Obducção...................................................................................................................................................................................................................................................Obduction

Obduction / Obducción / Obduktion (Geologie) / 逆冲 / Обду́кция  / Obduzione /

Levantamento do material continental, quer da placa descendente ou mergulhante, em associação com uma zona de subducção do tipo B (Benioff). Uma obducção põe uma parte da crusta oceânica da placa descendente (ofiolitos) no plano da zona subducção, isto é, entre duas antigas placas.

Ver: « Subducção do Tipo-A (Ampferer) »
&
« Subducção do Tipo B (Benioff) »
&
« Subida do Nível do Mar Relativo »

Existem dois tipos de zonas de subducção. As zonas de subducção do tipo-B ou de Benioff, nas quais uma placa litosférica vulcânica mergulha sob uma placa litosférica continental ou vulcânica e as zonas de subducção do tipo-A ou de Ampferer, nas quais uma placa litosférica continental mergulha sob um a placa litosférica continental ou vulcânica. O mecanismo destas duas zonas de subducção não é o mesmo. Nas primeiras, é uma placa fria e densa, que mergulha sob uma placa menos densa, enquanto que na segunda, isto é, nas zonas de subducção o tipo-A, em geral, as duas placas (mergulhante e cavalgante) têm, praticamente, a mesma densidade. Nas zonas de subducção do tipo-B, na placa cavalgante (placa superior) forma-se um arco vulcânico, cuja distância, medida a partir da fossa oceânica, é, principalmente, função do ângulo de subducção. Maior é o ângulo de subducção, mais próximo o arco vulcânico, na placa ascendente, estará da fossa oceânica. Muitas vezes, como ilustrado neste corte geológico através do norte da ilha de Bornéu (Indonésia), devido à subducção total da crusta oceânica sob a continental, a placa superior pode entrar em obducção, isto é, ela pode cavalgar, fortemente, a placa descendente. Neste exemplo, a antiga placa litosférica continental de Kalimantan e Tarakan (margem divergente de tipo não-Atlântico, isto é, desenvolvida num contexto geológico, globalmente, compressivo, dentro da megassutura Meso-Cenozóica) cavalgou a antiga placa de Brunai, a qual corresponde, também, a uma antiga margem divergente não-Atlântica, que se levantou fortemente. Pode dizer-se, que uma obducção ocorre quando um fragmento da crusta continental é parado e levantado em resultado do cavalgamento do material máfico e ultramáfico do manto sobre a crusta continental. Uma obducção ocorre, muitas vezes, onde uma pequena placa litosférica é comprimida entre duas placas maiores. Desta maneira, arcos insulares e oceânicos podem ser anexados como novos terrenos a um continente adjacente.

Obliquidade (sísmica)...................................................................................................................................................................................Moveout (seismic)

Obliquité (sismique) / Oblicuidad (sísmica) / Moveout Korrektur / 时差校正 / Наклонное направление / Correzione moveout /

Diferença do tempo de chegada de um evento reflexivo, nos traços sísmicos adjacentes de um registo, resultante da inclinação da interface reflectora. Método destinado a anular o tempo de atraso do trajecto causado pela geometria da reflexão com a velocidade estimada.

Ver : « Sísmica de Reflexão »
&
« Reflexão Sísmica »
&
« Linha Migrada (sísmica) »

A cobertura sísmica implica uma aproximação geométrica muito importante. As posições da fonte e receptores são removidos, artificialmente, e colocados na mesma posição através da aplicação de uma correcção dinâmica, que é chamada de obliquidade ('moveout' em inglês). A supressão da inclinação (tempo), como mostrado abaixo, é definido pelas diferenças dos trajectos tx e t-x dos raios reflectidos das interfaces inclinadas (ou horizontais) para os receptores com desvios x e -x ("offset", em Inglês) iguais e opostos. A remoção da inclinação (tempo) pode ser utilizada para determinar a inclinação do reflector se a velocidade (velocidade média) é conhecido. A velocidade pode ser obtida por uma equação matemática simples utilizando a obliquidade (diferença entre o tempo de propagação e t1 e t2 dos raios reflectidos enregistados em dois deslocamentos diferentes - distância entre a fonte e o receptor x1 e x2), as quais para as pequenas inclinações podem ser obtidas com uma precisão suficiente pela média das obliquidades a montante e a jusante do ponto considerado. Quando um reflector é inclinado, as trajectórias dos reflectores, que chegam a dois receptores situados a distâncias iguais a montante e a jusante do ponto de tiro central, têm diferentes comprimentos. Os raios terão, portanto, diferentes tempos de trajecto. Mais um reflector é inclinado, maior será o seu deslocamento numa linha sísmica não migrada. Migração é o processo de reconstrução de uma linha sísmica para que reflexões sejam re-posicionadas debaixo do local correto e com uma profundidade vertical correcta. Para migrar uma linha sísmica correctamente, é necessário definir, exaustivamente, o campo de velocidades do terreno campo, isto é, especificar o valor da velocidade de ondas sísmicas em cada ponto. Na prática, para a migração, uma estimativa do campo de velocidade é baseada na análise da secção sísmica não migrada, assim como todas as informações das diagrafias eléctricas dos poços de pesquiza, especialmente do sónico, isto é da diagrafia de velocidade.

Obliquidade da Eclíptica (da Terra)................................................................Obliquity of the Earth's Ecliptic

Obliquité de l'ecliptique (de la Terre) / Obliquidad eclíptica (de la Tierra) / Obliquity der Ekliptik / 黄道的倾角 / Наклон эклиптики Земли / Obliquità dell'eclittica /

Inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano em que a Terra gira à volta do Sol. Os ciclos de obliquidade variam entre 21,5° e 24,5° antes de voltar de novo a 21.5°, o que sucede todos os 41000 anos (ciclos de Milankovitch).

Ver: « Precessão dos Equinócios »
&
« Curva de Milankovitch »
&
« Aquecimento Global »

Provavelmente no seguimento de uma colisão entre a Terra e um asteróide, o eixo de rotação da Terra não é perpendicular ao plano da sua órbita,. O plano equatorial da Terra não é paralelo ao plano equatorial da sua órbita à volta do Sol (eclíptica). O plano equatorial da Terra faz um ângulo cerca de 23° 26' com o plano da eclíptica, o qual determina a obliquidade da eclíptica. As intersecções do plano equatorial da Terra e do plano da eclíptica com o domo celestial são o equador celestial e eclíptico. A linha de intercepção dos dois planos define dois pontos de intersecção, diametralmente, opostos que são os equinócios. A obliquidade da eclíptica é o ângulo entre o eixo de rotação da Terra e o plano da eclíptica no qual a Terra gira à volta do Sol. A obliquidade refere ao facto que o ângulo é oblíquo, isto é, que não é um ângulo rectângulo ou múltiplo disso. Actualmente, a obliquidade é cerca de 23, 5°, se o ângulo for medido entre o eixo de rotação da Terra e a perpendicular ao plano da eclíptica. Esta inclinação do eixo de rotação da Terra, com respeito ao plano da órbita varia com o tempo, devido a influência gravitária do Sol, Lua e outros planetas. A obliquidade da eclíptica, para um determinado ano, pode ser calculada, simplesmente, à partir da seguinte formula: 23° 27' 8,26" - 0,4684 (t-1900) segundos, onde t é o ano para o qual a obliquidade é desejada. Esta inclinação varia entre um máximo de 24,5° e um mínimo de 21,5°, todos os 41 k anos. O eixo de rotação da Terra move-se de maneira semelhante à do eixo de um pião. O eixo orienta-se para diferentes pontos do firmamento durante um ciclo de 26 k anos. Este ciclo é reduzido por uma pequena oscilação do plano da órbita da Terra em direcção oposta. Em conjunto, estes movimentos produzem um desfasamento ou precessão, dos equinócios da Primavera e do Outono em cada 23 k anos. Um dos efeitos da obliquidade são as estações. O hemisfério que está, actualmente, inclinado em direcção do Sol, recebe cada dia, mais energia solar e luz do sol, as quais atingem a superfície da Terra mais próximo e mais verticalmente, isto é, a terra recebe mais energia por unidade de superfície.

Oceano Azul.....................................................................................................................................................................................................................................Blue ocean

Océan bleu / Océano azul / Ozean Blau / 海洋蓝 / Открытый океан / Oceano blu /

Nome utilizado por certos geocientistas para a parte do oceano com uma profundidade de água superior a 200 metros que, normalmente, tem uma cor azul. Ao contrário do que muita gente pensa, a cor azul do oceano não é devida à cor azul do céu, mas, basicamente, à absorção pelas moléculas de água dos fotões vermelhos da luz do Sol.

Ver: « Fisiográfica (província) »
&
« Nível Médio das Águas do Mar »
&
« Acção das Vagas (mar agitado) »

O oceano é imenso. Ele abrange mais de 71 por cento da superfície da Terra. Desses 71% , 65% é considerado oceano azul, isto é, as águas além do baixios costeiros (mar litoral). Existem várias teorias par a explicar a luz azul dos oceanos : (i) Os comprimentos de onda de luz azul são absorvidos pela água profunda dos oceanos e são dispersos e reflectidos de volta para os olhos dos observadores ; (ii) As partículas da água pode ajudar a reflectir a luz azul e (III) O mar reflecte o azul do céu. A maioria das vezes o mar parece ser azul porque essa é a cor que os nossos olhos vêem. Mas o oceano pode ser muitas outras cores, dependendo das partículas na água, profundidade da água e da quantidade de luz solar. As cores que vemos dependem da reflexão dos comprimentos de onda de luz visível em relação nossos olhos. Comprimentos de onda de luz passam através da matéria de forma diferente dependendo da composição do material. Os comprimentos de onda de luz azul são transmitidos às maiores profundidades do oceano, enquanto que comprimentos de onda vermelhos são absorvidos rapidamente. As moléculas de água dispersam os comprimentos de onda azul e absorvem as ondas de luz ligeiras e, rapidamente, re-emitem ondas de luz em diferentes direcções. É por isso que existem, principalmente, comprimentos de onda azuis que são refletidas para os nossos olhos. Às vezes os oceanos parecem verde. Isso pode explicar-se devido a uma abundância de vida vegetal ou sedimentos dos rios que desaguam no oceano. A luz azul é mais absorvida e os pigmentos amarelos das plantas misturam-se com as ondas de luz azul para produzir uma cor verde. Partes dos oceanos parecem leitosos, em particular depois de uma tempestade. Isso é devido aos ventos e correntes associadas com as tempestades que agitam a areia e sedimentos dos rios levados para os oceanos. O oceano pode também reflectir o céu azul. No entanto, isto é, unicamente, significativo a apenas em ângulos relativamente baixos e quando a agitação da água é moderada.

Oceano Costeiro.......................................................................................................................................................................................................Coastal Ocean

Océan côtier / Océano costero / Küsten-Ozean / 沿海海洋 / Прибрежные океанские воды / Oceano costiero /

Parte do oceano próximo do continente, em geral, com uma profundidade inferior a 200 metros, que influência e é influenciado pela actividade humana. O oceano costeiro é a parte do oceano entre a borda exterior da plataforma continental e a área dos rios influenciada pelo mar, cuja importância aumenta à medida que o número das pessoas, que vivem mais perto da costa e que vivem dos recursos do mar, aumenta.

Ver: « Fisiográfica (província) »
&
« Oceano Azul »
&
« Acção das Vagas (mar agitado) »

Embora os oceanos cobrem 71% da Terra, unicamente cerca de 7% que é ocupado pelo oceano costeiro, que é a parte do oceano que mais influencia e que mais é influenciado pela actividade humana. A importância dessa estreita faixa de mar, que se estende desde o limite exterior da plataforma continental para o mais distante de penetração de água salgada, a montante, aumenta quanto mais pessoas vivem perto da costa e tiram recursos da água. As águas costeiras são importantes, por razões que incluem o tempo, a defesa nacional, transporte, pesca, saúde humana, os riscos das margens, e extracção mineral. O homem afecta o oceano costeiro através das práticas de pesca, poluição industrial, alterações do habitat e escoamento agrícola. E estes ambientes afectam-nos através do abastecimento de alimentos, qualidade da água, proliferação de algas tóxicas e da acumulação de águas residuais. O oceano costeiro é a parte, biologicamente, mais produtiva do oceano. Nutrientes da parte profunda do oceano e do continente vêm até às águas superficiais onde há luz suficiente para as plantas crescerem. Alguns mecanismos para o acarreio destes nutrientes são bem compreendidos, mas, de maneira geral, sabe-se muito pouco porque é que as nossas costas são tão produtivas. Na estratigrafia sequencial o oceano costeiro corresponde a lâmina de água onde se depositam os sedimentos ditos de plataforma, i.e., quando o nível relativo do mar (eustasia mais tectónica que se pode manifestar quer pela subsidência ou por um levantamento) aumenta ou quando a acomodação aumenta (espaço disponível para os sedimentos), todo o espaço criado é preenchido por sedimentos, o que não é o caso a jusante do rebordo da plataforma (rebordo da bacia). Nestas condições, a lâmina de água conserva-se, mais ou menos constante.

Offshore (no mar)...................................................................................................................................................................................................................................Offshore

Offshore / Offshore (en el mar), Costa afuera / Offshore / 离岸 / Акватория / Offshore /

Costa fora ou no mar. Pode ter diferentes significados função do campo em que é utilizado.

Ver: «Onshore»

Ofiolito...................................................................................................................................................................................................................................................................Ophiolite

Ophiolite / Ofiolito / Ophiolith / 蛇绿岩 / Офиолит / Ofioliti /

Pedaço da crusta oceânica, proveniente, principalmente, da placa litosférica cavalgante de uma subducção do tipo-B (Benioff), que foi transportado para cima, isto é, levantado (obducção) e incorporado no plano de subducção e que, eventualmente, pode ficar acima da crusta continental, mesmo antes que as duas massas continentais entrem em colisão.

Voir: « Subducção do Tipo A (Ampferer) »
&
« Subducção do Tipo B (Benioff) »
&
« Obducção »

Quando o mar, entre duas margens continentais divergentes, começa a fechar-se, porque uma zona de subducção se formou entre elas e uma parte da crusta oceânica de uma das placas litosféricas se consome debaixo da outra, como ilustrado neste esquema, a formação de ofiolitos é possível mesmo antes que as duas massas continentais entram em colisão. Atenção ao termo colisão, uma vez que na tectónica das placas, a energia cinética não desempenha nenhum papel. Isto quer dizer, que o efeito de constrangimento não existe na natureza. O termo colisão, que na linguagem corrente traduz a transformação de energia cinética em energia de deformação, como, quando um automóvel embate contra muro, é mal utilizado na tectónica e, particularmente, na tectónica das placas. Os ofiolitos, que aparecem ao longo das linhas de sutura dos continentes, são caracterizados por uma sucessão de vários tipos de rochas. Assim,, nos ofiolitos de Samail (montanhas de Oman), a base da sucessão é composta pelas rochas sedimentares do Escudo Arábico, sobre as quais a placa oceânica foi empurrada. Da base para o topo dos ofiolitos reconhecem-se: (i) Peridotitos ; (ii) Gabros estratificados (rocha intrusiva ígnea formada, principalmente, por plagioclase e clinopiroxena) ; (iii) Gabros maciços, (iv) Diques e (vi) Rochas vulcânicas. Esta sucessão, em Samail, tem uma espessura de cerca de 15 km. Os peridotitos basais são formados por harzburgites (rochas constituídas, principalmente, por olivina e enstatite). Dentro do peridotito, que está deformado, existem muitos diques de gabro e dunito. Os peridotitos são sobrepostos por dunitos (rochas intrusivas ígneas compostas, principalmente, por olivina), os quais passam, gradualmente, a gabros. Esta sucessão é coberta por diques e rochas vulcânicas (basaltos em travesseiro formados ao longo das dorsais oceânicas). Não esqueça que o material vulcânico não se pode escoar debaixo de água, isto é não existem lavas submarinas.

Óleo.........................................................................................................................................................................................................................................................................................................Oil

Huile / Petróleo / Öl / / Нефть / Olio /

Substância gordurosa, líquida à temperatura ambiente, inflamável, que pode ser de origem animal, vegetal e que é insolúvel na água. Quando o óleo é de origem mineral, e sobretudo natural, é preferível chamar-lhe petróleo.

Ver: « Petróleo »
&
« Hidrocarboneto »
&
« Rocha Mãe »

Para evitar confusões, neste glossário, o termo óleo é usado para uma substância gordurosa e inflamável, líquida à temperatura normal, solúvel num similar, mas insolúvel na água, e que é extraída a partir de certas plantas ou sementes (coco, milho, palma, amêndoa, rícino, azeitona, etc. ) e de animais (fígado de bacalhau, etc.). O termo petróleo é usado para os óleos de origem mineral. Um dos óleos mais conhecido é o óleo de baleia. A primeira referência à pesca da baleia, para produzir óleo para a iluminação, foi feita em 1059 pelos habitantes de Baiona (França). O óleo de baleia, para a iluminação, custava, em 1850, cerca de 2000 dólares (em dólares de 2005), enquanto que o preço de um barril de petróleo custava cerca 90 dólares (sempre em dólares de 2005) por barril. Assim, para impedir erros grosseiros é preferível determinar o preços dos combustíveis, e em particular do petróleo, pelo número de horas de trabalho necessárias para comprar um barril. Até hoje, o preço mais caro de um barril de petróleo foi em 1982 (cerca de 10 horas de trabalho, para um operário europeu). Actualmente (2007), o preço de um barril de petróleo é de cerca de 5 horas de trabalho (preço da hora de trabalho na Europa), o que quer dizer, e ao contrário do que muita gente pensa, que o preço do petróleo não é ainda demasiado caro. Os óleos são produzidos pelas plantas, animais e outros organismos por processos orgânicos (processos nos quais a maior parte os componentes químicos contém carbono). Eles têm uma grande diversidade. É por isso, que o termo óleo é muito vago e, praticamente, nunca utilizado nos estudos científicos. O termo científico para óleos, gorduras, ceras, colesterol e outras substâncias oleosas encontradas nos seres vivos e suas secreções, é lípidos. Os lípidos, que vão desde as ceras até aos esteróides, são difíceis de caracterizar. Eles são unidos num grupo unicamente devido ao facto que eles repelem ou não se dissolvem na água, mas são mísciveis em outros líquidos lípidos, os quais têm um alto teor em carbono e hidrogénio e são pobres em oxigénio em comparação a outros componentes orgânicos.

Óleo Leve..........................................................................................................................................................................................................................................................Light Oil

Huie légère / Petróleo liviano / Light Crude Oil / 轻质原油 / Лёгкая (маловязкая) нефть / Greggio leggero /

Óleo com um índice baixo de cera. Considerado, por vezes, como sinónimo de Petróleo Ligeiro. Nós reservamos o termo petróleo para um óleo, natural, de origem mineral. A diferenciação entre óleo “ligeiro” e “pesado” é, puramente, de ordem prática, uma vez que um óleo com uma viscosidade baixa é mais fácil de bombear e de transportar porque é mais ligeiro.

Ver : « Petróleo »
&
« Hidrocarboneto »
&
« Rocha Mãe »

Um dos óleos ligeiros mais comuns é o azeite ou óleo da azeitona, o qual, quando bom, tem uma viscosidade e densidade baixas. Portugal produz cerca de 1% da produção mundial (2005). Em média, cada português consome 7 kg por ano, o que representa cerca de 2% da consumação mundial. O azeite é produzido moendo as azeitonas e extraindo o óleo por um meio mecânico ou químico. As azeitonas são moídas usando grandes pedras de moagem ou cilindros de aço. As azeitonas não maduras produzem um óleo amargo e as azeitonas muito maduras produzem o óleo rançoso, o que quer dizer, que para obter um bom o azeite é necessário utilizar azeitonas, perfeitamente, amadurecidas. Como ilustrado, para saber o que se compra temos que compreender o significado dos rótulos. Num supermercado, podem encontrar-se diferentes etiquetas: (i) "Extra Virgem", que significa simplesmente virgem ; (ii) "100% Azeite Puro", o que significa que é o azeite de mais fraca qualidade disponível (os melhores devem ter "virgem" no rótulo) ; (iii) "Feito a Partir de Azeite Refinado", significa que o gosto e a acidez foram controlados quimicamente ; (iv) "Azeite Ligeiro", significa óleo de azeitona com menos sabor (todo o azeite tem 120 kcal/por colher de sopa, isto é cerca de 34 kJ/ml) ; (v) "Azeite de Azeitonas Apanhadas à Mão", quer dizer que o óleo é de melhor qualidade, uma vez que os produtores, que colhem azeitonas por métodos mecânicos têm tendência a deixar as azeitonas sobre-amadurecer para aumentar o rendimento ; (v) "Primeira Moagem a Frio", é um puro palavreado comercial sem nenhum significado (sugere que o azeite nas garrafas com têm este rótulo é o óleo que vem da primeira moagem e que não foi utilizado calor, o que é incorrecto, uma vez que não há moagem sem produção de calor e frio) e não define nenhuma temperatura precisa. Contudo, segundo a regulamentação Europeia, durante a moagem a temperatura, deve sempre ser inferior a 27°C.

Óleo Leve (petróleo).............................................................................................................................................................................................................Light Crude

Huile légère / Petróleo liviano / Leichtöl 轻质油 / Дизельное топливо / Olio leggero /

Óleo com um baixo teor de cera. A diferenciação entre o óleo leve e pesado é, puramente, prática. Um óleo de baixa viscosidade é mais fácil de bombear e transportar, porque é mais leve. Alguns geocientistas consideram óleo leve como sinónimo de Petróleo Leve, o que outros não consideram muito justo.

Ver: « Petróleo »
&
« Hidrocarboneto »
&
« Rocha Mãe »

A fórmula para obter a gravidade API dos hidrocarbonetos líquidos, de gravidade específica (SG), é: 141,5 / SG - 131,5. A gravidade API ("American Petroleum Institute") do óleo determina se um óleo líquido é mais pesado ou mais leve que a água. Se a gravidade ou grau API é superior a 10, o óleo é mais leve que a água. Se a densidade API é inferior a 10, o óleo é mais pesado do que a água e, naturalmente, cai para o fundo da água. Podemos dizer que a gravidade API é uma medida da densidade de um óleo líquido em relação à densidade da água, mas, na realidade, ela é usada para comparar as densidades relativas de óleos líquidos. Um óleo leve, como mostrado nesta fotografia, é um óleo líquido com um grau ou gravidade API ou acima de 40°. Um óleo leve é um petróleo (líquido inflamável que se encontra nas rochas formado por uma mistura de hidrocarbonetos de peso molecular diferente e outros compostos orgânicos) com um baixo teor de cera. O preço de um barril de petróleo é, entre outros factores, função do grau API e das características moleculares do óleo. As referências principais do óleo (petróleo) no comércio são: (i) "West Texas Intermediate" (WTI) petróleo leve de muito boa qualidade, com menos de 0,5% de enxofre ; (ii) Mistura de óleo "Brent Blend" de 15 campos do Mar do Norte; o preço do petróleo da Europa, África, Oriente Médio é fixado sobre o preço do "Brent" ; (iii) Dubai -Oman, que é usado como uma referência para o óleo com mais do que 5% de enxofre no Médio Oriente e vendido nos países asiáticos ; (iv) "Tapis" da Malásia é usado como uma referência para o óleo leve na Ásia ; (v) Minas, óleo da Indonésia (Sumatra), que é usado como referência do óleo pesado na Ásia Oriental ; (v) "Cesto de referência da OPEP ", que corresponde à média ponderada das misturas de óleos provenientes de vários países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo. O óleo do maior campo de petróleo do mundo, Gahawar tem uma gravidade entre 33° e 40° API.

Óleo Pesado (petróleo pesado)....................................................................................................................................................................................Heavy Oil

Huile lourde / Petróleo pesado / Schweres Rohöl / 重质原油 / Тяжелая нефть / Greggio pesante /

Óleo com um alto índice de cera, tipicamente, com uma viscosidade acima de 10 cP (a unidade cgs para a viscosidade dinâmica é poise (P) que, normalmente, se exprime em centipoise, cP) e com uma alta densidade. Considerado, por vezes como sinónimo de Petróleo Pesado. Nós reservamos o termo petróleo para um óleo, natural, de origem mineral.

Ver: « Petróleo »
&
« Hidrocarboneto »
&
« Óleo Leve »

A diferenciação entre óleo “ligeiro” e “pesado” é, puramente, prática. Um óleo pesado com uma viscosidade elevada (superior a 10 cP) é mais difícil de bombear e transportar, porque é mais pesado. Certos autores consideram que um lípido (substância orgânica insolúvel na água, solúvel no benzeno e no éter e formada por ácidos gordos unidos a outros corpos), quer ele seja ligeiro ou pesado, quando é líquido é um óleo e, que quando ele é sólido é uma gordura. O termo científico para os óleos, gorduras, ceras, colesterol e outras substâncias oleosas encontradas nos seres vivos e suas secreções é lípido. Os lípidos, que vão desde as das ceras até aos esteróides, são difíceis de caracterizar. Eles formam um grupo, unicamente, porque não se dissolverem na água (mísciveis em outros líquidos lípidos) e porque tem um alto teor em carbono e hidrogénio e são, relativamente, pobres em oxigénio. Fisicamente, pode dizer-se que os óleos são lípidos líquidos à temperatura ambiente, enquanto que as gorduras são sólidos. Quimicamente, quer uns quer outros são compostos de triglicerídos (molécula de glicerol, isto é, um álcool alifático com três oxidrilos na molécula, combinada com três ácidos gordos em cada um deles) ao contrário das ceras que não têm glicerina na sua estrutura. Embora muitas partes das plantas possam ser utilizadas para produzir óleo, em termos comerciais, o óleo é extraído, basicamente, a partir de sementes. A distinção entre óleos e gorduras a partir da temperatura de derretimento é muito imprecisa, não só porque a temperatura ambiente varia de um lugar para outro, mas também porque os óleos não têm uma temperatura de derretimento única, (ela pode variar dentro de certos limites). As gorduras vegetais e óleos podem ser comestíveis. Como exemplo de não comestíveis pode citar-se o óleo de linhaça, de vernícia (Tung-oil), de rícino, etc., que são utilizados como lubrificantes, pinturas, cosméticos e produtos farmacêuticos.

Óleo pesado..............................................................................................................................................................................................................................................Heavy oil

Huile lourde / Petróleo pesado / Schweröl / 重油 / Необработанная нефть / Olio pesante /

O óleo com um elevado teor de cera, isto é, com uma viscosidade superior a 10 cps (p = poise, a unidade física no sistema CGS para a viscosidade). A diferenciação entre o petróleo leve e pesado é, puramente, prática. Um óleo com uma viscosidade elevada (> 10 cP) é mais difícil de bombear e de transportar, porque é mais pesado. A densidade relativa de um óleo líquido é dada em graus API (American Petroleum Institute), que indica se o óleo é mais leve ou mais pesada do que a água. Quando o API> 10, o óleo é leve e flutua na água. Quando a gravidade API <10, o óleo é pesado e escoa-se para o fundo da água.

Ver: « Petróleo »
&
« Hidrocarboneto »
&
« Óleo Leve »

Óleo pesado é, frequentemente, utilizado como combustível nos navios petroleiros e de transporte. De igual modo, ele é utilizado em centrais eléctricas, que utilizam a combustão do petróleo como uma fonte de energia. Como mostrado nesta figura, o óleo pesado é espesso, viscoso e pegajoso. Sua consistência torna-o ideal para desnatação e operações de limpeza no mar, mas é muito mais difícil de tratar e limpar quando ele flui, natural ou artificialmente, no continente e sobre animais. Neste tipo de petróleo líquido, apenas cerca de 5-10% se evapora nas primeiras horas após um derrame. A sua gravidade específica é muito próximo da gravidade da água, de modo que pode flutuar, cair para o fundo do mar ou ambos. À medida que o óleo mais leve se evapora ele torna-se mais pesado e mais escuro. Em case de derrame de óleo pesado no mar, quando ele atinge o litoral, forma-se uma grande mancha preta poluente que deve ser, rapidamente, removida. A sua rápida remoção é necessário não só porque a degradação do óleo pesado é muito lenta, o que pode levar meses ou anos, mas também porque (i) se cola à fauna que vive nas águas superficiais ; (ii) mata os animais intratidais e (iii) contamina os sedimentos. Para os organismos marinhos, o óleo pesado não é tão tóxico que o óleo leve. Em caso de derrame no mar perto da costa, a taxa de mortalidade pode ser muito importante para aves marinhas, focas e patos, especialmente, para as populações concentradas em pequenas áreas, como durante os períodos de migração das aves e mamíferos marinhos.

Oligotrófico (lago).............................................................................................................................................................................................................Oligotrophic

Oligotrophique (lac) / Oligotrófico (lago) / Oligotrophe (See) / 贫营养 / Олиготрофный / Oligotrofe /

Que oferece pouca possibilidade para uma vida sustentável. Ao contrário de um lago eutrófico, um oligotrófico tem uma pequena quantidade de nutrientes.

Ver: « Eutrofismo »
&
« Bacia com Nutrientes »
&
« Matéria Orgânica (tipos) »

Ao ponto de vista ecológico, o termo oligotrófico distingue os lagos pouco produtivos (caracterizados por uma deficiência de nutrientes) dos lagos muito produtivos, denominados eutróficos, os quais têm um excesso de nutrientes. A produção de componentes orgânicos a partir do dióxido de carbono (CO2) atmosférico ou aquático, quer por fotossíntese quer quimiossíntese (a partir das bactérias) é muito fraca nos lagos oligotróficos e é, por isso, que o teor em nutrientes é muito baixo. Estes lagos têm uma produção de algas muito pequena. A água é límpida e boa para beber. O fitoplâncton, zooplâncton, algas, ervas daninhas, bactérias e peixes estão todos presentes em pequenas populações. O fundo destes lagos têm muito oxigénio, e assim, como ilustrado nesta figura, certas espécies de peixes, mas não muitas, podem ai viver, como, por exemplo, as trutas de lago, as quais requerem não só águas frias, mas também ricas em oxigénio. Teoricamente, o teor em oxigénio é maior nos lagos profundos, que têm um grande volume de água debaixo da termoclina. Actualmente, eles são pouco comuns nas regiões com muita população, uma vez que a presença de muitas pessoas e do uso que elas fazem deles transformam-os, pouco a pouco, em lagos eutróficos. Assim, os lagos oligotróficos existem raramente nas regiões agrícolas. Os solos ricos ou enriquecidos, necessários para a agricultura, não permitem a presença de águas de drenagem pobres em nutrientes, que caracterizam um lago oligotrófico. Os lagos oligotróficos são comuns nos escudos graníticos das regiões de clima frio. Na América do Norte, a maior parte dos lagos oligotróficos é localizada ao norte do lago Michigan, que se pode considerar como um lago oligotrófico. De qualquer maneira, com o tempo (vários milhares de anos), um lago oligotrófico, pouco a pouco, acumula nutrientes e sedimentos e transforma-se num lago eutrófico. Este processo de eutrofização natural contrasta com a eutroficação cultural que pode ocorrer em uma ou duas gerações humanas. Quando um lago está em fase de transição entre condições oligotróficas e eutróficas, certos autores dizem que o lago é mesotrófico.

Onda...........................................................................................................................................................................................................................................................................................Wave

Onde / Ola / Welle / 波 / Волна / Onda /

Perturbação que se propaga através do espaço e tempo, geralmente, com transferência de energia. Uma onda mecânica é uma onda que se propaga ou atravessa um meio, devido às forças de restauração que produz a deformação.

Ver: « Onda de Love »
&
« Tsunami »
&
« Carga (sísmica) »

Quando se bate com um martelo num paralelepípedo de metal ou de pedra os átomos começam a vibrar e originam uma onda. Se batermos na extremidade do paralelepípedo geramos uma onda de compressão, se batermos por cima ou por baixo, geramos uma onda de cisalhamento. Não é a matéria que se propaga. A matéria fica no lugar afectada, unicamente, por um movimento de ida e volta. Essa ideia de que é, unicamente, o choque que se propaga e não a matéria compreende-se bem se considerarmos o exemplo de terramotos. Os terramotos são choques criados por rupturas no interior da Terra. Eles emitem ondas, vibrações, que se propagam na terra a uma velocidade de 20000 a 30000 km/h. É evidente que quando se regista uma vibração depois de um sismo que se produziu um quarto de hora mais cedo a 5000 km de lá onde nos encontramos, isso não significa que a matéria se deslocou dessa distância em quinze minutos. Não esqueça que as impressões são enganadoras. Quando se observam as vagas junto da linha da costa, e se vê a água correr sobre a praia, temos tendência a pensar que a onda do mar corresponde a um deslocamento fluido. O deslocamento da matéria só ocorre quando uma vaga se quebra na praia porque a profundidade é muito pequena. Nesse momento preciso, a água desloca-se, lateralmente, para a praia, mas se olhar um pouco mais ao largo, notará que a ondulação é uma vibração cujo deslocamento da matéria se sob a forma de rolos locais. Talvez uma das melhores maneiras de compreender o que é uma onda é de ir assistir a uma desafio de futebol, por exemplo entre e Portugal e a Espanha. A um determinado momento, sobretudo se Portugal já marcou um golo, as pessoas que assistem ao desfio fazem uma "hola", isto é, uma onda. De maneira continua e progressiva, os espectadores levantam-se e baixam-se quando os contíguos se levantam e assim de seguida. Todas as pessoas ficam no mesmo lugar, isto é a matéria não se desloca, mas a onda sim.

Onda de Love................................................................................................................................................................................................................................Love Wave

Onde de Love / Onda de Love / Love-Wellen / L波 / Волна Лове / Onde di Love /

Onda sísmica de superfície, que não viaja no interior da Terra ou de qualquer outro corpo geológico como o fazem as ondas P (longitudinais ou de compressão, que comprimem e dilatam o terreno na direcção de propagação) e ondas S (ondas transversais, que deslocam o terreno perpendicularmente à direcção de propagação). Uma onda de Love, ao contrário de uma onda de Rayleigh tem, unicamente, uma componente horizontal. As onda de Love ou ondas Q causam os deslocamentos horizontais durante os tremores de terra.

Ver: « Onda Sísmica »
&
« Onda de Rayleigh »
&
« Onda S »

As ondas de Love diferenciam-se, facilmente, das ondas de Rayleigh, uma vez que as ondas de Rayleigh têm uma componente vertical e horizontal, o que não é o caso das ondas de Love que têm, unicamente, uma componente horizontal. Durante os tremores de terra, certas ondas sísmicas movem-se, exclusivamente, ao longo da superfície terrestre. Elas são as chamadas ondas de superfície por contraste às ondas de corpo ou de volume. As ondas de superfície podem ser de Love ou Rayleigh. Acima, as ondas de Love movem-se, lateralmente, e as de Rayleigh em círculo (movimento orbital), isto é, para a frente, para baixo e depois para trás e para cima, como as ondas do mar. As ondas de superfície diminuem em profundidade. Os mineiros que trabalham a algumas dezenas de metros de profundidade, raramente, as sentem durante os tremores de terra. Como as ondas de Love viajam à superfície, a sua amplitude diminui exponencialmente, com a profundidade do tremor de terra. Dado o seu confinamento à superfície, a amplitude diminui de 1/√r, onde r representa a distância que a onda viajou desde o epicentro (ponto à superfície que resulta da intersecção da linha vertical que passa pelo hipocentro ou foco sísmico, que é o ponto onde ocorre o sismo em profundidade), o que quer dizer, que as ondas de superfície se amortecem mais, lentamente, do que as ondas de corpo P ou S. Os grandes tremores de terra podem gerar ondas de Love que dão várias vezes à voltas à Terra antes de dissiparem. Elas demoram muito tempo a dissipar-se porque contém uma grande quantidade de energia. É por isso, que as ondas de Love são muito destrutivas perto do epicentro (vertical do hipocentro).

Onda de Rayleigh..............................................................................................................................................................................................Rayleigh Wave

Onde de Rayleigh / Onda de Rayleigh / Rayleigh-Welle / 场浪潮之前迪瑞利 / Волна Рэлея / Onde di Rayleigh /

Onda sísmica de superfície, na qual as partículas se movimentam segundo uma órbita elíptica num plano vertical. Ela não viaja no interior da Terra ou de qualquer outro corpo geológico, como o fazem as ondas P (longitudinais ou de compressão que comprimem e dilatam o terreno na direcção de propagação) e S (ondas transversas, que deslocam o terreno, perpendicularmente, à direcção de propagação). Uma onda de Love, só tem uma componente horizontal. Uma onda de Rayleigh têm duas componentes, uma horizontal e outra vertical.

Ver: « Onda Sísmica »
&
« Onda de Love »
&
« Onda S »

Como ilustrado, as ondas de Rayleigh diferenciam-se, facilmente, das ondas de Love. As ondas de Rayleigh têm uma componente vertical e horizontal, o que não é o caso das onda de Love que só têm uma componente horizontal. Durante os tremores de terra, há ondas que de movem, exclusivamente, à superfície da Terra, a partir do epicentro (ponto à superfície que resulta da intersecção da linha vertical que passa pelo hipocentro ou foco sísmico, que é o ponto onde ocorre o sismo em profundidade), e outras que se movem através do interior da Terra. As primeiras são chamadas ondas de superfície e as segundas de corpo ou volume. Dentro das ondas de superfície existem dois tipos: (i) Ondas de Love e (ii) Ondas de Rayleigh. As ondas de Rayleigh movem-se em círculo (movimento orbital) para a frente e para baixo e depois para trás e para cima, como as ondas do mar. As ondas de Love e de Rayleigh amortizam-se em profundidade. A amplitude diminui em função da distância (r) ao epicentro do tremor de terra como 1/√r, o que quer dizer, que as ondas de superfície se amortecem mais, lentamente, do que as ondas de corpo. Num sólido ideal (homogéneo e horizontal), as ondas de Rayleigh não sofrem nenhuma dispersão. Se o corpo tem uma densidade ou que velocidade das ondas acústicas varia em profundidade, as ondas tornam-se dispersivas. Dentro das ondas de corpo ou de volume, há as que comprimem e dilatam o terreno na direcção de propagação (ondas longitudinais ou de compressão ou ondas P) e as que deslocam o terreno, perpendicularmente, à direcção de propagação (ondas transversais ou onda S). As ondas de Rayleigh de baixa frequência geradas durante os tremores de Terra são utilizadas na sismologia para estudar o interior da Terra.

Onda S..............................................................................................................................................................................................................................................................................S wave

Onde S / Onda S / S-Wellen / S波 / Поперечная сейсмическая волна / Onda S /

Onda que viaja através Terra ou de qualquer outro corpo, deslocando o terreno, perpendicularmente, à direcção de propagação. Esta onda também é chamada secundária, uma vez que ela viaja mais lentamente do que a onda P (longitudinal ou de compressão, que comprime e dilata o terreno, ou o corpo onde ela viaja, na direcção de propagação). Uma onda S, como uma onda P, desloca-se através dos através objecto geológicos ao contrário das ondas de Love e Rayleigh que são ondas de superfície.

Ver: « Onda Sísmica »
&
« Onda de Love »
&
« Onda de Rayleigh »

As ondas que viajam desde o hipocentro (ou foco sísmico, isto é, o ponto onde ocorre o sismo em profundidade ponto, o ponto à superfície que resulta da intersecção da linha vertical que passa pelo hipocentro é o epicentro) de um tremor de terra até um sismógrafo são de dois tipos: (i) Ondas de Superfície e (ii) Ondas de Corpo ou de Volume. As primeiras viajam à superfície, enquanto que as segundas viajam dentro dos corpos. Existem dois tipos de ondas de superfície: (a) Ondas de Love (b) Ondas de Rayleigh. Dentro das ondas de volume há dois tipos a considera : (1) Ondas P, Longitudinais ou de Compressão, que dilatam e comprimem as partículas dos corpos em que elas viajam na direcção de propagação e (2) Ondas S, Transversais ou de Cisalhamento, que empurram as partículas dos corpos onde elas viajam perpendicularmente à direcção de propagação. As ondas S viajam (através de uma rocha sólida) a uma velocidade que é de cerca de metade da velocidade das ondas P. Ao contrário, das ondas P, as ondas S não se propagam nem nos líquidos nem nos gases. As ondas S não atravessam a parte externa do núcleo da Terra, a qual é líquida e, por isso, se forma uma zona de sombra (das ondas S) oposta ao ponto onde elas foram criadas. Quando os geofísicos calcularam os trajectos das ondas P e S de um hipocentro para o lado oposto, eles constataram uma zona de sombra das ondas sísmicas, devido à ausência de ondas S e ao grande retardamento da velocidade das ondas P (cerca de 40%), eles deduziram que a parte externa do núcleo da Terra é líquida. A zona de sombra das ondas S permitiu, também, determinar o diâmetro do núcleo. Esta zona de sombra estende desde a bordadura da zona de sombra das ondas P (a 104° do epicentro), e cobre toda a secção da terra além dos 104° e até 256°.

Onda Sísmica (tsunami)....................................................................................................................................................Seismic Wave, Tsunami

Onde sismique, Tsunami / Onda sísmica / Seismische Wellen / 地震波 / Сейсмическая волна / Onde sismiche /

Onda ou vibração produzida natural ou artificialmente dentro da Terra e que pode ser detectada por sismógrafos. Ondas sísmicas são produzidas, continuamente, pelas ondas do mar e vento. Na pesquisa petrolífera, utilizam-se ondas sísmicas artificiais. Por vezes, sinónimo de Tsunami.

Ver: « Onda de Love »
&
« Onda de Rayleigh »
&
« Sísmica de Reflexão »

Existem dois tipos de ondas sísmicas: (i) Ondas de Superfície e (ii) Ondas de Corpo ou de Volume. Dentro das ondas de superfície há as ondas de Love e de Rayleigh. As ondas de Love têm, unicamente, uma componente horizontal, enquanto que as de Rayleigh têm uma componente vertical e horizontal. Nas ondas de corpo, existem: (a) Ondas Longitudinais, também chamadas ondas de Compressão ou P, que dilatam e comprimem as partículas dos corpos, onde elas viajam, ao longo da direcção de propagação e (b) Ondas Transversais, também chamadas ondas de Cisalhamento ou S, que empurram as partículas dos corpos, onde elas viajam perpendicularmente a direcção de propagação. As ondas S viajam a uma velocidade que é de cerca de metade da velocidade das ondas P. Ao contrário das ondas P, as ondas S não se propagam nem nos líquidos nem nos gases. Se a Terra fosse feita de um material único com propriedades constantes da superfície até ao centro, as ondas P e S viajariam em linha recta através do interior da Terra, desde o foco de um abalo sísmico até um sismógrafo. As ondas não viajam em linha recta. Isto permitiu aos geocientistas de inferir que a Terra é, formada de uma série de camadas concêntricas compostas de materiais diferentes ao longo dos quais as ondas P e S viajam com velocidades diferentes. As ondas mudam de direcção quando passam de uma camada para outra, o que quer dizer, que as trajectórias, dentro da Terra, são curvas. Neste esquema, é fácil de constatar que : (i) A partir do foco de um tremor de terra, as onda P e S irradiam em muitas direcções ; (ii) Há ondas P e S, que são reflectidas pela superfície da Terra (PP e SS) ; (iii) Há ondas P que são reflectidas pelo núcleo (PnP) ; (iv) Outras ondas P viajam através da parte externa e líquida do núcleo (PniP) ; (v) Outras ondas P atravessam não só a parte externa do núcleo (líquida), mas também a parte interna sólida (PneP) e (vi) as ondas S não atravessam o núcleo, uma vez que elas não viajam através dos líquidos.

Ondulação (do mar)......................................................................................................................................................................................................................................Swell

Houle (ondulation) / Oleaje (del mar) / Schwelle, Dünung / 膨胀 / Волнение (волн) / Gonfiarsi /

Deformação da superfície da água dos mares e oceanos devido à propagação das ondas do mar. A ondulação do mar (ondulações do largo) é caracterizada por um grande período (30-300 segundos), grande comprimento de onda (várias centenas de metros) e uma altura, relativamente, importante (vários metros). Ela é criada pelas tempestades e viaja a grande velocidade (várias centenas de quilómetros por hora) através do oceano (por vezes mais de 10000 km) sem grande perda de energia. Ao aproximar-se do continente, a amplitude da ondulação aumenta de maneira significativa.

Ver: « Nível do Mar Absoluto »
&
« Estrutura Sedimentar »
&
« Nível Médio das Águas do Mar »

A ondulação oceânica ou ondulação do mar ("swell" em inglês) ou marulho, como dizem alguns geocientistas, é um movimento ondulatório da superfície do mar, criado por um campo de vento distante da área de observação, de caráter permanente, que produz um barulho particular. É um caso especial de onda sem rebentação Os surfistas (aqueles que praticam o desporte conhecido como “surf”, no qual de pé, sobre uma prancha, deslizam sobre as ondas) chamam-lhe marola ou pequenas ondas do mar. O mar contém componentes períodos variados que lhe dão uma aparência irregular. Sob grande profundidade, a velocidade desses componentes é proporcional ao seu período. A proporção diminui à medida que a profundidade diminui, o que não alterar qualitativamente o fenómeno. As ondas criadas pelo vento que sopra sobre uma dada largura propagam-se durante o seu movimento por um fenómeno de difração, que reduz a contribuição dos componentes na direcção de propagação da ondulação, e particularmente quando elas mais curtas. De facto, os componentes mais curtos são, portanto, gradualmente abandonados, dando uma impressão de regularização, enquanto a altura significativa diminui. A ondulação oceânica, na realidade, corresponde ao conjunto de sequências de ondulações, que se propagam sobre o oceano, vindas de áreas longínquas, onde elas foram criadas, em geral, por tempestades que provocam as ventanias sobre grandes áreas oceânicas, chamadas de pistas de vento. As ondas que se formam nestas pistas de vento são chamadas vagas ou vagalhões, quando possuem grande tamanho. As vagas, geralmente, não possuem uma direcção coerente e também não têm uma forma definida. Todavia, quando elas se afastam da pista de ventania que as criou e vão para as áreas de oceano com vento fraco, as vagas tendem a alinhar-e e agrupar-se em séries, criando então o marulho ou ondulação oceânica. Um determinada ondulação oceânica possui um direcção, velocidade e tamanho bem definidos, que funcionam na prática como uma impressão digital da ondulação, diferenciando-a das outras ondulações sobre o oceano. O espectro de ondas define quais aos ondulações que estão viajando sobre o oceano num determinado ponto, porque ao contrário do vento, no oceano, podem existir várias ondulações ao mesmo tempo. Quando o marulho chega à praia, função das suas características, as ondas irão aumentar de tamanho e força. A ondulação oceânica é caracterizada pela altura entre a crista e a cava (duplo da amplitude que vaia de alguns centímetros a vários metros) e pelo comprimento de onda ou pelo período (geralmente da ordem da dezena de segundos). Trata-se de um fenómeno que não é periódico e que pode ser interpretado como uma soma de um número infinito de componentes sinusoidais muito pequenos. O período médio das cristas, independentemente da definição que é dada para que a expressão, aumenta durante a propagação por perda dos componentes mais curtos. É um indicador da intensidade e o tamanho da tempestade que gerou a ondulação. Muitas vezes, pouco perceptível em mar aberto, a ondulação amplifica-se perto da costa onde a profundidade da água do mar diminui, onde ela pode atingir vários metros e rebentar. Uma vez gerada nas tempestades, as ondulações de grandes períodos pode propagar-se ao longo de dezenas de milhares de quilómetros. Esta propagação que segue as a geodésicas na superfície da Terra (grandes círculos sobre os planos que passam pelo centro da terra) é, na prática impedida pela presença de continentes. Várias observações foram feitas sobre as ondulações vindos dos antípodas (ou seja, 20 000 km de trajecto). Não esqueça que não são as partículas de água que deslocam, mas as cavas e as cristas induzidas pelos traço das orbitas descritas pelas partículas de água (as cavas seguem a base das orbitas enquanto que as cristas seguem os topos). Dito de outra maneira, na ondulação oceânica não é água que se desloca, mas a fase da superfície da água. Tudo se passa como nas “olas” (ondas em português) realizadas pelos espectadores de um desafio de futebol, que em um movimento colectivo e sincronizado, se levantam em filas, levantam os braços e sentam-se novamente, dando a impressão visual de uma grande onda percorrendo as bancadas do campo. Obviamente, os espectadores não se deslocam, o que se desloca são as cristas e as cavas que eles criam por um movimento orbital de levantar e baixar os braços. Como uma determinada ondulação tem uma direcção bem definida, esta direcção irá definir, por exemplo, boas ou más condições para a prática do surf em certos locais. Com o advento da Internet a previsão das boas condições de ondulação pode ser divulgada, facilmente e de maneira rápida, o que provou uma verdadeira revolução no mundo do “surf”.

Ondulação (de praia-baixa)..............................................................................................Troughs & bars, Beach Ripple-Mark

Creux et rides (de plage) / Ondulación (de playa baja) / Hollows und Falten (Strand) / 凹陷和皱纹(海滩) / Впадины и складки / Troffa e bar (spiaggia) /

Estrutura sedimentar, mais ou menos linear, não consolidada, criada pela quebra das ondas na praia-baixa, isto é, na parte inferior do espraiado, que compreende o espaço que se estende entre os limites atingidos pela baixamar, em águas mortas e vivas. Sinónimo de Ondulação (da praia) ou "riple".

Ver : « Estrutura Sedimentar »
&
" Praia Baixa "
&
" Praia Intramareal (entre marés)"

Estas fotografias ilustram ondulações modernas numa praia dos Estados Unidos (à esquerda) e ondulações antigas visíveis no plano de estratificação de uma camada arenosa. Ambas as ondulações formaram-se, provavelmente, quando os sedimentos foram transportados por um escoamento, mais ou menos, turbulento das correntes da ressaca, em especial da corrente de refluxo. Na superfície da praia-baixa podem observar-se marcas de bioturvação, isto é, marcas de seres vivos, como, por exemplo, covas e dejectos de caranguejos ou arenículas, patas de aves, etc., mas, igualmente, marcas de ondulações de fraca amplitude (3-15 cm), lineares, simétricas ou dissimétricas, paralelas entre si e, mais ou menos, perpendiculares, ao declive da praia, como ilustrado acima. Estas ondulações chamadas, por vezes, unicamente ondulações da praia são induzidas pelas correntes da ressaca. Desde que as ondas do mar se aproximam da linha da costa, as órbitas das partículas de água tornam-se mais elípticas em profundidade, à medida que a lâmina de água diminui. Assim, como as partículas de água demoram mais tempo a percorrer as suas elipses as ondas retardam. Ao retardarem-se, as partículas de água aproximam-se umas das outras e aumentam de altura da ondas, tornando-as mais aguadas, até que as ondas se quebram e tombam na zona de rebentação. Desde que as ondas de oscila‹o se transformam em ondas de translação elas se quebram. Assim se forma a corrente de afluxo, que se escoa para o continente, perpendicularmente à direcção das ondas e a onda de refluxo, que se escoa em direcção do mar ao longo da linha de maior declive. As marcas de ondulação da praia-baixa, são induzidas por estas correntes, uma vez que os grãos de areia transportados por saltação tendem a formar pequenas dunas e riples com estratificação entrecruzada. À medida que a velocidade das correntes aumenta a carga da saltação aumenta o que induz a migração das riples no sentido do escoamento, com erosão no lado que resiste ao escoamento e deposição no outro (no sentido do escoamento).

Ondulação de Areia..............................................................................................................................................................................................Sand-Ripple

Ride de sable / Ondulación de arena / Sandrippel / 沙垄 / Волнообразные наслоения песка / Ondulazione di sabbia, Increspature di sabbia /

Uma das pequenas ondulações lineares sinusoidais, paralelas, no modelo das superfícies arenosas secas pelo vento (ondulações de vento, dissimétricas e transversais à direcção do vento) ou uma das superfícies de areia húmida (praia e praia-baixa) formadas pelas correntes (ondas de praia, dissimétricas, simétricas ou, ligeiramente, inclinadas no sentido da corrente).

Ver: « Onda »
&
« Ondulação »
&
« Ondulação de Praia Baixa »

As ondulações de areia e as dunas encontram-se em muitos desertos e praias a volta do mundo. Como vento, mais ou menos, constante e soprando numa certa direcção, estas formações eólicas de areia são formados durante longos períodos de tempo. O estudo da formação e dinâmica das estruturas eólicas de areia dá aos geocientistas especialistas neste campo indicações sobre a forma como as dunas interagem em diferentes cenários. Obviamente, isso ajuda a proteger as cidades do deserto, fornece informações sobre o meio ambiental do passado. Para formar as dunas e as ondulações de areia, as partículas de areia são deslocadas por três processos: (i) Suspensão ; (ii) Saltação e (iii) Rolamento. A suspensão compreende as partículas muito finas que flutuam acima do solo sobre grandes distâncias, mas que têm pouco efeito sobre a formação das estruturas. A saltação afecta as partículas um pouco maiores que permanecem acima do solo durante curtas distâncias. As partículas maiores não se espalham no ar, elas rolam sobre o solo e estão incluídas no processo de rolamento. Para simular a formação de ondulações e dunas, existem fórmulas matemáticas que descrevem, perfeitamente, a saltação e os processo de fluxo de superfície, onde é considerado o efeito do vento no lado de sotavento das dunas. O comprimento de onda das ondulações de areia está relacionado com a distância percorrida por siltação e a forma irregular da superfície é o resultado da erosão e acumulação de partículas de areia nos seus movimentos. A forma irregular do talude ao vento (barlavento) é mais fácil de ser alcançado por saltação que lado de sotavento. O lado de barlavento é afectado pelas partículas de areia e forma uma nova zona de impacto, sob a direcção do vento. A distância entre as ondulações é igual ao comprimento médio da saltação. As ondulações des areia formam uma série alternada de sectores côncavos e convexos que se seguem a direcção do vento. Os sedimentos mais grosseiras. que não podem ser transportadas por saltação, acumulam-se na parte superior.

Ondulação de Praia..............................................................................................................................................................................................Ripple Mark

Ride de plage / Ondulación de la playa / Strandripeln / 海滩纹波-商标 / Вал (хребет, складка) / Ondulazione de spiaggia /

Estrutura sedimentar produzida pelo vento ou pela a água (correntes e vagas), que se move através dos depósitos de areia ou da vasa. As ondulações de praia formadas pela acção de água podem ser de dois tipos: (i) Pregas ou ondulações de praia (de corrente), que são assimétricas com o lado mais inclinado orientado na direcção do escoamento e (ii) Pregas ou ondulações de ondas, as quais são simétricas, com um perfil quase sinusoidal, o que sugere um ambiente sedimentar dominado pela oscilação das ondas.

Ver: « Sedimentação »
&
« Ondulações de Praia »
&
« Ondulação de Areia »

Em geral, as pregas de ondulação são estruturas sedimentares periódicas do tipo ondulatório formadas por cristas paralelas, mais ou menos, regularmente espaçadas e localizadas na face superior das camadas sedimentares compostas, principalmente, de areia. Este tipo de estrutura encontra-se, frequentemente, na superfície da areia dos dos desertos, depósitos fluviais e marinhos costeiros. As suas dimensões são variáveis. As ondulações de praia significam. essencialmente, que o ambiente de deposição foi submetido à acção do vento ou da água. As ondulações produzidas pelo vento são, provavelmente, os mais raras nos registos sedimentares, porque elas têm uma baixa probabilidade de serem fossilizadas  por sedimentos preservadores. Ao contrário é, relativamente, fácil de as encontrar em sedimentos fluviais e marinhos fósseis, como mostrado nesta foto (pedreira de Camstone na Escócia, que é formada por um calcário de cor clara, quase branca, que é, muito utilizado na construção civil, para o fabrico de janelas e portas), as quais sugerem um movimento de oscilação, na medida em que o perfil das ondulações é praticamente simétrico. Não obstante que na maioria dos casos um perfil simétrico indique um movimento de oscilação, em alguns casos, esta geometria pode ser criada por uma corrente. Nos ambientes  de deposição associados às marés, os movimentos em direcção do continente e do mar das correntes de maré produzem, em geral, ondulações e marcas de depósito, mais ou menos, simétricas. Os geocientistas, geralmente, dizem que as ondulações simétricas são produzidos por correntes oscilatórias e que as assimétricas são produzidas por corrente de escoamento.

Ondulações de Praia..............................................................................................................................................................Beach Ripple-Marks

Rides de plage / Ondulaciones de playa / Strandripeln / 海滩纹波-商标 / Береговой вал / Ondulazione de spiaggia, Increspature di spiaggia /

Pequenas ondulações lineares ou sinusoidais, paralelas, modeladas nas superfícies de areia molhada (praia e fundo do leito) pelas correntes, simétricas ou dissimétricas com o flanco pouco inclinado no sentido da corrente (Moreira, 1984). Sinónimo de ondulação de Praia-Baixa ou Riple.

Ver: « Onda »
&
« Ondulação (do mar) »
&
« Ondulação de Praia Baixa »

Uma estrutura sedimentar é uma estrutura que se formou durante a deposição de sedimentos. As estruturas sedimentares, como, por exemplo, a estratificação cruzada, a estratificação granocalibrada, as ondulações da praia que certos geocientistas chamam riples, são utilizadas nos estudos estratigráficos para indicar a posição original dos estratos em terrenos, geologicamente, complexos e para compreender entender o ambiente de deposição dos sedimentos. As riples, normalmente, formam-se em condições com água corrente, na parte inferior do menor fluxo de regime. Existem dois tipos de ondulações de praia: (i) Riples simétricas que são, frequentemente, encontradas nas praias e criadas por duas direcções de correntes, como, por exemplo, nas praias, as correntes de afluxo e de refluxo (isso cria marcas de ondulação ondas com cristas pontiagudas e cavas redondas, que não são inclinados em nenhuma direcção ; três comum estruturas sedimentares que são criadas por estes processos são as estratificações entrecruzadas em espinha de peixe, cama em flaser e interferências de riples) ; (ii) Marcas de ondulação ou riples assimétricas, estas marcas são criadas por uma única corrente, como, num rio, ou num deserto pela corrente do vento. Isto cria marcas de ondulação com cristas pontiagudas e cavas redondos, mas que são mais fortemente inclinadas na direcção da corrente. Por esta razão, eles podem ser utilizadas como indicadores paleocorrentes. Na maioria das correntes actuais, as ondulações não se formam em sedimentos maiores do que a areia grossa. Os leitos das correntes que transportam areia, são dominados por riples, enquanto leito de cascalho córregos enquanto que as correntes não contêm formas de leito. A estrutura interna das riples é uma base de areia fina com grãos grosseiros depositados no topo desde a distribuição de tamanho de grãos de areia se correlaciona com o tamanho das ondulações. Isso ocorre porque os grãos finos continuam a mover-se enquanto que os grãos grosseiros se acumulam formando uma barreira protectora.

Onshore (em terra, área ou bloco de pesquiza)...............................................................................................................................................Onshore

Onshore / Onshore (costa adentro), Onshore (en tierra) / An Land / 陆上 / Наземный / A terra /

Área a montante da maré baixa. Área situada na, ou próximo, da costa. Na industria petrolífera, ao contrário do offshore, o termo onshore refere-se quer: (i) A um campo de petróleo, gás natural ou condensado que está localizado no continente ; (ii) Às reservas desse campo ; (iii) Às operações realizadas nesse campo ; (iv) Ao bloco de produção desse campo ; (v) Qualquer bloco de pesquisa localizado em terra firme, etc. Por vezes, sinónimo de Costa Adentro e de Em Terra.

Ver: " Em Terra "
&
« Variação do Nível do Mar Relativo»
&
" Linha da Costa "

Na carta ilustrada nesta figura, estão localizadas as operações de pesquisa petrolífera no offshore e onshore, uma vez que há poços de pesquisa e de desenvolvimento perfurados no mar (offshore) e em terra (onshore). A linha da costa (intersecção do nível médio do mar, com a terra) é difícil de definir. Ela varia com as marés, o que quer dizer, que o limite entre o onshore e offshore é variável. Por outro lado, como neste caso particular, há uma grande quantidade de ilhas, de todos os tamanhos, o problema da diferenciação entre offshore e onshore é ainda mais complicado. Alguns países englobam no offshore todas as ilhas, outros só englobam as mais grandes e as mais afastadas da costa e, outros, consideram as ilhas como fazendo parte do onshore. O que quer dizer que cada país tem a sua própria legislação para a industria petrolífera. Neste exemplo (costa Oeste de Bornéu, ao norte do delta da Mahakam), os dois únicos campos petrolíferos económicos, encontrados nesta área estão localizados em duas ilhas : (i) Tarakan e (ii) Bunu. As autoridades da Indonésia consideram, que estes campos são campos localizados no onshore, embora os blocos de pesquisa iniciais tenham sido blocos mistos, isto é, com uma parte onshore (na ilha) e outra no offshore (no mar). Certos países consideram, que um bloco onshore é um bloco onde toda a pesquisa é feita em terra (linhas sísmicas e aparelhos de sondagem convencionais) e, que um bloco offshore é um bloco onde as linhas sísmicas são feitas em mar aberto e os aparelhos de perfuração têm que estar localizados em navios ou plataformas de perfuração. Todavia, esta definição tem excepções. No caso de uma região deltaica, em particular quando os deltas se desenvolvem sob a influência das vagas, o bloco de pesquisa é, por vezes, considerado como um bloco onshore, mas as campanhas sísmicas e de perfuração não são, totalmente, feita em terra. Ao contrário, num bloco offshore é frequente que uma parte dos poços de pesquisa estejam localizados em terra e que a partir de uma certa profundidade eles sejam desviados para o offshore, unicamente, porque o preço de um poço de pesquisa, em terra, é muito mais barato do que em mar. Tudo isto quer dizer, que na industria petrolífera, o limite entre o onshore e o offshore varia conforme os países. Geologicamente, o limite onshore / offshore pode corresponder ao rebordo continental quando a bacia não tem plataforma continental, o que quer dizer, que a linha da costa é coincidente ou muito próxima do rebordo continental. Em condições geológicas de nível alto do mar (nível do mar mais alto do que o rebordo da bacia), quando a bacia tem uma plataforma continental é óbvio que o limite onshore / offshore não corresponde ao rebordo continental (limite superior do talude continental). Não esqueça de dentro de um ciclo sequência, a bacia não tem plataforma continental durante o grupo de cortejos de nível baixo (CNB): cones submarinos de bacia (CSB), cones submarinos de talude (CST) e prisma de nível baixo (PNB). Ao contrário, durante a deposição do grupo de cortejos de nível alto (CNA), a bacia tem uma plataforma continental durante o intervalo transgressivo (IT) e durante 1a fase de desenvolvimento do prisma de nível alto (PNA) (*). Neste caso particular, uma diferença importante é feita pelas companhias de petróleo entre offshore convencional e offshore profundo. O offshore convencional é limitado à plataforma continental (profundidade de água inferior a 200 metros), enquanto que a profundidade de água do offshore profundo, teoricamente, maior que 200 metros. A propósito do limite entre o onshore e o offshore que, em princípio, que separa a terra do mar, lembremos, o paradoxo da linha da costa evidenciado por Lewis Fry Richardson e, mais tarde, por Benoit Mandelbrot. Este paradoxo corresponde a observação contra-intuitiva de que o litoral de uma massa terrestre qualquer (ilha ou continente) não tem um comprimento bem definido. O que é uma consequência das propriedades fractais das linhas da costa, cuja geometria é invariante por mudança de escala. O comprimento da linha da costa depende do método utilizado para a sua medição. Uma vez que uma massa terrestre tem detalhes a todas as escalas, de centenas de quilómetros a décimas de milímetros, não há tamanho óbvio a partir do qual todos os detalhes possam ser medidos. Não há um único perímetro bem definido para o limite entre a terra e o mar. Várias aproximações existem quando são feitas suposições específicas sobre o tamanho mínimo dos detalhes da linha da costa.

(*) Durante a 2a fase de desenvolvimento do prisma de nível alto (PNA), a linha da costa coincide, grosseiramente, com o rebordo continental e, por isso, nas linhas sísmicas (tendo em conta a resolução sísmica), a bacia não tem plataforma continental.

Oposição (astronomia)..........................................................................................................................................................................................................Opposition

Opposition (astronomie) / Oposición (astronomía)/ Opposition (Astronomie) / (天體位置) / Противостояние планеты / Opposizione (astronomia) /

Quando um corpo celeste está no lado oposto do céu quando visto de um determinado lugar (geralmente da Terra), o que quer dizer, que dois planetas estão em oposição um em relação ao outro quando as longitudes das suas eclípticas diferem de 180°.

Ver: « Terra »
&
« Lua »
&
« Eclíptica »

Oposição é um termo utilizado em astronomia para indicar quando um corpo celeste está no lado oposto do céu quando visto de um lugar em particular (geralmente, a Terra).Dois planetas estão em oposição um com o outro quando suas longitudes da eclíptica diferem por 180°. Um planeta (ou asteróide ou cometa) está em oposição, quando visto da Terra está em oposição ao Sol. Quando um planeta está em oposição: (i) Ele é visível quase toda a noite, levantando-se, mais ou menos, ao pôr do sol, culminando cerca da meia-noite e desaparecendo ao nascer do Sol; (ii) É neste ponto da sua órbita que ele está mais mais próximo da Terra, o que o faz parecer maior e mais brilhante ; (iii) A metade do planeta, visível da Terra é, completamente, iluminada ("planeta cheio") ; (iv) O efeito da oposição aumenta a luz refletida por corpos com superfícies rugosas obscuras. A oposição ocorre apenas em planetas superiores. A Lua, que orbita a Terra, e não o Sol, está em oposição com o Sol em Lua cheia. Quando a Lua é, exactamente em oposição, ocorre um eclipse lunar. Quando visto de um planeta que é superior, se um planeta inferior está no lado oposto do Sol, ele está em conjunção superior com o Sol. Uma conjunção inferior ocorre quando os dois planetas se encontram em uma linha do mesmo lado do Sol. Em uma conjunção inferior, o planeta superior está em oposição ao Sol, visto do planeta inferior. A classificação em planetas inferiores, isto é, planetas que estão mais perto do Sol que a Terra, como Mercúrio e Vénus e planetas superiores, como Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno assim como os planetas menores e anões, incluindo Ceres e Plutão, que estão mais longe do Sol que a Terra, não deve ser confundida com os termos planetas interiores e exteriores. Os termos planetas interiores e exteriores designam os planetas que se encontram no interior do cinturão de asteróides e os que se encontram fora dela. A designação de planeta inferior não deve ser interpretada como com o planeta pequeno ou planetas anão.

Órbita......................................................................................................................................................................................................................................................................................Orbit

Orbite / Órbita / Orbit / 轨道 / Орбита / Orbita /

Trajecto que um objecto, como a Terra, faz em torno de um outro objecto, como o Sol, quando está sob a influência de uma fonte de força centrifuga, como a gravidade.

Ver: « Afélio »
&
« Ciclo de Milankovitch »
&
« Glaciação »

Para compreender o mecanismo de uma órbita de um objecto à volta de outro, de dimensões maiores, não esqueça que : (i) Ele cai em direcção do centro do objecto principal ; (ii) Ele desloca-se tão rapidamente, que o objecto principal se curva debaixo dele ; (iii) Ele tenta deslocar-se em linha recta, mas a força da gravidade obriga-o a tomar uma trajectória curva ; (iv) Se a sua velocidade tangencial for suficiente (velocidade de escape), ele cai, indefinidamente, quer isto dizer, que ele nunca colide com o objecto principal e entra em órbita ; (v) A forma da órbita é uma elipse com o centro da massa do objecto principal num dos focos. Um objecto para escapar ao campo gravitacional terrestre tem que ter uma energia cinética superior à sua energia gravitacional potencial. À superfície da Terra, a velocidade de escape é cerca de 11100 m/s. O sistema solar, ilustrado nesta figura, representa a família cósmica do Sol. Ele compreende todos os objectos atracados pela sua gravidade : (a) Planetas ; (b) Planetas Anões ; (c) Luas ; (d) Cometas ; (e) Asteróides e (f) Outros pequenos objectos ainda não descobertos. O planeta mais próximo do Sol é Mercúrio (± 57,9 Mkm). O planeta mais afastado é Neptuno (± 4,5 Gkm). Desde 2006, a União Astronómica Internacional não considera mais Plutão como um planeta, mas como um planeta anão. Actualmente, o número de planetas no sistema solar é de 8: Mercúrio, Vénus, Terra, Março, Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno. O número de planetas anões é de 3: Ceres, Plutão e Eris (do mais próximo para o mais afastado). O número de luas planetárias conhecidas é 165 (Mercúrio 0, Vénus 0, Terra 1, Março 2, Júpiter 63, Saturno 59, Úrano 27 e Neptuno 13). O número de cometas conhecidos é 1000 (número real estimado 1000 T). Uma lua é um satélite natural de um planeta. Um satélite é um objecto que orbita à volta de um planeta, como, por exemplo, a Terra à volta do Sol. Fala-se de um satélite natural quando o homem não interveio na sua criação. A Terra tem um só planeta, a Lua, que orbita à volta da Terra em 27,3 dias. A Lua encontra-se na mesma posição no céu todos 29,5 dias. A distância média da Terra ao Sol é de 149,6 M km.

Ordovícico.............................................................................................................................................................................................................................................Ordovician

Ordovícien / Ordovícico / Ordovizium / 奥陶纪 / Ордови́кский период / Ordoviciano /

O segundo período da era Paleozóica entre, aproximadamente, 490 e 440 milhões de anos atrás. O Ordovícico vêm depois do período Câmbrico e antes do Silúrico.

Ver : « Paleozóico »
&
« Tempo Geológico »
&
« Éon »

No Ordovícico, a área ao norte dos trópicos era, praticamente, toda oceano. A maior parte dos continentes resultantes da fracturação do Protopangeia (Rodínia) estavam no hemisfério sul. A Laurência (América do Norte) e a Báltica (NO da Europa) eram os maior dos continentes localizados a oeste do Gondwana. No início do Ordovícico e até ao Ordovícico Médio, a Terra tinha um clima, relativamente, suave. O tempo era quente e a atmosfera húmida. As graptolites, trilobites, braquiópodos e conodontes (vertebrados primitivos) são os fósseis mais comuns do Ordovícico. Dentro dos fósseis marinhos, podem citar-se algas vermelhas e verdes, peixes primitivos, cefalópodes, corais, crinóides e gastrópodes. Durante o Ordovícico Tardio, o Gondwana deslocou-se para o pólo sul. Assim, ocorreu uma grande glaciação na região que hoje corresponde, mais ou menos, ao deserto do Sahara. Esta glaciação produziu uma descida eustática do nível do mar, uma vez que uma grande quantidade de água ficou presa nos glaciares e calotes glaciárias (assumindo que a quantidade de água sob todas as suas formas se manteve constante desde a formação da Terra). A combinação da descida do nível do mar, que reduziu os ecoespaços nas plataforma continentais, com o frio, que provocou a glaciação, foram, provavelmente, os responsáveis principais da extinção que ocorreu no fim do Ordovícico e na qual 60% dos géneros invertebrados marinhos e 25% de todas as famílias desapareceram. Esta extinção, considerada por muitos geocientistas com a segunda mais importante extinção das comunidades marinhas da histórica geológica, causou o desaparecimento de um terço de todas as famílias de braquiópodos e briozoários, assim como de numerosos grupos de conodontes, trilobites, graptolites e muita da fauna construtora de recifes. Pode dizer-se, que no total, mais de uma centena de famílias de invertebrados marinhos desapareceram nesta extinção. Durante o Ordovícico, o teor médio de CO2 era de 4200 ppm, isto é, 15 vezes o teor actual, e a quantidade de O2 era 70% do que ela é hoje. No início do Ordovícico, o nível do mar era 220 m mais alto do que hoje, mas desceu para cerca de 140 m durante a glaciação.

Orogenia..............................................................................................................................................................................................................................................................Orogeny

Orogénie / Orogénia / Gebirgsbildung / 造山運動 / Горообразование (орогенез) / Orogenesi /

Processo geológico de construção de montanhas. Depois do advento da Tectónica das Placas litosféricas, os processos preponderantes estão associados com as zonas de subducção, quer do tipo-B (Benioff), como, os Andes, quer e, principalmente, as zonas de subducção do tipo-A (Ampferer) como, os Alpes e Himalaias.

Ver: « Colisão Continental »
&
« Supercontinente »
&
« Subducção do Tipo-A (Ampferer) »

As principais orogenias estão associadas com as zonas de subducção do tipo-A (Ampferer), nas quais a placa litosférica mergulhante é de natureza continental. Na maior parte das vezes, também a placa litosférica cavalgante têm uma natureza continental. Isto quer dizer, que a maior parte das orogenias corresponde ao fecho de um mar ou de um oceano, localizado entre duas margens continentais divergentes. Com o tempo, a crusta oceânica formada na fase inicial de uma oceanização, torna-se, progressivamente, mais fria e mais densa. A partir de um determinado momento, o contraste de densidade entre a velha crusta oceânica e o continente adjacente (ou mesmo com crusta oceânica recente) pode ser, suficientemente, grande para que a crusta oceânica antiga entre em subducção, quer, directamente, sob a crusta continental ou debaixo de uma porção de crusta oceânica adjacente ao continente. A partir desse momento, a crusta oceânica começa a consumir-se ao longo da zona de subducção o que implica, pouco a pouco, uma diminuição do volume da bacia oceânica entre os dois continentes e, assim, o fecho progressivo do mar ou oceano entre eles. Desde que os continentes entram em colisão (crusta continental contra crustal continental), o mar desaparece e os sedimentos são encurtados e levantados formando uma cadeia de montanhas, como ilustrado nesta tentativa de interpretação de uma linha sísmica do onshore da Alemanha. Efectivamente, nesta linha sísmica, como no bloco diagrama, é fácil constatar que a margem norte do Mar de Tétis entrou em subducção sob a margem sul, o que provocou um importante encurtamento dos sedimentos que é aqui representado pelas montanhas dos Alpes, onde os cavalgamentos e mantos ou toalhas tectónicas são predominantes. Ao contrário, na margem norte, aqui representada pelas montanhas do Jura, não só o soco não está envolvido na deformação, mas os cavalgamentos são praticamente ausentes.

Ortogonal (da onda)................................................................................................................................................................................Line of Propagation

Orthogonale (de l'onde) / Ortogonal (de onda) / Orthogonal Welle / 正交波 / Линия распространения / Linea di propagazione /

Linha perpendicular à crista da onda num determinado ponto. O conjunto das ortogonais de um sistema de ondas é o plano de ondulação. Ao determinar um plano de ondulação é preciso ter em conta o traçado das isóbatas devido às deformações que o fundo do mar, por exemplo, provoca na direcção das ondas fazendo-as convergir nas baías e divergir nas pontas e cabos.

Ver: « Isóbata »
&
« Crista (da onda) »
&
« Onda »

É importante lembrar aqui algumas noções téoricas sobre as ondas, em particular, o que é que caracteriza uma vibração que se propaga. Uma vibração de uma partícula de água, por exemplo caracteriza-se pela sua amplitude, isto é, pela amplitude do seu deslocamento e pelo tempo que ela gasta para voltar a sua posição inicial (período da vibração), ou pelo seu inverso, isto é, pelo número de idas e voltas que ocorreram durante um segundo (frequência). Na maior parte dos ambientes, a amplitude não depende da frequência e inversamente. Quando, raramente, a amplitude depende da frequência, diz-se que o ambiente é dispersivo. A ondulação oceânica é uma onda dispersiva. Uma onda sendo uma vibração que se desloca, é necessário entrar em linha de conta com a velocidade de propagação e as condições iniciais, isto é, se ela começa no seu máximo, mínimo ou em posição intermediária (é o que se chama a fase). A distância que ela percorre durante uma única vibração chama-se o comprimento de onda, mas devia-se dizer, de maneira mais correcta, o comprimento de propagação da onda. Note que quando falamos das vibrações ao longo de uma corda, estamos a falar de vibrações em uma direcção (1D), mas que quando batemos na pele de um bombo ou quando deitamos uma pedra num lago observamos cristas circulares que se afastam do ponto de impacto, isto é, criamos ondas 2D. Finalmente, quando num desafio de futebol, o árbitro apita, todos os espectadores, quer eles estejam em cima ou em baixo, próximos ou afastados, ouvem o som do apito. O som é uma vibração que se propaga no espaço, e neste caso a onda tem a forma de uma esfera que se dilata par se propagar (vibração em três dimensões). As ondas representadas nesta figura são a duas dimensões, como as que se formam quando batemos num bombo ou quando deixamos cair um a pedra num lago. As cristas dos dois sistemas de ondas que se intersectam são bem visíveis assim como as respectivas ortogonais.

Osculação (meandro).............................................................................................................................................................................................................Osculation

Osculation (méandre) / Osculación (meandro) / Schmiegung (Mäander) / 接吻(河曲)/ Соприкосновение (меандр) / Osculazione (meandro) /

Um dos dois processos de formação de um meandro abandonado. Um recorte entre dois meandros por osculação (contacto de duas curvas) faz-se por simples exageração da curva do meandro, a qual, pouco a pouco, torna o pedúnculo inexistente, o que favorece o escoamento da corrente, directamente, para o meandro seguinte abandonando o meandro sem pedúnculo no qual se pode formar um lago. Um recorte por transbordo faz-se durante um período de cheia, quando toda a planície aluvial está inundada, uma vez que, desde que a altura de água começa a diminuir, a corrente toma, de preferência, o trajecto mais rectilíneo do que o trajecto longo e curvo do meandro.

Ver: « Barra de Meandro »
&
« Zona de Meandros »
&
« Deposição Fluvial »

 

O termo meandro vem do nome de um rio turco que foi divinizado devido à da regularidade da sua forma. Na mitologia grega, meandro (grego Μαίανδρος / Maiandros) é um deus rio ligado ao rio Meandro (actual Büyük Menderes). Os meandros têm uma forma característica que é independente dos factores climáticos e por isso se podem encontram em todas as regiões da Terra. Os meandros podem também formar-se nas correntes oceânicas, como é o caso da corrente do Golfo. A forma geral de um meandro é, também, independente do tamanho do curso de água, existem meandros em pequenos riachos como num grande rio. A formação de um meandro é o resultado de factores e processos naturais. A configuração ondulada de um escoamento muda constantemente. Uma vez que o leito de um curso de água começa a seguir uma trajectória sinusóide, a amplitude e concavidade das curvas aumentam, drasticamente, devido ao efeito do escoamento helicoidal o qual desloca o material erodido denso para a interna da curva, deixando a parte exterior da curva sem protecção e, assim, vulnerável à uma erosão acelerada associada a um ciclo retroactivo positivo. Num meandro, quanto maior é a curvatura maior é a erosão do banco externo o que, por sua vez, aumenta a curvatura. O escoamento de um fluido à volta de uma curva é turbilhonar (em movimentos circulares). Para conservar o momento angular (quantidade que permanece constante, sob certas condições, ao longo do tempo à medida que sistema evolui, o que levou a uma lei de conservação conhecido como a lei da conservação do momento angular), a velocidade do fluxo no lado externo da curva é mais rápida e no lado interno mais lenta. Por outro lado, a superfície da água é sobrelevada para o exterior da curva e, por isso, a pressão da água no leito da corrente é maior no lado de fora do que no interior do meandro. Este gradiente de pressão provoca uma contracorrente para o interior da curva. Quanto maior for a curvatura do meandro e mais rápido for o escoamento, mais forte será a contracorrente e mais forte será a acção do material erodido denso ao longo do fundo do canal em direcção ao banco interno. A forma particular e, relativamente, invariante dos meandros intrigou sempre os geocientistas. Uma expressão matemática da curva de um meandro foi proposta por Langbein e Leopold (1966), uma vez que eles notaram que um barco deslocando-se a uma velocidade constante ao longo centro de um meandro, o ângulo formado entre a direcção do barco (tangente à trajetória) e Norte (ou qualquer outra direcção fixa) varia de maneira senoidal com a distancia ao longo do leito da corrente. A curva do meandro não é sinusoidal, mas gerada por uma função sinusoidal. A curva é controlada por dois parâmetros principais: (i) O ângulo máximo entre a tangente à curva e a horizontal e (ii) O comprimento da curva para uma oscilação completa. Para curvas de comprimentos iguais, vê-se que mais o ângulo máximo entre a tangente à curva e a horizontal aumenta, mais a amplitude aumenta e o comprimento de onda diminui. O estudo do ângulo tangencial máximo mostra que para um ângulo máximo de 120° o meandro está perto do curto-circuito. Na verdade, o meandro fecha-se para um ângulo de mis ou menos, 120,9° e este ângulo corresponde também à amplitude máxima que o meandro pode ter. Assim, a relação entre a amplitude e o comprimento de onda de um meandro tem um limite teórico é, mais ou menos, de 2,3 (http://www.zones-alluviales.ch/Documentation /RapportMeandres.pdf). Contudo, a questão principal da formação dos meandros é de saber porque é que os escoamentos se tornam sinuosos. Um certo número de teorias não, necessariamente, excludentes, foram avançadas: (i) Estocástica; (ii) Equilíbrio; (iii) Geomórfica, etc. Na teoria estocástica (que está submetidas às leis do acaso), a evolução de um meandro parece ser o resultado de flutuações estocásticas da direcção do escoamento devido a presença de obstáculos que mudam a direcção da trajectória da corrente. Na teoria de equilíbrio, a formação dos meandros diminui o gradiente (inclinação) de escoamento da corrente até que a erosão do terreno e a capacidade de transporte da corrente sejam alcançados. Nesta teoria, a massa de água descendente abandona energia potencial (energia associada com a força da gravidade), que é removida pela da interacção do escoamento com o material do leito da corrente, dado que a velocidade da corrente é a mesma no início e no fim do percurso. Na teoria geomórfica ou morfotectónica, são as estruturas tectónicas do terreno, sobretudo as dobras e as falhas, os principais responsáveis da formação dos meandros, que ao contrário do que sugere a teoria estocástica, podem ser previsíveis, uma vez que eles são associados a processos geológicos e geomorfológicos conhecidos.


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Última actualização : Março, 2018