / Turoniano, o qual corresponde a esta zona de máxima radioactividade nas diagrafias eléctricas. É com esta zona de máxima radioactividade das margens divergentes, que corresponde à superfície de base das progradações principais do ciclo estratigráfico de invasão continental (pós-Pangeia), que estão associadas, as rochas-mãe marinhas as mais prováveis. Isto é, particularmente, verdadeiro para as margens divergentes de tipo Atlântico, quer seja no offshore de Angola, quer no offshore Este dos Estados Unidos ou do offshore Oeste da Austrália. Todavia, que em certos casos, muito particulares, mas não muito raros, a radioactividade de um determinado intervalo estratigráfico pode estar associada à minerais radioactivos, como a allanite (mineral acessório habitual em muitas rochas ígneas ou rochas metamórficas, que é ligeiramente radioactivo e costuma associar-se com outros minerais que contenham elementos terras raras), glauconite, zircão (silicato de zircónio de fórmula química ZrSiO4, cuja estrutura cristalina , que tem uma coloração natural que vai desde incolor passando pelo amarelo dourado, vermelho, marron, azul ou verde), etc., e não presença de matéria orgânica. Quantas vezes, numa tentativa, não exaustiva, de interpretação geológica das diagrafias eléctricas, um intervalo transgressivo, com características de rocha reservatório, foi interpretado, pelo menos, inicialmente, como um intervalo com características de rocha mãe, devido à presença de minerais radioactivos.
Ponto Nodal (onda).............................................................................................................................................................................................................Nodal Point
Point nodal / Punto nodal / Knotenpunkt / 结点 / Узел (узловая точка) / Punto nodale /
Ponto onde as ondas interferem de maneira destrutiva, isto é, o ponto numa onda estacionária onde o movimento vertical é o menor e a velocidade horizontal é a maior.
Ver: « Onda »
&
« Crista (de onda) »
&
« Cava (de onda) »
Um ponto nodal é um ponto ao longo de uma onda estacionária, onde a onda tem uma amplitude mínima. Por exemplo, numa corda de violão em vibração, as extremidades da corda são os nodos ou pontos nodais. Mudando a posição de um ponto nodal um o guitarrista modifica o comprimento efectivo da corda vibrante e, assim, a nota tocada. O oposto de um ponto nodal é o ponto antinodal, no qual a amplitude da onda estacionária é máxima, o qual, neste caso particular (corda de uma guitarra) ocorre a meio caminho entre os pontos nodais. Uma onda é uma perturbação que se propaga através do espaço e do tempo, transferindo energia. Uma onda estacionária é uma onda que permanece numa posição constante. Este tipo de onda ocorrer porque o meio desloca-se em direcção oposta à onda, ou pode surgir em num meio estacionário, como resultado da interferência entre duas ondas viajando em direcções opostas. Neste segundo caso, para as ondas de igual amplitude viajando em direcções opostas, não há em média nenhuma evidência de propagação de energia. Quando duas ondas que se deslocam na mesma direcção, a interferência produz uma de onda de deslocamento (quando a onda parece viajar através de um meio, isto é quando uma crista é seguida por uma cava que por sua vez é seguido por outra crista e assim de seguida). Esta figura ilustra o padrão resultante da propagação de ondas de água através da superfície de um corpo de água. As ondas propagam-se a partir das fontes de vibração, formando uma série de círculos concêntricos em torno das fontes de vibração. As linhas mais espessas representam as cristas das ondas e as finas as cavas das ondas. As cristas e cavas das duas fontes interferem umas com as outras produzindo pontos nodais e os antinodais ao longo da superfície da água. Os pontos nodais são localizados onde a água não é perturbada, e os antinodais onde a água sofre o máximo de distúrbios. Uma das características do padrão de interferência dois pontos fontes é que as posições antinodais e nodais se dispõem em linhas distintas. Cada linha pode ser descrita como uma hipérbole e a separação espacial entre as linhas antinodais e nodais está relacionado ao comprimento de onda das ondas.
Ponto Quente............................................................................................................................................................................................................................................Hotspot
Point chaud / Punto caliente / Hotspot / 热点 / Опасная точка (центр волнений) / Punto caldo /
Termo utilizado para exprimir as colunas vulcânicas que sobem do manto até à litosfera.
Ver: « Astenosfera »
&
« Litosfera »
&
« Expansão Oceânica »
Sob o ponto de vista da petrografia, a estrutura interna da Terra pode ser dividida em três envelopes concêntricos: (i) Crusta Continental, que é composta, principalmente, de rochas graníticas e metamórficas e, que, em geral, são cobertas por rochas sedimentares ; (ii) Manto, que é, principalmente, composto de peridotitos anidros e eclogitos e (iii) Núcleo, que é composto, principalmente, de ferro e níquel e que pode ser subdividido em um núcleo externo sólido e núcleo interno líquido (não é atravessado pelas ondas S). A espessura da crusta varia entre 30 e 70 km. A densidade média da crusta continental superior é de 2,5-2,7 g/cm3. A crusta continental inferior, que é composta, sobretudo, por gabros, tem uma densidade média de 2,8 g/cm3. A crusta oceânica é composta, sobretudo, de rochas basálticas e gabros, que são, quase sempre, cobertos por sedimentos pelágicos e hemipelágicos. A densidade média da crusta oceânica é de cerca de 2,9 g/cm3e a sua espessura varia entre 4 e 10 km. A densidade média do manto é de 3,3-3,4 g/cm3. O limite entre a crusta e o manto terrestre é sublinhado pela descontinuidade de Mohorovičić, cuja profundidade varia entre 4 e 70 km. O limite inferior do manto é, mais ou menos, localizado a 680 km (com um erro de ±20 km) e parece corresponder a uma mudança de fase. O manto inferior tem a mesma composição química que o manto superior, mas está, provavelmente, numa fase diferente. No topo, a densidade média do manto é de cerca de 3,3 g/cm3 e cerca de 5,6 g/cm3 na parte mais profunda, quer isto dizer, a 2900 km de profundidade. O núcleo é composto, principalmente, de ferro e níquel. Como ilustrado neste diagrama, os pontos quentes permitem a transferência de material entre o manto inferior e a litosfera. A grande maioria dos autores pensa que os pontos quentes são induzidos por correntes de convecção, relativamente, estreitas, chamadas plumas, que partem do limite entre o núcleo e o manto terrestre, embora outros pensem que a causa principal são as correntes de convecção do manto superior. Recentemente, certos geocientistas avançaram a hipótese que, pelo menos certos dos 40-50 pontos quentes recenseados até hoje, podem ser sido induzidos pelo impacto de grades meteoritos. Um ponto quente pode formar uma série, mais ou menos, contínua de vulcões num placa litosférica que se desloca por cima dele.
Ponto Vernal..............................................................................................................................................................................................................................Vernal point
Point vernal / Punto vernal / Frühlingspunkt / 春分点 / Точка весеннего равноденствия / Punto vernale /
Um dos dois pontos onde a esfera celeste ou o equador celeste intersectam a eclíptica, em particular, o ponto definido pela posição do Sol sobre a esfera celeste no momento do equinócio de Março (primavera no hemisfério norte). O ponto vernal, também conhecido como ponto Áries, é oposto ao ponto Libra.
Ver: « Equinócio »
&
« Ponto Libra (astronomia) »
&
« Precessão dos equinócios »
Na esfera celeste, o equador e eclíptica cruzam-se. Os dois pontos de intersecções são chamados nós. Durante o seu movimento aparente, o Sol cruza estes dois pontos, um quando passa do hemisfério norte para o hemisfério sul. Este nó descendente é chamado ponto Libra. O outro ponto é quando o Sol passa do hemisfério sul para o hemisfério norte, isto é o nó ascendente que é chamado ponto Áries ou ponto vernal. O ponto Libra marca o equinócio de Outono e o ponto vernal sublinha o equinócio de primavera. Como ilustrado neste esquema, as referências do Sistema Equatorial de Coordenadas, também chamado Sistema Equatorial Universal ou Sistema Uranográfico, são em primeiro lugar, o meridiano que passa pelo equinócio da primavera (ponto vernal), e que define o meridiano zero para medir ascensões rectas e, em segundo lugar, o equador celeste a partir da qual a declinação é medida (positivo acima do equador, negativo abaixo). Assim, as coordenadas do ponto vernal são: (i) Ascensão recta é zero horas, uma vez que ele está localizado sobre o meridiano zero ; (ii) declinação zero, visto que ele localizado sobre o equador celeste ; (iii) Distância polar 90°, uma vez que a distância polar e complementar da declinação, isto é a soma das duas é 90°. Naturalmente devido à precessão dos equinócios (mudança do eixo de rotação de um objecto), o ponto vernal move, lentamente, ao longo da eclíptica. Actualmente, o ponto vernal está localizado na constelação Peixes, onde ele entrou cerca de 60 a. C. e sairá cerca de 2600 para entrar na constelação de Aquário. Quando a Terra está cima no equador celeste, no hemisfério norte a duração do dia é maior do que a noite, uma vez que a Terra está inclinada sobre seu eixo em relação ao Sol. Como a Terra também orbita o Sol, nos equinócios, isto é, no ponto Libra e no ponto Áries, a Terra e o Sol estão posicionadas de tal maneira que a linha na Terra que separa noite do dia passa por ambos os pólos da Terra, a noite tem a mesma duração que o dia.
Porosidade......................................................................................................................................................................................................................................................Porosity
Porosité / Porosidad / Porosität / 多孔性 / Пористость / Porosità /
Percentagem do volume total de uma rocha, ou solo, que é ocupado por interstícios, quer isolados quer conectados uns com os outros.
Ver: « Rocha Reservatório »
&
« Permeabilidade (fluído) »
&
« Jazigo (de hidrocarbonetos) »
Como ilustrado nesta figura, a porosidade de uma rocha pode ser definida, quer como o volume dos poros (espaço entre os grãos), quer como o volume de uma rocha que contém fluídos (água, petróleo ou gás). A porosidade pode ser o resultado da deposição (porosidade primária), que é o espaço entre os grãos que não foram, totalmente, compactados ou ela pode desenvolver-se por alteração dos grãos (porosidade secundária), como, quando os grãos de feldspatos ou fósseis são parcial ou, totalmente, dissolvidos. É importante diferenciar a porosidade efectiva da porosidade total. A porosidade efectiva é a determinada pelos poros que estão interconectados e que permite o escoamento de fluídos numa rocha-reservatório. A porosidade total é dada pelo volume total dos poros de uma rocha, independentemente, do facto, que eles estejam ou não interconectados. A porosidade total pode ser determinada pelas diagrafia eléctricas de densidade, neutrão porosidade e ressonância magnética nuclear. A porosidade efectiva é sempre muito mais pequena do que a porosidade total. Este esquema ilustra a compactação de uma rocha e, assim, a perda de porosidade por dissolução e precipitação (neocristalização), à medida que a rocha é enterrada debaixo de rochas mais recentes, quer isto dizer, à medida que a pressão litostática (peso da coluna sedimentar) e hidrostática (peso da coluna água) aumentam. Vários tipos de porosidade estão ilustrados nesta figura: (1) Porosidade Primária Forte, que é induzida pela boa calibração dos grãos, que formam a rocha ; (2) Porosidade Primária Fraca, que é induzida por uma fraca calibração dos grãos que formam a rocha ; (3) Porosidade Primária Muito Forte, que é induzida por uma boa calibração dos grãos, mas também pelo carácter poroso dos grãos (porosidade dentro dos grãos) ; (4) Porosidade Primária Muito Fraca de uma rocha com grãos bem calibrados, devido a uma cimentação parcial, isto é, ao preenchimento parcial dos poros por um cimento ; (5) Porosidade Secundária por Dissolução e (6) Porosidade Secundária por Fracturação induzida pela formação de um sistema de fracturas em associação com um regime tectónico compressivo, durante o qual as rochas são encurtadas e levantadas.
Praia..........................................................................................................................................................................................................................................................................................Beach
Plage / Playa / Strand / 海滩 / пляж / Spiaggia /
Tipo de costa com espraiadouro (espraiado) constituído por materiais detríticos terrígenos, arenosos, areno-siltosos e grosseiros (calhaus e blocos) (Moreira, 1984).
Ver: « Praia Baixa »
&
« Litoral »
&
« Carso Litoral »
Nas ilhas atlânticas, às praias de detritos grosseiros chamam-se praias de calhaus ou apenas calhaus. As praias constituídas por areia, calhaus e blocos são as praias mistas. As praias formadas de areia são as mais frequentes. As praias podem ter uma forma rectilínea ou arqueada. A curvatura da praia define-se, morfometricamente, como o raio da circunferência cuja corda é o segmento de recta que une os pontos extremos da praia. O comprimento, largura, orientação e o declive da praia são outros parâmetros importantes que, muitas vezes. têm que ser tomados em linha de conta. O declive da praia varia com a granulometria dos materiais. Ele é maior quando a praia é formada de areias grosseiras, mais ou menos, entre 20°/22°. Nas praias constituídas por calhaus, o declive pode atingir 20°-30°. A praia caracteriza-se por uma morfologia específica cuja classificação varia com os geocientistas. Como ilustrado, teoricamente, cinco faixas podem reconhecer-se na morfologia de uma praia : (i) Antepraia, que a forma de relevo que constitui o limite interior da praia e que pode ser uma arriba ou cordão litoral, isolando ou não uma laguna interior ; (ii) Praia Alta, que é parte superior da praia, com declive acentuado, só atingida pelas ondas nas preiamares de águas vivas e tempestades ; quando extensa ela apresenta dunas de obstáculo em forma de doma (dunas da praia alta) ; a superfície atingida pelas ondas é modelada em degraus ; (iii) Praia Média, que é parte da praia que se estende no espaço atingido pelas correntes de ressaca, entre os níveis da preiamar e baixamar de águas mortas ; fica separada da praia-alta pelo degrau mais baixo da praia e da praia-baixa pela linha de inflexão ; (iv) Praia Baixa, que corresponde à parte inferior do espraiado e que compreende o espaço que se estende entre os limites atingidos pela baixamar, em águas mortas e vivas; o declive é muito fraco e o material é fino, podendo, no entanto, conter materiais grosseiros transportados longitudinalmente ; (v) Pré-Praia, que é a parte da praia sempre submersa e que se estende para o largo, a partir do limite das marés mais baixas, por um espaço mal definido que para alguns autores, é a faixa de rebentação; o fundo é modelado por cristas e sulcos pré-litorais (Moreira, 1984).
Praia-Alta...................................................................................................................................................................................................................................................Foreshore
Haute plage / Parte trasera de la playa / Hinterstrand / 滨,滨 / Береговой полосе / Retrospiaggia /
Parte superior da praia, com declive acentuado, só atingida pelas ondas nas preiamares vivas e nas tempestades ou, dito de outra maneira, a zona superior da praia, localizada acima da acção das ondas e das marés ordinárias e na qual, por consequência, a areia está, normalmente, seca. Ela é, em geral, formada na sequência de temporais. A maior parte das vezes é constituída por bermas de praia formadas em associação com grandes temporais.
Ver: « Praia Baixa »
&
« Litoral »
&
« Praia »
Nas ilhas atlânticas, às praias de detritos grosseiros chamam-se praias de calhaus ou apenas calhaus. As praias constituídas por areia, calhaus e blocos são as praias mistas. As praias formadas de areia são as mais frequentes. As praias podem ter uma forma rectilínea ou arqueada. A curvatura da praia define-se, morfometricamente, como o raio da circunferência cuja corda é o segmento de recta que une os pontos extremos da praia. O comprimento, largura, orientação e o declive da praia são outros parâmetros importantes que, muitas vezes, têm que ser tomados em linha de conta. O declive da praia varia com a granulometria dos materiais. Ele é maior quando a praia é formada de areias grosseiras, mais ou menos, entre 20°/22°. Nas praias constituídas por calhaus, o declive pode atingir 20°/30°. A praia caracteriza-se por uma morfologia específica cuja classificação varia com os autores. Como lustrado acima, teoricamente, cinco faixas podem reconhecer-se na morfologia de uma praia : (i) Antepraia, que a forma de relevo que constitui o limite interior da praia e que pode ser uma arriba ou cordão litoral, isolando ou não uma laguna interior ; (ii) Praia Alta, que é parte superior da praia, com declive acentuado, só atingida pelas ondas nas preiamares de águas vivas e tempestades ; quando extensa ela apresenta dunas de obstáculo em forma de doma (dunas da praia alta) ; a superfície atingida pelas ondas é modelada em degraus ; (iii) Praia Média, que é parte da praia que se estende no espaço atingido pelas correntes de ressaca, entre os níveis da preiamar e baixamar de águas mortas; fica separada da praia-alta pelo degrau mais baixo da praia e da praia-baixa pela linha de inflexão ; (iv) Praia Baixa, que corresponde à parte inferior do espraiado ; ela compreende o espaço que se estende entre os limites atingidos pela baixamar, em águas mortas e vivas ; o declive é muito fraco e o material é fino, podendo, no entanto, conter materiais grosseiros transportados longitudinalmente ; (v) Pré-Praia, que é a parte da praia sempre submersa e que se estende para o largo, a partir do limite das marés mais baixas, por um espaço mal definido que para alguns autores, é a faixa de rebentação; o fundo é modelado por cristas e sulcos pré-litorais (Moreira, 1984).
Praia-Baixa........................................................................................................................................................................................................................................... Shoreface
Bas de plage / Parte intermedia de la playa / Niederstrandstrand / 前滩 / Полоса осушки / Foreshore /
Corresponde à parte inferior do espraiado, compreendendo o espaço que se estende entre os limites atingidos pela baixamar, em águas mortas e em águas vivas.
Ver: «Berma de Praia»
Praia-Baixa (terraço-da-maré-baixa)................................................................................................................................................................Foreshore
Bas de plage / Parte intermedia de la playa / Niederstrandstrand / 前滩 / Полоса осушки / Foreshore /
Tipo de costa com espraiadouro (espraiado) constituído por materiais detríticos terrígenos, arenosos, areno-siltosos e grosseiros (calhaus e blocos) (Moreira, 1984).
Ver: « Praia »
&
« Litoral »
&
« Carso Litoral »
Para Moreira (1984), a praia-baixa corresponde à parte inferior do espraiado e compreende o espaço que se estende entre os limites atingidos pela baixamar, em águas mortas e em águas vivas. O declive da praia baixa é muito fraco e o material que aí se deposita é fino, podendo, no entanto, conter materiais grosseiros transportados longitudinalmente. Na superfície da praia-baixa existem marcas de bioturbação (marcas de seres vivos, como, por exemplo, covas e dejectos de caranguejos ou arenículas, patas de aves, etc.) e ondulações de fraca amplitude (entre 3 e 15 cm). Esta ondulações, chamadas ondulações da praia, são, mais ou menos, lineares e paralelas entre si e à linha de rebentação. Elas podem ser simétricas ou dissimétricas. As ondulações da praia são criadas pelo escoamento, mais ou menos, turbulento das correntes da ressaca, particularmente, da corrente de refluxo (corrente de ressaca descendente). No limite externo da praia baixa podem aparecer ondulações de maior amplitude (até 1 metro). Estas ondulações formam cristas e cavas que certos geocientistas chamam sulcos pré-litorais (ou caneiros). Como se pode constatar neste esquema, a grande maioria dos geocientistas anglo-saxões engloba na praia-baixa aquilo que outros chamam a praia-média (parte da praia que se estende no espaço atingido pelas correntes de ressaca, entre os níveis da preiamar e de baixamar de águas mortas). Para eles, a praia-baixa (praia média e praia baixa da maioria dos geocientistas europeus) corresponde à área da praia com geometria côncava, definida entre a linha de maré alta e até uma profundidade de 5/20 metros. A jusante da praia-baixa, eles consideram a rampa, que inclina ligeiramente em direcção do rebordo da plataforma (pré-praia dos geocientistas europeus). Na base da praia baixa, formam-se barras e baixos devido à quebra das ondas (cavas e sulcos pré-litorais dos geocientistas franceses). A praia intermareal, que se situa entre as linhas de maré alta e baixa, corresponde grosso modo à praia-média. A antepraia situa-se entre a linha de maré alta e o inicio das dunas. Na antepraia existem uma ou várias bermas que parecem pequenos terraços com taludes baixos no lado do mar.
Praia-Barreira (cordão litoral)............................................................................................................................................................Barrier-Beach
Plage-barrière (cordon littoral) / Playa-barrera / Barriere Strand / 屏障海滩 / Барьерный берег (береговая линия) / Barriera spiaggia /
Forma de acumulação de areia e, ou calhaus, que se desenvolve na antepraia devido à deposição de sedimentos transportados pelas ondas. Uma praia barreira orienta-se, mais ou menos, paralelamente, à linha da costa e, em geral, não é submergida pelas marés. Denominada também, por certos geocientistas, Cordão Litoral.
Ver: « Praia »
&
« Litoral »
&
« Carso Litoral »
Esta figura ilustra um exemplo de uma praia-barreira na Nova Escócia (Canadá). Neste caso particular, o relevo que constitui a antepraia (limite interior de uma praia) é um cordão litoral que isola uma laguna. As diferentes faixas que formam a praia, isto é, (i) AntePraia ; (ii) Praia Alta ; (iii) Praia Média ; (iv) Praia Baixa e (v) Pré Praia, são facilmente reconhecidas. A pré-praia, que é a parte da praia sempre submersa estende-se para o largo a partir do limite das marés mais baixas e corresponde, mais ou menos, à zona de rebentação das ondas. Como se pode constatar acima, esta praia-barreira é arqueada. A sua curvatura pode definir-se pelo raio da circunferência cuja corda é o segmento de recta que une os pontos extremos da praia. Nesta área do Canadá, as linhas da costa são dinâmicas e a taxa de mudança é largamente dependente do tipo da costa e de um certo número de condições locais, tais como: (a) Energia das ondas do mar ; (b) Amplitude das marés ; (c) Presença de gelo, etc. O acarreio sedimentar (proveniente do onshore ou das costa circunvizinhas) determina a estabilidade das praias ou da frente da água. Quando os sedimentos são disponíveis, as praias constroem-se e progradam para o mar. Quando o acarreio sedimentar é limitado, as praias são erodidas e migram para o continente e, muitas vezes, desaparecem completamente. A praia-barreira ilustrada nesta figura protege do mar uma grande laguna, assim como as casas, provavelmente secundárias ou de campo, construídas nas pequenas ilhas que se vêm na laguna. Pelo menos nesta área, as linhas da costa, que são muito dinâmicas, quer isto dizer, que têm uma morfologia que varia, rapidamente, são formadas por praias-barreira, com água de cada lado e arribas litorais compostas de calhaus e tilo (depósitos glaciares). Estes depósitos são lugares muito procurados para construir habitações secundárias, sobretudo casas de campo. Infelizmente, quer as praias-barreira quer arribas litorais são vulneráveis às variações relativas do mar e, com o tempo, elas sofrem variações morfológicas importantes.